segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

RECIFES DE CORAIS DO TAITI - UM DOS MAIORES DO MUNDO FORAM DESCOBERTOS


 

DESCOBERTO UM DOS MAIORES RECIFES DE CORAIS DO MUNDO NA COSTA DO TAITI

  Fonte: ONU - BRASIL

 Uma missão de pesquisa científica apoiada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) descobriu um dos maiores recifes de corais do mundo na costa do Taiti. 

A condição intocada, a profundidade e a extensa área coberta pelos corais em forma de rosa fazem desta uma descoberta altamente valiosa e indica que podem haver outros recifes grandes não conhecidos.

Segundo a agência, os organismos que vivem nos corais são importantes para pesquisas na área da medicina e os corais ajudam na proteção da erosão costeira e até de tsunamis.

Uma missão de pesquisa científica apoiada pela ONU descobriu um dos maiores recifes de coral do mundo na costa do Taiti
Legenda: Uma missão de pesquisa científica apoiada pela ONU descobriu um dos maiores recifes de coral do mundo na costa do Taiti
Foto: © Alexis Rosenfeld

    Na costa do Taiti, uma missão científica apoiada pela ONU descobriu um dos maiores recifes de corais do mundo. Ao anunciar a descoberta impressionante no dia 20 de janeiro, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) informou que os mergulhadores exploraram grandes corais em forma de rosa que se estendem por cerca de três quilômetros a uma profundidade entre 30 e 65 metros.

  As primeiras investigações sugerem que a profundidade em que se encontra os corais protegeu o grande recife do branqueamento, fenômeno biológico nocivo à vida aquática causado pelo aumento de temperaturas, geralmente relacionado ao aquecimento global.

“Foi mágico testemunhar corais gigantes e lindos em formato de rosas que se estendem até onde os olhos podem ver. Era como uma obra de arte”, disse Alexis Rosenfeld, fotógrafo francês e fundador da campanha #1Ocean, que liderou a missão de mergulho.

Tesouro enterrado - A descoberta do recife é altamente incomum devido à sua localização profunda, já que a grande maioria dos recifes de corais conhecidos do mundo estão localizado a cerca de 25 metros de profundidade.

Os corais em forma de rosa medem até dois metros de diâmetro e o próprio recife tem entre 30 metros e 65 metros de profundidade.

“Esta descoberta sugere que há muito mais recifes grandes por aí a profundidades de mais de 30 metros, no que é conhecido como a 'zona crepuscular' do oceano, que simplesmente não conhecemos”, relatou a UNESCO ao descrever o grande achado.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, disse que, até o momento, apenas “20% de todo o relevo oceânico foi mapeado” e por isso, “a descoberta notável no Taiti demonstra o trabalho incrível de cientistas que estão ampliando os conhecimentos sobre tudo o que se encontra nas profundezas”. 

“Conhecemos a superfície da lua melhor do que o oceano profundo”, constatou ela. “Esta notável descoberta no Taiti demonstra o incrível trabalho de cientistas que, com o apoio da UNESCO, ampliam nosso conhecimento sobre o que está por baixo.”

Um grande avanço - Encontrar recifes de coral desse tamanho é significativo porque eles são uma importante fonte de alimento para outros organismos e, como tal, podem ajudar na pesquisa em torno da biodiversidade.

Organismos que vivem em recifes também podem ser importantes para pesquisas medicinais, enquanto do ponto de vista da sustentabilidade, os recifes podem fornecer proteção contra a erosão costeira e até tsunamis.

“A Polinésia Francesa sofreu um evento de branqueamento significativo em 2019, no entanto, este recife não parece ter sido significativamente afetado”, disse a pesquisadora Laetitia Hedouin, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) e do órgão de pesquisa ambiental CRIOBE, que esteve presente na missão.

Boas notícias - “A descoberta deste recife em tão bom estado é uma boa notícia e pode inspirar a conservação futura. Achamos que os recifes mais profundos podem ser mais bem protegidos do aquecimento global”, celebra Hedouin

Até agora, muito poucos cientistas conseguiram localizar, investigar e estudar recifes de coral a profundidades superiores a 30 metros. No entanto, os avanços na tecnologia significaram que mergulhos mais longos nessas profundidades agora são possíveis.

