sexta-feira, 29 de maio de 2009

AQUECIMENTO GLOBAL NO BRASIL

AS CHUVAS NO NORDESTE E O AQUECIMENTO GLOBAL
Um olhar sobre as mudanças climáticas no Brasil e no mundo demonstram como temos que agir coletivamente na busca de soluções a crise ambiental. O aquecimento global já tão estudado e divulgado através do filme "Uma verdade inconveniente" do ex-vice presidente dos EUA Al Gore, pela ONU e tantos cientistas, pode ser constatado por todos, está aí . Até quando as chuvas serão responsabilizadas por desalojar e mesmo levar vidas ? E nossa ação humana, nossa responsabilidade como governos e sociedade civil ? Temos que nos organizar melhor. Tudo que acontece no Brasil e no mundo com os desequilíbrios naturais precisam ser enfrentados com ações emergenciais e com atitudes locais urgentes de governos e sociedade civil. Precisamos de atitudes que transformem esta situação. Do contrário, estaremos assim noticiando perdas, "catástrofes", que sabemos porque estão acontecendo. No noticiário da globo pela manhã esta entrevista foi realizada:
Bom Dia Brasil – Essa chuva toda no Nordeste, a seca no Sul e a chuva que a gente teve no ano passado em Santa Catarina: muita gente pergunta se isso já é resultado do aquecimento global. Os pesquisadores têm algum consenso em relação a isso?
Carlos Nobre, climatologista – O que nós podemos dizer, hoje já com alguma certeza, é que esse tipo de fenômeno extremo, como chuvas abundantes que quebram recordes históricos na Amazônia e no Nordeste, a seca persistente em partes do Sul e no Uruguai e Argentina, é um quadro muito esperado em um planeta que está em aquecimento. Nós não podemos dizer que isso nunca aconteceu. Já aconteceram várias vezes secas no Sul, associadas com um fenômeno no Oceano Pacífico – o fenômeno La Niña, quando as águas estão mais frias. Chuvas no Nordeste e na Amazônia também associadas também com La Niña e com o Oceano Atlântico que, ao norte costa brasileira, está muito quente. Esses fenômenos estão muito intensos, mais do que ocorria no passado. Esse é um quadro muito característico de um planeta que está se aquecendo.
Então, o que caracteriza isso tudo é o fato de o fenômeno estar intenso e não o fato de ter a chuva no Nordeste que é uma coisa que já acontece. Em quanto tempo, a gente pode dizer com certeza se são fenômenos naturais isolados, como a gente vê em algumas situações, ou se já é interferência do homem na natureza?
Para muitas partes do planeta e também no Brasil, quanto a gente olha as chuvas no Sul como um todo e compara as chuvas nos últimos 10 anos na região sul com 50 anos atrás, nós já podemos dizer que as pancadas de chuva muito intensas têm a ver com o aquecimento global. Elas acontecem, porque o planeta e também o Brasil estão mais quentes. Tivemos uma seca muito intensa na Amazônia em 2005. Quatro anos depois, nós temos essas inundações que quebram recordes históricos de 107 anos no Rio Amazonas. Então, isso já tem toda característica. O aumento da intensidade desses fenômenos que são naturais tem a ver com o fato de que o planeta está mais quente.
Assistindo a grande imprensa vamos tendo uma sequência de notícias que nos deixam cada dia mais atônitos diante a realidade. E hajam campanhas de solidariedade. Roupas, medicamentos, alimentos, se perdem, quando deveriam chegar as populações atingidas. Como vamos reverter estas situações se não nos fazemos sujeitos ? Temos que nos mobilizar e buscar soluções. Temos que implementar políticas e atitudes de prevenção e busca de uma produção econômica mais eficiente e sustentável. Quando temos em mãos as previsões climáticas, temos que retirar a população das regiões que serão inundadas. É uma outra conjuntura não basta saber que o aquecimento global se agrava, temos que agir na solução dos problemas locais de meio ambiente. As pessoas precisam ser protegidas e não colocadas em risco como assistimos pela tv. Tudo isto demonstra como a informação para a busca de soluções locais para a crise ambiental é urgente. A sociedade civil é determinante na busca destas soluções. Os governos locais precisam tomar consciência de que não podemos agir apenas quando a situação piora. Temos já que buscar uma maior mobilização da população brasileira e mundial que priorize a defesa de nós seres humanos e não a degradação ambiental que assistimos e vivemos.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

