domingo, 4 de março de 2012

O BRASIL NA RIO + 20 - PARTE X

  O Jornal Oecoambiental está postando O "DOCUMENTO DE CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA A CONFERÊNCIA RIO + 20". Nosso propósito é favorecer a argumentação da sociedade civil brasileira na resolução dos problemas de meio ambiente locais. Todas as iniciativas da sociedade civil que visem defender a vida e a conquista de melhor qualidade de vida e meio ambiente para todos deve ser respeitada e valorizada. Unir pessoas e instituições é fundamental para vencermos os desafios da crise ambiental no Brasil e no mundo. Convidamos nossos leitores a nos enviar seus comentários, artigos, matérias, textos sobre estas propostas apresentadas neste documento.
Segue a décima parte deste documento que fazem parte  CAPÍTULO IV – PROPOSTAS DO BRASIL PARA A RIO+20.  Saudações.

PARTE X

P7. Pacto pela Economia Verde Inclusiva
P7. A. Relatórios de Sustentabilidade

   De forma voluntária, diversas empresas têm rotineiramente divulgado ações que
refletem suas preocupações e responsabilidades no campo da sustentabilidade. A prática de publicação de relatórios de sustentabilidade pelas empresas é voltada não apenas a seus acionistas, mas também aos mais diversos públicos, dentre os quais seus funcionários, a mídia, o Governo, os consumidores e a sociedade civil em geral, constituindo uma estratégia tanto de imagem quanto de posicionamento estratégico. Esses relatórios permitem não só divulgar, mas incentivar e disseminar experiências sustentáveis, acabando por estimular e difundir a adoção de boas práticas.
  Com o intuito de ampliar essa prática, poderia ser acordada na Rio+20 uma iniciativa
para que empresas estatais, bancos de fomento, patrocinadoras de entidades de previdência privada, empresas de capital aberto e empresas de grande porte divulguem, de forma completa, objetiva e tempestiva, relatórios sobre suas atividades que, além dos aspectos econômico-financeiros, incluam, obrigatoriamente, e de acordo com padrões internacionalmente aceitos e comparáveis, informações sobre suas atuações em termos sociais, ambientais e de governança corporativa. Tal medida poderia contribuir significativamente para a inclusão desses temas na agenda estratégica de grandes
organizações, favorecendo uma economia verde inclusiva.

P7. B. Índices de Sustentabilidade

   Nos últimos anos, muitos investidores passaram a se preocupar, para além da
sustentabilidade econômica, também com a sustentabilidade social e ambiental das empresas, acreditando que geram valor para os acionistas no longo prazo. Como resultado, foram lançadas diversas iniciativas para identificar as empresas mais sustentáveis.
   No Brasil, a BM&FBOVESPA estabeleceu, em 2005, o Índice de Sustentabilidade
Empresarial, que mede o retorno de uma carteira de ações de empresas com reconhecido
comprometimento com a sustentabilidade. Em 2010, foi lançado o Índice Carbono Eficiente (ICO2), que recalcula o IBrX (indicador composto pelas 50 ações mais negociadas na Bolsa) com base nas emissões de gases de efeito estufa das empresas.
   A partir de experiências como as do Brasil, poderia ser discutida no âmbito da Rio+20 a adoção de índices de sustentabilidade comparáveis para referência de investimentos em bolsas de valores. Os índices, assim como os relatórios de sustentabilidade, ampliariam o foco sobre a atuação das empresas e alavancariam a adoção de boas práticas corporativas.
   Atenção especial dever ser dada a indicadores capazes de apontar tendências estruturais, ou de mais longo prazo, relativas à compatibilidade de empresas ou negócios com o paradigma do desenvolvimento sustentável. Dentre eles, poderiam ser consideradas métricas da proporção entre aumento da produção e geração de impactos e/ou demandas excessivas por recursos naturais.

P8. Propostas para a Estrutura Institucional do Desenvolvimento Sustentável
P8. A. Mecanismo de coordenação institucional para o desenvolvimento sustentável

   Qualquer esforço para dar maior coerência ao arranjo institucional para o
desenvolvimento sustentável em nível internacional deve ter como meta principal prover incentivos reais para que as instituições já existentes almejem objetivos comuns e os persigam a partir de estratégias convergentes e atividades coordenadas. Para isso, seria imprescindível o desenvolvimento de plataforma integrada de informações sobre temas de desenvolvimento sustentável e a adoção de mandatos específicos para que organismos internacionais estabeleçam programas e estratégias conjuntas para enfrentamento de problemas transversais de forma integrada.
  A criação de mecanismo permanente de coordenação de alto nível entre todas as
instituições internacionais que lidam com o desenvolvimento seria uma iniciativa de considerável impacto político e efetividade.
   O mecanismo de coordenação poderia usar a experiência dos encontros que, após a Conferência de Monterrey, vêm sendo promovidos pelo ECOSOC com as instituições de Bretton Woods, a OMC e a UNCTAD, mas representaria um avanço com relação a esses encontros, pois forneceria a dimensão política necessária a uma verdadeira coordenação. O mecanismo de coordenação poderia se reunir duas vezes por ano, às margens da AGNU e da reunião anual do Banco Mundial e do FMI.
   A adoção de mecanismo de coordenação também teria o efeito de atribuir a
responsabilidade pela coerência institucional aos próprios Estados-membros. Os Secretariados das diversas instituições e convenções ligadas ao tema do desenvolvimento sustentável, que frequentemente são confrontados com a necessidade de exercer essa tarefa, teriam, assim, maior disponibilidade de recursos para a implementação das decisões e compromissos adotados, de forma coerente e coordenada, pelos Estados-membros.

