terça-feira, 29 de março de 2011

MOVIMENTO PELA CRIAÇÃO DO PARQUE NACIONAL DA GANDARELA - CONVIDA


    O Movimento pela Preservação da Serra da Gandarela convida a todos para a apresentação, debate e encaminhamentos do Parque Nacional da Serra da Gandarela, na 58ª Reunião Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, será às 16h, conforme segue a pauta completa da reunião abaixo:

 Foto:divulgação
09h00 - 09h50 - Recepção, café, credenciamento, inscrição para informes, pedidos de destaque relativos ao item 5.a da pauta, entrega de material;
 10h00 - 10h10 - Abertura e informes sobre a pauta;
 10h10 - 10h30 - Informes dos Conselheiros (necessária inscrição prévia - 4 a 5 min);
 10h30 - 10h40 - Discussão e votação da ata da 57ª reunião (minuta anexa);
 10h40 - 11h20h - Apresentação e votação das decisões Ad Referendum do Plenário: Cartas de Anuência para projetos apresentados ao FHIDRO-2010:SEMAE-Ouro Preto; Prefeitura de Ribeirão das Neves (2x); Prefeitura de São José da Lapa; SAAE-Itabirito; Prefeitura Municipal de Morro da Garça; ONG BRASOL-Confins; COPASA-Capim Branco; ONG Instituto Guaicuy SOS Rio das Velhas; ONG Associação Ambientalista Naturae Vox-Bacia Ribeirão da Mata; UFMG-Departamento de Química do ICEX; Prefeitura de Ouro Preto.OBS.: Anexo seguem informações relativas às cartas de anuência. No site www.cbhvelhas.org.br estão disponíveis informações adicionais. Será solicitado ao Plenário a aprovação em conjunto dessas anuências, garantindo-se o atendimento a pedidos prévios de destaque específicos solicitados por conselheiros. Outorga PCH Rio de Pedras da CEMIG - CTOC (pareceres e minuta de Deliberação em anexo);
11h20 - 11h40 - Discussão e votação de Deliberação que cria a Câmara Técnica de Educação, Comunicação e Mobilização - CTECOM (minuta anexa) - CTIL;
 11h40 - 12h00 - Discussão e votação de Deliberações que criam os Subcomitês Rio Bicudo e Córregos Bebedouro/Jaque (minutas anexas) - CTIL com participação de representações desses Subcomitês;
 12h00 - 12h30 - Momento dos Subcomitês: Apresentação e discussão do processo e da metodologia para a elaboração dos projetos realizados juntamente com Subcomitês, para as bacias dos Ribeirões Arrudas, Onça, da Mata, Jequitibá e Rio Taquaraçu. Projetos analisados pela CTPC e pela AGB Peixe Vivo, para serem financiados com recursos da cobrança. - Equipe de apoio ao CBH Rio das Velhas, CTPC e AGB Peixe Vivo.OBS.: Anexo seguem informações relativas às oficinas realizadas. Os Projetos estão disponíveis no endereço: http://www.cbhvelhas.org.br/index.php/module-positions/oficina-de-projetos; INTERVALO PARA ALMOÇO (será fornecido almoço no local da reunião) 14h00 - 14h15 - Informes da AGB Peixe Vivo;
14h15 - 14h30 - Informes e encaminhamentos sobre Atualização do Plano Diretor - Presidência e AGB Peixe Vivo;
 14h30 - 16h00 - META 2014 - apresentações, debates e encaminhamentos: Projeto Manuelzão (20min); Governo de Minas (20min); COPASA (20min); Debates e encaminhamentos (30min).
16h00 - 16h40 - Parque Nacional da Serra da Gandarela - Apresentação, debate e encaminhamentos - Movimento pela Preservação da Serra da Gandarela;
 16h40 - 17h00 - Café e encerramento.

domingo, 27 de março de 2011

LICENCIAMENTO EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

NOVAS REGRAS PARA LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTOS  LOCALIZADOS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

  No dia 20 de dezembro de 2010 foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) a Resolução CONAMA nº 428, do dia 17 daquele mesmo mês, que dispõe sobre a autorização do órgão administrador de Unidade de Conservação (UC) para licenciamento ambiental e revoga as Resoluções nºs 10/88, 11/87, 12/88, 13/90, além de disposições específicas das Resoluções nºs 347/04 e 378/06.
  Os empreendimentos localizados em Unidade de Conservação ou Zona de Amortecimento (ZA) dependerão da autorização do órgão responsável pela respectiva UC para poderem se licenciar.
   Essa exigência também passa a valer para empreendimentos sujeitos a EIA/RIMA localizados numa faixa de 3 mil metros a partir dos limites da UC, quando esta não possuir Zona de
Amortecimento definida, com exceção de RPPNs, APAs e Áreas Urbanas Consolidadas. Para empreendimentos não sujeitos a EIA/RIMA, esta faixa é reduzida para 2 mil metros. A exigência da autorização nessas faixas deixará de ser obrigatória 05 anos após a publicação dessa resolução. A partir de então, os empreendimentos localizados em torno de UC’s sem Zona de Amortecimento não estarão mais sujeitos à anuência dos órgãos administradores dessas respectivas UC’s. Além disso, fica definido que a autorização deverá ser concedida antes da emissão da primeira licença prevista para o empreendimento.
   A solicitação passa a ser feita não mais pelo empreendedor, mas pelo órgão licenciador. O órgão licenciador consultará o órgão administrador da UC, que se manifestará em até 15 dias sobre a necessidade de estudos específicos relativos aos impactos do empreendimento. Só após sua manifestação é que o órgão licenciador emitirá os termos de referência do EIA/RIMA ou do RCA/PCA.
  Após receber aceite pelo órgão licenciador, o EIA/RIMA ou o RCA/PCA elaborados serão encaminhados ao órgão administrador da UC, que se manifestará em até 60 dias. Poderá,  então, emitir sua autorização, exigir estudos complementares previstos nos termos de
referência, decidir pela incompatibilidade das  alternativas apresentadas pelo empreendimento com a UC ou indeferir a solicitação. Em caso de indeferimento da solicitação, o empreendedor poderá requerer a revisão da decisão. Caso este não apresente os estudos complementares no prazo acordado sem justificação, a solicitação será arquivada.
   Em caso de incompatibilidade da alternativa apresentada pelo empreendedor, este poderá apresentar novas alternativas que busquem compatibilizar seu empreendimento com a UC.
   Caso o empreendimento afete duas ou mais UC’s ou suas respectivas ZA’s, o órgão licenciador deverá consolidar as manifestações dos órgãos administradores de todas elas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