MOVIMENTO MARINA SILVA PRESIDENTE

LANÇADO MOVIMENTO PARA QUE
MARINA SILVA ACEITE SER CANDIDATA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


Foi lançado um movimento nacional para que Marina Silva aceite ser candidata a Presidência da República. O site do movimento é: http://www.marinasilvapresidente.com.br/ . Nosso Jornal Oecoambiental acredita que é uma excelente candidatura. Esperamos que Marina Silva possa aceitar esta indicação como mais um compromisso na luta por um Brasil sustentável. Estaremos atentos acompanhando a campanha. Queremos ouvir nossos leitores a respeito. Mande sua opinião. ]Aceite Marina Silva nosso apoio. Somos brasileiros que continuamos " sem medo de ser feliz... "

quarta-feira, 13 de maio de 2009

VIGILIA PELA AMAZÔNIA NO SENADO FEDERAL

Marina Silva entrega a Sarney e Temer lista de projetos considerados prioritários para a preservação da Amazônia


A senadora Marina Silva (PT-AC), que ocupou por mais de cinco anos o cargo de ministra do Meio Ambiente, entregou há pouco ao presidente do Senado, José Sarney e ao presidente da Câmara, Michel Temer, uma lista com nove projetos legislativos que tramitam nas duas casas e que são considerados prioritários para a preservação da Amazônia.

- É com alegria e tristeza ao mesmo tempo que faço a entrega dos projetos prioritários para os presidentes das duas Casas. A tristeza é porque os projetos que são para destruição tramitam muito rapidamente e os projetos para proteger a Amazônia às vezes ficam dormitando nas duas casa.
A alegria é porque esse ato poderá fazer com que paremos com a gesticulação e passemos para o gesto para que essas medidas se tornem prioridade nas duas Casas.

VIGÍLIA NO SENADO FEDERAL PELA AMAZÔNIA

Senadora Marina Silva:

'É mais fácil aprovar leis para destruir a floresta do que para preservar'


A senadora Marina Silva (PT-AC) que completa nesta quarta-feira (13) um ano de afastamento do Ministério do Meio Ambiente afirmou ser mais fácil o Congresso Nacional aprovar leis para destruir a floresta do que para preservar o meio ambiente. Ela observou, no entanto, que sociedade está vigilante em relação ao risco de retrocesso.

- A energia dos brasileiros que querem o desenvolvimento sustentável do país com preservação deve ser transformada em políticas públicas - afirmou a parlamentar.
Marina Silva disse que tramitam atualmente no Congresso Nacional nove projetos de lei que tratam do meio ambiente que ela considera fundamentais, em contraposição a 32 que, segundo ela, representam um retrocesso, se comparados à legislação existente.

Sobre a Medida Provisória (MP) 458/09, em votação na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira, a senadora disse que se o Senado não for capaz de impedir que as restrições ambientais para a exploração das terras na Amazônia sejam retiradas, caberá ao presidente exercer seu direito de veto. A MP permite que a União transfira, sem licitação, terrenos de sua propriedade na Amazônia Legal, com até 1,5 mil hectares, a quem detinha sua posse antes de 1º de dezembro de 2004.

VIGILIA PELA AMAZONIA

BRASIL SE MOBILIZA EM DEFESA DA AMAZONIA


Mais de um milhão de assinaturas acabam de ser entregues no Senado Federal em defesa da Floresta Amazônica.

terça-feira, 12 de maio de 2009

AQUECIMENTO GLOBAL E A SALINIZAÇÃO

O SAL MARINHO E OS ESTUDOS
SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL
Sal marinho possui pistas sobre aquecimento global, afirma estudo Por Fabiano Ávila, do CarbonoBrasil Uma nova pesquisa divulgada no Reino Unido sugere que a quantidade de sal na água do mar está variando em resposta direta às mudanças climáticas causadas pelo homem.
O pesquisador Peter Scott, chefe de monitoração climática do MetOffice em Exeter, Inglaterra, chegou a essa conclusão depois de analisar dados dos últimos 50 anos do Oceano Atlântico.Comparando esses dados com modelos climáticos de outros pesquisadores, Scott percebeu que partes do Atlântico Norte estão mais ‘salgadas’ como conseqüência da ação humana no clima.Nesse último meio século, a região subtropical do Atlântico estaria ficando gradualmente mais salgada, menos de 1% em termos reais, mas com um efeito nada insignificante.
“Pode soar como uma pequena mudança, mas de uma maneira geral a salinidade era relativamente constante. Essa subida é bastante preocupante e pode significar a alteração do ciclo de chuvas do planeta”, revela Scott.O pesquisador sugere que com o aquecimento global, as altas temperaturas aumentam a evaporação das zonas subtropicais e como conseqüência dos ventos há mais chuva nas regiões tropicais. Em reflexo, nas regiões mais próximas dos pólos, há falta de chuva e um dos efeitos disso é um oceano mais salgado.
O nível de salinidade é ainda importante porque, junto com a temperatura, ele afeta diretamente a densidade da água, influenciando assim a circulação de correntes marinhas. Além disso, a salinidade está intimamente ligada com todo o ciclo da água no planeta, já que afeta quanta água evapora dos oceanos.* Imagem: Para ajudar nas pesquisas sobre os oceanos, a NASA lançará nesse fim de semana o Aquarius, primeiro satélite para estudar salinidade e fenômenos oceânicos como o El niño e La niña.

