terça-feira, 27 de julho de 2010

BRASIL TERCEIRO PIOR ÍNDICE DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DO MUNDO

EDITORIAL DE JULHO 2010

   Nosso Jornal por atuar na área socioambiental, sempre fez referência da péssima distribuição de renda do Brasil. Neste mês foram divulgados pelo PNUD os índices dessa desigualdade. . Segundo o relatório em julho/2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ( PNUD ) o Brasil tem o terceiro pior índice de distribuição de renda do mundo.  "Dos 15 países com maior desigualdade, 10 estão na América Latina e no Caribe, sendo que o Brasil tem o terceiro pior índice Gini: 0,56.  Criado por um matemático italiano no começo do século XX, o índice Gini é o mais usado para medir a desigualdade de renda: quanto mais perto de 1 fica o coeficiente, mais desigual é o país. O Equador apresentou o mesmo número do Brasil. À frente deles, estão Bolívia, Camarões e Madagascar, com 0,60, e África do Sul, Haiti e Tailândia, com 0,59. (PNUD)". A Améria Latina é a região mais desigual do planeta.
“ O relatório, denominado "Atuar sobre o futuro: romper a transmissão intergeneracional da desigualdade", mostra que a concentração de renda na região é influenciada pela falta de acesso aos serviços básicos e de infraestrutura, baixa renda, além da estrutura fiscal injusta e da falta de mobilidade educacional entre as gerações.
    No Brasil, educação dos pais tem forte influência. Em nosso país,  por exemplo, a escolaridade dos pais influencia em 55% o nível educacional que os filhos atingirão.” (Carolina Brígido)
   Vale lembrar que os currículos educacionais no Brasil diante os conflitos ambientais, estão defasados. As mudanças climáticas, que matam e desabrigam milhões de pessoas, atuam desorganizando a infra-estrutura das cidades e comunidades. Chuvas, secas, queimadas são mudanças bruscas que colocam para a sociedade civil inúmeros desafios. Sem contar que entre os péssimos salários no Brasil os professores continuam sendo mal remunerados. Recentemente em MG os professores da rede estadual de ensino fizeram greve por mais de um mês e meio, (48 dias) lutando por um piso salarial de pouco mais de mil reais, sendo que o salário mínimo necessário do DIEESE de junho de 2010 deveria ser de R$ 2.092,36. Isto para uma família de 4 pessoas (homem, mulher e duas crianças), sobreviverem com um mínimo de dignidade humana. Daí uma explicação do porque nossas famílias brasileiras estão sendo destruídas.
   O direito a informação socioambiental que defenda a comunidade destes conflitos salva vidas. Nosso Jornal e Projeto Oecoambiental vem buscando agir pela democratização da comunicação socioambiental e na difusão da informação que defenda e apóie a conquista de melhores condições socioambientais para todos nós, nossas comunidades e todo ambiente.
  Os seres humanos e os recursos naturais, ambientais no Brasil precisam ser respeitados e valorizados. Temos que reagir a degradação humana e ambiental numa atitude de conquista da Justiça ambiental com qualidade de vida para todos.
   Neste grave momento da conjuntura socioambiental do Brasil e no mundo, inclusive com o vazamento de petróleo no golfo do México,  queremos nos sintonizar com a Força de nossa causa. Se soubermos valorizar a pessoa humana e os recursos humanos e naturais do Brasil, podemos construir uma sociedade sustentável, com justiça ambiental para todos.

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