sexta-feira, 22 de junho de 2012

JORNAL OECOAMBIENTAL NA CÚPULA DOS POVOS E RIO + 20

Assembléia define soluções dos povos para crise global


   No âmbito dos Direitos (por justiça social e ambiental), que corresponde à Plenária 1, ficou acordado que para garantir esses direitos é preciso, dentre outras medidas, fortalecer os direitos humanos e mudar as políticas públicas, o sistema de produção capitalista que domina, oprime e promove o etnocídio das culturas populares.
  Em relação à defesa dos bens comuns e à mercantilização da vida (Plenária 2), acordou-se que, para ter direito à terra e ao território, é preciso haver uma regulamentação fundiária. E a Cartografia Social, segundo as organizações participantes, é um instrumento para atingir esse objetivo. É preciso que haja políticas públicas destinadas a estruturar essas mudanças e financiar projetos socioambientais para as comunidades.
   A soberania alimentar, defendida na Plenária 3, determinou que, para obtê-la, é necessário fortalecer o pequeno agricultor, o camponês e o indígena. É preciso controlar o uso de agrotóxitos em escala industrial e fortalecer o ideário da agroecologia.
  Em relação a energia e às indústrias extrativas, assunto da Plenária 4, ficou acordado que as energias renováveis e de controle descentralizado são a saída para a crise energética mundial. É preciso ainda que as organizações que poluem e causam impactos ambientais negativos sejam adequadamente punidas.
  Sobre o trabalho, debatido na Plenária 5, ficou decidido que a reforma agrária, a abolição do agronegócio e a negação à mercantilização da natureza são medidas importantes para regulamentar e humanizar o trabalho. A punição para a violação de direitos trabalhistas também é um dos temas defendidos pelas organizações participantes da Cúpula dos Povos.

Objetivo atingido

  Em entrevista à redação da Cúpula, Rosilene Wansetto, membro do Grupo Articulador, disse que a Assembleia retratou exatamente o que aconteceu durante as plenárias dos dias 17 e 18. “Essas plenárias foram um espaço importante para convergência de várias lutas. Os movimentos e organizações puderam apresentar as causas e as soluções para a crise”, explica. Para Rosilene, foi um momento de construção coletiva. “Foi possível perceber a cara dos movimentos ali presentes”, reforça.
  Durante a Assembleia, várias apresentações culturais e intervenções aconteceram. O momento mais marcante foi quando uma dupla americana cantou “Get up, stand up”, do cantor jamaicano Bob Marley, em homenagem à luta diária dos militantes e interessados ali presentes. Confira o vídeo:

Leia os documentos elaborados nas Plenárias de Convergência que foram apresentados na segunda Assembleia dos Povos: Nossas Soluções.

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