P8. B. Reforma do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), transformando-o em Conselho de Desenvolvimento Sustentável das
Nações Unidas Vinte anos após a Rio-92, ano em que o conceito de desenvolvimento sustentável se firmou, há consenso global de que as Nações Unidas (e os países que dela fazem parte) não foram capazes de oferecer um enfoque abrangente, coordenado e coerente para a implementação dessa idéia e para o imenso conjunto de ações, políticas, planos e estratégias desenvolvidas com esse objetivo.
   A Comissão das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS) foi
concebida como um foro de alto nível sobre desenvolvimento sustentável. Na prática, porém, a CDS foi criada em nível hierárquico baixo, sem dispor dos meios e da força política necessários para exercer o seu esperado papel de coordenação e articulação, tornando sua ação pouco efetiva e inconsistente em relação aos seus objetivos.
   O ECOSOC é lugar natural para se pensar em reformas na área de governança para o
desenvolvimento sustentável. Um dos principais órgãos das Nações Unidas, é responsável pela coordenação das ações econômicas e sociais de 14 agências especializadas, comissões funcionais e comissões regionais, recebendo, ainda, relatórios de onze programas e fundos. Nos cálculos do próprio Conselho, com seu vasto mandato, seu campo de ação estende-se por mais de 70% dos recursos humanos e financeiros de todo o sistema das Nações Unidas. Contudo, seu desenho institucional, concebido num mundo em que a natureza dos problemas globais era de ordem  distinta, torna o ECOSOC impotente para enfrentar os problemas atuais.
   A Rio+20 poderá lançar o processo de reforma do ECOSOC para que esse Conselho possa ser um foro central para a discussão do desenvolvimento sustentável, tratando com igual peso as suas dimensões ambiental, econômica e social, e com respaldo e poder político para oferecer orientação e coordenação para todas as ações do sistema ONU no campo do desenvolvimento sustentável.

P8. C. Aperfeiçoamento da governança ambiental internacional:
estabelecimento da participação universal e de contribuições obrigatórias para o
PNUMA

  O fortalecimento da governança ambiental internacional não prejulga nem exclui a necessidade de fortalecimento dos demais pilares do desenvolvimento sustentável. Ademais, na ótica do Brasil, os debates sobre governança para o desenvolvimento sustentável e governança ambiental não são opostos nem alternativos, mas complementares. Por isso o Brasil defende que a Rio+20 inclua, entre seus resultados, o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o PNUMA.
  O PNUMA foi criado há 40 anos, com desenho que respondia aos desafios ambientais da época. Hoje, contudo, a dimensão da crise ambiental mundial requer modelo de instituição melhor aparelhada para lidar com os novos desafios.
  Parte do problema associa-se à grande quantidade de agências e programas da ONU que atuam na esfera ambiental, sem a devida articulação, provocando superposição e duplicação de iniciativas, além de inadequada alocação dos escassos recursos disponíveis.
   A Rio+20 deverá, portanto, avançar no debate sobre os diversos processos já
estabelecidos sobre governança ambiental internacional. Minimamente, deverá adotar decisões no sentido de estabelecer a participação universal no Conselho de Administração do PNUMA e contribuições obrigatórias, de acordo com escala a ser estabelecida nos mesmos padrões de outras organizações das Nações Unidas.
   O estabelecimento da participação universal no PNUMA é medida há muito discutida e que, na prática, não apresenta desvantagens. Pode, porém, agregar importante componente de fortalecimento político ao Programa. Além disso, sua adoção não prejulga qualquer outra decisão em torno do complexo debate sobre governança ambiental internacional, que requer reformas institucionais mais abrangentes e ações adicionais em diversos outros níveis.
  A justificativa para mudança nos critérios de contribuição encontra-se no fato de que grande parte das dificuldades do PNUMA hoje se relaciona à falta de financiamento estável e previsível: o financiamento do Programa se baseia em contribuições voluntárias dos Estados-Membros das Nações Unidas.
   Esse arranjo financeiro pouco previsível e altamente discricionário compromete a estabilidade financeira da organização e sua capacidade de planejar além do atual ciclo orçamentário. Compromete, ainda, a autonomia do Programa, uma vez que o torna muito dependente de determinados Estados-Membros que, assim, exercem indesejada influência no estabelecimento da agenda do PNUMA. Nos últimos anos, verificou-se substantiva redução das contribuições voluntárias ao Fundo Ambiental do PNUMA, as quais foram sendo gradativamente substituídas por contribuições “carimbadas” em crescente proporção em relação ao orçamento tota do PNUMA.

sexta-feira, 2 de março de 2012

EVENTOS ANTINUCLEARES NO DIA 11/03/12

   O Jornal Oecoambiental trabalha em defesa da vida e pela construção da sustentabilidade. Um dos princípios que defendemos é o princípio da precaução. A sociedade civil ter acesso as informações socioambientais que salvam vidas é direito de todos. 
    Quando vai se completar um ano do triste episódio do acidente nuclear da Usina de Fukushima é sem dúvida muito importante a população mundial manter-se alerta aos riscos dos acidentes nucleares. Somos solidários a população japonesa que ainda sofre as consequências deste terrível acidente nuclear.
   Postamos a seguir as manifestações que acontecerão em todo mundo visando alertar a população sobre os riscos nucleares. Que cada dia mais todos nós humanos nos unamos em defesa da vida na conquista de um mundo com justiça ambiental, melhor qualidade de vida e meio ambiente para todos. Seguem as informações de como participar:

"No Brasil já confirmaram manifestações em Porto Alegre, Rio de Janeiro, SP, Angra dos Reis e Manaus. Bahia, Caetité, Pe, Ceará, Goiania estão fechando a programação.

Aguardamos outras cidades. Contribua com informações!
MOVIMENTE-SE VOCÊ TAMBÉM!
Organize um evento Anti Nuclear em sua Cidade e envie local e horário para:global.fukushima.action.day.2012@gmail.com ;
Compartilhe esta informação com seus contatos!
Envie esta programação para jornalistas da imprensa local, nacional e internacional!Ajude-nos a divulgar este calendário antinuclear.
Links com o Calendário Atualizado:
http://antinuclearbr.blogspot.com/


Obrigada,


Zoraide"
 
CALENDÁRIO DE EVENTOS ANTINUCLEARES PARA O DIA 11/03/12,



ANIVERSÁRIO DE 1 ANO DO ACIDENTE NUCLEAR DE FUKUSHIMA






58 Cidades - 14 Países:


Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Estados Unidos,
França, Inglaterra, Japão, Luxemburgo, Mongólia, Suécia, Suíça e outros países
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Alemanha:
- Corrente Humana na Usina Nuclear de Neckarwestheim, em Kirchheim. Inicio na estação Neckar às 13:00h, com marcha de protesto para a Usina Nuclear de Neckarwestheim; Contato: http://www.endlichabschalten.de/ ; Gergely Kispál, Tel: 0711 620306-17, gergely.kispal@bund.net ; Franz Pöter, Tel: 0711 - 620306-16, franz.poeter@bund.net ; endlichabschalten.de@googlemail.com ; Tel.: 040-2531 8948 ; info@anti-atom-demo.de ; presse@antiatomberlin.de ; kontakt@antiatomberlin.de ;