No total, a equipe realizou mergulhos que totalizaram cerca de 200 horas para estudar o recife, e puderam testemunhar a desova dos corais. Outros mergulhos estão planejados nos próximos meses para continuar as investigações ao redor do recife.

Ação para o oceano - A expedição que fez a descoberta fez parte da iniciativa de mapeamento oceânico da UNESCO. 

  A UNESCO é a agência da ONU responsável pela pesquisa oceânica. A Comissão Oceanográfica Intergovernamental, fundada em 1960 sob o mandato da agência, envolve 150 países, coordena programas globais como mapeamento oceânico e sistema de alerta de tsunami, além de inúmeros projetos de pesquisa científica.

  A agência também é a guardiã de lugares oceânicos únicos, através de 232 reservas da biosfera marinha e 50 sítios marinhos do Patrimônio Mundial de Valor Universal Excepcional.

  A UNESCO lidera a Década das Nações Unidas da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável, de 2021 a 2030, que este ano envolve várias grandes cúpulas internacionais para ampliar a cooperação e a ação internacional.

 A campanha #1Ocean é liderada pelo fotógrafo explorador Alexis Rosenfeld, em parceria com a UNESCO para a Década da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável. Todos os anos, até 2030, serão realizadas expedições oceânicas para registrar bens para a humanidade, as ameaças que os oceanos enfrentam e as soluções que podemos oferecer.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS


      Enquanto se noticia "o tempo" nas Tvs, as consequências das mudanças climáticas se agravam no Brasil e no mundo. As chuvas torrenciais na Bahia, Minas Gerais, São Paulo e outros estados,  são responsabilizadas quase que exclusivamente pela degradação que assistimos em tempo real. As consequências das mudanças climáticas provocadas pelas ações humanas exigem ações imediatas e cotidianas de precaução e proteção dos seres humanos e da biodiversidade. Em todo do mundo se noticiam cada vez mais eventos denominados "extremos climáticos". Como prevenir ? Utilizando-se as tecnologias da sustentabilidade. 

https://www.youtube.com/watch?v=ssvFqYSlMho


quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

PIOR ONDA DA ÔMICRON PODE JÁ TER PASSADO, EMBORA ONU ALERTE QUE A PANDEMIA ESTÁ LONGE DO FIM

 

Fonte: ONU - BRASIL

Os casos de coronavírus causados pela variante Ômicron parecem ter atingido o pico em alguns países, o que traz esperança para o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, de que o pior desta última onda de COVID-19 tenha passado.

Tedros alerta, no entanto, que a pandemia ainda está "longe de acabar". A Ômicron continua a ser a maior preocupação de saúde mundial. Na semana passada, mais de 18 milhões de casos foram relatados e a propagação desenfreada do vírus pode gerar o surgimento de novas variantes.

Na próxima semana, o Conselho Executivo da OMS, composto por 34 Estados-membros, se reunirá para discutir os desafios mundiais de saúde. A OMS trabalhará para acelerar o progresso nas negociações em torno de um acordo global sobre pandemias.

Campanha de vacinação contra a COVID-19 na República Democrática do Congo
Legenda: Campanha de vacinação contra a COVID-19 na República Democrática do Congo
Foto: © Olívia Acland/UNICEF

Em uma coletiva de imprensa em Genebra na terça-feira (17), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, informou que mais de 18 milhões de casos de pessoas infectadas com o coronavírus foram relatados na semana passada. Segundo ele, a pandemia está longe de terminar e nenhum país está fora de perigo ainda. Embora a Ômicron continue varrendo o mundo, os casos parecem ter atingido o pico em alguns países, o que para o chefe da OMS traz esperança de que o pior desta última onda de COVID-19 tenha passado

O número de mortes permanece estável, mas a agência está preocupada com o impacto que a variante está causando nos profissionais de saúde já exaustos e nos sistemas de saúde sobrecarregados. Tedros observou que o vírus está circulando “muito intensamente com muitos ainda vulneráveis” e argumentou que, para muitos países, as próximas semanas continuam críticas.

