quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR , NUTRIÇÃO E SISTEMAS

 

FONTE= ONU - BRASIL

Além das vantagens imediatas para as crianças, as modificações nas iniciativas globais de alimentação escolar podem gerar ações ambientalmente sustentáveis impulsionadas pela demanda local nos sistemas alimentares.

O documento indica duas áreas principais em que os programas de alimentação escolar podem promover mudanças sistêmicas: melhor nutrição e educação nutricional; e aquisição local de alimentos.

O Programa Mundial de Alimentos (WFP) participou do capítulo que discute a aquisição de alimentos com uma abordagem de alimentação escolar com compras locais..

O Consórcio de Pesquisa para Saúde e Nutrição Escolar, parte da Coalizão Global para a Alimentação Escolar e coordenado pela London School of Hygiene & Tropical Medicine, organizou um seminário virtual no dia 24 de janeiro para promover o documento School Meals and Food Systems: Rethinking the consequences for climate, environment, biodiversity and food sovereignty (“Alimentação Escolar e Sistemas Alimentares: Repensando as consequências para o clima, o meio ambiente, a biodiversidade e a soberania alimentar”, em tradução livre), lançado em dezembro de 2023 durante a COP28.

O Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil faz parte do Consórcio de Pesquisa desde setembro de 2023 e contribuiu para o documento, especialmente no capítulo 4, que discute a aquisição de alimentos com uma abordagem de alimentação escolar com compras locais. O relatório completo pode ser acessado aqui.

Eliene Sousa, da equipe de Projetos do Centro de Excelência, disse que essa foi uma grande oportunidade de poder contribuir com um documento importante para a implementação de programas de alimentação escolar vinculados a sistemas alimentares sustentáveis:

"É um documento que valoriza muito a questão climática e a redução da produção de carbono ligada à alimentação escolar". 

O documento indica duas áreas principais em que os programas de alimentação escolar podem promover mudanças sistêmicas: influenciar crianças em idade escolar e adolescentes a terem uma melhor nutrição e relação com os alimentos e promover sistemas alimentares sustentáveis por meio da aquisição local de alimentos. 

A alimentação escolar oferece vantagens que vão além da nutrição: ela aumenta a matrícula escolar, a frequência, o desempenho acadêmico e o desenvolvimento cognitivo, além de reduzir as taxas de evasão escolar, principalmente entre as meninas.

Além das vantagens imediatas para as crianças, as modificações nas iniciativas globais de alimentação escolar podem gerar ações ambientalmente sustentáveis impulsionadas pela demanda local nos sistemas alimentares. Isso é especialmente evidente quando a demanda por refeições escolares é integrada à produção agrícola local e de pequena escala, como se vê na abordagem de alimentação escolar com compras locais.

Donald Bundy, Professor de Epidemiologia e Desenvolvimento da London School of Hygiene & Tropical Medicine e membro do Consórcio de Pesquisa para Saúde e Nutrição Escolar, reiterou que a escola é uma das principais formas de impactar crianças e adolescentes em idade escolar, especialmente por meio dos programas de alimentação escolar, que foram severamente afetados pela pandemia da COVID-19. 

"Durante a pandemia, as escolas foram fechadas, e isso teve consequências significativas, como a interrupção da educação e grandes consequências sociais". 

Próximos passos

Em 2024, o consórcio de pesquisa pretende disseminar o documento, realizar análises no nível nacional, avaliando os impactos específicos que a transformação do sistema alimentar tem na alimentação escolar, webinars periódicos sobre tópicos específicos e análises de cenário.

