quinta-feira, 22 de setembro de 2016

SALVE A MATA DO PLANALTO - AUDIÊNCIA PÚBLICA


UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA DE BH FOI REALIZADA NESTA  QUINTA,22 DE SETEMBRO 2016. COM O OBJETIVO DE APURAR AS CAUSAS DOS INCÊNDIOS NA MATA DO PLANALTO E NO PARQUE DO PLANALTO



 Foi realizada a Audiência Pública da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal nesta quinta, 22, 13 horas, plenário Helvécio Arantes, que discutiu os incêndios que ocorreram na Mata do Planalto e no Parque do Planalto, bem como a revitalização do parque.
   Foram convidados representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, Associação Comunitária do Planalto, do Executivo, da Copasa, Bombeiros Militar, 13 Batalhão da PMMG, Guarda Municipal, Gesta UFMG, Comissão de Defesa da Cidadania e Interesses Coletivos da OAB, Mambh, Projeto Manuelzao, CBH Rio das Velhas. O Jornal O Ecoambiental esteve presente a Audiência Pública e conferiu a boa participação da comunidade da região do Planalto. Todos esperam que sejam apuradas as causas dos incêndios e que a revitalização do Parque aconteça para que a comunidade e a cidade possam continuar protegendo e cuidando deste patrimônio socioambiental público da região e de toda BH.


Audîência Pública na Câmara Municipal de BH




"História da luta pelo verde na região
 No dia 2 de abril de 1982 alunos de escolas como a Municipal Lídia Angélica, moradores e ambientalistas fizeram uma passeata em favor de uma outra área verde da região norte de Belo Horizonte, a Lagoa do Nado, que fica na divida entre os bairros Itapoã e Planalto. A Prefeitura na época queria construir ali um conjunto habitacional. Diversos abraços à Lagoa do Nado na década de 80 contribuíram para a criação do parque que só aconteceu em 1993. Na década de 80, o uso do espaço para eventos culturais marcou a história do que viria a ser o Centro Cultural Lagoa do Nado. A grande atração do parque, localizado na região da Pampulha, é a Lagoa do Nado, de 22.000 metros quadrados. Além dela, a área verde conta com 12 nascentes e o córrego do Nado, afluente do córrego Vilarinho, que deságua no ribeirão do Onça, unindo-se ao rio das Velhas, integrante da bacia do rio São Francisco.
Pela proteção integral da Mata
 Em uma cidade já tão carente de áreas verdes não é lógico a perda de nem um por cento dessa área, defendem ambientalistas, integrantes do Movimento Salve a Mata do Planalto e também moradores de outras regiões da cidade que consideram fundamental a proteção de toda a área. Os moradores da região e as lideranças contestam a informação das construtoras de que existe apenas uma nascente na área do empreendimento e que as outras nascentes não serão afetadas pelas obras. A comunidade acha que a área deve ser protegida integralmente e não acredita na proposta feita pela construtora de reservar 70% desse terreno para a criação de dois parques: um destinado aos moradores do condomínio e outro aberto ao público, em área que seria doada para a Prefeitura de Belo Horizonte. Para os moradores, esse é apenas um discurso das construtoras para convencer a população sendo que não há garantias de que o projeto não seja alterado. Eles afirmam que a construção dos prédios irá impactar negativamente toda a região.
 Uma das alternativas que o grupo defende para não prejudicar o proprietário é a aquisição do terreno pela Prefeitura por meio do pagamento de medidas compensatórias de outros empreendimentos, que chegam ao montante de R$ 420 milhões e, com isso, seria possível a proteção integral da área. “Com a Operação Urbana Consorciada no vetor Norte, que será votada na Câmara Municipal, os impactos ambientais e transtornos nos corredores principais do bairro serão irreversíveis na vida dos moradores, com construções de prédios altíssimos com mais de 11 andares e no entorno de 4 a 6 andares. Por que as grandes construtoras, inclusive a Direcional, não doam a área da Mata do Planalto para a população, como compensação ambiental?”, sugere Magali Trindade." ( Fonte: Movimento Salve a Mata do Planalto)

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