MUSICA INDIANA

ÁGUAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BH EM DEBATE

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEBATE ALTERNATIVAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA

    A Universidade de São Paulo promove a palestra, dia 24 de março de 2011, das 14h00 às 17h30, no Auditório Oswaldo Fadigas (Av. Prof. Luciano Gualberto, Trav. 3, número 71 - Prédio do CCE/USP – Cidade Universitária, São Paulo, SP). O evento pretende discutir alternativas de geração de energia no Brasil, o que se torna fundamental diante do crescimento econômico verificado recentemente. Haverá transmissão ao vivo na web em www.iptv.usp.br e não há necessidade de inscrição prévia.

quarta-feira, 23 de março de 2011

ARTIGO - MUITO ALÉM DOS ECOSSISTEMAS


Recebemos esse artigo de Ivan Ruela da REBIA - Rede Brasileiria de Informação Ambiental:


Ivan Ruela


   Entusiasmada com a hipótese de Cuiabá ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, a Secretária Estadual de Turismo do Mato Grosso, Teté Bezerra, exclamou outro dia que “O Mato Grosso é um estado privilegiado, sendo o único com três ecossistemas”. Este discurso não é privilégio da secretária. O apresentador e deputado ‘ambientalista’ Sérgio Ricardo, durante um evento que organiza todo ano em prol do Rio Cuiabá, quando milhares de pessoas são aglomeradas em cima da ponte deste rio, foi mais longe: “O MT é o único estado do mundo (pasmem!) que tem três ecossistemas”. O Diretor da AGECOPA, órgão governamental responsável pela organização do evento esportivo internacional, Yênes Magalhães, também tem proferido a mesma frase em encontros políticos preparatórios pra 2014. Outra liderança chegou a afirmar que Cuiabá é o único lugar do mundo que tem o Centro Geodésico da América do Sul. A cidade realmente possui tal referência e monumento em seu centro histórico. E como não existe outra América do Sul, é óbvio que este só se localize na capital matogrossense.
   Ecossistemas são conjuntos formados pelo ambiente físico, através de fatores abióticos, como solo e água, mais a comunidade nele existente, constituída por seres vivos (Biota). Um exemplo local, por exemplo, seria formado por lagoas, árvores nativas, peixes e aves como tuiuiús e socós, na região pantaneira. Uma lagoa em si, com suas interações, já é um ecossistema. O Pantanal não é um Ecossistema, é um Bioma. A Amazônia e o Cerrado, idem. Um Bioma é compreendido por um conjunto de ecossistemas, em grandes escalas e dimensões, levando em conta os fatores abióticos, relevo e clima. A fisionomia da vegetação é um dos fatores essenciais para definição de um Bioma, mais importante que a presença de animais, por exemplo, a Onça Pintada (Panthera onça), está presente nos três biomas matogrossenses, sendo que as encontradas na Amazônia e no Pantanal, são de subespécies diferentes. Segundo o mapa de biomas do IBGE, o MT está assim contemplado:

•Amazônia ocupa uma área de 4.196.943 Km² e 49,29% do território nacional e que é constituída principalmente por uma floresta tropical. A Amazônia ocupa a totalidade dos territórios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e parte do território do Maranhão (34%), Mato Grosso(54%), Rondônia (98,8%) e Tocantins (9%).A Amazônia é formada por distintos ecossistemas como florestas densas de terra firme, florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos e formações pioneiras.

•Cerrado ocupa uma área de 2.036.448 Km², correspondente a 23,92% do território e que é constituído principalmente por savanas. O Cerrado ocupa a totalidade do Distrito Federal e parte do território da Bahia (27%), Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso(39%),Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%), Paraná (2%), Piauí (37%), Rondônia (0,2%), São Paulo (32%) e Tocantins (91%).

•Pantanal que ocupa uma área de 150.355 Km² e 1,76% do território nacional e que é constituído principalmente por savana estépica alagada em sua maior parte. O Pantanal esta presente em apenas dois estados brasileiros, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ocupando 7% do território do Mato Grosso e 25% do estado do Mato Grosso do Sul. A região é uma planície aluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e abundância.

   Classificar estes paraísos naturais de ecossistemas não é a única gafe de parte de políticos e da mídia do estado. Minas Gerais, por exemplo, é formada por Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado, portanto o mesmo número de biomas do estado do centro-oeste. A Bahia, além dos mesmos biomas terrestres situados em Minas, ainda dispõe das Zonas Costeira e Marinha.
   Se os governantes e as autoridades locais desejam propagar o estado com suas belezas naturais e suas fontes de ecoturismo, deveriam não só se informar sobre o potencial nele existente, mas também apoiarem e criarem medidas de desenvolvimento que contemplem a preservação destes locais em que eles demonstram tanto orgulho. Lembrando que a expressiva maioria dos políticos mato-grossenses apóia o famigerado Zoneamento-Sócioeconômico e ‘Ecológico” do estado, que ameaça todos os biomas e ecossistemas da região, e aqueles que ali vivem.


Ivan Ruela, Pós Graduando em Gestão e Manejo Ambiental em Sistemas Florestais (UFLA-MG), Moderador da REBIA Centro Oeste no Mato Grosso, editor do blog eicaambiental.blogspot.com, Twitter:@ivanruela

terça-feira, 22 de março de 2011

22 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DA ÁGUA



História do Dia Mundial da Água

    O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
    Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.
   No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.
   Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.


Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.


sábado, 19 de março de 2011

RAISSA AMARAL INTERPRETA ERNESTO NAZARETH

RELEMBRANDO OS TROVADORES DO VALE

         Nosso trabalho de educação socioambiental tem como fundamento a valorização da pessoa humana,  a diversidade das culturas humanas que defendem a vida, que cantam nosso cotidiano, que retratam a história local.  Este vídeo relembra algumas dessas histórias.  Os Trovadores do Vale,  narram a cultura local do Vale do Jequitinhonha. São um exemplo de força da cultura regional mineira

quarta-feira, 16 de março de 2011

CONTRATAÇÃO DE ESTUDOS AMBIENTAIS

AGEVAP vai contratar empresas para a realização de estudos

Ao todo serão disponibilizados R$ 5,9 milhões, recursos oriundos da cobrança pelo uso da água

    Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP) divulga que estão abertas as inscrições para quatro Atos Convocatórios que têm como objetivo a contratação de empresas para desenvolver diversos estudos. As contratações fazem parte de demandas induzidas aprovadas pelo Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP). Ao todo serão disponibilizados cerca de R$ 5,9 milhões, recursos oriundos da cobrança pelo uso da água.
    Um dos estudos é a identificação, localização e quantificação das causas da proliferação de plantas aquáticas, principalmente macrófitas, ao longo da calha do rio Paraíba do Sul. O Ato Convocatório n°009/2011 vai acontecer no dia 16 de março, às 9h30. O valor do contrato é de R$ 250 mil e o prazo para a elaboração do estudo é de 180 dias.
   Já no dia 25 de abril será realizado o Ato Convocatório n°10/2011. Ele prevê a contratação de empresa para elaborar o estudo de Avaliação Ambiental Integrada (AAI) das Bacias dos Rios Muriaé, Pomba, Piabanha e Paraibuna. A abertura dos envelopes acontece às 9h30. Para o desenvolvimento deste trabalho, o CEIVAP está destinando até R$ 3,5 milhões. A empresa vencedora deverá elaborar o estudo visando à ampliação do conhecimento integrado dos aspectos socioambientais das bacias relacionadas, tendo como eixo o uso da água para a geração de energia hidráulica.
    O terceiro estudo é o Plano Municipal de Saneamento de 22 municípios mineiros da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul: Santa Barbara do Tugúrio, Aracitaba, Fervedouro, São Sebastião da Vargem Alegre, São Francisco do Glória, Santa Bárbara do Monte Verde, Rosário da Limeira, Mercês, Antônio Prado de Minas, Silveirânia, Estrela Dalva, Senador Cortes, Volta Grande, Piau, Argirita, Guidoval, Coronel Pacheco, Santana de Cataguases, Lima Duarte, Mar de Espanha, Dona Euzébia e Pequeri. Para esta ação foram destinados R$ 2 milhões. A empresa vencedora terá dois anos para a realização do plano em cada município. A inscrição para o Ato Convocatório nº 008/2011 estará disponível até o dia 23 de março e a abertura dos envelopes acontece no dia 30/3, às 9h30.
   Além de estudos, a AGEVAP também vai contratar empresa para avaliar as propostas recebidas para captação de recursos do CEIVAP 2010/2011. O Edital n° 011/2011 terá a abertura dos envelopes no dia 28 de março, às 10 horas. O valor máximo pago ao vencedor será de R$ 150 mil e o prazo de vigência do contrato será de quatro meses.
    Todos os Atos Convocatórios serão realizados na sede da AGEVAP, localizada à Estrada Resende-Riachuelo, n° 2535, 4° andar, Morada da Colina, Resende (RJ).
   Para concorrer, os interessados devem preencher o cadastro disponível no site da AGEVAP (www.agevap.org.br). Após o preenchimento, o conteúdo de cada ato pode ser solicitado por e-mail, no seguinte endereço: agevap@agevap.org.br. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (24) 3355-8389.

Veja outras notícias no site do sistema CEIVAP/AGEVAP: www.ceivap.org.br

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – AGEVAP
Telefax: (24) 3355-8389
E-mail: comunicacao@agevap.org.br



CARTA SOLIDÁRIA DE FREI BETTO

São Paulo, Quaresma de 2011

Querido(a) amigo(a),

   Todos os anos, como muitos de vocês já sabem, promovo uma campanha de solidariedade na Quaresma. Indico sempre uma obra social que conheço e na qual confio. Uma obra social carente de recursos, porém necessária à comunidade e eficiente no que faz.
   Este ano a indicação recai sobre a Creche São João Batista, de Viçosa (MG). Ano passado indiquei outra creche do mesmo município. A deste ano é urbana; a anterior, rural.
   A Creche São João Batista acolhe gratuitamente 76 crianças, das quais 60 com menos de 5 anos e 16 com mais. Todas oriundas de famílias de baixa renda. Ali permanecem, diariamente, das 7 às 17h. A despesa com cada uma é cerca de R$ 150mês.
   Trabalham na creche 10 pessoas, das quais 7 voluntárias e três professoras remuneradas.
   A alimentação e o material didático, como brinquedos, dependem de doações. O pediatra e o dentista também são voluntários.
   A creche funciona há 10 anos, por iniciativa generosa de D. Efigênia Maciel Diogo, 78 anos, viúva, mãe de 15 filhos, dos quais 13 vivos. Vó Figena, como todos a tratam, após não obter um local para a creche decidiu ceder a casa da própria família. Hoje, mora em casa alugada. Vó Figena foi professora de ensino fundamental durante 30 anos.
   O sonho dela é comprar o imóvel ao lado da creche, para poder ampliá-la. O imóvel vale R$ 150 mil, porém o proprietário se dispõe a vendê-lo à creche por R$ 80 mil.
   Quaresma é tempo de oração e abstinência. Convido-o(a) a abster-se de um lanche, uma refeição fora de casa, e doar, ainda que R$ 1, a esta importante obra social.
   A doações em espécie (alimentos não perecíveis, roupas, brinquedos etc) devem ser remetidas ao endereço da creche: Rua Amador Bezerra Rego 52 – CEP 36.570-000 – Viçosa – MG.
   Doações em dinheiro devem ser depositadas no Banco do Brasil (01), Agência 0428-6, Conta 14.352-9, em nome de Comunidade Assistencial e Educacional São João Batista - CNPJ: 04.937.018/0001-75.

Como depositar:

-  DEPÓSITO IDENTIFICADO NO CAIXA DO BANCO  – é necessário CPF;

- Via INTERNET, A TRANSFERÊNCIA ENTRE CONTAS DEVE IDENTIFICAR O DEPOSITANTE;

 - Atenção: no caixa eletrônico e por envelope, NÃO é possível depósito identificado.

   Qualquer esclarecimento ou solicitação de recibo – Tels: (31) 38927299  (31) 38851383  (31) 86984824 ou vofigena@yahoo.com.br

Deus lhe pague!