O Centro de Excelência também promove trocas sobre as melhores práticas de alimentação escolar entre o Brasil e outros países do Sul Global por meio da iniciativa Visita de Estudo Virtual: Brasil, criada em 2021. Ela abrange os aspectos mais significativos das mensagens comunicadas durante uma visita in loco ao Brasil, apoiando a disseminação dos elementos-chave que têm sido fundamentais para o sucesso das políticas brasileiras no combate à fome e à insegurança alimentar.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

CHUVAS, ENCHENTES E NEVASCAS - AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS 2024

 

Foto: divulgação - chuvas - RJ

   Os extremos climáticos previstos pelos recentes documentos divulgados pelos cientistas do  IPCC (PAINEL INTERGOVERNAMENTAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS - ONU)  sobre a urgência das sociedades reverterem às consequências do aquecimento global podem ser constatados até mesmo pelo senso comum das populações mundiais.

   Ainda que fossem fenômenos naturais sem a interferência humana (antrópica) para modificar o clima da Terra, a realidade é que os fenômenos simultâneos extremos ficam cada vez mais evidentes : chuvas torrenciais extremas como ocorrida em 14 de janeiro de 2024 no Rio de Janeiro no Brasil afetando as condições de vida de milhões de pessoas, até o início da tarde de hoje, dia 15 de janeiro, eram confirmadas 12 mortes no Rio de Janeiro.   Já com o contraste do frio extremo de – 17° afetando a vida de cerca de 95 milhões de pessoas nos EUA há previsão  de que a sensação térmica em Montana (EUA) possa chegar a até a -56.   

  Se analisarmos ainda da perspectiva do senso comum vamos verificar que os governos de estados no Brasil e EUA orientam a população da mesma forma: não sair de casa, seja pela previsão de chuvas torrenciais (RJ Brasil), seja pela concentração de neves de 30 a 60 cm  e ventos congelantes em várias regiões dos EUA.

Foto: divulgação - EUA

  Especialistas em clima alertam que estes extremos são consequências das mudanças climáticas que as COPs ( Conferências do Clima- ONU) todos os anos debatem. Fica aí uma pergunta: o que podem as populações locais fazerem para se defender das consequências das mudanças climáticas ?  As comunidades ficam a mercê de políticas públicas locais aqui no Brasil que orientem como as pessoas podem se defender destes extremos climáticos. Será que apenas divulgar quando os extremos climáticos estão acontecendo que as pessoas não devem sair de casa é suficiente ? E durante o restante dos dias do ano, por que não se planejam e organizam ações efetivas de combate às consequências das mudanças climáticas de forma mais eficiente ? Trata-se de uma mudança de perspectivas, pensamento e formas de governar em que a qualidade de vida e a segurança climática das comunidades possam ser incluídas em orçamentos governamentais e colocadas como prioridade nos programas de governos locais. Isto exige planejamento de curto, médio e longo  prazos e sobretudo vontade política.  Resta então à sociedade civil esperar cada vez mais a situação climática se agravar ou  se fazer protagonista e se informar - buscar soluções locais de defesa, união e medidas preventivas imediatas e a longo prazo para vencer as consequências das mudanças climáticas. 


domingo, 7 de janeiro de 2024

COP 28 - AVALIAÇÃO E RESULTADOS

 COP 28 anunciou o “começo do fim” dos combustíveis fósseis

Foto: divulgação

 A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas de 2023 reuniu-se no Dubai, Emirados Árabes Unidos (EAU), de 30 de novembro a 13 de dezembro de 2023, encerrando 23 horas mais tarde do que o inicialmente previsto. A conferência compreendeu a 28ª reunião da Conferência das Partes (COP) da UNFCCC, a 18ª reunião da COP servindo como Reunião das Partes do Protocolo de Quioto (CMP 18), a quinta sessão da COP servindo como o Reunião das Partes do Acordo de Paris (CMA 5), e 59ª sessões do Órgão Subsidiário de Assessoramento Científico e Tecnológico (SBSTA 59) e do Órgão Subsidiário de Implementação (SBI 59).

