segunda-feira, 26 de junho de 2023

ARTIGO: INFRAESTRUTURA SUSTENTÁVEL

 

ARTIGO: Infraestrutura sustentável

Fonte: ONU-BRASIL

 Preparando o caminho para as gerações futuras na América Latina e Caribe

Jorge Moreira da Silva, Diretor Executivo do UNOPS

Por Jorge Moreira da Silva* 

A infraestrutura é a espinha dorsal de qualquer sociedade. Ela fornece a estrutura para que as comunidades funcionem, as economias prosperem e as nações evoluam. No entanto, a infraestrutura é frequentemente ignorada nas discussões sobre desenvolvimento sustentável, apesar de seu papel fundamental. Isso é particularmente relevante tendo em vista as mudanças climáticas: regiões como a América Latina e o Caribe são cada vez mais afetadas por fortes chuvas, tempestades tropicais, furacões, secas, entre outros eventos extremos.

Uma pesquisa realizada pelo UNOPS, organismo das Nações Unidas especializado em infraestrutura, em colaboração com a Universidade de Oxford, mostrou que a infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento sustentável. Também constatou que a infraestrutura contribui com 79% de todas as emissões de gases de efeito estufa e é responsável por 88% de todos os custos de adaptação. Claramente, a infraestrutura é fundamental para os esforços de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, incluindo respostas a perdas e danos.

É urgente que entendamos e ajamos de acordo com o nexo entre a crise climática, a infraestrutura e o desenvolvimento sustentável. Especialmente neste momento de múltiplas crises: da instabilidade econômica ao conflito, das tensões geopolíticas às crescentes desigualdades, e enfrentando os efeitos devastadores da crise climática. Os países em desenvolvimento, inclusive os da região da América Latina e do Caribe, também foram afetados de forma desproporcional pelas consequências da pandemia de COVID-19, pela fragmentação das cadeias de suprimentos, pela inflação e pelo aumento dos preços da energia e dos alimentos.

Essas questões, como sabemos, estão fortemente interligadas. Os impactos da mudança climática podem piorar as desigualdades, reduzir a renda, minar a resiliência e impedir o desenvolvimento das comunidades afetadas. Cada desastre induzido pelo clima pode criar novos ciclos de vulnerabilidade, tornando as comunidades menos capazes de enfrentar o próximo impacto.

Para lidar com as necessidades imensas e sem precedentes dos impactos de um clima em mudança, precisamos de uma infraestrutura que seja sustentável, resiliente e inclusiva.

As necessidades globais de infraestrutura são imensas, e as comunidades da América Latina e do Caribe, sem dúvida,sentem esse desafio. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) identificou que, até 2030, a região precisa investir US$ 2.220,736 bilhões em infraestrutura de água e saneamento, energia, transporte e telecomunicações para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Uma parte significativa desse financiamento deve ser destinada à nova infraestrutura, enquanto o restante é necessário para manter e substituir ativos existentes ou obsoletos. A infraestrutura exigirá pelo menos 3,12% do PIB da região a cada ano até 2030. Isso representa um aumento no investimento em infraestrutura de mais de 70% em comparação com a média entre os anos de 2008 e 2019. É um desafio significativo na esteira do estresse econômico e fiscal causado pela pandemia.

Mas, embora saibamos que é necessário um investimento significativo em infraestrutura, é importante trabalharmos juntos para garantir que isso seja feito de forma a criar resiliência, acelerar as transições de baixo carbono e, o mais importante, não deixar ninguém para trás. A disponibilidade de infraestrutura de qualidade em saúde, educação, água e saneamento, transporte, juntamente com transparência e a boa governança, são prioridades para os serviços públicos.

Também é importante considerar que o investimento em infraestrutura sustentável deve ir além das estruturas físicas. É necessário investir em um ambiente propício de recursos humanos, políticas e processos e tecnologia. É necessário investir nas operações e na manutenção da infraestrutura para que ela dure - e também na proteção das pessoas e do planeta para garantir que ela seja segura e adaptável às mudanças climáticas.

Ao trabalharmos juntos, podemos reunir o conhecimento especializado certo para garantir que a infraestrutura atenda a todos igualmente e seja compatível com o clima. Ao trabalharmos juntos, podemos encontrar soluções mais econômicas para necessidades imensas, como soluções de infraestrutura verde baseadas na natureza, que são ecologicamente corretas e de baixo custo.