- Vigília em Aachen, em Elisenbrunnen, horário: 10:30; Contato: info@anti-akw-ac.de ; http://www.anti-akw-ac.de ; http://www.facebook.com/pages/Aktionsb%C3%BCndnis-gegen-Atomenergie-Aachen/211814662168431 ; Tel.: 040-2531 8948 ;


http://www.anti-akw-ac.de/de/termine.html/-/asset_publisher/Cav5/content/11-marz-2012-mahnwache-in-aachen ; presse@antiatomberlin.de ; kontakt@antiatomberlin.de ; info@anti-atom-demo.de ;

- Grande manifestação de Gronau, Estação de Gronau, horário: 13:00, até a central de enriquecimento de urânio Urenco, com encerramento ás 16:30. Haverá uma programação interessante; Contato: http://www.fukushima-jahrestag.de/ ; kontakt@fukushima-jahrestag.de ; http://www.sofa-ms.de ; http://www.kein-castor-nach-ahaus.de/ ; info@ausgestrahlt.de ; http://www.fukushima-jahrestag.de/?q=node/2 ; http://anti-atom-demo.de/start/home/ ; http://www.greenkids.de/europas-atomerbe/index.php/Global_Fukushima_Action_Day_2012 ; http://anti-atom-demo.de/start/staedte/gronau/ ;


http://www.ausgestrahlt.de/mitmachen/fukushima-jahrestag/demos-am-113.html ; Tel.: 040-2531 8948 ; info@anti-atom-demo.de ; presse@antiatomberlin.de ; kontakt@antiatomberlin.de ;


- Corrente Humana de Lichterkette 2012, com luzes, em percurso de 79 km; Horário: 19:00h; Contato: http://www.lichterkette2012.de/ ; Central, info@lichterkette2012.de , Tel.: 0151/ 56 59 14 47; Peter Dickel, telefone 0531-89 56 01, dickel@ag-schacht-konrad.de ; Thomas Erbe, Tel : 0176/ 59 52 62 28, braunschweig@lichterkette2012.de ; Ulrike Jacob-Prael, Tel : 05305/ 17 29, basa-sickte@web.de ; Udo Dettmann, Tel : 0177/ 200 00 86, dettmann@asse2.de ; Eleonore Bischoff, Tel : 05331/ 74 182, eleonore.bischoff.wf@web.de ; Erica Neumann, Tel: 01522/ 9298694, ericaneumann@gmx.de ; Ludwig Wasmus, Tel : 05341/ 63 123, ludwig.wasmus@gmx.de ; Sede de campanha, Tel: 0176/5952 62 28, http://www.lichterkette2012.de/index.php/material/85-kampagnenbuero ; Pontos de Informação do percurso, http://www.lichterkette2012.de/index.php/info-punkte ; http://www.braunschweig-biss.de/ ; http://www.lichterkette2012.de/index.php/info-punkte ; http://anti-atom-demo.de/start/staedte/braunschweiger-land/ ; http://antiatomberlin.de/ ; kontakt@antiatomberlin.de ; Tel.: 040-2531 8948 ; info@anti-atom-demo.de ; presse@antiatomberlin.de ; kontakt@antiatomberlin.de ; http://maps.google.de/maps/ms?msid=212590373354468382359.0004b659a39ed4d207345&msa=0&ie=UTF8&t=m&source=embed&ll=52.232846,10.547562&spn=0.147189,0.199127&z=11 ;


- Corrente Humana de Brokdorf, Manifestação em AKW Brokdorf, com o cerco ao Reator, ao redor da Usina Nuclear; Horário: 12:00h; Contato: http://anti-atom-demo.de/start/staedte/brokdorf/ ; https://www.facebook.com/events/108080019314599/ ; http://www.facebook.com/oekolinx ; http://www.facebook.com/events/265487353523641/ ; http://www.facebook.com/pages/Montagsdemo-Kiel/147011942015992?sk=wall ; http://www.greenkids.de/europas-atomerbe/index.php/Global_Fukushima_Action_Day_2012 ; Tel.: 040-2531 8948 ; info@anti-atom-demo.de ; presse@antiatomberlin.de ; kontakt@antiatomberlin.de ;


- Corrente Humana na Usina Nuclear de Gundremmingen, com programação cultural; Horário: 13:00h ate 17:00h; Contato: coordenação, Ulrike Brenner, buero@atommuell-lager.de , Tel: 08296-745; Imprensa: Raimund Kamm, r.kamm@anti-akw.de , Tel: 0821-541 936; Thomas Wolf, demo@anti-akw.de , Tel: 08296-745;


http://anti-atom-demo.de/start/staedte/gundremmingen/ ; www.atommuell-lager.de ; demo@anti-akw.de ;https://www.facebook.com/events/285195574867229/ ; http://www.facebook.com/pages/FORUM-gemeinsam-gegen-das-Zwischenlager-eV/152276034836072?sk=wall ; buero@atommuell-lager.de ; Tel.: 040-2531 8948 ; info@anti-atom-demo.de ;presse@antiatomberlin.de ; kontakt@antiatomberlin.de ;


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Argentina:


- Corrente Humana de Buenos Aires; Congresso Nacional; Contato: machpatagonia@gmail.com ; tel: 54 (11) 1567485340 ; noelia_bernardone@hotmail.com ;
- Manifestação em Zárate, provincia de Buenos Aires, na Praça Central de Zárate, enfrente à Prefeitura, organizada pelo "Movimento Antinuclear Zárate-Campana" e pelo


"Movimento Argentina No Nuclear" em repúdio à Usina Nuclear de Atucha, e para deter projetos de instalação de novas Usinas Nucleares, com programação cultural, música e discursos antinucleares; Horário: 19:00; Contato:movimientoantinuclearzc@yahoo.com.ar ; www.argentinanonuclear.com.ar ;


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Austrália:


- Dia Nacional para acabar com a mineração de urânio (Adelaide, Alice Springs, Cairns, Canberra, Darwin, Hobart, Melbourne, Perth e Sydney); Contato: http://www.11march.com/ ; warehams@ozemail.com.au ; uranium@ecnt.org ; kazpres@optusnet.com.au ; mia.pepper@conservationwa.asn.au ; natwasley@gmail.com ; https://www.facebook.com/events/199315310152447/ ;
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Áustria:


- Manifestação em Viena, na Embaixada do Japão; Contato: Global 2000/les AT Autriche;
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Belgica:

- Manifestação em Bruxelas, Estação de trem Bruxelas Norte, horário: 14:30; Contato: http://www.anti-akw-ac.de ;


http://www.anti-akw-ac.de/de/termine.html/-/asset_publisher/Cav5/content/11-marz-2012-demonstration-in-brussel ; http://www.facebook.com/pages/Aktionsb%C3%BCndnis-gegen-Atomenergie-Aachen/211814662168431 ; info@anti-akw-ac.de ;
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Brasil:
- Corrente Humana de São Paulo; Avenida Paulista - Vão do MASP; Horário: a partir das 09:30; Contato:http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br ; https://twitter.com/brasil_ccun ; http://antinuclearbr.blogspot.com/ ;http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br/contato/ ; antinuclearmovimento@gmail.com ;


- Corrente Humana de Rio de Janeiro; Praia de Ipanema, Posto 9; Horário: a partir das 09:30; Contato:http://www.facebook.com/groups/iniciativapopularantinuclear/ ; http://twitter.com/antinuclearbr ;http://antinuclearbr.blogspot.com/ ; antinuclearmovimento@gmail.com ; http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br ;https://twitter.com/brasil_ccun ; http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br/contato/ ; correnteantinuclear@gmail.com ;


- Corrente Humana com Velas em Angra dos Reis. Vigília durante toda a noite nas Usinas Nucleares Angra 1 e 2, a partir das 21:00h do Sábado 10 de março. Ao amanhecer do Sol, Domingo 11 de março, uma barcaça será colocada ao mar, em homenagem às vítimas de Fukushima, na Vila Histórica de Mambucaba, a uma distância de 5 Km das Usinas Nucleares; Contato: sape.angra@gmail.com ; sape.angra@terra.com.br ; https://www.facebook.com/sape.angra ; http://antinuclearbr.blogspot.com/ ; antinuclearmovimento@gmail.com ; http://www.sapeangra.blogspot.com/ ; http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br ;https://twitter.com/brasil_ccun ; http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br/contato/ ;


- Corrente Humana de Porto Alegre, no Parque da Redenção; Horário: a partir das 09:30; Contato:http://antinuclearbr.blogspot.com/ ; antinuclearmovimento@gmail.com ;


http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br ; https://twitter.com/brasil_ccun ;http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br/contato/ ; correnteantinuclear@gmail.com ;http://www.facebook.com/groups/iniciativapopularantinuclear/ ;


- Corrente Humana de Manaus, no Parque dos Bilhares; Horário: a partir das 09:30; Contato: http://antinuclearbr.blogspot.com/ ; antinuclearmovimento@gmail.com ; http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br ; https://twitter.com/brasil_ccun ;http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br/contato/ ; correnteantinuclear@gmail.com ;http://www.facebook.com/groups/iniciativapopularantinuclear/ ;


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Estados Unidos:


- Marcha "Ação New York 11/03, "Estamos grávidos com medo de radiação" ; Horário: 13:00h Reunião na Union Square (lado Norte), 14:00h A Marcha sai da Union Square rumo ao norte (caminhada de 2 horas), 16:00 Central Park; Contato:http://311newyork.wordpress.com/ ; http://www.facebook.com/events/176712112434876/?notif_t=event_invite~~V ;http://www.facebook.com/311ActionNewYork ; http://www.facebook.com/events/176712112434876/?ref=ts ; Transmisão ao Vivo: http://www.ustream.tv/channel/nyc311 ;

- Corrente Humana, Caminhada e Manifestação em Encinitas, Califórnia. A partir do Swamis Seaside Park, 09:00h, Marchando até a Praia em Moonlight Beach State, onde será formada a Corrente Humana, até 13:00h. Programação Cultural com Círculo de Tambores e Refrescos. Contato: Tel.: (619) 813-3113 ; https://www.facebook.com/events/130643650390535/ ;https://www.facebook.com/profile.php?id=1147061024 ;


- Em San Luis Obispo, Califórnia, os membros de "Mães San Luis Obispo para a Paz", o geólogo Eric Layman e um estudante universitário japonês de Fukushima falarão no centro de SLO; músicos locais irão se apresentar, e os participantes irão escrever mensagens de esperança para as crianças do Japão; Horário: 14:00; Contato: lindaseeley@gmail.com ; www.mothersforpeace.org ; http://mothersforpeace.org/contact-info ; (805) 773-3881 ; (415) 282-1908 ; lvpsf@igc.org ; gradofcal@yahoo.com ; nick.homick@gmail.com ;


- Em Nova Inglaterra, a marcha "Lembre-se de Fukushima" de 19 dias - de 3 a 23 de março - que ligará três usinas nucleares; 11 de março: Caminhada para a Usina Nuclear
Pilgrim, Plymouth, MA; Contato: walk4newspring@gmail.com ; 413-485-8469 ;


- Fairfax, Califórnia, Fairfax Elsewhere Gallery: "Japan 3-11"; Contato: 1828 Sir Francis Drake Blvd. Fairfax, CA. (415) 578-1203 ;


- Protesto em San Onofre, CA: "FUKUSHIMA REMEMBERED"; Near SONGS south gate on Old Hwy 101; Horário: 13:00 - 15:00; Contato: 619-820-5321 ; marciapatt@cox.net ;
info@citizensoversight.org ; http://www.copswiki.org/Common/M11SanOnofreProtestAndRally ;https://www.facebook.com/events/273533399385742/ ;
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França:
- Corrente Humana de Lyon até Avignon (Lyon - Vienne - Roussillon - Saint Vallier - Tain l’Hermitage - Valence - Livron - Montélimar - Bollène - Orange - Avignon); Horário: 13:30h; Contato: contact@chainehumaine.org ; tel: 0777 202 771 ; http://chainehumaine.org/ ; Secretaria Nacional, 9 rue Dumenge, 69317, LYON, cedex 04, FRANCE, Tel: 04 78 28 29 22, Fax: 04 72 07 70 04, contact@sortirdunucleaire.fr ; opale.crivello@sortirdunucleaire.fr ; laura.hameaux@sortirdunucleaire.fr ;


- Corrente Humana nas docas de Bordeaux; início ecocitizen House (Perto da Ponte de Pedra), Porto de Bourgogne; Horário: 14:30h; Traga seu pik-nik para refeição de convívio as 13h; Contato: http://gironde.demosphere.eu/node/1471 ; http://cerclelibertairejb33.free.fr/?p=2375 ; http://tchernoblaye.free.fr/ ;
https://www.facebook.com/events/138595972916992/ ; gironde.demosphere@mailoo.org ;http://www.facebook.com/TchernoBlaye ; http://www.facebook.com/TchernoBlaye?sk=wall ;