Com 97.372 pessoas registadas para participação presencial, a COP 28 “foi de longe a maior conferência da ONU sobre alterações climáticas até à data”, relata a ENB. [Cobertura ENB da Conferência da ONU sobre Mudança Climática de 2023]

( FONTE:IISD)


   Com base nas primeiras menções à energia a carvão e aos subsídios aos combustíveis fósseis no Pacto Climático de Glasgow em 2021, o resultado do primeiro Balanço Global (GST) na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas de 2023 (UNFCCC COP 28) marcou um passo em direcção ao “início da o fim” da era dos combustíveis fósseis, como supôs o Secretário Executivo da UNFCCC, reflectindo as opiniões de muitos. 

   De acordo com o relatório resumido da reunião do Earth Negotiations Bulletin (ENB), a conferência começou em alta com a operacionalização do novo fundo de perdas e danos e a rápida adoção das agendas. No entanto, as negociações revelaram-se difíceis, especialmente no que diz respeito ao GST, ao quadro para a implementação do Objectivo Global de Adaptação (GGA), ao programa de trabalho de mitigação, ao programa de trabalho sobre vias de transição justas e às questões relacionadas com o Artigo 2.1(c) do Acordo de Paris sobre alinhar os fluxos financeiros com um desenvolvimento resiliente ao clima e com baixo teor de gases com efeito de estufa. Os principais pontos de discórdia incluíram a linguagem sobre a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis na decisão do GST e referências aos meios de implementação do GGA.

Entre outras ações alinhadas com a limitação do aquecimento global a 1,5°C, a decisão da COP sobre o GST apela aos países para que contribuam para os esforços globais de transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, acelerando os esforços para a redução gradual da energia do carvão inabalável e acelerando energias renováveis, energia nuclear e tecnologias de redução e remoção.

O GST, observa a análise do ENB da reunião, “é uma avaliação do progresso coletivo na mitigação, adaptação e meios de implementação destinada a informar” os países à medida que preparam a sua próxima lista de contribuições determinadas a nível nacional (NDC) com vencimento em 2025. . Alguns esperavam que o processo ajudasse a identificar caminhos claros que os países poderiam então incorporar nos seus NDC de 2025. No entanto, o resultado apenas apela a que as partes “contribuam para” os esforços globais, tendo em conta as suas “diferentes circunstâncias, caminhos e abordagens nacionais”.

A ENB observa que as declarações finais demonstraram quão difícil foi chegar a um acordo sobre o GST. A falta de uma referência clara à eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, a linguagem fraca sobre o carvão e o metano e as lacunas associadas aos chamados “combustíveis de transição” estiveram entre as preocupações levantadas.

Entre outros resultados da conferência, a ENB destaca-se:


- A adoção da estrutura do GGA estabelecida no Acordo de Paris, que visa orientar a implementação da meta e, entre outras coisas, estabelece avaliação de impacto, vulnerabilidade e risco (até 2030), sistemas de alerta precoce multirriscos (por 2027), serviços de informação climática para redução de riscos e observação sistemática (até 2027) e planos de adaptação nacionais orientados para o país, sensíveis ao género, participativos e transparentes (até 2030);

a designação do consórcio do Gabinete das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (DRR) e do Gabinete das Nações Unidas para Serviços de Projectos (UNOPS) como anfitrião da Rede de Santiago sobre perdas e danos; e

- O lançamento da implementação do programa de trabalho sobre caminhos de transição justa, com pelo menos dois diálogos híbridos a realizar antes das duas sessões anuais dos Órgãos Subsidiários           ( FONTE:IISD)


FESTIVAL DE CINEMA "SAÚDE PARA TODAS AS PESSOAS" - OPORTUNIDADE PARA OS JOVENS

 

Convocatória: Festival de Cinema "Saúde para Todas as Pessoas"


FONTE: ONU - BRASIL

   Iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Festival de Cinema "Saúde para Todas as Pessoas" apoia uma nova geração de cineastas e jovens produtores de vídeos para defender e promover questões relacionadas ao acesso universal à saúde. 

A 5ª edição do Festival cobre três temas principais: Cobertura Universal de Saúde, emergências de saúde, e saúde e bem-estar para todas as pessoas. 

