terça-feira, 28 de julho de 2009

O DIREITO A INFORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

AS CORES DA NATUREZA 6




O DIREITO A INFORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL:
O DIA EM QUE OS HUMANOS DESCOBREM
QUE NÃO SOMOS PORCOS


- Diante todos erros que nós seres humanos estamos cometendo degradando nossa própria espécie e o meio ambiente, negar o direito a informação ambiental é negar o direito a vida. A informação socioambiental deve ser uma conquista básica para uma vitória sobre a crise ambiental.
- A alienação é intrínseca ao sistema capitalista. Não podemos pensar e fazer nada que não seja a razão do consumo, do individualismo e da adesão ao "modus vivendi" anti-humano e anti-ambiental. A maquiagem televisiva seduz todas vaidades e sentidos humanos. Uma lembrança a ontológica questão:: "ser ou não ser". Viver hoje no mundo globalizado é viver a imposição e o conflito permanente do "não ser". Tudo pode ser cientificamente explicado, academicamente correto, mas a razão ( irracional), cartesiana, neoliberal tenta a todo custo transformar, por exemplo, mais esta ponta do iceberg da crise socioambiental, a pandemia da gripe suína, em show televisivo.
- Esta pandemia coloca novamente em xeque a falta de limites a um modo de produção de sociedade que não se importa com os seres humanos. O vírus do lucro a qualquer preço e a qualquer custo cruzou espécies: porcos e humanos.
- Não é um filme Hollywoodiano de terror. Uma lembrança do curta metragem premiado "Ilha das Flores" onde se faz a pergunta: " o que diferencia homens e porcos ?" . É uma real e sinistra constatação: toda nossa tecnologia "civilizatória" conseguiu em pleno século XXI produzir uma mutação genética onde humanos estão mercadologicamente expostos a virulência suína. Será que estamos vivendo além de uma crise ética, uma crise de identidade: somos humanos ou porcos ?
- A tentativa da grande mídia em transformar porcos em nomenclatura química H1N1, na verdade esconde a imoralidade desta crise socioambiental da gripe suína. Estão tentando salvar o mercado do consumo de suínos através do esforço dessa fórmula química da "mídia maquiada". Escamotear a verdade degradante deste sistema neoliberal que vem produzindo a "educação" mutante, anti- ambiental em nosso inconsciente tentando nos levar a crer que não somos mais pessoas, humanos, mas porcos. Vale lembrar que esta gripe é causada pelo vírus influenza, que caracteriza-se pela capacidade de sofrer mutações. Quando um vírus que acomete apenas uma espécie, como aves ou como os porcos, sofre sucessivas pequenas mutações, adquire em determinado instante a capacidade de transmitir e causar a doença em humanos.
- A grande imprensa realiza um papel triste, em sua maioria, de levar as pessoas a uma apatia e conformismo de que "sempre foi assim e será".
- As charges na internet de alguns cartunistas lembram e ironizam esta triste situação que o mundo atravessa. Freud explicaria, com certeza. Ou quem sabe voltamos ao dilema Shakespeariano: "não existimos". De fato para o mercado sedento de lucro a qualquer preço, da exclusão de bilhões de humanos a vida, estas minorias insistem em nos oprimir dizendo que não podemos ser humanos.
- As ditas "catástrofes" acabam virando espetáculo. Assistimos via satélite cenas dantescas de conflitos, crises e degradações. Isso sim é criminoso. Negar ao ser humano o direito de ser. Nós existimos. Não temos que aceitar a extinção da nossa espécie humana em função de um sistema sócio-econômico-político-étnico-cultural-ambiental que vem destruindo tudo e todos.
- No advento da Revolução Industrial apregoavam a tese de que estávamos evoluindo como espécie, na verdade sob a ótica socioambiental podemos dizer que aceleramos uma degradação das relações humanas e socioambientais. O mundo continuou aprofundando as desigualdades, a exclusão de bilhões de humanos a uma vida digna para manterem-se privilégios de poucos. Esta ignorância que vem esgotando de forma criminosa nossos recursos naturais, degradando as pessoas e o meio ambiente.
- A " informação" da grande imprensa é patrocinada por quem ? Como um meio de comunicação pode dizer que está informando a população se não liga o fato divulgado as raízes dos conflitos ambientais ? Se toda educação deveria ser ambiental, toda informação deveria ser ambientalmente justa e defendida como direito de todos.
- Sabemos que a história humana vem conflitando com a lógica e a harmonia da natureza. Somos hoje predadores. Pois mesmo tendo uma leve informação do que seja o aquecimento global, as pandemias que se diversificam e se multiplicam, o aprofundamento e degradação da maioria dos humanos, ainda não depomos governos que levam o planeta ao caos. A sociedade civil tem que se fazer ouvir e organizar-se não apenas em nosso país. Esperar de gestores do caos planetário solução para esta crise socioambiental é estar contra nossa humanidade de "ser".
- Podemos sim implantar uma sociedade onde o ser humano seja de fato respeitado. Esta tecnologia ambiental o Brasil vem implantando através da organização da sociedade civil, de associações e grupos ambientais, de muitas comunidades indígenas, quilombolas, populações tradicionais. Mesmo nas áreas urbanas grupos como de Camila Pitanga, Letícia Sabatella, Isabel Fillardis, são exemplos da capacidade humana de empreendermos ações de cidadania que educam. A grande questão é que não são manchetes da grande imprensa. Por isso nós homens e mulheres anônimos(as), o cidadão(ã) sem visibilidade ou valor senão na época eleitoral, precisamos acontecer exercendo nossa força de cidadania.
- A nós homens cabe a inteligência de buscarmos mulheres assim, que saibam conosco nos unirmos numa atitude cidadã. A organização de grupos socioambientais, das redes de meio ambiente são uma saída para vencermos esta crise ambiental. Podemos sim viver de forma ambientalmente muito melhor.
- Cada um de nós " compõe a sua história", carregamos o dom de sermos capazes e felizes vivendo de forma mais harmônica e saudável.
- " É preciso amor para poder pulsar, é preciso paz para poder sorrir. É preciso a chuva para florir".
- Léo Maia lembrando seu pai Tim Maia canta com razão: "tenha fé, mesmo com o mundo em desencanto, a luz banirá as trevas. Tenha Fé."
- É fundamental valorizarmos nossa capacidade de vivermos bem, com melhor qualidade de vida para todos. Implantarmos com decisão o Art. 225 de nossa Constituição brasileira. Elevarmos nossa auto estima humana.
- O que diferencia uma pessoa que valoriza a nossa espécie humana em relação por exemplo aos porcos, destas outras que se massificam e lavam as mãos, não como profilaxia, diante a crise ambiental é a atitude. Se existe o instinto de destruição na humanidade há o instinto de preservação. A vida é mais. O sagrado direito a informação socioambiental que salva vidas é uma conquista de cidadania. Por isto acreditamos na força da sociedade civil. Na nossa atitude vencedora.