- Corrente Humana do Vale do Rhône, Finistère, Bretanha; Horário: 14h; Contato: nukleelermaez2012@gmail.com ;http://bretagne.eelv.fr/agenda-eelv/#chaine-humaine-au-faou-29-contre-le-nucleaire ; http://bretagne.eelv.fr/tag/nukleel-er-maez/ ;
- Paris, 11 março às 15:00h, na Place de l'Hotel de Ville; Quebrando o código de silêncio sobre Fukushima; Os antinucleares estarão fazendo barulho; Traga tambores, panelas, etc; Contato: Rézo Zéro nucléaire Arrêt immédiat; herve.courtois@yahoo.com ; jeanlucvialard@gmail.com ; 06 09 71 64 03;
- Normandie: Debate "Fukushima, um ano depois"; entrada gratis; Flamanville, Le Rafiot; organizado por CRILAN, com o apoio da COORDINATION ANTINUCLÉAIRE BASSE NORMANDIE; com a participação de Haruko Sakaguchi (testemunha de Japão), Pierre Barbey (acro) - www.acro.eu.org , e Didier Anger (CRILAN) - 50340-Piles - www.crilan.fr ; Horário: 15:00; Contato: Andre Jacques, 06 08 84 22 22; http://leblogdejeudi.wordpress.com/ ; acro@acro.eu.org ; paulette.anger@wanadoo.fr ; 02 33 52 45 59; 02 33 52 53 26; 06 80 23 39 45; 02 33 87 66 66; 02.31.94.35.34; http://www.s323409623.onlinehome.fr/crilan/index.php?option=com_contact&view=contact&id=1&Itemid=69 ;
- Chaumont (Haute-Marne / Champagne-Ardenne) "FUKUSHIMA, 1 ano, e França ainda não saiu do nuclear!"; Sábado, 10 de março, na Praça da Câmara Municipal; Manifestação-ironia "Viva o nuclear!". Para distrair com humor: figurinos, narizes vermelhos, cartazes, máscaras, nuclear é limpa, segura ...; Horário: 11:00; Contato: cedra.org@orange.fr ;https://www.facebook.com/groups/149715985046348/ ; http://www.burestop.eu ; http://www.stopbure.com/ ;http://www.villesurterre.com/ ; (33) 03 25 04 91 41 / (33) 06 66 959 777;
- Dia "Não ao Nuclear Civil e Militar"; Local: Le Faou, no Cais; Debates, Oficinas e Manifestações; Horário: 11:00 até 17:00; Contato: bucher.christian@free.fr ; Tel.:
0618851316; http://groupes.sortirdunucleaire.org/Journee-Non-au-nucleaire-civil-et?date=2012-03 ;
- Manifestación pacífica, Sábado 10 de Marzo, en Fessenheim: Marcha de Protesto por el cierre inmediato de la Central Nuclear de Fessenheim, en frente a la casa de las
energias; Hora: 14:00; Contacto: www.stop-fessenheim.org ; csfr68@gmail.com ; http://groupes.sortirdunucleaire.org/Marche-de-protestation?date=2012-03 ;


- Corrente humana Nord-Pas de Calais, sábado 10 de março, praça principal de Lille; Horário: 15:00 - 17:00; Contato:
http://groupes.sortirdunucleaire.org/Chaine-humaine-locale,3586?date=2012-03 ;
- Corrente humana de Angouleme, sábado 10 de março; Local: rdv à l’Hôtel de ville d’Angoulême; Horário: 15:00 - 17:00; Contato: Collectif sortir du nucléaire,
colsn16@laposte.net ; http://groupes.sortirdunucleaire.org/Chaine-humaine-locale,3637?date=2012-03 ;
- Corrente humana em Conflans-Andrésy (Yvelines), na ponte entre o Oise e Andrésy Conflans; Horário: 11:00 - 14:00; Contato: Confluence pour sortir du nucléaire,
confluenceantinuclea@free.fr ; Tel.: 0671641184; http://groupes.sortirdunucleaire.org/Chaine-humaine-locale,3625?date=2012-03 ;
- Ação Nacional - 5 minutos contra o nuclear: desligar as luzes e aparelhos que usam energia elétrica; Horário: 19:55 - 20:00; Contato:
http://www.cinqminutescontrelenucleaire.fr ; http://groupes.sortirdunucleaire.org/Action-nationale-5-minutes-contre?date=2012-03 ;
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Inglaterra:
- "Pare a Nova Nuclear!, Fukushima nunca mais!", o bloqueio a Hinkley Point, em Hinkley; Sábado 10/03/12, 13:00h e Domingo 11/03/12, 14:00h; Contato: http://stopnewnuclear.org.uk/ ; http://stopnewnuclear.org.uk/contact-stopnewnuclear ;http://stopnewnuclear.org.uk/contacts ; http://stopnewnuclear.org.uk ; http://stopnewnuclear.org.uk/node/53 ;http://stopnewnuclear.org.uk/contact-legal-support ; http://stopnewnuclear.org.uk/contact-police-liaison-team ;http://stopnewnuclear.org.uk/traininginquiry ; http://stopnewnuclear.org.uk/node/112 ; http://stopnuclearpoweruk.net/contact ; http://stopnuclearpoweruk.net/content/no-more-fukushimas-10-11-march-2012-blockade-hinkley-point ; Londres, c/o 5 Caledonian Road, London N1, 9DX, Tel.: 0845-2872381 ; http://www.greenkids.de/europas-atomerbe/index.php/Surround_Hinkley_Point_NPP_action ;
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Japão:
- Corrente Humana de Tokio; Parlamento de Tóquio; Horário: 17h; Contato: hibikiy1976@yahoo.co.jp ;
- Evento de caridade em Nagoya, com a Orquestra Filarmônica; Contato: tel: 090-6590-3117 ;http://0311yell.aichiborasen.org/index.html ; http://aichiborasen.org/contact ; 0311yell@gmail.com ; http://aichiborasen.org/ ;http://uhohjapan2.wordpress.com/2012/01/30/day-324-march-11-2012-charity-event-in-nagoya/ ;
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Luxemburgo:

- Corrente Humana em Schengen, em frente ao Centro Europeu - rua Robert Goebbels, com Programação cultural e música; Horário: 13:00h; Contato: http://www.cattenom-non-merci.de ; http://www.cattenom-non-merci.de/21.html ; cattenom-non-merci@online.de ; http://www.cattenom-non-merci.de/30.html ; https://www.facebook.com/events/350102815001087/ ; http://www.facebook.com/pages/L%C3%BCneburger-Aktionsb%C3%BCndnis-gegen-Atom/139043692805367?sk=wall ;
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Molgólia:
- Manifestação "Pare o Programa Nuclear da Mongólia", com Máscaras, organizada pelo Movimento Antinuclear da Mongólia, em Ulanbatar, contrária à Mineração e Exportação de Urânio; Horário: 11:00 até 14:00; Contato:https://www.facebook.com/events/125119877611117/ ; https://www.facebook.com/geologsit.lensky ;https://www.facebook.com/profile.php?id=100000468835007 ; https://www.facebook.com/amarlin.erhem?ref=pb ;https://www.facebook.com/Mr.Azbayar?ref=pb ; https://www.facebook.com/khagaan?ref=pb ;
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Suécia:
- Sundsvall: palestras sobre energia nuclear; Horário: 12:00; Localização: Kulturmagasinet; Contato: Måna Wibron: 0691-611 98, 076-28 33 454; http://www.nonuclear.se/kalender/fukushima_one_year_later ; http://www.sundsvall.se/Aktuellt/Evenemang/?eventid=36418 ; mana.wibron@designmmm.se ;
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Suíça:
- Marcha para a Usina Nuclear de Mühleberg, em Gümmenen; Inicio 08:30h na estação de Gümmenen; Caminhada de 6 Km (2 horas) até a Usina Nuclear de Mühleberg, onde haverá entre 11:00h e 16:00h manifestação, discursos e programação cultural com música; Contato: http://www.facebook.com/events/324323574256984/ ; http://www.sortonsdunucleaire.ch/dp/ ; http://www.menschenstrom.ch/dp/node/687 ; http://www.sortirdunucleaire.ch/ ; info@sortonsdunucleaire.ch ; Sortons du nucléaire, Case postale 1019, 8026 Zurich, Tel: 41 79 871 24 09 (geral), 41 79 213 41 06 (em frances), 41 79 871 24 09, 41 79 533 06 26 (em alemão) ; http://www.facebook.com/MenschenStromGegenAtom ; info@MenschenStrom.ch ; Twitter: @MenschenStrom ;http://www.menschenstrom.ch ; http://www.menschenstrom.ch/dp/node/662 ; Porta-voz: Nina-Maria Kessler, 079 533 06 26; Peritos em matéria nuclear (Muhlenberg): Joss Jürg, 079 330 06 60; Peritos em matéria nuclear (Beznau): Leo Scherer, 078 720 48 36;leares.

quinta-feira, 1 de março de 2012

ARTIGO DE LEONARDO BOFF

Para onde irão os indignados e os occupiers?

Por: Leonardo Boff*

   Querem uma democracia que se constrói a partir da rua e das praças, o lugar do poder originário. Uma democracia que vem de baixo, articulada organicamente com o povo.
Uma das mesas de debates importante no Fórum Social Temático em Porto Alegre, da o qual me coube participar, foi escutar os testemunhos vivos dos Indignados da Espanha, de Londres, do Egito e dos Estados Unidos. O que me deixou muito impressionado foi a seriedade dos discursos, longe do viés anárquico dos anos 60 do século passado com suas muitas “parole”. O tema central era “democracia já”. Reivindicava-se uma outra democracia, bem diferente desta a que estamos acostumados, que é mais farsa do que realidade. Querem uma democracia que se constrói a partir da rua e das praças, o lugar do poder originário. Uma democracia que vem de baixo, articulada organicamente com o povo, transparente em seus procedimentos e não mais corroída pela corrupção. Esta democracia, de saída, se caracteriza por vincular justiça social com justiça ecológica.
   Curiosamente, os indignados, os occupiers e os da Primavera Árabe não se remeteram ao clássico discurso das esquerdas, nem sequer aos sonhos das várias edições do Fórum Social Mundial. Encontramo-nos num outro tempo e surgiu uma nova sensibilidade. Postula-se outro modo de ser cidadão, incluindo poderosamente as mulheres antes feitas invisíveis, cidadãos com direitos, com participação, com relações horizontais e transversais facilitadas pelas redes sociais, pelo celular, pelo Twitter e pelos Facebooks. Temos a ver com uma verdadeira revolução. Antes as relações se organizavam de forma vertical, de cima para baixo. Agora é de forma horizontal, para os lados, na imediatez da comunicação à velocidade da luz. Este modo representa o tempo novo que estamos vivendo, da informação, da descoberta do valor da subjetividade, não aquela da modernidade, encapsulada em si mesma, mas da subjetividade relacional, da emergência de uma consciência de espécie que se descobre dentro da mesma e única Casa Comum, Casa, em chamas ou ruindo pela excessiva pilhagem praticada pelo nosso sistema de produção e consumo.
   Essa sensibilidade não tolera mais os métodos do sistema de superar a crise econômica e derivadas, sanando os bancos com o dinheiro dos cidadãos, impondo severa austeridade fiscal, a desmontagem da seguridade social, o achatamento dos salários, o corte dos investimentos no pressuposto ilusório de que desta forma se reconquista a confiança dos mercados e se reanima a economia. Tal concepção é feita dogma e ai se ouve o estúpido bordão: TINA: there is no alternative, não há alternativa. Os sacrílegos sumos sacerdotes da trindade nada santa do FMI, da União Europeia e do Banco Central Europeu deram um golpe financeiro na Grécia e na Itália e puseram lá seus acólitos como gestores da crise, sem passar pelo rito democrático. Tudo é visto e decidido pela ótica exclusiva do econômico, rebaixando o social e o sofrimento coletivo desnecessário, o desespero das famílias e a indignação dos jovens por não conseguirem trabalho. Tudo pode desembocar numa crise com consequências dramáticas.
   Paul Krugmann, prêmio Nobel de economia, passou uns dias na Islândia para estudar a forma como esse pequeno pais ártico saiu de sua crise avassaladora. Seguiram o caminho correto que outros deveriam também ter seguido: deixaram os bancos quebrar, puseram na cadeia os banqueiros e especuladores que praticaram falcatruas, reescreveram a Constituição, garantiram a seguridade social para evitar uma derrocada generalizada e conseguiram criar empregos. Consequência: o pais saiu do atoleiro e é um dos que mais cresce nos países nórdicos. O caminho islandês foi silenciado pela mídia mundial de temor de que servisse de exemplo para os demais países. E, assim, a carruagem, com medidas equivocadas mas coerentes com o sistema, corre célere rumo a um precipício.
   Contra esse curso previsível se opõem os indignados. Querem um outro mundo mais amigo da vida e respeitoso da natureza. Talvez a Islândia servirá de inspiração. Para onde irão? Quem sabe? Seguramente não na direção dos modelos do passado, já exauridos. Irão na direção daquilo que falava Paulo Freire “do inédito viável” que nascerá desse novo imaginário. Ele se expressa, sem violência, dentro de um espírito democrático-participativo, com muito diálogo e trocas enriquecedoras. De todas as formas, o mundo nunca será como antes, muito menos como os capitalistas gostariam que ficasse.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