O prazo para submissão de documentários curtos, filmes de ficção ou filmes de animação é 31 de janeiro de 2024.

90 filmes serão selecionados para exibição permanente no canal da OMS no YouTube a partir de abril de 2024, e 7 filmes serão premiados em um evento que será realizado em junho deste ano na sede da Organização em Genebra, na Suíça. 

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Os filmes são uma maneira poderosa de aumentar a conscientização, melhorar a compreensão e incentivar mudanças positivas de comportamento.

A OMS celebra o poder da narrativa audiovisual para a promoção da saúde e convida pessoas interessadas em saúde pública a participar do Festival de Cinema "Saúde para Todas as Pessoas".

Como em cada edição anterior, a OMS convida pessoas de todo o mundo a inscrever curtas-metragens originais, incluindo: 

  • Instituições de saúde pública
  • Estudantes de saúde pública
  • Escolas e estudantes de cinema
  • Cineastas independentes
  • Empresas de produção audiovisual
  • Emissoras de TV 
  • Organizações e redes da sociedade civil
  • Organizações comunitárias e/ou lideradas por jovens
  • Pessoas defensoras dos direitos humanos

Documentários curtos, filmes de ficção ou filmes de animação deverão ser enviados em uma das seguintes categorias:

  1. Cobertura Universal de Saúde 
  2. Emergências de saúde
  3. Saúde e bem-estar para todas as pessoas

Além disso, quatro prêmios especiais serão atribuídos da seguinte forma:

  1. Prêmio Especial de Filme sobre Atividade Física e Saúde
  2. Prêmio Especial de Filme sobre Saúde de Pessoas Migrantes e Refugiadas
  3. Prêmio de Filme Estudantil
  4. Prêmio de Filme Muito Curto

A quinta seleção oficial do Festival, composta por aproximadamente 90 curtas-metragens, será apresentada ao público em abril de 2024 no canal da OMS no YouTube: https://www.youtube.com/c/who/playlists.  

Como participar? 

Sobre o Festival 

Desde 2020, o Festival de Cinema "Saúde para Todas as Pessoas" reuniu mais de 4.300 submissões de 110 países. 

Em junho de 2023, a OMS anunciou a seleção oficial dos filmes vencedores do 4º Festival de Cinema, realizado na sede da Organização em Genebra, na Suíça. No evento, que contou com a participação presencial e on-line de atores e atrizes, produtoras e produtores e figuras públicas, foram anunciados os filmes vencedores em 7 categorias diferentes, enquanto 4 filmes receberam menções especiais do júri.

REDUÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO GLOBAL

 

Desaceleração econômica deve reduzir crescimento global para 2,4% em 2024

Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina e do Caribe.

Legenda: A América Latina continua enfrentando o desafio crucial de implementar políticas macroeconômicas e industriais contracíclicas ativas para impulsionar o crescimento e o investimento, expandir o bem-estar social e criar resiliência, aponta o relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2024, publicado pelas Nações Unidas. Foto: Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina e do Caribe.
Foto: © Norberto Marques/Getty Image










FONTE: ONU - BRASIL

  Lançado nesta quinta-feira (4), o principal relatório econômico da ONU apresenta uma perspectiva econômica negativa para o curto prazo. O crescimento econômico global deve desacelerar de uma estimativa de 2,7% em 2023 para 2,4% em 2024.

As perspectivas de crescimento na América Latina e no Caribe também estão se deteriorando. Em 2024, a projeção é de que o PIB regional cresça apenas 1,6%, depois de atingir um crescimento estimado de 2,2% em 2023.

Projeta-se que o crescimento do PIB no Brasil desacelere de 3,1% em 2023 para 1,6% em 2024, devido aos impactos prolongados das taxas de juros mais altas e da desaceleração da demanda externa. 