O UNOPS tem anos de experiência na implementação de infraestrutura de qualidade em todo o mundo, inclusive na América Latina e no Caribe. No Panamá, por exemplo, ajudamos a conectar países e comunidades por meio da construção da nova Ponte Binacional. Ao conectar a Costa Rica e o Panamá, essa ponte ajuda a fortalecer o desenvolvimento econômico e comercial em duas cidades fronteiriças no rio Sixaola. A construção gerou empregos para pessoas de ambos os lados da fronteira, enquanto o dinheiro da venda de material da antiga ponte ferroviária foi usado para renovar o mercado municipal de Sixaola. A importância da ponte para o desenvolvimento vai além da Costa Rica e do Panamá, beneficiando a região como um todo.

Da mesma forma, no Caribe, trabalhamos em projetos destinados a melhorar o desenvolvimento sustentável em toda a região. Isso inclui a construção do prédio do parlamento em Granada, a reabilitação de estradas na Jamaica e a reabilitação de pontes e aterros de rios em São Vicente e Granadinas. Esses projetos servem para fortalecer a estrutura dessas comunidades e, ao mesmo tempo, aumentar a resistência às mudanças climáticas.

Também trabalhamos com governos para fornecer as evidências necessárias para planejar, entregar e gerenciar a infraestrutura essencial para o crescimento da economia, proteger o meio ambiente e melhorar a vida de suas populações. Em Curaçao e Santa Lúcia, por exemplo, fornecemos assistência técnica em relação ao planejamento de infraestrutura resistente ao clima.

O caminho para o desenvolvimento sustentável é coletivo. Ao continuarmos a defender a infraestrutura sustentável na América Latina e no Caribe, lembremo-nos: não estamos apenas construindo estruturas; estamos construindo o futuro.

Os riscos são altos, mas as oportunidades são enormes. A infraestrutura sustentável não é mais uma mera opção; é uma necessidade. É a pedra angular de um futuro mais resiliente, inclusivo e sustentável. Temos o compromisso de construir esse caminho, um projeto de cada vez, movidos pela crença de que o futuro não é algo que acontece conosco, mas algo que construímos juntos.

*Jorge Moreira da Silva, diretor executivo do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS).

terça-feira, 20 de junho de 2023

DIA MUNDIAL DE COMBATE A DESERTIFICAÇÃO

Foto: divulgação



Fonte: ONU - BRASIL

Em mensagem para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, o chefe da ONU alerta que a agricultura insustentável erode os solos 100 vezes mais rápido do que a capacidade do processo natural em restaurá-los.

Processos de degradação dos solos, incluindo a desertificação e a seca, afetam 3.2 bilhões de pessoas em todo o mundo. 

Antes concentrada em regiões áridas e semiáridas, a desertificação pode atingir mais de 75% da população mundial no decorrer das próximas décadas. 

Em mensagem para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, celebrado pelas Nações Unidas no dia 17 de junho, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que a agricultura insustentável erode os solos 100 vezes mais rápido do que a capacidade do processo natural em restaurá-los.

A meta da ONU é reverter a degradação dos solos até 2030, e dar um grande impulso para a restauração de 40% de todas as terras do Planeta. Benefícios econômicos da restauração dos solos excedem em nove vezes o custo do investimento. 

Processos de degradação dos solos, incluindo a desertificação e a seca, afetam 3.2 bilhões de pessoas em todo o mundo. 

Antes concentrada em regiões áridas e semiáridas, a desertificação pode atingir mais de 75% da população mundial no decorrer das próximas décadas. 

Sob o tema “a terra dela, os direitos dela”, este Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca – celebrado pelas Nações Unidas desde 1994, é um chamado para que todos os países envolvam as mulheres rurais na formulação de políticas e programas de restauração dos solos. 

“Em todos os lugares onde são proprietárias de terras, as mulheres restauram e protegem os solos: aumentando a produtividade; construindo resiliência à seca e investindo em saúde, educação e nutrição.” – António Guterres, 17 de junho de 2023. 

Com o objetivo de prevenir, interromper e reverter a degradação dos ecossistemas em todos os continentes e oceanos, as Nações Unidas lançaram a Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030). A meta é restaurar 40% de todas as terras do planeta até 2030 – prazo para que os países implementem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

Entre agora e 2030, a restauração de 350 milhões de hectares de ecossistemas terrestres e aquáticos criticamente degradados poderá gerar US$9 trilhões em serviços ecossistêmicos.

A restauração também poderia remover entre 13 e 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera. 

Liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Década da ONU está construindo um movimento global forte e amplo para acelerar a restauração e colocar o mundo no caminho de um futuro sustentável. 

terça-feira, 13 de junho de 2023

ECONOMIA GLOBAL PÓS PANDEMIA E SUSTENTABILIDADE

 

Imagem da capa do relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais de 2022
Legenda: Capa do relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais de 2022, divulgado em maio de 2023
Foto: © DESA

Fonte: ONU - BRASIL

Inflação persistente, aumento de taxas de juros e incertezas deixam sombrias as perspectivas para uma recuperação econômica global robusta.

A economia mundial pode ter um longo período de baixo crescimento.

Estas são as principais conclusões do relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais de 2022 (WESP, na sigla em inglês)).

Acesse o documento na íntegra, em inglês, aqui.

As perspectivas de uma recuperação econômica global robusta permanecem sombrias em meio a um cenário de inflação persistente, aumento das taxas de juros e aumento de incertezas. Em vez disso, a economia mundial enfrenta o risco de um período prolongado de baixo crescimento, uma vez que os efeitos persistentes da pandemia da COVID-19, o impacto cada vez pior das mudanças climáticas e os desafios estruturais macroeconômicos permanecem sem solução. Isto é o que aponta o relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais de 2022 (WESP, na sigla em inglês).

De acordo com o relatório, a economia mundial deverá crescer 2,3% em 2023 (+0,4 pontos percentuais em relação à previsão de janeiro) e 2,5% em 2024 (-0,2 pontos percentuais), um ligeiro aumento na previsão de crescimento global para 2023. Nos Estados Unidos, a resiliência dos gastos familiares levou a uma revisão para cima da previsão de crescimento para 1,1% em 2023. A economia da União Europeia - impulsionada pelos preços mais baixos do gás e pelos gastos robustos dos consumidores - agora deve crescer 0,9%. A previsão de crescimento da China para este ano é agora de 5,3%, como resultado da suspensão das restrições relacionadas à COVID-19.

Mas ainda há um quadro sombrio. Apesar desse alta, a taxa de crescimento ainda está bem abaixo da taxa média de crescimento nas duas décadas anteriores à pandemia, de 3,1%. Para muitos países em desenvolvimento, as perspectivas de crescimento se deterioraram em meio ao aperto das condições de crédito e ao aumento dos custos de financiamento externo. Na África, na América Latina e no Caribe, o PIB per capita deverá aumentar apenas marginalmente este ano, reforçando uma tendência de longo prazo de estagnação do desempenho econômico. A previsão é de que os países menos desenvolvidos cresçam 4,1% em 2023 e 5,2% em 2024, muito abaixo da meta de crescimento de 7% estabelecida na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

"A atual perspectiva econômica global representa um desafio imediato para alcançar os ODS", disse o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Li Junhua. "A comunidade global deve abordar com urgência a crescente escassez de financiamento enfrentada por muitos países em desenvolvimento, fortalecendo suas capacidades de fazer investimentos críticos em desenvolvimento sustentável e ajudando-os a transformar suas economias para o desenvolvimento sustentável e ajudando-os a transformar suas economias para alcançar um crescimento inclusivo e sustentado de longo prazo", reforçou.

O comércio global continua sob pressão devido a tensões geopolíticas, enfraquecimento da demanda global e políticas monetárias e fiscais mais rígidas. A previsão é de que o volume do comércio global de bens e serviços cresça 2,3% em 2023, bem abaixo da tendência pré-pandemia.

Inflação - A inflação tem permanecido obstinadamente alta em muitos países, mesmo com a queda substancial dos preços internacionais de alimentos e energia no ano passado. A inflação média global está projetada em 5,2% em 2023, abaixo da alta de duas décadas de 7,5% em 2022. Embora se espere que as pressões de alta nos preços diminuam lentamente, a inflação em muitos países permanecerá bem acima das metas dos bancos centrais. Em meio a interrupções nos abastecimentos locais, altos custos de importação e deficiências  do mercado, a inflação doméstica de alimentos ainda é elevada na maioria dos países em desenvolvimento, afetando desproporcionalmente os pobres, principalmente mulheres e crianças.

Mercados de trabalho - Os mercados de trabalho nos Estados Unidos, na Europa e em outras economias desenvolvidas continuaram a demonstrar uma resistência notável, contribuindo para sustentar robustos gastos familiares. Em meio à escassez generalizada de trabalhadores e às baixas taxas de desemprego, os ganhos salariais aumentaram. As taxas de emprego estão em níveis recordes em muitas economias desenvolvidas, com as diferenças de gênero diminuindo desde a pandemia.

