sábado, 31 de dezembro de 2011

Um 2012 com muita PAZ, SAÚDE, AMOR, PROSPERIDADE E FELICIDADES PARA TODOS

O JORNAL OECOAMBIENTAL DESEJA A NOSSOS LEITORES E TODA POPULAÇÃO UM FELIZ ANO NOVO
Praça da Liberdade - Belo Horizonte
MG - Brasil - Foto: Jornal Oecoambiental

Haverá sim um tempo de Paz.

Paz que é fruto da justiça socioambiental.

     Um tempo em que o homem e a mulher estarão livres de toda opressão para se encontrarem através do amor conjugal, universal - renovando a vida na face da Terra.  Sim é possível que nos encontremos com um novo amanhecer. Onde a fome entre seres humanos tenha sido banida da face da Terra. Onde ser humano valha mais que ser mercadoria de consumo.
  Um mundo onde as riquezas produzidas no Brasil e no mundo sejam de fato distribuídas com Justiça Ambiental para todos. Onde toda nossa espécie tenha o que precisa para sobreviver com dignidade e possamos seguir nossa jornada para que todos nós tenhamos qualidade de vida como um direito elementar básico, sustentável.
  É possível sim construirmos um Brasil e um mundo sustentáveis. Uma nova economia mundial onde haja apenas um mundo sem divisões. Um mundo dos seres humanos que sabem valorizar e defender sua espécie. Um mundo que aprenderá a cuidar, respeitar e valorizar todas as etnias, crenças, gêneros, culturas e todo meio ambiente que nos é presenteado.
   Já sabemos que somos bons e maus. Quem está produzindo o aquecimento global é nossa espécie humana. Quem está degradando o próprio ser humano e todo meio ambiente é nossa espécie humana.  O que não queremos já estamos vivendo com as consequências do aquecimento global, resultado da injustiça socioambiental do Brasil e do mundo.
  Agora é tempo de agirmos para construirmos o que de melhor nossa espécie pode fazer por todos nós e pelo belo e exuberante planeta Terra.
 Ainda não compreendemos neste início de século XXI, que nossa espécie também pode ser boa. Vamos então nos unir pelo bem.  Vivendo, percebendo e compartilhando  o bem de todos nós e da Terra. E como a Terra é linda e maravilhosa. Nós sabemos disso, não sabemos ?
   Não importa se professemos alguma crença ou não. O que importa é nos unirmos cada vez mais em defesa da vida.  De toda beleza que existe em cada ser humano e na Terra.
   Ainda podemos vencer pelo que temos de melhor em cada um de nós. Desenvolvermos tecnologias de valorização e proteção a pessoa humana e todo meio ambiente.
   Que em 2012 a Conferência da ONU Rio + 20 e a Cúpula dos Povos também no RJ/Brasil  -  façam valer o que podemos ser de melhor e não o que apenas podemos ter de consumo sem qualidade de vida.  Que estes encontros mundiais promovam acordos globais de uma opção prioritária pela defesa da vida em todas as suas formas.  Basta de tanta degradação humana, corrupção, miséria, fome, desigualdades, opressão a nossa espécie humana e a todo meio ambiente.
  Que de fato coloquemos a valorização do ser humano em prioridade absoluta e por conseqüência, que todos como sociedade civil no Brasil e no mundo nos unamos em defesa de todo meio ambiente cada vez mais.  Assim chegaremos a nossa essência humana que é ser e viver o bem.
   Neste início de 2012 agradecemos a Deus. Sabemos que há esta Força invencível que cuida de todos nós. Que possamos sentir essa Força e fazer nossa parte.
Cada um somando seus dons para a construção de um Brasil e um mundo onde a beleza de cada ser humano e de sentirmos, percebermos e valorizarmos os recursos naturais da Terra seja compartilhado com justiça ambiental.
  Todos temos direito a um meio ambiente saudável - nossa Constituição brasileira nos ensina em seu Artigo 225.  Que seja então com qualidade de vida para todos – todos mesmo. Um mundo de todos e para todos é o que fará nossa festa ser plena e radiante de brilho, luz, amor, saúde, paz, prosperidade e felicidade para todos.



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A AÇÃO HUMANA DESABRIGANDO OS SERES HUMANOS

   Ainda estamos no início do período chuvoso em Minas Gerais e já são cerca de 41 cidades e mais de dois milhões de pessoas que sofrem com as enchentes.
Segundo a defesa civil estadual enchentes atingem cidades da Zona da Mata como Lima Duarte, Juatuba região central, João Pinheiro região noroeste, Passabem região central, além de Belo Horizonte. Agora, por exemplo, acaba de chover granizo em Belo Horizonte. Alagamentos em diversos pontos da cidade. O Minas Shopping teve a bilheteria do cinema inundada. Milhares de pessoas viram estatísticas de novos desabrigados. Um filme que se repete e agrava a cada ano.
   Dizer que somente as chuvas estão provocando toda esta situação não é verdade. E os investimentos públicos para saneamento básico e a educação ambiental para não se depositar lixo e entulho em vias públicas ? E a falta de atitude política para a construção de moradias que tirem pessoas de áreas de risco ? O dinheiro público segue destinado à construção de estádios de futebol que devem gerar ainda mais lucro para uma pequena parcela da população e relega-se a segundo plano a defesa da vida de milhões de pessoas. O que agrava toda esta situação é que o aquecimento global que vem mudando totalmente o clima. Está chovendo com muita intensidade em pouco tempo. As cidades ficam cada vez mais vulneráveis. As consequências do aquecimento global provocado pela ação humana vem superando as estatíscas.  
   A população precisa se defender de tanta falta de prioridade política e respeito à defesa e proteção da pessoa humana. Todo ano assistimos pela TV o sofrimento e vidas perdidas em enchentes em todo país. E a sociedade civil vai ficar até quando passiva aceitando prefeituras construírem espaços para veículos e não para os seres humanos viverem com qualidade de vida ? Por que tantas obras e o trânsito nas grandes cidades continuam cada vez mais congestionados ? E com toda tecnologia disponível e já com a propaganda de nosso país ser a sexta economia em PIB será que o poder público ainda não sabe onde milhões de pessoas residem em áreas de risco ? Por que milhões de brasileiros continuam ser ter um local seguro e digno de moradia ?  Até quando as chuvas serão responsabilizadas pela perda de vidas humanas, o desabrigo e sofrimento da população ?
   Neste período a defesa civil recomenda como sempre, que as pessoas:
-  evitem transitar em ruas alagadas quando chove em grande intensidade, seja a pé ou em veículos.
- Que observemos encostas onde há acúmulo de águas e risco de deslizamento, além de se abandonarem residências com risco de desabamento.
- Observar em áreas urbanas o estado de postes, árvores se houver queda de energia e rompimento de redes elétricas, evitando se aproximar destes locais.
- Recomenda-se inclusive não deixar lugares seguros para transitar em espaços urbanos durante chuvas muito fortes porque há risco de queda de árvores e rompimento de fios de alta tensão.