Meu abraço, com amizade e paz, de Feliz Páscoa.

Frei Betto



terça-feira, 15 de março de 2011

USINA NUCLEAR NO BRASIL NÃO


USINAS NUCLEARES AGRAVAM OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS EM TODO MUNDO

   Nosso Jornal Oecoambiental adere à campanha de redes socioambientais nacionais para que o Brasil abandone a implantação de usinas nucleares em nosso país. Diante a gravidade da catástrofe nuclear no Japão o mundo revive o caos em Chernobil. *(1)
   Chama-nos a atenção a cobertura em caráter ideológico da grande imprensa sobre o agravamento dos conflitos socioambientais no Brasil e no mundo. A contabilização das perdas de vidas humanas é cada vez mais tomada como “coisa natural”. O esforço ideológico que faz a grande imprensa em apresentar os conflitos socioambientais como “coisa natural” vem sendo contestado pela força da própria natureza. A Terra parece travar uma batalha contra aqueles que não a respeitam. Como enfrentarmos e sobrevivermos a esta reação da natureza quando seres humanos não são retirados de áreas de risco ? Quando se transferem para “tecnologias insustentáveis” a capacidade quase imortal de tudo suportar, tudo fazer, tudo exigir pelo consumo sem limites ? Esse modelo insustentável de sociedade que não defende a pessoa humana mostra toda sua vulnerabilidade diante dos tsunamis, dos terremotos, das secas, nevascas, chuvas, das consequências do aquecimento global, ou como preferem o discursos tecnicistas: da movimentação das placas tectônicas.
  Basta observar-se o esforço da grande imprensa em dizer “ o que acontece no Japão” não tem relação com a ação humana”. Logo procuram “separar’ os terremotos das consequências do aquecimento global. No entanto a lógica de ocupação humana, das opções de implantação de matrizes energéticas que abrem as comportas, a vazão a lógica do consumo insustentável, possuem as mesmas raízes. Querem fazer a opinião pública crer que implantar usinas nucleares em áreas de terremotos não tem nada a ver com a ação humana. Ou quem sabe, que as regiões como o Japão, Indonésia, baixada fluminense, Nova York, Londres, áreas litorâneas de várias partes do mundo que estão ameaçadas de desaparecerem pelo aquecimento global são ficção científica, dos documentos do IPCC/ONU ? Não há nada mais subversivo hoje para a globalização que aquece o planeta, que tsunamis, terremotos, índices cada vez mais crescentes de desabrigados, refugiados, cidades riscadas do mapa, infra-estruturas de cidades destruídas, vidas perdidas e ocultadas nas estatísticas oficiais. Vendem-se armas, usinas nucleares, mas não se trazem de volta as vidas reclamadas em todo mundo, por várias culturas. Muito menos as vidas que governos, sabem serão perdidas ou responsabilizadas como coisa “natural” creditadas as chuvas, tsunamis e terremotos. Como ocultar do mundo interligado pelas comunicação em tempo real, as cidades, os países que sofrem, choram seus mortos e clamam por justiça ambiental ?
   Quem duvida que cidades podem virar desertos em poucos minutos, basta ligar a tv ao vivo e em cores/digital/HD. Quem duvida que milhares de seres humanos estão desaparecendo da face da terra, basta somar as estatisticas, diga-se minimizadas, das vidas perdidas pelos conflitos socioambientais. Até o dia de hoje, as estatísticas oficiais, dizem mais de três mil e quinhentos mortos no Japão; duzentas e dez mil removidas do perímetro da usina de Fukushima; cento e noventa mil pessoas foram expostas a radiação; mais de dois milhões de casas sem luz e outras dois milhões sem água.
  O que acontece com a natureza é agravante, porque nós seres humanos estamos agindo produzindo sociedades que dizimam nossa própria espécie. Há uma tentativa de se isentar a ação humana sobre o que acontece no Japão e no planeta. Por mais que as oscilações das placas tectônicas estejam sacudindo em terremotos o Japão o que vem produzindo esse efeito cascata de se questionar a segurança das usinas nucleares em todo mundo é o fato de que um país dito de primeiro mundo vem sendo assolado por uma catástrofe nuclear. O que sempre foi exportado como eficiência demonstra ser não tão eficiente, ou pior vem demonstrando a realidade, a fragilidade da vida humana que merece cuidado e não descaso, isso em todo mundo.
   Sabemos que a gestão de uma usina nuclear com o passar do tempo deteriora-se. Nem todos países conseguem manter os níveis de segurança que esse tipo de opção energética impõe. Daí o drama humano, quantas bombas de efeito retardado estão armadas pelo mundo afora ?
   Sabemos que a ideologia da propaganda do consumo exacerbado insustentável produz uma alienação dos seres humanos sobre nossa condição humana. Os produtos ganham vida, ou melhor, ganham imortalidade, ou a condição de infalibilidade, sejam usinas nucleares sejam aparelhos e planos de telefonia celular. Se adquiro tal “tecnologia” subo na escala dos imortais. Se possuímos tão tipo de matriz energética os países se distanciam entre os “ricos” e os em “desenvolvimento” ou aqueles que podem vir a ser “grandes”.
    Preocupa-nos declarações do governo brasileiro ao dizerem que nosso sistema “nuclear” é “seguro” e não vamos abandonar os projetos de implantação de novas usinas nucleares. O Brasil até 2030 tem projeto de construção  de mais quatro usinas nucleares. Esse não é o caminho da sustentabilidade. Basta de usinas nucleares em nosso país.
   O Brasil tem outras opções de geração de energia, pois temos outra condição ambiental, outra cultura e podemos sim dar o exemplo para o mundo de que podemos sobreviver, gerar energias limpas de forma sustentável. Podemos dinamizar em muito as energias limpas, renováveis, através de nossos recursos naturais como o sol, vento, rios, marés e oceanos, calor da terra energia (geotérmica), biomassa ( matéria orgânica) . Tudo isso sem degradar o meio ambiente como vem acontecendo na insistência da implantação de Belo Monte no coração da Amazônia. Optam-se por megaprojetos para se causar impacto “tecnológico”, mercadológico, político. Mas sabemos que soluções de matrizes energéticas relativamente simples e de baixo custo, descentralizadas, são o caminho da sustentabilidade do Brasil.
   Temos sim que fazer o caminho inverso que fez a Europa, alguns países da Ásia, Oriente e EUA. Temos que desenvolver novas matrizes energéticas limpas. Combinar e diversificar essas energias, descentralizando a produção de matrizes energéticas.
   Os seres humanos agem sim agravando os conflitos socioambientais, pois, governos optam por agravarem essa situação ao utilizarem matrizes energéticas nocivas aos seres humanos, ao meio ambiente.
   Para todos nós que trabalhamos na edudação socioambiental não há neutralidade nas responsabilidades dos caminhos e “tecnologias” adotadas na implantação de matrizes energéticas. Sem alterarmos o modo de produção da sociedade insustentável não há como deter a destruição que avança contra os seres humanos e todo ambiente.
   A demanda por energia sabemos é crescente na medida que a ênfase e o ponto de partida das economias dos ditos países de primeiro mundo é o consumo exacerbado. E onde há demanda crescente de consumo, há cada vez mais desgaste de energia e a necessidade de se aumentar a produção de energia. Com isso cada vez mais a “tecnologia” da insustentabilidade propõe “saídas” na construção de usinas nucleares. É a mesma “saída” mercadológica quando se defende a implantação de Belo Monte que destroem a fauna e flora e não se escutam e se respeitam os povos indígenas do Xingu ( na região há cerca de oito grupos étnicos, como kayapó, os arara, arareute, apidereula, juruna, maracanã) .
   É preciso democratizar a informação e o debate acerca da implantação de matrizes energéticas limpas no Brasil. Democratizar-se o direito a informação e a defesa da sobrevivência de toda população brasileira. O Brasil e o mundo podem optar em construímos sociedades sustentáveis onde a vida humana seja valorizada e respeitada juntamente com todo ambiente.