Repercussões globais - No entanto, os mercados de trabalho excepcionalmente fortes estão tornando mais difícil para os bancos centrais controlar a inflação. O Federal Reserve (FED, dos EUA), o Banco Central Europeu e os bancos centrais de outros países desenvolvidos continuaram a aumentar as taxas de juros em 2023, mas em um ritmo mais lento do que no ano passado, que registrou o aperto monetário mais agressivo em décadas. A turbulência do setor bancário nos Estados Unidos e na Europa acrescentou novas incertezas e desafios à política monetária. Embora as ações rápidas e decisivas dos órgãos reguladores tenham ajudado a conter os riscos à estabilidade financeira, as vulnerabilidades na arquitetura financeira global e as medidas tomadas para contê-las provavelmente reduzirão o crescimento do crédito e dos investimentos no futuro.

O rápido aperto das condições financeiras globais representa grande risco para muitos países em desenvolvimento e economias em transição. O aumento das taxas de juros, aliado a uma mudança nas economias desenvolvidas - do afrouxamento quantitativo para o aperto quantitativo - exacerbou as vulnerabilidades de dívida e restringiu ainda mais o espaço fiscal.

 Os desafios políticos atuais exigem uma cooperação política transfronteiriça mais forte e ações globais coordenadas para evitar que muitas economias em desenvolvimento fiquem presas em um ciclo vicioso de baixo crescimento e alto endividamento.

O relatório completo, em inglês, está disponível aqui.

sábado, 10 de junho de 2023

DIA MUNDIAL DOS OCEANOS - PRONUNCIAMENTO DO SECRETÁRIO GERAL DA ONU - ANTÕNIO GUTERREZ

Foto: divulgação

 




 

DIA MUNDIAL DOS OCEANOS

Foto: divulgação

 

Fonte: ONU - BRASIL

Em mensagem para o Dia Mundial dos Oceanos, o secretário-geral da ONU celebra o histórico Tratado do Alto Mar – adotado no dia 4 de março de 2023 para proteger 30% dos oceanos do mundo. 

António Guterres também destaca os avanços nas negociações internacionais para um acordo global e juridicamente vinculante para acabar com a poluição plástica, que pode entrar em vigor já em 2024.

O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado em 8 de junho desde 1992, quando aconteceu a Cúpula da Terra - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro. 

“Os oceanos são os alicerces da vida. Fornecem o ar que respiramos e os alimentos que consumimos. Regulam o nosso clima e tempo. Os oceanos são o maior reservatório de biodiversidade do nosso planeta. Os seus recursos sustentam comunidades, prosperidade e a saúde humana ao redor do mundo.”

–  António Guterres, secretário-geral da ONU, 8 de junho de 2023

Neste Dia Mundial dos Oceanos, as Nações Unidas celebram o histórico Tratado do Alto Mar – adotado no dia 4 de março de 2023 para proteger 30% dos oceanos do mundo e garantir a conservação da biodiversidade marinha em áreas fora da jurisdição nacional.

António Guterres também destaca os avanços nas negociações internacionais para um acordo global e juridicamente vinculante para acabar com a poluição plástica, que pode entrar em vigor já em 2024.

O chefe da ONU alerta, contudo, que a biodiversidade marinha continua sofrendo os impactos da superexploração e da acidificação dos oceanos, ressaltando que 1/3 dos estoques de peixes são atualmente pescados em níveis insustentáveis.

Todos os anos, de 19 a 23 milhões de toneladas de plásticos são despejadas em ecossistemas aquáticos, afetando mais de 800 espécies, incluindo o ser humano. Quase 2/3 das 430 milhões de toneladas de plástico produzidas anualmente são produtos de curta duração – ou de uso único.

“A humanidade conta com os oceanos, mas os oceanos podem contar conosco? Deveríamos ser os melhores amigos dos oceanos. Mas, neste momento, a humanidade é o pior inimigo dos oceanos”, conclui Guterres.

Sobre o Dia Mundial dos Oceanos:

O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado em 8 de junho desde 1992, quando aconteceu a Cúpula da Terra – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

Realizada no Rio de Janeiro entre os dias 3 e 14 de junho, a Eco-92 ou Rio 92 foi uma das maiores e mais influentes conferências da história das Nações Unidas, reunindo 179 países e culminando com a adoção de vários instrumentos e acordos que moldam a cooperação internacional para a preservação do meio ambiente até os dias de hoje.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

DIA 5 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE - BRASIL BUSCA SOLUÇÕES PARA A POLUIÇÃO PLÁSTICA

 

Foto: © PNUMA

Fonte: ONU - BRASIL

“O Brasil em Busca de Soluções para a Poluição Plástica” será um debate de alto nível fruto da parceria entre PNUMA, MMA, MDIC, MCTI;

Encontro reunirá ministras e representantes das pastas, sociedade civil e indústria para discutir soluções para a poluição plástica;

O evento acontece cerca de uma semana após a segunda reunião para construção do Tratado Global do Plástico (INC2). 