  Defender-se do aquecimento global é tudo isso e inclusive em todos outros dias do ano estar atentos aonde o dinheiro público vem sendo investido. Se as obras divulgadas como propaganda eleitoral para a copa do mundo beneficiam a maioria da população ou se são utilizadas para fins eleitoreiros, concentrando cada vez mais a riqueza em poucas pessoas. E para se lucrar a curto prazo “tecnologias” insustentáveis fazem as cidades cada vez mais concretadas sem espaço para o escoamento de água. A engenharia precisa repensar obras onde a vegetação é suprimida de forma abrupta e o solo é encoberto de forma predatória.
   Recursos públicos que pareciam não existirem para infra estrutura urbana das cidades brasileiras aparecem como milagre para as obras “da copa do mundo”. O jogo da vida acontece é agora a cada instante. O respeito a nossa cidadania de termos qualidade de vida e um meio ambiente mais equilibrado para todos também. Enquanto a grande imprensa faz ibope da catástrofe e do sofrimento humano de maiorias neste período de chuvas é preciso que todos nós da sociedade civil nos unamos em todos os dias do ano para agirmos permanentemente fiscalizando o investimento público em saneamento, habitação de qualidade, transporte público, educação, saúde, todos nossos direitos de cidadania. (por  Luiz Cláudio )



domingo, 25 de dezembro de 2011

O JORNAL OECOAMBIENTAL DESEJA A TODOS UM FELIZ NATAL


Nascer


Perceber a vida acontecer


   Nosso Jornal Oecoambiental deseja a nossos leitores e toda população um Feliz Natal e Ano Novo de muita Paz, Saúde, Amor, Prosperidade, Felicidades.
   Confraternizando com todas as crenças, etnias, culturas que defendam a vida, nossa humanidade e ambiente. Que possamos unir sempre pessoas e atitudes que salvem vidas. Que possamos valorizar como o cuidado que merecemos como seres humanos, a água, as florestas, o ar, todos os seres vivos da Terra, cada espécie animal, vegetal.
   Natal para quem acredita em Deus é tempo de perceber a vida acontecer. Somos parte de tudo que vive em nosso meio ambiente. Que possamos perceber como é possível cada dia sermos melhores como seres humanos, superando nossos erros em atitudes que fazem a diferença festejando a beleza de sermos parte de toda natureza.
   Que possamos seguir vencendo e festejando dias melhores para o povo brasileiro e o mundo. Que a Rio + 20 seja de fato a “Cúpula do Povo” brasileiro e de todos os povos que vão se encontrar na Cúpula dos Povos em 2012,  seguindo cada vez mais unidos na construção de um Brasil e mundo ambientalmente mais justo, “ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. ( Artigo 225 da Constituição). 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

SABER CUIDAR - Leonardo Boff


Um bom presente de Natal: livro do escritor Leonardo Boff  Cuidar de si mesmo, de nossa família hoje passa por cuidarmos de todo meio ambiente. Nós seres humanos podemos construir uma sociedade e um mundo ambientalmente mais justo.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O ser humano diante os conflitos socioambientais PARTE III

   Demonstrar que amamos, que somos pessoas que querem ser ouvidas, buscar o diálogo, saber por que agimos dessa ou daquela maneira é fundamental para uma boa convivência nas relações humanas. Julgar as pessoas sem avaliarmos o que o mundo está produzindo de conteúdo humano é hipocrisia. O ser humano que busca o amor, que quer amar e assim se conectar com a essência de cada um de nós está no caminho da felicidade. 
   Atualmente dizer que se ama alguém causa espanto. A ideologia dominante
vende a falsidade de que tudo é descartável. Hoje constroem-se relações afetivas e atitudes do ficar. Tudo que não dura, que atende aos prazeres momentâneos vale a pena. Amar é complicado para muitos. Se perdemos nossa condição e capacidade de amar com certeza não vamos amar o meio ambiente, assim como a sociedade vem destruindo e degradando o ser humano fazemos o mesmo com todo meio ambiente.
   O atual modo de produção de sociedade faz dos seres humanos objetos de uso, consumo e não sujeitos. Muitos adultos não sabem lidar com nossa condição e capacidade de amar. Isso incomoda. Educamos filhos para serem consumidores e cada vez menos seres humanos que podem amar e serem amados.
   A sociedade educa jovens e adultos para serem fundamentalistas em várias religiões e menos para sentirem que somos humanos. Que nossos erros não são culpa e sim sinais de que temos condição de ser melhores a cada dia. Manter a população sob a égide do medo e da culpa é oprimir ainda mais as pessoas.
A falta de amor dos adultos, a falta de sintonia com nossa humanidade interior têm levado as pessoas a impor a juventude que o sentido da vida é ter e não ser.
   O caminho de harmonia para o equilíbrio ambiental que buscamos é sem dúvida viver para o amor. Há pouco tempo assistindo ao filme “Conversando com Deus”
inspirado no escritor Neale Donald Walsch, houve uma citação de que o ser humano é movido por duas motivações básicas: o amor e o medo. Mesmo se existem pessoas que não creem em Deus a questão levantada por Neale faz sentido.  Se nós amamos não temos porque ter medo. Tudo que nos provoca medo é o que não pertence a nossa essencial motivação humana. É minha opinião. Para cuidar do meio ambiente é preciso cuidar e valorizar nossa condição humana.
  Na atual conjuntura levar em conta nossa condição humana diante os conflitos socioambientais é fundamental. Os países ainda não chegam a um acordo sobre como deter o aquecimento global, basicamente porque não querem “perder” mercados pelo restrito interesse econômico de minorias.  O caminho continua sendo a mobilização da sociedade civil no Brasil e no mundo. Na Conferência da ONU Rio+ 20 e a Cúpula dos Povos,  a sociedade civil do Brasil e do mundo vão avaliar o que podemos melhorar e o que os Estados e governantes precisam decidir de forma imediata.  Haverá mais uma chance para nossa espécie humana. Todos nós estamos chamados a nos unir com nossas qualidades e defeitos. Fazemos a diferença é nos unindo como sociedade civil no Brasil e no mundo em defesa da vida e de um meio ambiente socioambientalmente mais justo para todos.

    Luiz Cláudio dos Santos

O SER HUMANO DIANTE OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS - PARTE II

   Todos nós seres humanos precisamos aprender a lidar com nossa humanidade, nossas virtudes e nossos defeitos. Uma pessoa que se julga melhor que outra porque tem mais dinheiro, bens ou poder aquisitivo que outra, ou um ser humano que se julga melhor que outro ser humano pela cor da pele, pelo “status social”, etnia, crença, gênero está doente socioambientalmente falando. Por mais que alguns não queiram aceitar, todos nós seres humanos somos iguais. Geraldo Vandré continua mais atual que nunca quando canta “braços dados ou não” somos iguais. Somos biologicamente iguais. Tudo que está na natureza está no corpo humano.
   Em Belo Horizonte uma Lagoa da Pampulha poluída e degradada como temos hoje reflete a poluição interna e externa dos próprios seres humanos, perdidos em grande maioria diante os conflitos socioambientais. Tendo diariamente sua condição humana relegada a segundo, terceiro planos. Se socioambientalmente adoecemos, adoecemos o meio ambiente. Contaminamos rios, não pensamos cada um de nós em cuidar da floresta Amazônica, aqui em Minas da Serra do Gandarela, ou mesmo de nossa própria casa. Nossa Casa Comum como diz Leonardo Boff é a Terra. Não percebemos que respeitar culturas diferentes, etnias é essencial para a diversidade cultural e as possibilidades de ainda construirmos sociedades e a sustentabilidade que é o meio ambiente sadio e bem de uso comum para todos como prevê o Artigo 225 da Constituição. Por isso defender a floresta amazônica e o direito dos povos indígenas que ali estão vivendo há milhares de anos é nos sintonizarmos com nossa essência humana. O que temos em nosso corpo está na floresta. Agora que surge o debate sobre a usina de Belo Monte é um bom momento para relermos a Carta do cacique Seatle:

O pronunciamento do cacique Seattle

(discurso pronunciado após a fala do encarregado de negócios indígenas do governo norte-americano haver dado a entender que desejava adquirir as terras de sua tribo Duwamish).