Fonte: ScienceDaily

O QUE É AQUECIMENTO GLOBAL ?


Setores governamentais, a comunidade científica e vários estudiosos chegam no século XXI a constatação quase unânime de que a ação humana está interferindo decisivamente para as mudanças climáticas que estão se acentuando no mundo desde o início da revolução industrial. Nosso Jornal Oecoambiental vê esta situação com muita preocupação. Mais que uma constatação teórica, científica, temos que buscar agir nas causas do problema. Vale a pena recordar o espaço que a a grande imprensa deu em 2007 sobre o assunto na divulgação do relatório do IPCC - O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) que é um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) - composto por delegações de 130 governos para prover avaliações regulares sobre a mudança climática :
" De acordo com relatório do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) até 30% das espécies do planeta enfrentam um risco crescente de desaparecerem se a temperatura global aumentar 2ºC acima da média dos anos 1980 e 1990.
Para este século, a previsão do relatório é que as temperaturas aumentarão entre 1,8ºC e 4ºC.Áreas que atualmente sofrem com a falta de chuvas se tornarão ainda mais secas, aumentando o risco de fome e doenças no mundo, diz o relatório. O mundo enfrentará também ameaças crescentes de enchentes, tempestades e erosão.
"É uma pequena visão de um futuro apocalíptico", afirmou o grupo ambientalista Greenpeace sobre o relatório final.
O relatório afirma que a África será o continente mais atingido pela mudança climática. Até 2020, prevê o texto, até 250 milhões de pessoas poderão ser expostas à falta de água. Em alguns países, a produção alimentícia cairá pela metade.A América do Norte deverá experienciar tempestades mais severas, com perdas humanas e econômicas, ondas de calor e incêndios selvagens.Partes da Ásia estão sob ameaça de grandes enchentes e avalanches devido ao derretimento das geleiras do Himalaia. A Europa também verá o desaparecimento das geleiras dos Alpes, diz o texto.A Grande Barreira de Corais da Austrália perderá muitos de seus corais mesmo em aumentos moderados da temperatura do mar.A série de relatórios do IPCC de 2007 é a primeira em seis anos do corpo de 2.500 cientistas formado em 1988. A conscientização do público sobre mudanças climáticas deu ao IPCC importância vital e alimentou a intensidade das negociações --a portas fechadas-- durante a conferência de cinco dias desse ano. " Fonte: Folha on line de 2007.
O que nos chama a atenção é que a divulgação deste relatório do IPCC sobre o aquecimento global ocupou grande espaço na imprensa mundial e agora houve uma "mudança" na forma como a grande imprensa noticia a questão. De atitudes urgentes, emergenciais de 2007 chegamos a muitos estudos, pesquisas, debates e a quais resultados práticos para solução desta crise ambiental ? Mesmo sabendo que inúmeras atitudes estão sendo colocadas em prática no mundo e aqui no Brasil como na realização da III Conferência Nacional de Meio Ambiente cujo tema foi "Mudanças Climáticas" e mesmo o lançamento do Plano Nacional de Mudanças Climáticas" estamos muito aquém de agirmos na urgência que esta crise está exigindo de todos nós aqui no Brasil e no mundo.
Não somos fatalistas. Estamos trabalhando, procurando fazer nossa parte buscando difundir informações socioambientais e incentivar a mobilização de toda população para vencermos o agravamento da crise socioambiental nacional e global. Para isso precisamos nos unir cada vez mais através da mobilização da sociedade civil. Segue aqui um alerta, não fique esperando apenas se organize-se em grupos que busquem ações concretas e promova resultados, participe e defenda-se. É preciso compreendermos que todos somos sujeitos capazes de transformar esta situação ambiental em nosso país.
Contamos com sua participação. Mande suas opiniões e sugestões.
Vamos em nosso blog seguir o debate que resulte em ações práticas. A nossa é a difusão da informação, a mobilização e a implantação de projetos ambientais. Você está convidado(a) a participar . Veja como no nosso site: http://www.oecoambiental.com.br/
Conversando sobre o que é aquecimento global veja esta definição, o que acha ?
" O aquecimento global consiste basicamente no aumento do índice de temperatura da superfície da Terra. Esse fenômeno climático se deve ao efeito estufa, que com o aumento da queima de combustíveis fósseis e o desmatamento das vegetações vem aglomerando cada vez mais CO2 na atmosfera, causando assim uma alta nas temperaturas.
Fator que indica um grande risco para a sobrevivência de diversas formas de vida existentes no planeta, inclusive o ser humano. Com o superaquecimento da Terra a ocorrência de fenômenos da natureza como tufões, enchentes, furacões e terremotos pode se tornar cada vez mais freqüente.
Pois o clima influencia na alteração do nível do mar, que pode ocasionar ondas gigantes ou até mesmo a ausência de chuvas em algumas regiões possibilitando assim a formação de novos desertos. " Carol - blog
Vamos continuar nossa conversa. Venha participar conosco, promova atitudes, ações, manifeste sua opinião.

