sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

DELIBERAÇÃO NORMATIVA DO COPAM SOBRE O BIOMA DA MATA ATLÂNTICA

REPUBLICADA DN COPAM Nº 174/12 QUE ESTABELECE PROCEDIMENTO PARA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DA PESQUISA MINERAL DE EMPREENDIMENTOS QUE NECESSITEM DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NATIVA SECUNDÁRIA EM ESTÁGIOS MÉDIO E AVANÇADO DE REGENERAÇÃO, PERTENCENTE AO BIOMA MATA ATLÂNTICA

A Deliberação Normativa 174/2012 havia sido concedida “ad referendum” e publicada no Diário Oficial de MG em 30/03/2012, tendo sido referendada na Câmara Normativa e Recursal - CNR do COPAM de 28/11/2012, com alterações.
De acordo com a referida Deliberação, a atividade de pesquisa mineral enquadrada na DN 74 (conforme os códigos estabelecidos) será realizada mediante Licença de Operação para Pesquisa Mineral (LOP), com apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), em atendimento à exigência da Lei Federal 11.428 de 22 de dezembro de 2006.
Foram incluídas junto ao Anexo Único da Deliberação Normativa Copam nº 74, de 9 de setembro de 2004, as seguintes tipologias:
 A-07-01-1 Pesquisa Mineral com supressão de vegetação secundária nativa pertencente ao bioma Mata Atlântica em estágios Médio e Avançado de regeneração, quando não envolver o emprego de Guia de Utilização expedida pelo DNPM.
 A-07-01-2 Pesquisa Mineral de minerais metálicos com supressão de vegetação nativa secundária pertencente ao bioma Mata Atlântica em estágios Médio e Avançado de regeneração, quando envolver o emprego de Guia de Utilização expedida pelo DNPM.
 A-07-01-3 Pesquisa Mineral de minerais com aplicação direta na construção civil (brita, cascalho, silte) e para rochas de revestimento (granito ornamental, ardósias, quartzito, mármores) com supressão de vegetação secundária nativa pertencente ao bioma Mata Atlântica em estágios Médio e Avançado de regeneração, quando envolver o emprego de Guia de Utilização expedida pelo DNPM.
 A-07-01-4 Pesquisa Mineral de minerais não metálicos com supressão de vegetação secundária nativa pertencente ao bioma Mata Atlântica em estágios Médio e Avançado de regeneração, quando envolver o emprego de Guia de Utilização expedida pelo DNPM.
A norma republicada alterou alguns pontos importantes na DN anteriormente concedida “ad referendum”. No artigo 2º, por exemplo, a nova DN é taxativa na definição do que são as áreas de intervenção da pesquisa mineral.
A DN concedida ad referendum definia como áreas de intervenção da pesquisa mineral as áreas de acesso, as unidades de apoio e as praças de sondagem, que deverão ser objeto dos estudos ambientais. A DN republicada foi mais específica ao determinar claramente que os estudos ambientais para fins de avaliação do impacto ambiental incidem nestas áreas, porém sobre a vegetação remanescente do Bioma Mata Atlântica.
Outra alteração relevante diz respeito à hipótese de LOP sem emprego de Guia de Utilização, quando há impossibilidade de comprovar a averbação da Reserva Legal e a consequente firmação de Termo de Compromisso. O texto antigo dizia que o empreendedor firmaria Termo de Compromisso para averbação da Reserva Legal para a obtenção da fase seguinte do licenciamento. Já o texto novo diz que a comprovação da averbação da RL precede a Licença de Instalação.
No caso a que se refere o parágrafo anterior, viabilizando-se a lavra ou a extração mineral, o empreendedor deverá comprovar a regularização da Reserva Legal para obtenção da Licença de Instalação do empreendimento, apresentando a documentação que permita sua demarcação e consequente registro, nos termos da legislação vigente.
Destaca-se ainda o artigo 6º da norma republicada, que determina que “deverá ser formalizado processo de LOP quando da necessidade de desenvolvimento de estudos geotécnicos ou de pesquisa mineral, sem o emprego de guia de utilização, que envolvam a supressão de vegetação nativa secundária do Bioma Mata Atlântica, nos estágios médio ou avançado de regeneração”.
Para esta situação, na existência de processo de Licença Prévia formalizada ou concedida, o empreendedor fica dispensado da apresentação de novo EIA/RIMA caso os estudos apresentados contemplem a área de intervenção pleiteada.
Quanto aos prazos, o de validade da Licença de Operação de Pesquisa Mineral (LOP) e das autorizações de corte e supressão de vegetação, previstos na Deliberação 174 será de 3 (três) anos, renováveis por igual período.
Por fim, destaca-se o item 16 do anexo único da norma republicada, que determina ser necessária anuência, nos termos da Portaria IPHAN 230/2002, ou laudo atestando a inexistência de monumentos/sítios arqueológicos. O laudo deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O VENENO ESTÁ NA MESA - FILME DE SILVIO TENDLER

     Na Rio + 20 e Cúpula dos Povos, o problema  do uso de agrotóxicos no Brasil ganhou evidência. Este sem dúvida é um grave problema ambiental que a população brasileira terá que enfrentar. O Brasil é infelizmente o líder mundial de utilização de agrotóxicos na agricultura: são em média 5 kg por pessoa por ano, segundo painel apresentado pela médica sanitarista Lia Giraldo durante a Cúpula dos Povos. O uso indiscriminado de agrotóxicos já na década de 50 foi denunciado por Raquel Carson no livro: "Primavera Silenciosa".  Já é tempo do Brasil e o mundo defender a qualidade de vida da população.
   Que possamos dinamizar a implantação da Agroecologia e produção orgância com preços acessíveis para toda população e maior disponibilidade.
   O cineasta Silvio Tendler retrata neste seu filme documentário: "O veneno está na mesa" a gravidade do problema:



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

MOC ECO EM DEFESA DA BAIXA SERRA DO CURRAL EM BH

Serra do Curral - BH (foto divulgação)

  O Movimento Comunitário Cultural Esportivo e Ecológico Baixa Serra do Curral – MOC ECO, vem atuando e mobilizando a população da região leste de Belo Horizonte, lutando pela preservação do meio ambiente e do patrimônio histórico cultural da cidade.