    O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.
   Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.
   Minhas palavras são como as estrelas que nunca empalidecem.
   Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
   O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.
   Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.
   Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.
   Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.
   Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.
   Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.
   O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.
   O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
   Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
   Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
   O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.
   Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
   De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.
   Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará, para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
   Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.
   Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.
   Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.
   Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Preteje-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse: E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.

Fonte: "Trechos de um diário: O Cacique Seattle: Um cavalheiro por instinto". 10º artigo da série “Primeiras Reminiscências” - Seattle Sunday Star, 29 de outubro de 1887 do articulista Henry Smith (tradução livre, pela equipe de Floresta Brasil)

  Artigo - Luiz Cláudio
 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O ser humano diante os conflitos sociambientais - artigo


   Dizer que estamos todos felizes no Brasil e no mundo poderia ser verdade. No entanto, sabemos das mazelas da sociedade globalizante que os seres humanos estão construindo. Globalizam-se os prejuízos para a maioria dos países e da população mundial e privatizam-se em pequenas minorias os lucros cada vez maiores.
   Estávamos numa aula onde um participante do Curso O Cidadão e o Meio Ambiente, no Centro de Cultura Nansen Araújo em Belo Horizonte, contou uma história. Ele trabalha realizando filmes para a TV Paraguaia sobre os animais silvestres que são feridos diante a agressão dos seres humanos ao meio ambiente pelo interior do país. Em visita a um povo indígena ele entregou um caramelo a uma criança. Ela imediatamente chamou todas as crianças e dividiu um pedaço para cada um. Dividir para aquelas crianças e aquela cultura faz parte do cotidiano.
   Saber que seres humanos ainda são capazes de fazer isso em pleno século XXI é um alento. Podemos ainda pensar que existem civilizações na qual poderíamos refletir culturas. As culturas diversas são ainda esperança de que possamos organizar sociedades ambientalmente mais justas. Por isso valorizar culturas locais, povos, populações tradicionais, seja vivenciar conflitos.
   O individualismo mina cada vez mais o diálogo entre as pessoas. Quando achamos que estamos conversando, estamos exercendo papéis pré-estabelecidos seja na internet através de redes sociais, seja no pouco tempo para a convivência das famílias, das pessoas. O tempo está curto para tantos afazeres impostos pela mídia, pelos ritos de consumo da globalização. Nossa busca pela felicidade ideologicamente conduzida pelo consumo a qualquer preço encontra ao final o vazio de nosso pouco tempo para ouvirmos a nós mesmos se estamos realmente felizes. O medo é patrocinado pela TV e a solução dos conflitos socioambientais parece ser utopia.
   Estamos aqui vivenciando chuvas que vão expondo a inviabilidade das cidades agora, por exemplo, em Minas Gerais – Brasil. Nas Filipinas outro furacão desabrigou e ceifou vidas de milhares de pessoas. Mais alguns indícios da ação humana provocando o aquecimento global. Além de a natureza expor esta condição insustentável pelo mundo, os conflitos seguem no dia a dia com todos os seres humanos, vivendo em cidades adestradas. Os conflitos que geram este aquecimento global têm origem no modo de produção e consumo que vem sendo adotado em todo mundo de forma hegemônica insustentável. Mas ainda acredito que podemos seguir construindo uma melhor qualidade de vida e meio ambiente. Sociedades sustentáveis.     
   Temos condições de melhorar nossas relações humanas que vem também sendo conflituosas em função desta sociedade insustentável. Necessitamos valorizar o que somos mais do que consumimos ou achamos que somos. Relaxar, ouvir uma boa música. Agradecer pelo que de bom ainda existe nesse mundo em seres vivos, recursos naturais e na nossa capacidade de optar pela valorização do que de melhor existe em cada ser humano. E esse diálogo deve ser permanente. Que possamos ser melhores a cada dia e acreditar que nossa ação humana unindo pessoas e instituições em defesa da vida e de todo meio ambiente melhore as condições socioambientais em nosso dia a dia. 
                       
Luiz Cláudio

sábado, 17 de dezembro de 2011

Occupy Wall Street - como os seres humanos distribuem as riquezas produzidas no mundo

   Seria possível aos seres humanos terem do ponto de vista socioambiental um mundo apenas ? Por que então continuarmos dividindo o mundo em primeiro mundo, “países emergentes” (aliás estão “emergindo” para onde ?), os G8, G20 ... ? Haverá condição de nossa espécie humana distribuir as riquezas produzidas no mundo de forma mais justa e igualitária ? Quais são os custos socioambientais desta desigualdade onde 1% da população possui 40% das riquezas produzidas no mundo ? Essa injusta distribuição de riquezas é sem dúvida um dos mais graves problemas de meio ambiente que nossa espécie tem a enfrentar. Qual é sua opinião ? Segue reportagem de Frederico Rampini sobre o movimento Occupy Wall Street.:

  Um por cento da população mundial possui 40% das riquezas do planeta. Eis como vive, onde vive, o que faz e como ele gasta o seu dinheiro aquela parte da humanidade contra a qual (e em nome dos 99% restantes) o movimento Occupy Wall Street está lutando.
  A reportagem é de Federico Rampini, publicada no jornal La Repubblica, 06-11-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Mãe, o que fazem todas essas pessoas no nosso avião?". O filho de Jacqueline Siegel não conseguia dar uma explicação a si mesmo, na primeira vez que se encontrou na fila de embarque (primeira classe, obviamente) com tantos desconhecidos, ele que estava acostumado a viajar com o seu pai no jato particular da empresa. Bem-vindos ao mundo do 1%.
   Uma categoria social que acabou ficando sob os holofotes da atenção pública graças ao movimento Ocuppy Wall Street: aquele que se autodefine como "os 99%" e denuncia os privilégios da oligarquia. Se você mora em Manhattan, isto é, no coração do protesto, por meio de quais sinais pode-se perceber se você pertence ao vituperado ou invejado 1%?
  Eis 12 mandamentos que traçam a linha de demarcação na vida diária. É um teste empírico, a prova da verdade que trai os verdadeiros privilegiados.
• Primeiro: você se veste rigorosamente made in Italy (com exceção dos sapatos Louboutin), comprando na Bergdorf Goodman da Quinta Avenida.
• Segundo: janta no Masa (o japonês com menus sem preços), Per Se, Marea, Babbo, e pelo menos uma vez por ano você se concede o personal chef com catering de três estrelas.
• Terceiro: mensalidade fixa da Metropolitan Opera, mais doação fiscalmente dedutível.
• Quarto: voa apenas na BusinessFirst, se o Gulfstream não estiver acessível.
• Quinto: nunca anda de metrô, nem mesmo que esteja nevando.
• Sexto: presença assídua em um spa-fitness, com massagista e personal trainer.
• Sétimo: assina o Wall Street Journal.
• Oitavo: férias de verão na Toscana, em Aspen para esquiar, fins de semana na casa nos Hamptons.
• Nono: seus filhos estudam em uma escola privada do tipo Waldorf (pedagogia progressista, mas competitiva), mensalidade a partir dos 30 mil dólares por ano.
• Décimo: nada de conta corrente, mas sim um telefone direto com o serviço personalizado Wealth Management de um grande banco.
• Décimo primeiro: a mansão onde você mora deve ter porteiros uniformizados.
• Décimo segundo: você gosta de cães de raça, mas é o dog sitter que os leva todas as manhãs ao Central Park.
   Essas regras de vida do 1% mudam pouco se você estiver na China, país que recém cruzou o limiar de um milhão de milionários: foi na República Popular que a Burberrys viu suas vendas crescer em 34% em seis meses, que a Zegna inaugurou a sua 70º loja, que a casa de leilões Christie's vendeu por 4 milhões de euros um par de pistolas da era Qing com cabo de ouro incrustado de pedras preciosas.
   Não varia muito no Brasil, onde o poder de compra dos ricos é tão próspero que a Louis Vuitton cobra um ágio de 100% em comparação com os mesmos produtos da sua loja nos Champs-Elysées.
   Estamos falando de uma exígua minoria de extrarricos? São os banqueiros de sempre, magnatas da indústria, estrelas do espetáculo? Não apenas. Nos EUA, os indivíduos com um patrimônio líquido de 1 a 5 milhões – é o limiar acima do qual os gestores patrimoniais os classificam como "altos patrimônios" – são 26,7 milhões. Outros 2 milhões de norte-americanos têm um patrimônio entre 5 e 10 milhões líquidos. Um milhão de pessoas estão sentadas em um ninho de ovos de ouro de 10 a 100 milhões. Por fim, 29 mil estão sentado em cima de 100 milhões de dólares. Todos juntos fazem mais da metade da população italiana.
   Se quisermos ficar com a definição precisa do 1%, isto é, apenas três milhões de norte-americanos, o limite de ingresso é medido com base na renda. Os dados do Internal Revenue Service (a Receita Federal norte-americana) marcam a fronteira exata: é preciso receber uma renda de, pelo menos, 506 mil dólares brutos anuais (375 mil euros) para entrar no círculo dos três milhões de pessoas que são o 1% da população norte-americana.
  Em nível global, para isolar o 1% que está no topo da pirâmide, é preciso voltar às estatísticas sobre o patrimônio, por serem mais homogêneas. O Global Wealth Report do Credit Suisse indica que eles controlam 38,5% da riqueza mundial, e que os seus bens cresceram 29% em apenas um ano: é uma velocidade dupla com relação ao crescimento da riqueza total do planeta.
   Portanto, o Occupy Wall Street denuncia um fenômeno real, aqueles que estão "lá em cima" alçaram voo, distanciando-se cada vez mais da maioria da população. Um fascinante estudo dos historiadores Peter Lindert e Jeffrey Williamson demonstra que nunca na história passada o 1% teve uma cota tão grande da riqueza nacional. Em 1774, quando ainda havia o colonialismo inglês e, portanto, a aristocracia, o 1% dos privilegiados na New England controlavam apenas 9% do total. A nobreza da época vivia em condições menos distantes da média, com relação às novas oligarquias do terceiro milênio.
   Na história norte-americana, a dilatação enorme das desigualdades tem uma data de nascimento: 1982. Não por acaso, é o início da era de Ronald Reagan, marcada por um sistemático ataque ao welfare state, ao poder dos sindicatos, juntamente com políticas fiscais cada vez menos progressivas. É desde 1982 que o 1% se separa do resto, sobe para a estratosfera, amplia as distâncias: no quarto de século posterior, a sua cota da renda nacional mais do que dobrou, subindo acima dos 20%. A parcela de riqueza sobe ainda mais, superando os 33%.
   É a trajetória que última capa da revista The Nation mostra: "Wall Street inventou a luta de classes". Quando esse conceito já havia se tornado um tabu no debate político norte-americano, os ricos se apropriaram dele, e o conflito social sobre a distribuição dos recursos foi vencido por eles.
   Mas também há aqueles que convidam a se compadecer deles. Robert Frank, no seu livro The High-Beta Rich relata a história da família Siegel, aquela do filho que não entende por que tem que subir no avião com desconhecidos. Depois de ter feito sua fortuna no setor imobiliário e ter construído "a Versalhes dos Estados Unidos", em Orlando, na Flórida (23 banheiros, uma garagem para 20 carros, duas salas de cinema), a família teve a sua mansão penhorada pelos bancos quando o mercado entrou em colapso. "Os extrarricos jamais sofreram uma volatilidade tão exasperada da sua fortuna, ligada aos mercados financeiros", explica Frank.
   Portanto, o 1% é uma categoria em risco, de alta mobilidade. Nela se entra e dela se sai com a porta giratória em alta velocidade. Por isso, em 2008, foi aprovado o welfare dos banqueiros: 600 bilhões apenas para salvar Wall Street.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

VAZAMENTO DE PETRÓLEO EM CAMPO DE FRADE/RJ - CONTINUA

Foto: ANP

    Ainda continua o vazamento de óleo, 382 mil litros de óleo, o equivalente a 2.400 barris, vazou até o momento da Bacia de Campos no acidente no Campo de Frade sob responsabilidade da companhia petroleira norte americana Chevron. O superintendente de meio ambiente da empresa, Luiz Pimenta não sabe precisar por quanto tempo ainda haverá vazamento.
   Em Macaé/RJ o presidente da Câmara Municipal disse que ainda tinha “uma dúvida muito grande se eles não estavam tentando chegar ao pré-sal. O representante da Chevron negou que a empresa norte americana teria tentado fazer perfurações até a camada pré-sal. Ao mesmo tempo a empresa diz ter todas as permissões necessárias para extrair petróleo do pré-sal no Campo de Frade. Esta empresa tem status Classe A que lhe permite perfurar em águas profundas na costa do Brasil. Autoridades reguladoras brasileiras argumentam que a licença da empresa para operar em águas profundas está em revisão ou poderá ser revogada.