“Continuo particularmente preocupado com muitos países que têm baixas taxas de vacinação, pois as pessoas correm muito mais risco de doenças graves e morte se não forem vacinadas”, insistiu. A Ômicron pode ser menos grave, mas para o chefe da OMS “a narrativa de que é uma doença leve é ​​enganosa, prejudica a resposta geral e custa mais vidas ”.

COVAX - No fim de semana, o convênio COVAX, apoiado pela ONU, entregou sua bilionésima dose de vacina. Tedros disse estar orgulhoso do marco, mas acredita que é essencial continuar avançando na distribuição de imunizantes de maneira justa em todo o mundo. 

“As vacinas podem ser menos eficazes na prevenção da infecção e transmissão da Ômicron do que eram para as variantes anteriores, mas ainda são excepcionalmente boas na prevenção de doenças graves e morte”, explicou. Para ele, a imunização continua sendo “a chave para proteger os hospitais de ficarem sobrecarregados”.

Rastreando o vírus - O chefe da OMS também destacou a importância de rastrear novas variantes, como a Ômicron, em tempo real. Ele acredita que a pandemia “não está nem perto do fim” e, com o incrível crescimento da Ômicron, é provável que surjam novas variantes. 

Até agora, mais de 7 milhões de sequências genômicas inteiras de 180 países foram submetidas ao GISAID, um mecanismo global que fornece acesso aberto a dados genômicos e foi inicialmente configurado para rastrear a gripe.

Usando todos esses dados, novas formulações de vacinas estão sendo desenvolvidas e avaliadas quanto ao seu desempenho contra diferentes cepas. Apesar desses esforços, Tedros está preocupado que o mundo entre em “uma segunda e ainda mais destrutiva fase de desigualdade vacinal”. 

Novos tratamentos - Na sexta-feira passada (14), a OMS  recomendou dois novos tratamentos contra a COVID-19 para combater doenças graves e morte: um medicamento para artrite reumatoide chamado baricitinibe e um anticorpo monoclonal chamado sotrovimabe.

Para Tedros, o desafio, mais uma vez, é que preços altos e oferta restrita tornem o acesso limitado.

A OMS está atualmente trabalhando com seus parceiros no ACT-Accelerator para negociar preços mais baixos com os fabricantes e garantir que o fornecimento esteja disponível para países de baixa e média renda.

Reunião - Na próxima semana, o Conselho Executivo da OMS, formado por 34 Estados-membros, se reunirá para discutir os desafios mundiais de saúde.

A pandemia permanecerá no topo da pauta, mas os Estados-membros também discutirão o impacto devastador da pandemia em outras questões de saúde e como o retrocesso pode ser interrompido. 

Segundo o chefe da OMS, a agência trabalhará para acelerar o progresso nas negociações em torno de um acordo global sobre pandemia.

ONU CONFIRMA QUE 2021 ESTÁ ENTRE OS SETE ANOS MAIS QUENTES DA HISTÓRIA

Fonte:ONU - BRASIL

 O ano passado se juntou à lista dos sete anos mais quentes já registrados, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A temperatura média global em 2021 foi de cerca de 1,11ºC acima dos níveis do período pré-industrial.

Mesmo com o fenômeno La Niña, que conteve o aquecimento em 2021, o ano ainda foi mais quente que os anos precedentes ao evento climático.

Todos os sete anos mais quentes da história foram a partir de 2015, ou seja, os últimos sete anos. 2016, 2019 e 2020 encabeçam a lista.

menino se refresca com banho de mangueira
Legenda: Desde 1980, cada década tem sido mais quente que a anterior
Foto: © Fernando Frazão/Agência Brasil

Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou, na quarta-feira (19), que o ano passado se juntou à lista dos sete anos mais quentes já registrados. Além disso, foi também o sétimo ano consecutivo no qual as temperaturas globais ficaram 1ºC acima dos anos pré-industriais, chegando próximo ao limite estipulado no Acordo de Paris de 2015.