MBA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL: GESTÃO E PROJETO


   O curso foi estruturado de modo a permitir o fornecimento de informações, atualização, capacitação técnica e pedagógica para atuação como professor, profissional autônomo, em consultorias, assistências técnicas, em empresas urbanas e rurais e em instituições de ensino. Fornecer informações e capacitação técnica e pedagógica relacionada à área de educação ambiental para atuação na comunidade (escolas, associações e empresas). Capacitar os participantes no entendimento dos princípios da Educação Ambiental.
   Contribuir para que seja ampliada a compreensão do contexto sócio-econômico, político e ambiental de que todas as sociedades fazem parte.
   Promover ao aluno aptidão profissional no que tange ao conhecimento e a transferência do mesmo, formulação e aplicação da educação ambiental com valores relativos a questões socioambientais, proporcionando de forma íntegra e prática a tomada de decisões conscientes e responsáveis pela sustentabilidade do meio ambiente.

Público-alvo

Profissionais graduados em nível superior nas diversas áreas do saber que necessitem adquirir ou aprofundar conhecimentos de forma técnica e prática na área da Educação Ambiental e seus segmentos.

Estrutura Curricular

MÓDULO 1A

Introdução a Educação Ambiental
Introduçãoao Meio Ambiente, ecologia e biodiversidade
Históriado Pensamento Ambiental
Gestãode Finanças
Ética e Sustentabilidade –EAD

MÓDULO 1B

Fundamentosde Gestão Ambiental
Responsabilidade Sociambiental e Políticas Públicas
Gestãode Pessoas
Métodos e Técnicas de Pesquisa - EAD
Práticas Organizacionais

MÓDULO 2A
Fundamentosda educação Contexto do Ensino Formal e não Formal
Gestãode Resíduos Urbanos, Rurais e Agroindustriais
DireitoAmbiental
Gestão Estratégica de Marketing
Competências Profissionais – EAD

MÓDULO 2B

Gerenciamento Ambiental Aplicado aos Rec. Naturais: conservação e manejo
Gestão Ambiental Urbana e Rural
Gestão e Projetos em Educação Ambiental
Cenários, Tendências e o Mundo do Trabalho - EAD
Tópicos Especiais
TCC

Carga horária: 432h/a
Dias e horários:
Turma: segunda, quarta-feira e eventualmente outro dia da semana para fechamento de carga-horária, de 19h10 às 22h40

Descontos especiais para matriculas antecipadas.
Localização
Campus Guajajaras - Rua Guajajaras, 175 - Centro

Coordenação
Prof. Alexandre Augusto Alvarenga
E-mail: alexandre4a@gmail.com



























sábado, 25 de fevereiro de 2012

O BRASIL NA RIO + 20 - PARTE IX


  O Jornal Oecoambiental está postando partes do “Documento de Contribuição Brasileira à Conferência Rio + 20”. Esta nona parte apresenta a sequência  do CAPÍTULO IV – PROPOSTAS DO BRASIL PARA A RIO+20. Nosso objetivo é estimular o debate na sociedade civil brasileira sobre os temas a serem tratados na Conferência Rio + 20 e na Cúpula dos Povos que acontecerão no Brasil em junho de 2012 no Rio de Janeiro. Envie-nos seus comentários, textos, matérias, artigos a este respeito. Saudações.

PARTE IX

P3. Pacto Global para Produção e Consumo Sustentáveis

   O Brasil propõe que a Rio+20 adote um Pacto Global para Produção e Consumo
Sustentáveis, tendo como referência os avanços alcançados no âmbito do Processo de Marrakesh. O Pacto Global pela Produção e Consumo Sustentáveis é um conjunto de iniciativas que busca promover mudanças nos padrões de produção e consumo em diversos setores. Poderiam ser adotadas, com caráter prioritário, iniciativas que ofereçam suporte político a:

P3. A. Compras Públicas Sustentáveis

   Políticas de compras públicas sustentáveis partem da premissa de que os Governos podem desempenhar papel de destaque na alteração dos padrões de sustentabilidade da produção e do consumo. A aquisição de bens e serviços por agentes públicos – as chamadas contratações públicas ou compras governamentais –, representam parte significativa da economia internacional: cerca de 15% do PIB mundial. A adoção horizontal de critérios que privilegiem, por exemplo, a vida útil dos produtos, sua reutilização e reciclagem, a redução da emissão de poluentes tóxicos, o menor consumo de matérias-primas ou energia, ou que beneficiem pequenos produtores ou comunidades extrativistas, teria impacto significativo na promoção do desenvolvimento sustentável.
   A utilização de tais critérios de sustentabilidade social e ambiental nos procedimentos de contratações públicas poderia, ainda, favorecer a adoção de padrões sustentáveis de produção pelos agentes privados, criando mercado e garantindo escala para a implementação de novas tecnologias.
   Reconhecendo que as políticas de compras dos países são fruto de decisões soberanas, a Rio+20 poderia, no âmbito da discussão sobre Produção e Consumo Sustentáveis, incentivar iniciativas nacionais na área de compras públicas sustentáveis e promover a troca de experiências na matéria. A Conferência deve, ainda, conferir ímpeto político ao tema, afirmando-o como um princípio na administração pública. Nesse sentido, a Rio+20 pode constituir espaço para que os países apresentem planos nacionais de compras sustentáveis e para que seja promovida discussão do quadro conceitual para a inserção desses planos, assegurando as salvaguardas necessárias para sua execução de maneira transparente e não-discriminatória, de acordo com as respectivas legislações
nacionais.

P3. B. Classificações de Consumo e Eficiência Energética

   A Rio+20 poderá promover programas de etiquetagem de consumo e eficiência
energética, utilizados em vários países, entre eles o Brasil. A medida possibilita a agentes privados, notadamente os consumidores, avaliar e otimizar o consumo de energia/combustível dos equipamentos, selecionar produtos de maior eficiência em relação ao consumo e melhor utilizar os equipamentos, possibilitando economia nos custos de energia.
   A partir das diversas iniciativas nacionais de eficiência energética, muitas das quais voluntárias, poderia ser proposta no âmbito da Rio+20 a criação de uma iniciativa internacional multissetorial. Caberia analisar os padrões internacionais já porventura existentes a fim de verificar se podem constituir base adequada para o exercício.