   O IBAMA multou a empresa em 50 milhões, o valor máximo de multas aplicadas pelo órgão. O fato é que os danos ao meio ambiente ainda continua ocorrendo embora se divulgue que a mancha visível no mar é de cerca de 159 litros (um barril), no fundo do mar ainda há vazamentos nas rochas. Um dos questionamentos que nosso Jornal Oecoambiental faz é se há realmente segurança de que vazamentos graves como este poderão ser previstos e evitados na exploração do pré-sal na costa brasileira.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

114 ANOS DE BH - PARABÉNS A POPULAÇÃO DE BH PELO ANIVERSÁRIO

BELO HORIZONTE E OS 114 ANOS DE ANIVERSÁRIO  
Vista de Belo Horizonte - imagem do alto mangabeiras
Foto: Jornal Oecoambiental

   Parabéns Belo Horizonte hoje é nosso aniversário de cidadania, 114 anos. Nossos horizontes para todos habitantes da cidade possam ser de muita paz, prosperidade, felicidades, amor, união, solidariedade e que todos continuemos construindo uma cidade e um país sustentável.
   Construir uma cidade sustentável para todos é ainda um desafio não só para Belo Horizonte, mas para a maioria das cidades do Brasil e do mundo. Esse desafio é lançado quando o mundo volta-se para a solução dos problemas ambientais.
   Manter-se, ser capaz de se sustentar para nossa cidade é cuidar melhor de todos habitantes da cidade e das belezas naturais que temos. Uma cidade para todos, com direitos de cidadania para todos. Ambientalmente saudável, como prevê o Artigo 225 da Constituição. No entanto, ainda somos uma cidade onde há espaços “reservados” para ricos e pobres. Uma cidade que empurra os que vivem do trabalho para as periferias e se reservam o centro nas horas de lazer ou áreas ditas nobres para poucos que detém o  “maior poder aquisitivo”.
   Pensando no estado de Minas aonde está localizada, historicamente com tantos minerais e ouro daqui retirado pagando-se o quinto do ouro, poderíamos nos questionar, porque uma região de tanto ouro ainda convive com uma das piores distribuições de renda do mundo, não só BH como o Brasil ?
   Aniversário antes de tudo são dos seres humanos, as pessoas que por gerações produzem riquezas que não são distribuídas equitativamente. Enquanto a grande mídia insiste para que as pessoas consumam, comprem sem salário digno e justo para a maioria. A maioria dos espaços urbanos são espaços privatizados e não de convivência. A ideologia dominante é a imposição do consumo pelo consumo.
   Nossa mensagem de aniversário para a cidade é no sentido das pessoas voltarem-se a nossa condição humana comum. Somos iguais organicamente, mas econômica e ambientalmente a cidade privilegia uma minoria e pune os mais empobrecidos. Os efeitos da degradação ambiental não atingem de forma igual a todas pessoas. Que o digam aqueles que nesse período de chuvas nas vilas e favelas moram em encostas e áreas de risco.
   Que bom seria todos sairmos às ruas festejando o fim das desigualdades sociais, urbanas, rurais, socioambientais. Esta festa ainda uma dia com certeza vai acontecer. Vamos então edificar esse dia . Construirmos os degraus para nosso sonho de uma cidade livre de toda opressão.
   A maioria da população é maltratada em transportes coletivos superlotados em horas de pico. A cidade ainda não percebeu que há nascentes, serras, árvores sendo degradadas e que as pessoas seguem por este mesmo caminho. Que possamos reagir a tanta degradação. Há que se promover em Belo Horizonte a democratização do lazer por exemplo. Ter praças acessíveis, parques bem cuidados sem ter como a população utilizar esses espaços, seja pela dificuldade de um transporte público de qualidade, seja porque ainda não descobrimos que uma cidade é para todos.
   Que em nossos 114 anos de idade, uma cidade ainda jovem poderíamos dizer, toda população possa de fato defender uma qualidade de vida saudável. Que possamos todos perceber que podemos ter uma Lagoa da Pampulha saneada, sem o mau cheiro que depõe contra nossa capacidade de assumir que somos civilizados. Os povos indígenas são de fato uma civilização que tem muito a ensinar. Numa cultura indígena saudável jamais uma Lagoa da Pampulha tão degradada e poluída seria produzida por um povo indígena. O estado da Lagoa da Pampulha é o estado das pessoas.
   Que nossa população não seja exposta a tanto sofrimento nos transportes públicos, na utilização da rede pública de saúde. Que o ensino público de fato possua mais qualidade. Que os salários dos professores sejam de mais respeito não apenas com estes profissionais, mas com as crianças e juventude que tem direito a um ensino público de qualidade e de bom conteúdo.  Que nossa cultura popular seja respeitada, assim como todas as culturas. Hoje os grandes teatros de nossa cidade são democratizados para que toda nossa população tenha de fato sua cidadania respeitada ?
   Parabéns Belo Horizonte, que possamos ter de fato belos horizontes, porque poderemos avançar na conquista de nossa cidadania socioambiental e de fato nos preocuparmos com o desmatamento urbano que a cidade vem assistindo. Que a saída para a civilização belorizontina seja se horizontalizar. Que possamos construir uma convivência, bairros, comunidades saudáveis e não isoladas no individualismo anti-humano.
   Que possamos defender nossas nascentes. Um dos critérios para que a cidade capital de Minas fosse aqui instalada em 1897 foi pela quantidade de água de boa qualidade que ainda resiste existir por aqui. Que saibamos então defender as nascentes que estão ameaçadas em todas regiões da cidade, na Mata da Baleia, na Serra do Gandarela e todos lutemos pela criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela, onde boa parte das nascentes que abastecem a região metropolitana corre perigo de extinção. Que possamos impedir que a Serra do Curral seja destruída como vem acontecendo. As obras que fazem parte das campanhas políticas sem pessoas não tem razão de ser. Nas obras anunciadas o concreto não pode oprimir o ser humano como vem acontecendo. Que nossa cidade seja realmente uma cidade com qualidade de vida e meio ambiente saudável para todos e as políticas públicas tenham como ponto de partida as pessoas e nossa qualidade de vida.
   Que o legado do ouro das minas seja o aprendizado de que distribuir a riqueza para todos e ter acesso e direito a um meio ambiente saudável é uma conquista que podemos alcançar juntos, nos unindo cada vez mais em defesa da vida e de todo meio ambiente.
  Nosso abraço de parabéns é um abraço pela valorização de cada um de nós habitantes de nossa Belo Horizonte em belezas humanas e naturais.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

MUDANÇA NO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO - ANISTIA PARA QUEM DEGRADA O MEIO AMBIENTE ?

   O Brasil está perdendo uma importante oportunidade de democratizar a discussão sobre o Código Florestal. O conjunto da sociedade civil brasileira está sendo devidamente informada sobre o que significa essa alteração no Código Florestal ?
   A pressão política de setores empresariais ligados ao agronegócio, como produtores de camarão dentre outros, altera o texto original. A sociedade civil por sua vez não é consultada em sua ampla maioria. Ou seja, setores que concentram poder econômico fazem lobby e sobrepõem aos interesses nacionais da construção da sustentabilidade sua lógica de lucro a curto prazo.
  Em Durban – África do Sul, na COP 17 a alteração do Código Florestal foi denunciada, pois o país fica ainda mais vulnerável as conseqüências das mudanças climáticas se apenas os setores empresariais organizados sem uma compreensão da construção da sustentabilidade tiverem vez. O planeta já vem há tempos mostrando que não resistirá a postergação de metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.
   Na última terça-feira o Senado Federal votou a mudança do Código – lei de 1965.
  O Brasil possui 537 milhões de hectares de cobertura vegetal. A mudança no Código Florestal foi uma exigência do setor agropecuário. Muitas das propriedades rurais pelo Código Florestal original estão irregulares. Teriam que se adequar a legislação. Ou seja, o governo ao aprovar essa alteração está praticamente dando uma “anistia” aqueles que exploram a atividade econômica sem pensar a médio e longo prazos na degração do meio ambiente. O governo argumenta que em troca da recuperação de áreas desmatadas aceita uma flexibilização da lei. A pergunta que se faz é: o governo então está anistiando quem está hoje degradando o meio ambiente ?
  Há uma denúncia de que cerca de 79 milhões de hectares de florestas ficarão sem proteção ou deixarão de ser reflorestados com as mudanças no Código Florestal, uma superfície equivalente ao território conjunto da Alemanha, Áustria e Itália, segundo a rede de ONGs Observatório do Clima.
  Enquanto o país realiza neste domingo um plebiscito sobre o desmembramento do Pará, um tema polêmico como a mudança do Código Florestal mereceria sem dúvida um plebiscito.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