Apesar da média da temperatura global ter sido congelada temporariamente entre 2020 e 2022 por conta do La Niña, 2021 continuou sendo um dos sete anos mais quentes da história, segundo os dados da organização.

Há uma expectativa de que o aquecimento global e outras tendências de mudanças climáticas de longo prazo continuem como um resultado da presença, em níveis recordes, dos gases de efeito estufa, que retêm calor na atmosfera.

A temperatura média global em 2021 foi de cerca de 1,11ºC acima dos níveis do período pré-industrial. O Acordo de Paris determina que todos os países se empenhem em limitar o aquecimento global até o limite de 1,5ºC. Isso será feito por meio de ação climática conjunta e das Contribuições Nacionalmente Determinadas realistas – os planos nacionais individuais que precisam se tornar realidade para diminuir a taxa de aquecimento. 

A OMM afirmou que usou seis bases de dados internacionais para garantir o estudo mais abrangente e confiável a respeito da temperatura. Os mesmos dados são usados no relatório oficial anual sobre o estado do clima.

De acordo com a agência, desde 1980, cada década tem sido mais quente que a anterior - uma tendência que deve continuar.

Todos os sete anos mais quentes da história foram a partir de 2015, sendo o top três: 2016, 2019 e 2020. Um evento excepcionalmente forte do El Niño aconteceu em 2016, o que contribuiu para o recorde da temperatura média global.

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, declarou que os eventos seguidos de La Niña significam que o aquecimento em 2021 foi relativamente menos acentuado em comparação com os anos recentes. "Mesmo assim, 2021 ainda foi mais quente que os anos precedentes ao La Niña”, ressaltou.

Tendência inequívoca - Petteri Taalas também falou que “o aquecimento de longo prazo, devido às emissões de gases, tem sido muito maior do que a variação anual das temperaturas médias globais, causadas por fatores climáticos.

"O ano de 2021 será lembrado por temperaturas recordes de 50°C no Canadá, por chuvas excepcionais e por enchentes fatais na Ásia e na Europa, além de secas na África e em partes da América do Sul. Os impactos da mudança climática e de perigos ligados ao clima tiveram impactos arrasadores nas comunidades de todos os continentes”, afirmou o chefe da agência meteorológica da ONU.

Outros indicadores chaves do aquecimento global incluíram a concentração de gases de efeito estufa, índice do calor dos oceanos, nível de pH dos oceanos (níveis de acidez), nível global dos oceanos, massa glacial e extensão das calotas de gelo.

A OMM utilizou bases de dados desenvolvidas e mantidas pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), pelo Goddard Institute for Space Studies (NASA GISS), pelo Met Office Hadley Centre do Reino Unido, pela Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia e pela Berkeley Earth. Essas bases são fundamentadas em dados mensais climatológicos de locais de observação e navios e bóias em redes marinhas globais.

A organização também usou conjuntos de dados de reanálise do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo e seu Serviço de Mudança Climática do Copernicus e da Agência Meteorológica do Japão.

A agência explicou que o valor das temperaturas será incluído no relatório final do Estado do Clima de 2021, que será publicado em abril de 2022. Ele irá referenciar todos os indicadores chaves sobre o clima e impactos climáticos específicos e vai atualizar o relatório provisório feito em outubro de 2021 antes da COP26.

A AGENDA AMBIENTAL DE 2022 SERÁ MARCADA PELA CRISE CLIMÁTICA

 

Crise climática marcará agenda ambiental de 2022

Fonte: ONU - BRASIL

Especialistas em meio ambiente acreditam que 2022 tem potencial para ser um ano emblemático para contenção da tripla crise ambiental.

Isto porque, além do mundo já estar sofrendo com a pandemia de COVID-19 e com a mudança do clima, perda da biodiversidade e poluição, o ano também será marcado por uma série de eventos que chamarão atenção para estas causas.

Entram nesta conta a celebração dos 50 anos da histórica Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo e a consequente criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Em julho também acontecerá a Conferência da ONU sobre os Oceanos.