"2024 precisa ser o ano em que saímos desse atoleiro. Ao desbloquear investimentos grandes e ousados, podemos impulsionar o desenvolvimento sustentável e a ação climática, e colocar a economia global em um caminho de crescimento mais forte para todos. Devemos aproveitar o progresso feito no ano passado em direção a um Pacote de Estímulo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de pelo menos US$ 500 bilhões por ano em financiamento de longo prazo acessível para investimentos em desenvolvimento sustentável e ação climática."

- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, 4 de janeiro de 2024. 

principal relatório econômico da ONU apresenta uma perspectiva econômica negativa para o curto prazo. A previsão surge após o desempenho econômico global ter superado as expectativas em 2023.

No entanto, o crescimento do PIB mais forte do que o esperado no ano passado mascarou riscos de curto prazo e vulnerabilidades estruturais. Taxas de juros persistentemente altas, escalada de conflitos, comércio internacional lento e desastres climáticos crescentes representam desafios significativos para o crescimento global.

As perspectivas de um período prolongado de condições de crédito mais rígidas e custos de empréstimos mais altos dificultam o avanço da economia mundial. Nessa realidade será necessário fazer mais investimentos para estimular o crescimento, combater a mudança climática e acelerar o progresso em direção aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Perspectivas de baixo crescimento para a América Latina e o Caribe 

As perspectivas de crescimento na América Latina e no Caribe estão se deteriorando. Em 2024, a projeção é de que o PIB regional cresça apenas 1,6%, depois de atingir um crescimento estimado de 2,2% em 2023.

Embora a inflação esteja recuando em várias economias, o espaço fiscal limitado e o fraco investimento continuarão a prejudicar a capacidade da região de enfrentar os desafios sociais e a mudança climática.

Projeta-se que o crescimento do PIB no Brasil desacelere de 3,1% em 2023 para 1,6% em 2024, devido aos impactos prolongados das taxas de juros mais altas e da desaceleração da demanda externa.

No México, a projeção é de que o PIB cresça 2,3% em 2024, após uma expansão de 3,5% em 2024. A Argentina continua em crise, em meio à alta inflação.

A região precisará redobrar esforços para reduzir a evasão fiscal e aumentar a progressividade dos sistemas tributários para atender às suas necessidades de financiamento.

A América Latina continua enfrentando o desafio crucial de implementar políticas macroeconômicas e industriais contracíclicas ativas para impulsionar o crescimento e o investimento, expandir o bem-estar social e criar resiliência.

Inflação global

O relatório aponta a tendência de queda na inflação global, estimada em 5,7% em 2023 e prevista para diminuir para 3,9% em 2024. Entretanto, pressões de preços permanecem altas em diversos países, com riscos de aumento caso conflitos geopolíticos se intensifiquem. 

Em cerca de um quarto dos países em desenvolvimento, a inflação anual deve ultrapassar 10%, afetando significativamente os mais pobres. A persistente alta impactou negativamente a erradicação da pobreza, especialmente nos países menos desenvolvidos. 

Além disso, a recuperação dos mercados de trabalho após a crise da pandemia foi desigual, com economias desenvolvidas mantendo resiliência, enquanto muitos países em desenvolvimento ainda não se recuperaram.

Transição verde

O relatório destaca a necessidade de cooperação internacional mais forte para impulsionar o crescimento e promover a transição verde. Governos devem evitar medidas fiscais que sejam prejudiciais e expandir o suporte fiscal para estimular o crescimento, enquanto as condições monetárias globais permanecem restritas. 

A publicação revela que bancos centrais enfrentam desafios difíceis ao equilibrar inflação, crescimento e estabilidade financeira. A cooperação global eficaz é urgente para evitar crises de dívida e fornecer financiamento a países em desenvolvimento. 

Aumentar o financiamento climático global, eliminar subsídios aos combustíveis fósseis e promover transferência de tecnologia são cruciais para fortalecer a ação climática. O relatório ressalta ainda a importância crescente de políticas industriais para impulsionar a inovação, capacidade produtiva e transição verde.