COP 17 DE DURBAN DISCUTE PROTOCOLO DE KYOTO E FUNDO VERDE CLIMÁTICO

    A Conferência do Clima COP 17 realizada em Durban – África do Sul até o próximo dia 9 de dezembro, busca um acordo entre países frente ao aquecimento global. Ao que parece, até o momento os interesses estritamente econômicos prevalecem aos interesses de construção da sustentabilidade. O Protocolo de Kyoto, que vence em 2012 é alvo dessa Conferência da ONU. Assinado em 1997 e em vigor desde 2005, o Protocolo de Kyoto estabeleceu compromissos legalmente vinculados de redução de emissões de gases do efeito estufa para 37 países desenvolvidos, com exceção dos Estados Unidos que não o assinou.
   Desde Cancun, com a ausência de um novo acordo global que dê continuidade a Kyoto,  a maioria dos países estão apresentando metas voluntárias de redução das emissões de gases de efeito estufa até 2020. Novos acordos vinculados globais ainda não foram firmados estipulando novas metas. Enquanto os países em desenvolvimento consideram crucial que as economias ocidentais ratifiquem um novo acordo global sobre o clima, Rússia, Japão e Canadá não querem renovar o tratado enquanto China, Índia e EUA, que são seus concorrentes comerciais, não assumirem estes mesmos compromissos.
  Os acordos globais sobre clima são fundamentais para se evitar que a temperatura da Terra neste século alcance 2º C, o que teria efeitos ainda mais devastadores sobre o planeta.
  Outro tema importante da COP 17 é a criação do Fundo Verde Climático, para ser revertido aos países em desenvolvimento a enfrentarem os impactos devastadores do aquecimento global. Este Fundo pretende financiar ações contra as mudanças climáticas com verbas que aumentarão até alcançar os US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020.
   Para o Canadá, “Kyoto pertence ao passado”, segundo afirmou o ministro canadense do Meio Ambiente, Peter Kent. Japão e Rússia também reiteram que este pacto não obrigou dois dos maiores emissores de gases de efeito estufa, China, por ser um país em desenvolvimento e Estados Unidos que não o retificou a reduzirem suas emissões.
   Já a União Européia tem posição de que se os maiores emissores do planeta mencionados  e grandes nações em desenvolvimento como Brasil, China e Índia, se comprometerem a reduzir as suas emissões poderia haver um tratado legal dando continuidade a Kyoto.
   Brasil, China e México informaram que poderiam aceitar um acordo vinculado no futuro, a partir de 2020. Ainda colocando como condição a criação do Fundo Verde Climático que deveria se efetivar em 2013. Os países em desenvolvimento e os países mais empobrecidos são os que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas. Basta acompanharmos o que vem ocorrendo em todo mundo, o aumento dos conflitos socioambientais, provocados pelo aquecimento global.
  A Conferência da ONU - Rio + 20 a ser realizada no Brasil em junho de 2012  embora não tenha uma pauta específica para o clima terá que enfrentar novamente este debate e a sociedade civil no Brasil e no mundo tem o papel fundamental de cobrar dos Estados soluções para esta crise ambiental que se agrava a cada dia.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

TAI CHI NA PRAÇA! - AULAS GRATUITAS


   A   Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Santo Agostinho - AMAGOST promove todas as sextas-feiras, das 07h às 08h, aulas gratuitas de Tai Chi Chuan. As aulas sempre acontecem ao ar livre, na praça da Assembleia. Se você tiver interesse em participar, seja muito bem vindo! Contato: amagost@amagost.org.br

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

NOVAS REGRAS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL FEDERAL


   No último dia 28 de outubro, o Ministério de Meio Ambiente, em conjunto com os Ministérios daJustiça, da Cultura e da Saúde, publicou a Portaria nº 419, referente ao licenciamentoambiental em nível federal.
   A Portaria visa a alterar o procedimento para todos os empreendimentos que interfiram oupossam interferir em terras indígenas ou quilombolas, em bens culturais protegidos ou emregiões em risco ou endêmicas de malária. Em relação aos três primeiros (terras indígenas, terras quilombolas e bens culturais acautelados), houve incorporação das anuências da FUNAI(Fundação Nacional do Índio), da FCP (Fundação Cultural Palmares) e do IPHAN (Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional), respectivamente, ao procedimento de licenciamento ambiental principal, realizado através do IBAMA. Quer dizer, a manifestação daqueles órgãossobre instalação ou operação de empreendimento sujeito a licenciamento ambiental a nívelfederal a partir de agora será solicitada diretamente pelo IBAMA após a apresentação do termode referência específico pelo empreendedor.
   O IBAMA deverá solicitar informações do empreendedor sobre possíveis interferências emterras indígenas ou quilombolas, em bens culturais protegidos ou em áreas endêmicas de malária no início do procedimento de licenciamento ambiental. Essas informações subsidiarãotermos de referência específicos, que exigirão outras informações e estudos específicosreferentes à área ou aos bens afetados, levando em consideração os aspectos locacionais e de traçado do empreendimento, bem como as medidas de mitigação e controle dos impactos aserem gerados.
   Para a elaboração do termo de referência, prescreve a Portaria que o IBAMA deverádisponibilizar em seu sítio eletrônico, em até 10 (dez) dias, a FCA (Ficha de CaracterizaçãoAmbiental – é o formulário a ser preenchido pelo empreendedor no momento do requerimentoda licença) preenchida, e que a partir desse prazo terão os outros órgãos prazo de 15 (quinze)dias consecutivos, prorrogáveis por mais 10 (dez), para manifestar-se. Expirado o prazo, ter-se-á por consolidado o termo de referência.
  Após a apresentação dos estudos ambientais, a FUNAI, a FCP, o IPHAN e o Ministério daSaúde terão um prazo de 90 (noventa dias) para o caso de EIA/RIMA e de 30 (trinta) dias paraos demais casos para emitirem parecer conclusivo sobre os estudos (inclusive podendo indicarcondicionantes, desde que diretamente relacionadas aos impactos identificados eacompanhadas de justificativa técnica). Esse prazo pode ser extraordinariamente estendidopara mais 15 (quinze) dias.
   A ausência de parecer desses órgãos não implicará prejuízo ao andamento processual; oprocedimento prosseguirá mesmo sem a manifestação deles. Sua manifestação posterior aoprazo só será considerada a partir da fase em que se encontrar o processo.
 Os órgãos e entidades envolvidos poderão ainda exigir uma única vez, mediante decisãomotivada, esclarecimentos, detalhamento e complementação de informações com base no Termo de Referência específico, que devem ser entregues pelo empreendedor em até 60(sessenta) dias no caso de EIA/RIMA e 20 (vinte) dias nos demais casos.
  Por último, a nova norma permite ao IBAMA solicitar, no período que antecede a emissão daslicenças de instalação e operação, a manifestação desses órgãos e entidades sobre ocumprimento das condicionantes por eles estabelecidas. O prazo de manifestação será de 60(sessenta) dias, a contar da data de recebimento da solicitação do IBAMA.
  Para mais informações, entrar em contato com a Gerência de Meio Ambiente através do e-mail: gma@fiemg.com.br