   O MOC ECO, que participou do IV SEMINÁRIO O CIDADÃO E O MEIO AMBIENTE, promovido pelo Jornal Oecoambiental em parceria com o Núcleo de Estudos Sobre o Trabalho Humano – NESTH/UFMG, vem conquistando vitórias importantes para  a qualidade de vida da região,  defendendo nascentes e córregos; lutando pela melhoria do saneamento básico no Córrego Joões e Baleia-Navio.



Assine o Projeto de Lei de Iniciativa Popular em Defesa da Baixa Serra do Curral.



“Só é cantador quem traz no peito o cheiro e cor da sua terra, a herança de vida de seus mortos, a certeza de luta de seus vivos”. ( Xangai )



Toda comunidade está convidada a participar deste movimento. Maiores informações: moc.eco@gmail.com

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

FILMES QUE RETRATAM A QUESTÃO AMBIENTAL

Aproveitando as férias, que tal curtir um cinema em casa, com a família e amigos. Confira algumas sugestões de filmes que retratam a questão ambiental:
 Erin Brockovich;  A história das coisas; Os Thornberrys(infantil); Chiken a la carte; Home nosso planeta, nossa casa; A última hora; Uma verdade Inconveniente; Ilha das Flores; Terra; A qualquer preço; Wall-E; Avatar, Lixo extraordinário; A era da estupidez; Xingu; Os sem-floresta.
   Esta sugestão  prolonga-se em vários documentários e filmes que estão sendo produzidos com a finalidade de informar e buscar uma conscientização sobre as condições de vida de nós seres humanos e nossa relação com o meio ambiente.  Envie-nos seus comentários sobre estas indicações  e outros que você considere importante haver maior divulgação. Saudações aos nossos leitores. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

RECICLAGEM DE ELETRÔNICOS


Recebemos esta informação sobre reciclagem.

   "Em prol de um meio ambiente limpo e sustentável. Atualmente estamos comprando mais eletrônicos e depois não sabemos ao certo o que fazer com o antigo, certo? Se você não sabe como destinar aquele antigo Celular, aparelhos de fax, notebooks, computadores, estabilizadores, monitores (tubo, LED e cristal líquido) gabinetes (CPU’s), impressoras e Scanners eu tenho a solução!!!.Em parceria com projeto destinação correta resíduos eletrônicos em Belo Horizonte – MG, reciclamos e doamos para instituições, cursos de computação e manutenção computadores.Para isso basta entrar em contato através Email: pierazolii@yahoo.com.br ou (31)9621-3745 –TIM- para combinarmos retirada resíduo. "

Att

Ricardo Pierazoli
Adm Gestão Ambiental
Meio Ambiente

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

2013 E A LUTA PELA CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL


EDITORIAL

     A neutralidade científica sempre foi questionada em todos os tempos. A ciência está inscrita na estrutura da sociedade. A controvérsia se existe ou não aquecimento global é colocado à prova quando sentimos, todos nós em todos os países, como o clima do planeta está sendo alterado. As bruscas mudanças de temperatura são evidentes, seja no calor escaldante do verão em algumas regiões do Brasil, como Belo Horizonte neste início de 2013, ou nas nevascas verificadas nos EUA. Quem está alterando o clima do planeta são os seres humanos.
   A Rio + 20 e Cúpula dos Povos, realizadas no Rio de Janeiro em 2012, atestam a gravidade dos conflitos socioambientais. Todos nós em todas as profissões somos chamados a contribuirmos na busca de solução destes conflitos. O Brasil e o mundo precisam encontrar o caminho de uma sociedade sustentável, fundamentada na valorização da pessoa humana e de todo meio ambiente.
   Nosso Jornal Oecoambiental vem fazendo um trabalho de informar a população sobre esta realidade ambiental que o Brasil e o mundo atravessam. Acreditamos de fato que existe o aquecimento global promovida pela ação humana sobre o meio ambiente. Há uma relação direta entre a maneira de se produzir e consumir com o aquecimento global. Observamos cada vez mais uma desvalorização do ser humano na sociedade atual. Aquecer o planeta não é apenas um dado climático. As relações socioambientais se agravam na medida em que a concentração de renda, a super propaganda de consumo sem limites, estão levando as pessoas a perderem o contato consigo mesmas. A alienação nas relações de trabalho ganha nova conotação para a alienação ambiental. As pessoas sofrem as conseqüências dos conflitos ambientais, como enchentes, desertificação, poluição das águas, ar, as condições precárias da educação e saúde públicas, que também constituem problemas ambientais – no entanto a grande imprensa nunca dá ênfase às raízes destes conflitos. Há a produção da alienação ambiental que coloca as pessoas como objeto e não como sujeitos que podem mudar ou transformar esta realidade.
   Neste início de 2013, acreditamos na busca crescente de informação e conscientização da sociedade civil no Brasil e em todo o mundo  presenciadas na Rio + 20 e Cúpula dos Povos para vencermos estes conflitos ambientais. O mundo está mudando agora para um novo eixo. Existem pessoas que querem de fato construir uma sociedade mais feliz, ambientalmente mais justa, fraterna e para todos. Que possamos nos unir diante estes desafios em 2013 e sempre.