Mulher e criança caminham pelas águas da enchente no leste de Jacarta, Indonésia
Legenda: Uma mãe segura sua filha durante as enchentes em Jacarta, na Indonésia. Eventos extremos têm se intensificado com a emergência climática
Foto: © Kompas/Hendra A. Setyawan/OMM

Ainda que o mundo siga enfrentando uma série de desafios – como a continuação da pandemia de COVID-19, queimadas recorrentes, crises provocadas pela mudança do clima, perda da biodiversidade e poluição – 2022 tem potencial para ser um ano marcante para o meio ambiente. 

Ao longo do ano serão realizados eventos e conferências de alto nível, dos quais se espera a revitalização de cooperações internacionais e ações coletivas, além de avanços importantes para preservação de ecossistemas.

O próximo ano também marcará o aniversário de 50 anos da histórica Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo. A reunião colocou o meio ambiente de forma definitiva nas prioridades dos governos, sociedades civis, empresas e formuladores de políticas, assim reconhecendo a relação vinculada entre o planeta, o bem-estar humano e o crescimento econômico. 

Agora, a reunião Estocolmo+50, prevista para acontecer em junho de 2022, celebrará o marco histórico, levantará reflexões acerca deste meio século de ação ambiental global e trará perspectivas para o futuro.

A Conferência de Estocolmo também foi o berço do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), agência das Nações Unidas cuja missão é monitorar o estado do meio ambiente, fomentar o desenvolvimento de políticas com a ciência e estimular ações de preservação.

Durante as últimas cinco décadas, o PNUMA tem aproveitado seu poder de convocação e as rigorosas pesquisas científicas desenvolvidas para coordenar um esforço global em prol da superação de desafios ambientais.

Comemoração - Como forma de celebrar o jubileu de ouro da agência estão previstas uma série de atividades. O ápice acontecerá no dia 5 de junho, quando o mundo se reúne para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Liderado pelo PNUMA e realizado anualmente desde 1974, esse dia se tornou a maior plataforma global de alcance ambiental, com a participação de milhões de pessoas empenhadas em proteger o planeta. O evento deste ano terá a Suécia como anfitriã, sob o slogan “Uma Só Terra”, cujo objetivo é a vida sustentável em harmonia com a natureza.

Para 2022, o Programa também implementou uma nova “Estratégia de Médio Prazo” que prevê sete subprogramas de ação interligados: Ação Climática, Ação Química e Poluição; Ação da Natureza, Políticas Científicas, Governança Ambiental, Transformações Financeiras e Econômicas; e Transformações Digitais.

A estratégia foi aprovada na quinta sessão da Assembleia do Meio Ambiente da ONU em 2021. Essa sessão será retomada em fevereiro de 2022, a chamada UNEA 5.2, sob o tema geral “Fortalecer ações pela natureza para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. As discussões têm como foco o papel central da natureza no desenvolvimento sustentável social, econômico e ambiental.

Ameaças - Embora este cronograma de realizações ambientais seja uma prova do que pode ser alcançado por meio de ações multilaterais, os padrões insustentáveis de consumo e produção continuam alimentando a tripla crise planetária que envolve a mudança climática, a perda de biodiversidade e a poluição. 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu que a tripla crise é a nossa ameaça existencial número um. No ano passado, ele afirmou que o mundo está “em uma encruzilhada, com decisões importantes pela frente” e que “isso pode ir para um lado ou para o outro: destruição ou revolução.”

Vários eventos globais que ocorrerão em 2022 têm como objetivo incentivar o diálogo e influenciar as decisões políticas para enfrentar a tripla crise. Isso inclui uma estratégia para a biodiversidade global pós-2020, que entrará em vigor em maio e poderá evitar a extinção de mais de um milhão de espécies. Outro evento desta natureza é a Conferência da ONU sobre os Oceanos, agendada para julho, que visa proteger um de nossos ecossistemas mais vitais.

sábado, 15 de janeiro de 2022

COVID-19 NA ÁFRICA SE ESTABILIZA APÓS QUARTA ONDA, DIZ OMS


Fonte: ONU - BRASIL 

A diretora regional da Organização Mundial da Saúde na África, Matshidiso Moeti, afirmou em coletiva de imprensa que o continente africano está com o número de novas infecções por COVID-19 estável, após seis semanas de aumentos diários impulsionados pela variante Ômicron.