Algumas informações sobre o aquecimento global podemos ver no filme:
"Uma verdade inconveniente" do ex-vice presidente dos EUA - Al

Vale a pena assistir e você tirar suas conclusões.




sábado, 9 de maio de 2009

ARTIGO DE FREI BETTO

RAÍZES E SUPERAÇÃO DA CRISE

Frei Betto
Ao priorizar a acumulação do capital em detrimento dos direitos humanos e do equilíbrio ecológico, o capitalismo instaura no planeta uma brutal desigualdade social, além de promover a devastação ambiental. Hoje, 80% da produção industrial do mundo são absorvidos por apenas 20% da população que vive nos países ricos do hemisfério Norte. Os EUA, que abrigam apenas 5% da população mundial, consomem 30% dos recursos do planeta!
O padrão de consumo da sociedade capitalista é insustentável e tem um papel decisivo no processo de mudança climática. Boa parte desse consumo é reservada às práticas ostentatórias de uma reduzida oligarquia. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a soma da renda das 500 pessoas mais ricas do mundo supera a de 416 milhões mais pobres. Um multimilionário ganha mais do que 1 milhão de pessoas!
Segundo a revista Forbes, que se dedica a radiografar os donos do mundo, essa gente costuma pagar US$ 160 mil por um casaco de pele; US$ 3.480 por 12 camisas da loja londrina Turnbull & Asser; ou US$ 241 mil numa única noite num cabaré de strip-tease, como fez Robert McCormick, presidente da Savvis, empresa que monitora os computadores da bolsa de Nova York. Pode também comprar o carro mais caro do mundo, o Bentley 728, que custa US$ 1,2 milhão.
Os muros dos campos de concentração da renda são altos demais para permitir a entrada da multidão de excluídos. Mas são demasiadamente frágeis para impedir o risco de implosão. Há que buscar uma alternativa ao atual modelo de civilização. E essa alternativa passa, necessariamente, por mudança de valores, e não apenas de mecanismos econômicos.
Se o mundo roda em torno da economia e a economia gira em torno do mercado, isso significa que este, revestido de caráter idolátrico, paira acima dos direitos das pessoas e dos recursos da Terra. Apresenta-se como um bem absoluto. Decide a vida e a morte da natureza e da humanidade. Assim, os fins – a defesa da vida no nosso planeta e a promoção da felicidade humana – ficam subordinados à acumulação privada das riquezas. Não importa que a riqueza de uns poucos signifique a pobreza de muitos. Os cifrões de contas bancárias são o paradigma do mercado e não a dignidade das pessoas.
O princípio supremo da cidadania mundial é o direito de todos à vida e, como enfatiza Jesus, “vida em plenitude” (João 10, 10). Como tornar isso viável? Qualquer alternativa deverá fugir dos extremos que penalizaram parcela significativa da humanidade no século XX: o livre mercado e a planificação burocrática centralizada. Nem um nem outro subordina a economia aos direitos do cidadão. O mercado afunila oportunidades, concentrando a riqueza em mãos de poucos, e agrava o estado de injustiça. A planificação burocrática, embora exercida em nome do povo, de fato o exclui das decisões e muitas vezes restringe o exercício da liberdade. Ambos são incompatíveis com o meio ambiente e conduzem ao dramático processo atual de aquecimento global.
Para superar esses impasses, urge que a lógica econômica abandone o paradigma da acumulação privada, para recuperar o do bem comum e do respeito à natureza, de modo que a cidadania se sobreponha ao consumismo e os direitos sociais da maioria aos privilégios ostentatórios da minoria.
O Fórum Social Mundial é uma luz que se acende no fim do túnel, resgatando a esperança de tantos militantes da utopia que lutam contra um sistema que imprime ao pão valor de troca, como mercadoria, e não valor de uso, como bem indispensável à nossa sobrevivência.
Repensar o socialismo supõe não identificá-lo com o regime derrubado pelo Muro de Berlim, assim como a história da Igreja não se resume à Inquisição. Se somos cristãos, é porque o Evangelho de Jesus encerra determinados valores, como a natureza sagrada de toda pessoa, que servem inclusive de juízo condenatório ao que representou a Inquisição.
Uma proposta alternativa de sociedade deve partir de práticas concretas, nas quais economia política e ecologia se coadunam. Uma das razões da brutal desigualdade social imperante no Brasil (75,4% da riqueza nacional em mãos de apenas 10% da população, segundo dado do Ipea, maio de 2008) é a esquizofrenia neoliberal que divorciou a economia da política, e a política do social e do ecológico. A consolidação da democracia e a defesa dos ecossistemas no nosso país e no mundo dependem, agora, da capacidade de se enfrentar a questão prioritária: erradicar as desigualdades sociais. Preservação ambiental e superação da miséria são inseparáveis.

Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Barros, de “O amor fecunda o Universo – ecologia e espiritualidade” (Agir), entre outros livros.

Os livros de Frei Betto podem ser adquiridos, a preço mais barato, através do e-mail: tecacarvalho@uol.com.br

quinta-feira, 7 de maio de 2009

SEMINARIO SOBRE REFORMA POLÍTICA

Aconteceu em Brasília - DF o seminário: "Parlamento Hoje: Democracia, representação e participação" promovido pelo Inesc - Instituto de Estudos Socioeconômicos. Foram debatidos temas como: o papel do parlamento brasileiro; como as agendas centrais para os movimentos sociais repercutem no parlamento; quais os interesses hoje predominantes no parlamento; como democratizar o parlamento; como se dá a intervenção da sociedade no parlamento, avanços e retrocessos nas conquistas; novas estratégias de intervenção.
Estiveram presentes representantes de fóruns estaduais sobre a reforma política do país, movimentos socioambientais, representantes de ONGs, da sociedade civil e do parlamento. De todos deputados da Cãmara além da presença do deputado Chico Alencar - PSOL somente a deputada Luiza Erundina - PSB esteve presente na maior parte do evento, nos dois dias de sua realização.
Na quarta-feira pela manhã o plenário da Câmara, transformou-se em comisão geral para o debate sobre as propostas da sociedade civil a respeito da reforma política. Segundo o líder do PT Cândido Vacarezza, "a reforma política é a aprovação de um conjunto de leis e propostas de emenda à Constituição que alteram o processo partidário, de representação, de eleição no país." O debate no plenário da Câmara contou com algumas intervenções de representantes da sociedade civil e parlamentares de vários partidos, mostrando como existem diversas propostas em debate como a lista de candidatos, a fidelidade partidária, o financiamento público de campanha, entre outros assuntos. Ainda há um longo caminho a ser percorrido para que de fato o Congresso brasileiro possa compreender a importância de ter a sociedade civil atuando e participando dos debates, propondo projetos de lei, exercendo a cidadania que é direito de todo povo brasileiro para construirmos a democratização de fato de nossas instituições públicas.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

POVOS INDÍGENAS ACAMPADOS EM BRASÍLIA

POVOS INDÍGENAS ACAMPAM NA ESPLANADA EM BRASÍLIA
PEDEM APROVAÇÃO DE ESTATUTO


Líderes de mais de 150 etnias indígenas estão acampados na Esplanada dos Ministérios em Brasília - DF, vão entregar aos parlamentares do Senado e da Câmara a proposta de Estatuto dos Povos Indígenas. Nas reivindicações incluem a criação de uma sistema de educação educacional específio para crianças indígenas e a garantia de revisão e de novas demarcações de terras.