  * (1)  O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima.Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas.  (Wikipédia)

BELO MONTE E A OS DANOS AO MEIO AMBIENTE DO PAÍS


       O professor Luiz Pinguelli Rosa publicou na Folha de S. Paulo, no último dia 12 de fevereiro, um artigo defendendo a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Um de seus principais argumentos foi o preço oficial que a sociedade pagaria por sua energia: R$ 68/MWh, em comparação com o das novas termelétricas, de R$ 140/MWh.
     Achei curioso o professor acreditar na manutenção dos R$ 68 e por outro lado citar tão genericamente a redução do fluxo no canal principal do rio. "A solução é garantir uma vazão mínima (pelo leito original do rio)", escreve.
   De quanto seria essa tal vazão mínima? Ela garantiria a sobrevivência dos peixes e a navegabilidade do rio? É difícil acreditar, principalmente para quem conhece a região e sabe que durante boa parte do ano o Xingu já praticamente não corre. A água para mover as turbinas principais da barragem seria desviada do leito do Xingu por canais gigantescos. Quanto mais água passar pelo leito natural do rio, menos energia será gerada pela água desviada pelos canais. É evidente que o consórcio vai repassar essa conta ao consumidor.
   O valor apontado ignora ainda uma série de custos ligados aos serviços ambientais que o rio Xingu preservado presta à sociedade, como a produção de peixes e a preservação da biodiversidade. O professor também observou que a área inundada de Belo Monte (516 km²) praticamente se restringiria àquela ocupada pelo rio em sua variação sazonal, como se isso justificasse o alagamento.
   Ele parece desconhecer que estamos tratando de ecossistemas adaptados a um certo nível de alagamento em período curto do ano e que inevitavelmente se degradariam com o alagamento permanente (liberando o nefasto gás metano e fazendo com que as hidrelétricas da Amazônia contribuam tanto ou mais para o efeito estufa do que as termelétricas de potência equivalente, segundo apontam estudos científicos).
   De toda forma, os impactos indiretos de Belo Monte seriam muito maiores que os diretos. A imigração prevista de dezenas de milhares de pessoas para a região já começou e já causa desmatamentos em uma escala sem precedentes. Tudo isto tem um custo, não considerado por Pinguelli.
   Pensando nacionalmente, sabe-se que as florestas preservadas da bacia do Xingu contribuem em muito para o regime de chuvas do resto do país. É possível estimar economicamente o valor desta chuva, pois a devastação da floresta traria prejuízos financeiros calculáveis para a agricultura e para a indústria, que depende de água para produzir. Sem falar no abastecimento das nossas cidades.
   Localmente, podemos enumerar os custos sociais causados pelo aumento da violência resultante do inchaço populacional repentino, pelas doenças causadas pelo enorme volume de água parada em uma região tropical e pela perda do apelo turístico, com o fim das corredeiras e das maravilhosas praias de areia branca.
   São custos de Belo Monte que precisam ser considerados, o que não foi feito adequadamente, devido a terríveis pressões políticas, como registraram os próprios técnicos do Ibama, que não aprovaram o projeto. Mas que ainda podem ser evitados se a obra for cancelada. Essa luta está apenas começando.

Rodolfo Salm, PhD em Ciências Ambientais pela Universidade de East Anglia, é professor da UFPA (Universidade Federal do Pará) em Altamira, e faz parte do Painel de Especialistas para a Avaliação Independente dos Estudos de Impacto Ambiental de Belo Monte (Pinkaiti)

domingo, 13 de março de 2011

CASAL DE BEM TE VIS

SABIÁ

CANTO DO ROUXINOL


PEDRA DO SINO

SONS DA NATUREZA

TSUNAMI E TERREMOTOS NO JAPÃO/MARÇO 2011 - COMO PODEMOS NOS DEFENDER


   Na convivência de um mundo cada vez mais individualista onde as empresas transnacionais nunca lucraram tanto, os seres humanos estão ameaçados. A gravidade da situação atual do planeta pode ser aferida pelo que ocorre agora no Japão depois deste tsunami/2011, país que tecnologicamente tem maior infra-estrutura contra terremotos e tsunamis revive o caos da segunda guerra mundial, no maior terremoto seguido de tsunami de sua história. O Japão é o país que mais investe em prevenção de terremotos e tsunamis. Mesmo assim, a devastação é impressionante. Se no Japão há essa destruição, como nos defendermos em outras regiões do planeta? Sabemos que a localização do Japão é em uma região propensa a terremotos. A questão é que se tratam de conflitos socioambientais que ceifam vidas,desabrigam, desestruturam pessoas, famílias, comunidades, cidades, fazendo crescer as estatísticas de degradação ambiental que o mundo vem sofrendo. Diga-se que os efeitos dos conflitos socioambientais não se referem apenas  ao que os cientistas consideram efeitos do aquecimento global. Compreendemos os conflitos socioambientais numa dimensão de como as ações dos seres humanos e sua opção por determinado modo de produção de sociedade e escolhas de matrizes tecnológicas, energéticas,  interferem na vida dos seres humanos e em todo ambiente.