terça-feira, 29 de novembro de 2011

PLANETA BRASIL 2011 - CULTURA E MEIO AMBIENTE FAZEM SUCESSO EM BELO HORIZONTE

Festival Planeta Brasil cultura e meio ambiente em Belo Horizonte

Foto: Pedro Luis - Jornal Oecoambiental

   Em 2011 o Festival Planeta Brasil contou com as atrações: primeira apresentação, no Brasil, da banda norte-americana Slightly Stoopid – uma das mais esperadas para o evento. O line-up ainda trouxe outras atrações internacionais de peso, como: Donavon Frankenreiter e Playing for Change Band. Já as apresentações nacionais contaram com a presença de Seu Jorge, convidando Gabriel, o Pensador; Nando Reis e o Teatro Mágico. Além das bandas do Palco Independente: Flávio Renegado, Julgamento, Fusile, Transmissor, Dead Lovers Twisted Heart, Spooler e Pequena Morte.
   Procurando a cada ano inovar mais, o Planeta Brasil realizou a união perfeita de músicos, que souberam segurar a galera mesmo debaixo de chuva. O palco independente com grandes músicos fizeram valer ficar embaixo de chuva.
  Com o objetivo de realizar um evento sustentável, o Instituto OKXIGENIO foi responsável por auditar o festival, fazendo levantamentos desde o uso do banheiro até o palco. A auditoria foi realizada antes, no decorrer e no final do evento. Comprovado que o Planeta Brasil foi um evento sustentável recebera um certificado.
   O Jornal Oecoambietal é capaz de dizer que o Festival foi sustentável e que colocou em vigor uma das principais pautas da RIO +20, mostrando que é possível crescer de forma sustentável, pois a cada ano que passa o Festival cresce, melhora e surpreende mais.


  


















Gabriel Pensador
Foto: Mateus Jamm - Jornal Oecoambiental

   Gabriel Pensador declarou ao Jornal Oecoambiental : “Sim sou a favor de um Brasil mais sustentável” e destacou a importância de poder passar seu ponto de vista ao público, de poder compartilhar idéias e levar mais informação a sociedade. Manisfestou também apoio ao trabalho realizado pelo Jornal Oecoambiental na área da comunicação socioambiental.


Foto: Pedro Luis - Jornal Oecoambiental
   Parabenizamos a toda organização do evento: SleepWalkers , ao Henrique e Felipe pelo sucesso deste mega evento cultural também em 2011, a Maria Inácia Nascimento, Nathalia Alves e toda a equipe que realmente se empenhou e realizou um grande trabalho cultural. Parabéns ao Planeta Brasil por dar continuidade a sua gestão cultural com responsabilidade ambiental e que venha o Planeta Brasil 2012 com valorização cada vez maior ao meio ambiente. ( Pedro Luis / Mateus Jamm-Jornal Oecoambiental)




domingo, 27 de novembro de 2011

RIO + VINTE É LANÇADA NO RIO DE JANEIRO

    O Jornal Oecoambiental leva a fonferência Rio+20 para os debates socioambientais. Estamos ouvindo permanentemente a população sobre a realização da Conferência da ONU Rio+20 e a Cúpula dos Povos.
   A sete meses da Confêrencia das Nações Unidas (Rio+20), acontecera no próximo dia 28 de Novembro de 2011 o lançamento da conferência Rio + 20 " O futuro que queremos".
   O Subsecretário-Geral das Nações Unidas, Kiyotaka Akasaka, fará a abertura do evento, que contará com Diretores de todo continente.
   Como parte das atividades da ONU (UNICs) e do lançamento Rio + 20 acontecerá tambem um Encontro Global dos diretores nos dias 28 e 30.

De onde surgiu:

   Rio+20 foi uma iniciativa do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA) e do Departamento de Informação Pública (DPI) das Nações Unidas para fazer a divulgação mundial da Rio+20.

O que é UNICs:

   Centros de informações das Nações Unidas (United Nations Information Centres, UNICs). Foi fundada em 13 de Fevereiro de 1964 e hoje esta presente em mais de 60 países nos cinco continentes.

   Uma grande aliada entre os meios de comunicação com instituições educacionais, organizações não governamentais e a ONU, oferecem informações sobre varias questões políticas, econômicas, sociais e humanitárias, provem seminários e debates com objetivo de sensibilizar a opinião pública.

Porque "Rio+20"

   É o nome dado a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável apelidada de Rio + 20 porque acontecerá vinte anos após outra Conferência da ONU que fez história: a ECO/92.

Quando acontecerá:

  Acontecerá na mesma cidade do Rio de Janeiro – Brasil - de 4 a 6 de junho de 2012, onde os cerca de 193 países que fazem parte da ONU estarão participando com a presença de uma boa parte dos chefes de Estado do mundo. (Pedro Luis - Jornal Oecoambiental)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

"Um inimigo do povo - a história de um homem livre"

Contax apresenta:


“Um inimigo do povo – a história de um homem livre”
Teatro Marília – Belo Horizonte - Brasil
12 a 27 de novembro
Quinta a sábado 20h30
Domingo 19h
Informações: (31) 3277-4697

   Uma excelente opção de teatro em Belo Horizonte é a peça “Um inimigo do povo – A história de um homem livre”. Trata-se de uma adaptação de uma obra prima do autor norueguês Henrik Ibsen que “apresenta as contradições humanas e a impotência do indivíduo diante a unanimidade.”
   São abordados temas de nossa contemporaneidade como a questão dos agrotóxicos, as relações de poder na sociedade; a questão da representação política, o contexto das massas e a excelente mensagem sobre a conquista da liberdade. O que afinal é ser livre na sociedade atual ? O que pensa a massa ? O pensamento da grande maioria da população é de fato expressão do que realmente queremos ou é a imposição da grande mídia sobre as ações humanas ? Este espetáculo de mérito em conteúdo, tem excelente performance dos atores, além da boa direção e adaptação atual como foi dito, pode nos levar a questionar inúmeras atitudes dos seres humanos. Desde como percebemos os problemas da sociedade, como os problemas ambientais e até mesmo nos levar a indagações de como conquistar a liberdade de imprensa, de livre manifestação da opinião diante a pressão do poder econômico.
   “O texto, adaptado pelo diretor e dramaturgo Walmir José, apresenta como personagem central o Dr. Tomás Stockmann, pesquisador da universidade de uma cidade do interior que toma atitudes frente à proliferação do uso indiscriminado de agrotóxicos. A cidade é administrada por seu irmão, o prefeito Pedro Stockmann que recebe as novas pesquisas realizadas pelo cientista como uma ameaça à prosperidade da região.”
   O autor Henrik Ibsen (1828-1906) “foi um dos revolucionários do teatro moderno na medida em que colocou em cena não um mundo idealizado, povoado de heróis e heroínas sobre-humanas, mas sim os sentimentos resultantes das desavenças comuns à maioria das pessoas da classe média de seu tempo.
   Deste modo foi considerado o Shakespeare do drama moderno, superando o dualismo existente entre o artificial (o que se passava no palco) e a realidade (a vida secreta das pessoas da platéia), tornando mais próxima a representação dos verdadeiros dramas íntimos dos seus personagens.”
   Um momento interessante é quando os espectadores sentem-se parte da peça quando da realização de uma Conferência. Vale à pena assistir e divulgar.