P3. C. Financiamento de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento Sustentável

   Com o objetivo de qualificar recursos humanos de alto nível (nível técnico, graduação e pós-graduação) e apoiar projetos científicos, tecnológicos e inovadores, as bolsas de estudo e recursos para pesquisa, desenvolvimento e inovação, financiadas em grande parte com recursos públicos, têm um potencial de indução expressivo. Reconhecendo este potencial, os países poderiam, no âmbito da Rio+20, acordar o desenvolvimento sustentável e a economia verde inclusiva como temas prioritários para concessão de financiamento de ciência, tecnologia e inovação, com a possível adoção de um percentual-alvo de recursos para essas áreas.
   No âmbito dessa iniciativa, poderia ser considerada a criação de instituto, associado à Universidade das Nações Unidas, para realizar estudos sobre os rumos do desenvolvimento sustentável e o futuro comum da humanidade.

P4. Repositório de Iniciativas

   Embora sejam imprescindíveis novas pesquisas e soluções, muitas das tecnologias e práticas necessárias ao desenvolvimento sustentável já estão disponíveis. Há inúmeras experiências de sucesso nas áreas de desenvolvimento urbano, consumo sustentável, saúde, habitação, saneamento, eficiência energética, agricultura sustentável, entre outros. Entre erros e acertos, importantes lições foram aprendidas. Falta, no entanto, disseminar e dar escala a essas experiências.
  Um produto da Conferência poderia ser o estabelecimento de veículos próprios para disseminação de boas práticas, como um repositório das ideias e iniciativas empreendidas. Um repositório coligido por um secretariado internacional, se possível formado a partir de alguma organização já existente, poderia harmonizar e classificar informações sobre experiências de sucesso a serem apresentadas pelos países, de forma a facilitar sua utilização por outros países e mecanismos de cooperação internacional. O repositório poderia, por meio de diálogo entre o secretariado e os Estados-membros, examinar as condições que tornaram possível o sucesso de cada experiência, de modo a identificar as pré-condições para sua replicação bem sucedida e os fatores de singularidade que eventualmente não recomendariam sua reprodução.
   Haveria, portanto, foco nas características de viabilidade e poderia, igualmente, haver avaliação do potencial de integração da iniciativa com os programas existentes e as necessidades sociais de países que busquem replicá-la. O secretariado poderia ainda prestar assistência técnica aos países em desenvolvimento para a preparação de projetos e o desenvolvimento de estruturas de acompanhamento. As experiências assim coligidas serviriam para dinamizar os mecanismos nacionais e de cooperação internacional, inclusive a utilização de recursos dos organismos multilaterais, ao facilitar a preparação de projetos. A entidade responsável pelo repositório não seria, porém, ela mesma um financiador direto, a fim de evitar a distorção de seus objetivos pela expectativa dos beneficiários de acessar os recursos ou o controle do mecanismo pelos doadores.

P5. Protocolo Internacional para a Sustentabilidade do Setor Financeiro

O setor financeiro possui uma capacidade de indução e fomento singular na economia. Reconhecendo essa capacidade, diversas iniciativas nacionais e internacionais foram empreendidas nas últimas décadas com intuito de imprimir a adoção de padrões mais responsáveis do ponto de vista ambiental e social. No plano internacional, foram estabelecidos, em 2002, os “Princípios do Equador das Instituições Financeiras”, por iniciativa da Corporação Financeira Internacional (IFC), braço privado do Banco Mundial. Os Princípios do Equador servem de referencial para 72 instituições financeiras signatárias para identificação, avaliação e gestão de risco no financiamento

de projetos com desembolso superior a US$ 10 milhões.

No Brasil, os bancos públicos firmaram, em 1995, e atualizaram, em 2008, o protocolo de intenções denominado Protocolo Verde, assinado também pelos bancos privados em 2009, por meio da Federação Brasileira de Bancos. Mediante o Protocolo Verde, as instituições signatárias assumiram o compromisso de incluir a dimensão ambiental nos seus procedimentos de análise de risco e avaliação
 de projetos, bem como priorizar ações de apoio ao desenvolvimento sustentável. O desafio colocado para Rio+20 é ampliar e dar escala a essas experiências. A iniciativa brasileira do Protocolo Verde, cujo escopo é significativamente mais amplo que o dos Princípios do Equador, poderia servir de base para o lançamento de uma iniciativa mais abrangente, com compromisso de adoção pelos países.

P6. Novos Indicadores para Mensuração do Desenvolvimento

   A busca da plena realização do desenvolvimento sustentável deve ser orientada por uma clara compreensão das razões pelas quais esse conceito não foi levado à prática efetivamente nos últimos vinte anos. Uma das razões para tanto é que a implementação do desenvolvimento sustentável não foi dotada de meios suficientemente claros, práticos e mensuráveis. Assim, a realização do desenvolvimento sustentável acabou sendo percebida mais como custo do que como benefício, especialmente por ter sido identificada e associada como uma questão setorial apenas ambiental.
   As mais reconhecidas métricas de desenvolvimento são, basicamente, o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) e o Produto Interno Bruto (PIB). Tais métricas, como medida de desenvolvimento sustentável, são claramente limitadas, por não integrarem a grande diversidade de aspectos sociais e ambientais aos valores econômicos, induzindo a percepções errôneas do grau de desenvolvimento e de progresso dos países. O IDH constitui um avanço para indicar o “bem estar” dos povos, mas ainda é incompleto ao deixar de incluir questões associadas à escassez de recursos naturais e ao desenvolvimento econômico. Além disso, é uma iniciativa ainda periférica ao sistema econômico.
   Ao medir-se o desenvolvimento a partir de indicadores limitados, os agentes públicos e privados são direcionados, voluntaria ou involuntariamente, a ações que geram resultados igualmente imperfeitos.
   O Brasil apoia o estabelecimento de processo para adoção de novas formas de medida do progresso, que reflitam as dimensões ambiental, social e econômica do desenvolvimento. Esse processo deverá ter prazo para encerramento, com o engajamento de todos os atores relevantes, e deve ser construído com base nas experiências já existentes. O processo de revisão de métricas deverá ser cuidadoso, evitando a proposição de índices demasiadamente complexos, com muitos
componentes.