  Os governos ao não priorizarem acordos e soluções globais a crise ambiental fazem nestas “catástrofes” ações de solidariedade que poderiam ser mais eficientes se houvessem atitudes permanentes ou um plano global de fato para que os seres humanos em todo mundo não sejam exterminados como vem acontecendo. A solidariedade internacional quando é para se reduzir as emissões de gases, deter o aquecimento global, por exemplo, são sempre postergadas.
  Resta-nos como sociedade civil em todo mundo nos unirmos cada vez mais. É preciso que nos conscientizemos que os conflitos socioambientais penalizam principalmente os mais empobrecidos. Hoje não apenas pessoas, mas países, cidades, estão deixando praticamente de existirem. Pessoas e famílias, bilhões de seres humanos em todo mundo, que não dispõem sequer de um mínimo de condições a sobrevivência, a sua subsistência, como podem enfrentar essa crise ambiental? O que o mundo exige hoje é a implantação de tecnologias socioambientais, que salvem vidas e defendam uma relação mais harmônica dos seres humanos com todo o ambiente.
  É necessário uma urgente mudança ou transformação na forma de governar, agir, planejar as cidades, capacitar através da educação ambiental toda população em como nos defendermos dos conflitos socioambientais. É preciso que governantes, todas as áreas do conhecimento humano possam desenvolver e implantar pesquisas, projetos, na solução dos conflitos locais de meio ambiente. Este modo de produção de sociedades insustentáveis precisa ser alterado, uma vez que estão centrados no consumo pelo consumo. O que denominamos “tecnologias socioambientais” são fundamentadas na valorização e defesa do ser humano, o ponto de partida, seguido de todo ambiente. A construção da sustentabilidade é o caminho que temos que construir no Brasil e no mundo. Conflitos socioambientais locais e globais estão interligados.


sábado, 12 de março de 2011

TSUNAMI E TERREMOTOS NO JAPÃO MARÇO 2011


  Os conflitos socioambientais exigem uma união dos seres humanos em todo mundo para sobrevivermos. Cada dia que o mundo toma conhecimento dos vídeos, fotos,  da situação atual do Japão, logo se fazem associações às intempéries das condições ambientais que em todo mundo são sentidas. Lembrando algumas, o terremoto em Nova Zelândia,  as secas na Austrália, a região serrana do Rio de Janeiro, as constantes inundações em São Paulo, os terremotos no Haiti e Chile, as mudanças climáticas no sul do Brasil, Santa Catarina.  Não há região do planeta que não sinta as conseqüências dos conflitos socioambientais. Se somarmos o número de vidas perdidas, ameaçadas, em risco, os desabrigados, chegaremos a cifras preocupantes e crescentes. As tecnologias que precisam serem implementadas com urgência hoje, são as que defendam os seres humanos e promovam a construção da sustentabilidade socioambiental local e global.

CADASTRO ÁREAS IMPACTADAS PELA MINERAÇÃO

PRORROGADO O PRAZO PARA O CADASTRO DE ÁREAS
IMPACTADAS PELA ATIVIDADE MINERÁRIA

   O Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM, por meio da Deliberação Normativa nº
163/2011, prorrogou o prazo para envio das informações relativas ao Cadastro das Áreas
Impactadas pela Atividade Mineraria exercida por empreendimentos detentores de Autorização
Ambiental de Funcionamento - AAF.
  Com a prorrogação, o Formulário de Cadastro de Áreas Impactadas pela Atividade
Mineraria deverá ser preenchido e entregue até o dia 30 de abril de 2011, através do
Banco de Declarações Ambientais - BDA disponível no site
sisemanet.meioambiente.mg.gov.br.
   Durante o preenchimento serão solicitadas informações relativas à localização, estado atual da
área, uso e ocupação do entorno, bem como a presença de passivos ambientais, com o
objetivo de classificar o potencial de impacto ambiental causado pela atividade.
De acordo com a Deliberação Normativa COPAM nº 144/2009, o cadastro aplica-se às áreas
mineradas detentoras de Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF referentes ao código
A da DN COPAM nº 74/2004.

quinta-feira, 10 de março de 2011

EM DEFESA DAS ÁRVORES DO PARQUE MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE

MANIFESTO EM DEFESA DE QUASE 300 ÁRVORES AMEAÇADAS DE CORTE NO PARQUE MUNICIPAL DE BH


   Considerando a temperatura atual de 45º C na capital do Rio de Janeiro, defendemos em Belo Horizonte os maiores reguladores do clima em nossa capital mineira.
   Indiferença e irresponsabilidade quanto aos cuidados minuciosos necessários às Árvores resultam em mais uma morte em Belo Horizonte e colocam em risco 200 Árvores que já estão sendo cortadas no Parque Municipal da Capital, cujo título um dia foi “Cidade Jardim”.
   No mês em que Márcio Lacerda foi indicado pelo Datafolha como o melhor prefeito dentre as capitais brasileiras, essa fatalidade evidenciou a necessidade do Poder Público dar o valor merecido à questão ambiental urbana, em suas diversas nuances, na Capital Mineira, destacando no momento, a realidade das Árvores.
   O ocorrido no Parque Municipal “Américo Renê Giannetti” tomou proporção negativa nacional, sendo divulgado em toda a mídia, de norte a sul do Brasil, conforme alguns links ao final.
   Queremos nos orgulhar também de termos como nosso representante, um Prefeito responsável, atento e ativo quanto as questões ambientais.
   Belo Horizonte que desponta como referência positiva em várias áreas, lamenta por carecer de atenção especial para o tema ambiental – apesar do clamor planetário que predomina nos tempos atuais.
   Ainda resta na memória dos belorizontinos mais antigos, o lamento pela eliminação de todas as Árvores no centro da Av. Afonso Pena.
   Agora, mais uma mácula está prestes a existir na história de nossa Capital, afinal, quanto tempo demorará para a recomposição do verde hoje existente no Parque Municipal – um dos pulmões de BH -, após esse desastre, considerando as supressões que já estão ocorrendo lá??? Ficará a ferida exposta e espalhada naquele Parque.
   Foi inédita a fatalidade da morte, no Parque Municipal, de uma cidadã no dia 12/01/2011.
   Há que se tomar providências, é fato. Entretanto, não se justifica o extermínio radical de tantas espécies, sem o empenho de se buscar alternativas sustentáveis para salvá-las em contraposição à solução imediatista de simplesmente cortar essas quase 300 árvores que regulam a temperatura; amenizam a poluição; enriquecem as áreas de lazer e cultura; fornecem sombra e bem estar, além de diversos outros beneficios ao ecossistema local, promovendo a qualidade de vida.
   Muito além da questão ambiental, aquelas Árvores são tombadas pelo Patrimônio Histórico. Não obstante, estão sendo tombadas em total desrespeito ao Ecossistema Urbano e às pessoas que habitam a Capital.
   Pagamos impostos muito altos e queremos ver revertidos nossos recursos financeiros para investimento suficiente que atenda a grande e variada demanda na área ambiental.
   Não pode ser considerado dispendioso investir em tecnologia e planejamento para tratar de nossas Árvores.
   Brasília e outras capitais, como Porto Alegre e São Paulo, já têm o inventário, mapeamento e manutenção preventiva de todas as suas Árvores através de um detalhado planejamento – Plano Diretor de Arborização Urbana.
  Questionamos a vistoria realizada recentemente e pedimos que seja realizada nova vistoria técnica mais criteriosa dessas Árvores, que já estão sendo suprimidas, por uma equipe multidisciplinar de áreas afins. A população não pode admitir a solução simplista da supressão de tantas árvores, antes de tentar tratá-las, já que não foram cuidadas preventivamente.
   Pleiteamos à Administração Pública a imediata interrupção do corte dessas Árvores condenadas pela Secretaria de Meio Ambiente, muitas delas centenárias, existentes no Parque Municipal de Belo Horizonte, bem como, manutenção da interdição do Parque transformando-o em um verdadeiro “hospital de árvores” até que as árvores estejam devidamente tratadas.
   Isolamento das espécies ameaçadas de cair; tratamento das árvores doentes; combate às pragas; poda adequada quando necessário; utilização de cabos de sustentação; transplantes; equipamentos modernos de detecção da saúde das Árvores com realização de ressonâncias e contratação de pessoal qualificado e suficiente são as alternativas apresentadas e defendidas como urgentes por este movimento.
   Conclamamos toda a sociedade que permanece apática ao tema, ou parte dela que discorda dessa situação caótica para que nos mobilizemos, saindo da indignação silenciosa e isolada e pleiteando à Administração Pública a devida atenção ao Meio Ambiente Urbano, não só para o nosso benefício, mas, principalmente, por ele, dado seu valor intrínseco.
   Diante do exposto, que haja o despertar e o assumir de nova postura pelo Poder Público e pela sociedade, quanto a ética, a responsabilidade de cuidar e o respeito merecido às Árvores – nosso “Patrimônio Natural, Histórico e Cultural”.


MOVIMENTO EM DEFESA DAS ÁRVORES DE BH
fevereiro / 2011
(nossasarvores@gmail.com)
REFERÊNCIAS:
Sistema de gerenciamento de árvores urbanas de São Paulo
http://www.ipt.br/solucoes/17-sistema_de_gerenciamento_de_arvores_urbanas.htm

Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Alegre
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smam/default.php?p_secao=9

Arborização Urbana – Porto Alegre
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cgea/default.php?reg=2&p_secao=28

Inventário da Arborização Urbana implantada na década de 60 no Plano Piloto, Brasília – DF
http://www.revsbau.esalq.usp.br/artigos_cientificos/artigo96-publicacao.pdf

Vantagens da Arborização Urbana Brasília, DF
http://guialocal.brasil.com.br/Vantagens_da_Arborizacao_Urbana_Brasilia_DF-r1163876-Brasilia_DF.html

Árvores da capital estão condenadas, adverte botânico da UFMG / Especialista constata, em passeio de hora e meia, que podas são malfeitas, espécies, inadequadas, e falta espaço para o crescimento das raízes
http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/arvores-da-capital-est-o-condenadas-adverte-botanico-da-ufmg-1.60882

Árvore cai sobre 10 carros no bairro Santo Agostinho
http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=109255

IEPHA/MG apresenta: Conjunto Paisagístico do Parque Municipal – Belo Horizonte
http://www.iepha.mg.gov.br/banco-de-noticias/893-iephamg-apresenta-conjunto-paisagistico-do-parque-municipal–belo-horizonte

Histórico do Parque Municipal “Américo Renê Giannetti”
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=fundacaoparque&tax=15400&lang=pt_BR&pg=5521&taxp=0&

Vistoria falha, árvore cai e mata mulher no Parque Municipal
http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/vistoria-falha-arvore-cai-e-mata-mulher-no-parque-municipal-1.227319

Queda de árvore causa morte de mulher
http://www.radiopescadores.com.br/radio/index.php?option=com_content&view=article&id=114:queda-de-arvore-causa-morte-de-mulher&catid=38:mundo

Árvore cai e mata mulher no Parque Municipal
http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=98899

Queda de árvore mata mulher em parque de Belo Horizonte, MG
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/queda+de+arvore+mata+mulher+em+parque+de+belo+horizonte+mg/n1237943095371.html

Árvore cai e mata mulher em parque de Belo Horizonte
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/859375-arvore-cai-e-mata-mulher-em-parque-de-belo-horizonte.shtml

Árvore cai e mata mulher no Parque Municipal em BH
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/01/12/interna_gerais,203228/arvore-cai-e-mata-mulher-no-parque-municipal-em-bh.shtml

Árvore de grande porte cai e mata mulher no Parque Municipal de BH
http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/01/arvore-de-grande-porte-cai-e-mata-mulher-no-parque-municipal-de-bh.html