Ficha técnica:


Texto: Um inimigo do povo
Autor: Henrik Ibsen
Diretor e Adaptador: Walmir José
Diretor assistente: Rômulo Duque
Elenco por ordem de entrada:
Jefferson da Fonseca Coutinho (Dr. Tomás Stockman)
Geraldo Peninha (Pedro Stockman)
Ana Amélia Cabral (Catarina)
Bianca Tocafundo(Petra)
Olavo de Castro (Lessa)

Márcio Miranda (Horta)
J. Bueno (Velho Martins)
Beto Plascides (Jorge Aslaksen)
Luiz Hermidas (Bêbado)
Participação especial em vídeo: Christiane Antuña
Preparadora corporal: Dulce Beltrão
Preparadora vocal: Silvana Stein
Trilha sonora original – Léo Correia
Preparação músico/instrumentista – Fabiano Martins
Iluminação: Felipe Cosse e Juliano Coelho
Concepção cenográfica – Walmir José e Rômulo Duque
Execução de cenário – José Geraldo
Figurinos e adereços – William Rausch
Técnico – Alex Magalhães
Participação vozes gravadas – Abdon Braga, Dílson Mayron, Carla Cristina, Fernanda Botelho, Léo Correia, Marcelo Duque, Marísia do Prado, Ricardo Batista, RômuloDuque.
Programação visual: Márcio Miranda e Samuel Araújo
Assessoria de imprensa – Luciana Rocha
Fotografias – Andrea Maia e Nello Aun
Produção – Rômulo Duque e Marisia do Prado


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Artigo da escritora Ephigênia Salles - NATAL - "nascer, esperança, vida"


NATAL

É natal? É natal! É natal.

  Pompas anunciam o Advento; hinos especiais conclamam o abraçar; luzes anunciam o novo; estrelas apontam o caminho; festeja-se o mistério.

Eis o mistério do natal!
E, no mistério do natal, no fundo, bem no fundo, coisas continuam coisas.
  Shoppings, tais e quais cogumelos carnívoros, avançam sobre nós; ofertas milagrosas televisionadas chamam às compras; a gratificação de natal acena ao trabalhador como o canto da sereia.
  E o natal (nascer, esperança, vida) esvai-se e apaga-se na roda viva do calendário, tal e qual data de folinha, que é lançada ao lixo, a cada amanhecer.
  Pois bem. Dos doze meses do ano, um ou dois são de natal.
  E se mudássemos a ordem? Se a nova ordem fosse comemorar o natal em datas incertas, sem aviso prévio. Dez meses de natal. Dois meses de ano vulgarmente dito.
Dez meses de natal (nascer, esperança, vida).
  E então, será um outro natal. Um natal natalino, um renascer a cada dia regido pela pureza das crianças. Um sininho cristalino a badalar, porque todo dia será Advento.
  Eis o natal para sempre.
  Esse é o meu desejo.
  Eu desejo a todos esse natal e um ano novo brotando da semente do vir a ser. Tão novo que com ele se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, se alegra, se vive.
  Eu desejo que o ano de 2012 seja, eternamente, manhã de domingo, noite de lua cheia, uma festa, um violão, o som do Bolero de Ravel, fogueira de São João, sinal de recreio. . .
 Enfim, que a liberdade seja, todos os dias, anunciada tal e qual cheiro de pão quente e aroma de café, e a felicidade seja servida à mesa, todos os dias, antes da sobremesa.

   Agradecemos este artigo que nos foi enviado e redigido por
Ephigênia Salles  é escritora, advogada, professora e referência nas lutas socioambientais de Minas Gerais e do Brasil

domingo, 13 de novembro de 2011

CONFERÊNCIA RIO +20 E CÚPULA DOS POVOS SÃO DEBATIDAS EM CURSO SOCIOAMBIENTAL


 
Participantes do Curso O Cidadão e o Meio Ambiente:
da esquerda para direita: Patrícia, Beatriz, Maria Angélica, Isis,
Antônio Lelis, Maria da Piedade, Ana Izaura, Cliviany, Haydê, Adriana, Cláudia,
Maria Joana, Juliana.
    Com sucesso foi realizado neste sábado dia 12 de novembro o Curso O Cidadão e o Meio Ambiente na Escola Superior Dom Helder Câmara. A união entre pessoas e instituições contribui para que a comunidade se faça sujeito histórico na conquista de uma melhor qualidade de vida e meio ambiente.

Patrícia, Beatriz, Maria Angélica, Antônio,
Maria da Piedade, Isis, Ana

            A valorização de cada pessoa, de nossa atitude de cidadania a partir de nossa prática socioambiental constrói um aprendizado. Ouvirmos e refletirmos juntos a nossa realidade local fortalece nossa atitude cidadã.
  A população consegue vencer seus problemas locais de meio ambiente na medida em que se une pela atitude de ir ao encontro de outras pessoas que estão agindo e se importando com o que vem ocorrendo em nossas comunidades e com o que acontece com o mundo em relação aos conflitos socioambientais.

     Isis apresenta no curso seu trabalho e o projeto de educação ambiental com crianças que realiza em Belo Horizonte
              Mais um importante passo foi dado na construção da sustentabilidade local pela qualidade e valor dos participantes deste Curso O Cidadão e o Meio Ambiente. O curso foi realizado em um bom ambiente de harmonia e refletiu temas como a importância da implantação do Artigo 225 da Constituição brasileira, a conjuntura ambiental, metodologia, implantação de projetos ambientais, além da Conferência da ONU Rio + 20 e a Cúpula dos Povos que acontecerão em 2012 no Rio de Janeiro.
           Maria Joana, Juliana, Haydê, Ana, Maria Piedade
         O grupo que participou deste curso decidiu dar continuidade as suas ações em defesa do meio ambiente organizando e implantando projetos sobre a Conferência Rio + 20 e a Cúpula dos Povos em 2012. Com certeza serão atividades vitoriosas em mérito e conteúdo socioambiental.

                     Cláudia, Adriana, Maria Joana
      Agradecemos a Escola Superior Dom Helder Câmara, a Jeane, a direção da faculdade e todos seus funcionários, que estão conquistando uma atitude de vanguarda na área da educação socioambiental ao implantar o primeiro mestrado de Direito Ambiental em Minas Gerais.
  

 Da direita para a esquerda: Juliana, Haydê, Cláudia, Maria Joana,
 Adriana, Luiz Cláudio, Cliviany, Ana, Maria Piedade, Antônio,
 Maria Angélica, Beatria, Isis

       A conquista da Justiça Ambiental está fundamentada na capacidade de nós seres humanos buscarmos valorizar o que de melhor podemos realizar a partir de nossos dons pessoais e na defesa da beleza de todo ambiente. Assim podemos enfrentar e vencer os problemas e conflitos socioambientais. Que possamos nos unir cada vez mais  pela valorização da pessoa humana, de nossas comunidades, em defesa da vida e de um meio ambiente sadio, com qualidade de vida e meio ambiente para todos.