O continente soma mais de 10,2 milhões de casos até o momento. Primeira região a registrar aumentos dos casos pela Ômicron, os países do sul registraram uma média de 14% na redução de novas infecções nas últimas semanas. Segundo a OMS, isso torna a última onda a mais curta entre as já vivenciadas.

Ainda assim, a África do Norte e Ocidental estão ainda sofrendo. Nestas regiões o aumento foi de 121% na semana passada, em comparação com os sete dias anteriores.

Com menos de 10% da população africana totalmente vacinada, Moeti defendeu a aplicação de imunizantes. “Com vastas faixas da população ainda não vacinadas, nossas chances de limitar o surgimento e o impacto de variantes mortais são assustadoramente pequenas”, disse a diretora.

Mulheres fazem fila para receber a vacina de COVID-19 no Malawi
Legenda: Mulheres fazem fila para receber a vacina de COVID-19 no Malawi
Foto: © Thoko Chikondi/UNICE

A estabilização marca esta onda como sendo a mais curta no continente, onde o total de casos ultrapassa dez milhões de pessoas. No entanto, o número semanal de novas infecções está estável desde os primeiros dias de janeiro. “Os primeiros indícios sugerem que a quarta onda na África foi abrupta e breve, mas não menos desestabilizadora”, declarou Moeti.

Nos países que experimentaram aumento nos casos, a variante Ômicron tornou-se rapidamente o tipo dominante, por ser considerada de rápida disseminação.

Segundo a OMS, enquanto a variante Delta demorou cerca de quatro semanas para superar a Beta, a Ômicron tornou-se a variante dominante em apenas duas semanas nos países africanos mais atingidos.

A região sul do continente registrou um grande aumento nas infecções durante a onda pandêmica, mas na semana passada houve um declínio de 14% nos casos confirmados na mesma área. Na África do Sul, onde a ômicron foi relatada pela primeira vez, a queda nas infecções semanais foi de 9%.

Embora os países da África Oriental e Central também tenham sofrido uma queda no número de casos, os territórios da África do Norte e Ocidental estão ainda sofrendo com o aumento nas infecções. No norte, o aumento foi de 121% na semana passada, em comparação com os sete dias anteriores.

“A contramedida crucial para a pandemia, extremamente necessária na África, segue a mesma: aumentar rápida e significativamente as vacinações contra a COVID-19”, afirmou a diretora. “A próxima onda pode não ser tão piedosa”.

Tecnologia - Por meio de treinamento em bioinformática, análise de amostras e outras áreas-chave, a OMS está apoiando países em todo o continente no reforço do sequenciamento genômico para identificar novas mutações. A Organização também está ajudando a adquirir e entregar equipamentos e suprimentos laboratoriais críticos.

Até agora, 30 países africanos - e pelo menos 142 em todo o mundo - detectaram a variante Ômicron. A variante Delta já foi identificada em 42 nações africanas.

Na África Ocidental, onde os casos de COVID-19 estão aumentando, o número de infeccções pela Ômicron em países como Cabo Verde, Gana, Nigéria e Senegal está crescendo, sendo a variante dominante em pelo menos dois desses países: Cabo Verde e Nigéria.

“Temos o conhecimento e as ferramentas, com um esforço conjunto podemos certamente fazer a balança pender a nosso favor contra a pandemia”, declarou Moeti.

Vacinação - Embora o continente esteja enfrentando a última onda da pandemia, apenas cerca de 10% da população foi totalmente vacinada.

No entanto, os suprimentos de vacinas para a África melhoraram recentemente e a OMS está intensificando seu apoio aos países para fornecer doses à população em geral. 

“Este ano deve marcar um ponto de virada na campanha de vacinação COVID-19 da África”, garantiu Moeti. “Com vastas faixas da população ainda não vacinadas, nossas chances de limitar o surgimento e o impacto de variantes mortais são assustadoramente pequenas”, acrescentou ela.