Queda de árvore mata mulher em parque de Belo Horizonte (MG)
http://noticias.r7.com/cidades/noticias/queda-de-arvore-mata-mulher-em-parque-de-belo-horizonte-mg-20110112.html

200 árvores serão derrubadas no Parque Municipal de BH
http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/01/200-arvores-serao-derrubadas-no-parque-municipal-de-bh.html

Árvore cai e mata mulher no Parque Municipal, em BH
http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/arvore-cai-e-mata-mulher-no-parque-municipal-em-bh-1.226784

SEMINÁRIO DEBATE EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA

RAISSA AMARAL VIOLÃO E VOZ

DEFESA DO MEIO AMBIENTE UNE CULTURAS - EDITORIAL

   Nosso Jornal Oecoambiental nasceu de uma atitude de cidadania socioambiental. É urgente uma mudança de atitude de cada um de nós. Buscarmos melhorar a cada dia a nossa convivência como espécie e com todo o ambiente que nos cerca. Mesmo a maioria da população não tendo acesso aos documentos divulgados pela ONU sobre as alterações do clima do planeta, todos nós seres humanos estamos sentindo como o clima vem se alterando, assim como os conflitos socioambientais. Isso vem exigindo que a educação ambiental esteja difundida amplamente para toda sociedade civil, em todo mundo.
   Nosso país, que nos carnavais sai às ruas em felicidade, em comunidades que se unem para divulgarem sua cultura, vem dando demonstração de que a defesa do meio ambiente é a questão ecopolítica primordial em todo mundo. Vale citar aqui em Minas neste carnaval o Bloco da Gandarela – que convoca a população para nos unirmos na conquista da criação e implantação do Parque Nacional da Serra da Gandarela. Em Curitiba as crianças saindo às ruas dando uma lição no carnaval aos adultos na defesa dos pampas, do meio ambiente.
   Em nossos cursos e eventos socioambientais do Projeto Oecoambiental trabalhamos de forma holística, procurando respeitar e ouvir os vários saberes, culturas, de forma multidisciplinar, ecumênica.
   Consideramos um bom sinal quando a Igreja Católica lança uma Campanha da Fraternidade em 2011 tendo como tema a defesa do meio ambiente. Fazemos votos que todas as culturas, religiões e crenças possam sensibilizar os seres humanos cada vez mais nessa dimensão do amor universal em defesa da vida e de todo ambiente.
   Ações, implantação de projetos socioambientais são urgentes. Estamos trabalhando incansavelmente na difusão da informação socioambiental que salva vidas. Cada pessoa está convidada a inscrever-se no blog do Jornal Oecoambiental: www.oecoambiental.blogspot.com, convidando novas pessoas a unirem-se conosco, enviando seus comentários, textos, matérias, artigos. Queremos unir forças com todas as pessoas, grupos e redes socioambientais que fazem a diferença. Agir, mobilizar, construir uma sociedade sustentável é nossa tarefa fundamental. É necessária cada vez mais uma união de esforços em defesa da vida, da valorização da pessoa humana e de todo ambiente.

CRIANÇAS EM CURITIBA FAZEM CARNAVAL 2011 EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE

                                           Desfile das crianças em Curitiba pelo meio ambiente   
  Não são apenas as escolas de samba que desfilam no carnaval. Na Escola Municipal Dom Manuel da Silveira D’Elboux, no bairro Hugo Lange, cerca de 420 estudantes finalizaram em ritmo de samba uma das etapas da Miniconferência sobre Biodiversidade, evento de promoção de pesquisas sobre meio ambiente da rede municipal de ensino.
    Meninos e meninas saíram às ruas e envolveram a comunidade com um grande desfile de carnaval. O bloco da Escola Dom Manuel D’Elboux desfilou acompanhado por um grupo de músicos voluntários pelos quarteirões próximos à unidade de ensino, nos períodos da manhã e tarde.
  O grupo cantou a letra de um samba enredo escrita especialmente para a ocasião. Cada sala de aula representou uma ala, que mostrou o resultado dos estudos realizados com os conteúdos ambientais.
   O evento foi um sucesso e a letra do samba, repetida várias vezes com entusiasmo pelos estudantes. “Aproveitamos a data para conscientizar estudantes e comunidade de uma maneira alegre e divertida. A comunidade envolveu-se e reconheceu o quanto é importante o esforço pelo desenvolvimento comum”, disse a diretora da escola, Larissa Silveira Costa.
   A apresentação do bloco carnavalesco foi o resultado final de um amplo trabalho desenvolvido por professores e estudantes de todas as etapas da primeira fase do ensino fundamental da unidade. “Estimular as crianças a aprenderem com propostas diferenciadas e inovadoras enriquece a aprendizagem”, disse Larissa.
  O bioma Pampa foi o tema escolhido para os trabalhos da escola dentro do tema geral da Miniconferência 2011, O Verde Brasileiro.
  O bioma é caracterizado por vegetação de gramíneas, plantas rasteiras e algumas árvores e arbustos encontrados próximos a cursos d'água, que não são abundantes.
 Comparados às florestas e às savanas, os campos têm importante contribuição na preservação da biodiversidade, principalmente por atenuar o efeito estufa e auxiliar no controle da erosão.
   O evento - A Miniconferência sobre Biodiversidade promove pesquisas sobre meio ambiente e biodiversidade há 6 anos e acontece em todas as escolas da rede municipal de ensino, com cerca de 100 mil estudantes.

   Os trabalhos passam também pela etapa regional, com os núcleos da Educação e terminam em grande evento, em março, com a participação de cerca de 500 professores e estudantes que representam todos os envolvidos nos trabalhos.


O SAMBA DA ESCOLA


Pampa


Pampa é o lugar com muita fama
com poucas árvores e muita grama
garça e onça você vai encontrar
é só para o Rio Grande viajar.
Pampa é o lugar que devemos preservar
pampa é o lugar que queremos visitar.
Pampa é o lugar do gaúcho
veste bombacha e suas botas com luxo
tem chimarrão e churrasco, que alegria!
conduz o gado pelo pasto todo dia.
( Prefeitura Curitiba)

terça-feira, 8 de março de 2011

BLOCO DO PEIXOTO - CARNAVAL 2011 - BELO HORIZONTE/ BRASIL





                    
Bloco do Peixoto - Santa Efigênia - Belo Horizonte-MG/ Brasil
Carnaval 2011