- Pelo agravamento da pandemia da gripe suína, divulgamos o telefone de contato do Ministério da Saúde: 0800611997 que presta informações sobre mais esta pandemia. Se você ligar e estiver congestionado, desbloqueie sua insatisfação e busque participar de alguma organização ambiental brasileira.
- Fica nosso convite para você se inscrever em nosso blog: www.oecoambiental.blogspot.com e se tornar um assinante/apoiador(a) do Jornal Oecoambiental, veja em nosso site no link de assinantes como proceder: www.oecoambiental.com.br.
- Sugerimos também uma nova leitura ao texto publicado em nosso blog: " A gripe suína e o meio ambiente."
- Fica como ser humano nossa solidariedade a nossa espécie n este momento degradante da história humana. Nós vamos vencer, tenha Fé. Acredite na sua atitude de se mobilizar, se organizar para vencermos a crise socioambiental.
- O crime ambiental está dado na disseminação desta pandemia. Quem está pagando a conta de novo ? Cada cidadão(ã) não só brasileiro(a) , mas a população mundial. A gravidade da crise ambiental é que atinge comunidades, cidades, países, todo planeta.
- Conquiste o direito a informação socioambiental. Vamos nos unir, porque nascemos para vencer.

Luiz Cláudio
Jornal Oecoambiental
www.oecoambiental.blogspot.com
www.oecoambiental.com.br

4 comentários:

  1. No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da malária que se
    podia prevenir com um simples mosquiteiro, sarampo e pneumonia que poderiam ser evitadas com vacinas de baixo custo, diarréia que se poderia evitar com um simples soro e até mesmo com a gripe comum. Então porque se armou tanto escândalo com a gripe suína?
    Seria por que atrás desses "porcos" há uma pandemia de lucros? Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza a
    fabricação de medicamentos genéricos para combatê-la? Mais uma vez a população mundial é vítima da ganância por lucros e nós ambientalistas, temos o dever de alertar a sociedade.

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  2. Considero as questões relacionadas à saúde uma das problemáticas das questões ambientais a serem discutidas, uma vez que envolve várias variáveis do nosso complexo planeta. A grande questão, no entanto é que o sencionalismo da mídia e os lucros das grandes indústrias farmacêuticos, transformam um determinado surto a grande sensação do momento, e mascaram fatores que estão por trás do problema, somente para obter audiência e lucros.Mas observa-se que os dirigentes envolvidos diretamente não relacionam, por exemplo, como uma questão ambiental, e mascara o que de fato é realmente a nova gripe, em prol dos grandes empresários. Passa-se sempre uma visão difundida da produção científica sobre o assunto, além de ter como base uma visão fragmentada e pouco voltada para a interdisciplinaridade. Nós pobres mortais vivemos sempre a mercê dos detentores do “capital”, e se ousarmos levantar a voz somos o “bando de desordeiros”. Dessa forma lanço uma questão, será que de fato estamos vivendo em uma democracia?

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  3. ok Fabia e Simone. Participaram de alguma atividade esta semana na área de meio ambiente ? Em setembro acontecerá o Seminário sobre Mudanças Climáticas, vocês viram ? Luiz Cláudio

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  4. Luiz Cláudio,
    Esta semana aconteceu o Seminário de Resíduos Eletroeletrônicos no Centro Mineiro de Referência em Resíduos. Tive notícias que o evento foi muito interessante e que contou com a participação de vários palestrantes internacionais. O evento teve o objetivo de encontrar soluções para a destinação e gestão do resíduo eletroeletrônico gerado em Belo Horizonte.
    Sobre o Seminário de Mudanças Climáticas gostaria de saber como foi.

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