Neste ano comemora-se pela 50ª vez o Dia Mundial do Meio Ambiente, com o alerta de que a eliminação da poluição plástica é fundamental para a manutenção da vida. Sob o lema #CombataAPoluiçãoPlástica, a data oferece uma oportunidade para ampliar o apelo aos governos, cidades e empresas, a fim de que invistam e implementem soluções para acabar com a poluição plástica. 

Para abordar o tema, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) realiza, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o evento: “O Brasil em Busca de Soluções para a Poluição Plástica”. O debate de alto nível acontece no dia 6 de junho, das 8h às 11h00, no auditório Renato Archer, no MCTI em Brasília. 

Estarão presentes, entre outras autoridades e representantes da sociedade e indústria, a Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos e o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin. O evento contará com a moderação da repórter especial do Valor Econômico, Daniela Chiaretti. 

Na sequência, teremos um diálogo entre os secretários Adalberto Maluf (MMA), Rodrigo Rollemberg (MDIC) e a Ministra Maria Angélica Ikeda, Diretora do Departamento de Meio Ambiente (MRE), sobre como colocar a mudança em prática. Finalmente, Camila Barcelos (ABIQUIM), Ademilson Zamboni (ONG Oceana), Kallel Kopp (MeuCopoEco), Mundano (PimpMyCarroça) e a catadora autônoma, Nanci Darcolete, vão discutir soluções já em prática no combate à poluição plástica e na promoção da circularidade do plástico.

O foco da discussão estará nas soluções para a poluição plástica em níveis global e local, com um olhar sobre o fomento à economia circular, incluindo o reúso e a reciclagem. Será um momento para chamar a atenção para a urgência da eliminação da poluição plástica e para o comprometimento do governo, das empresas e da sociedade em desenvolver uma transição justa e equitativa para um mundo com menos plásticos. 

Este ano, o país que sediará as comemorações do Dia do Meio Ambiente será Costa do Marfim, em parceria com os Países Baixos; o evento acontecerá cerca de uma semana após a segunda reunião para construção do Tratado Global do Plástico (INC2), atendendo à Resolução 5/14 da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, que visa a estabelecer um acordo internacional juridicamente vinculante até 2024.   

Agenda:

Painel de Alto Nível  

  • V.E. Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas 
  • V.E. Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação
  • V.E. Herman Benjamin, Ministro do Superior Tribunal de Justiça  
  • Sra. Silvia Rucks, Coordenadora Residente da ONU no Brasil.
  • Sr. Gustau Máñez, Representante do Programa da ONU para o Meio Ambiente

O Painel Operacionalizando a Mudança terá como participantes:

  • Sr. Adalberto Maluf, Secretário Nacional de Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental  
  • Sr. Rodrigo Rollemberg, Secretário Nacional de Economia Verde
  • Sra. Ministra Maria Angélica Ikeda, Diretora do Departamento de Meio Ambiente (MRE)

Participantes Sociedade e Soluções 

  • Nanci Darcolete, catadora independente 
  • Camila Barcelos, ABIQUIM
  • Ademilson Zamboni, OCEANA
  • Kallel Kopp, MeuCopoEco 
  • Mundano, PimpMyCarroça
  • Ronei Alves da Silva, MNC

Moderação: Daniela Chiaretti, Repórter Especial do Valor Econômico 
 

Sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente 

O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado anualmente em 5 de junho e foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972. É um dia dedicado à conscientização e ação global em prol da proteção do meio ambiente. Cada ano, o evento é organizado em torno de um tema específico, com o objetivo de promover ações concretas e engajar governos, empresas e cidadãos na busca por um futuro mais sustentável. 

Sobre o PNUMA 

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é a principal autoridade global em questões ambientais. Sua missão é promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, bem como proteger o meio ambiente global para as gerações presentes e futuras. O PNUMA trabalha em estreita colaboração com governos, organizações não governamentais e o setor privado para desenvolver políticas, promover práticas sustentáveis e coordenar esforços internacionais em prol do meio ambiente.