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PRESENTE NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - RIO + 20 - Reg.:18820762
OIT alerta para risco de "geração do confinamento" com crise do emprego entre os jovens
FONTE ; ONU - BRASIL
No início de 2021, na América Latina e no Caribe, a taxa de desemprego juvenil atingiu 23,8% e cerca de 3 milhões de jovens deixaram uma força de trabalho na qual predomina a informalidade.
Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), existe o risco de uma "geração do confinamento".
Em declaração para o Dia Internacional da Juventude, celebrado em 12 de agosto, o diretor da OIT para a América Latina e o Caribe, Vinícius Pinheiro, defende estratégias voltadas especificamente para a melhoria do emprego jovem para desativar a "bomba-relógio" armada pela pandemia. "Caso contrário, as sequelas vão durar muito tempo”, afirma.
A falta de oportunidades de emprego para jovens pode afetar a trajetória de trabalho das pessoas e limitar suas chances de ter acesso a um trabalho decente no futuro, destaca a análise.
Os países da América Latina e do Caribe enfrentam o desafio urgente de tomar medidas para desarmar a “bomba-relógio” representada pelo legado de alto desemprego, informalidade e falta de oportunidades para os e as jovens que a crise da COVID-19 está criando, disse o diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a América Latina e o Caribe, Vinícius Pinheiro, em uma mensagem para o Dia Internacional da Juventude, celebrado em 12 de agosto.
“A população jovem está entre as que mais sofrem com as consequências sociais e econômicas da pandemia na região e enfrentará os efeitos dela nos próximos anos de vida profissional, correndo o risco de se tornar uma geração de confinamento ”, destaca Pinheiro em texto publicado no site OIT Américas.
“Será necessário contar com estratégias voltadas especificamente para a melhoria do emprego jovem, se quisermos desativar o profundo impacto da pandemia”, acrescenta o diretor da OIT. "Caso contrário, as sequelas vão durar muito tempo”.
A mensagem destaca que, segundo os dados mais recentes recopilados pela OIT, a taxa média de desemprego de jovens entre 15 e 24 anos teria atingido 23,8% no primeiro trimestre de 2021, o nível mais alto registrado desde que esta média começou a ser elaborada em 2006. Representa um aumento de mais de 3 pontos percentuais em relação ao nível de antes da pandemia.
Ao mesmo tempo, a taxa de participação dos e das jovens no mercado de trabalho sofreu uma contração, caindo cerca de 3 pontos percentuais, registando um nível de 45,6% no primeiro trimestre de 2021, o que significa que no início do ano entre 2 e 3 milhões de jovens estavam fora do mercado de trabalho por falta de oportunidades de emprego.
“Esta geração viveu os impactos da COVID-19 por meio de uma multiplicidade de canais, como a interrupção de seus programas educacionais ou de formação e o vínculo com o mercado de trabalho (estágios e aprendizagens), perda de emprego e de renda e a perspectiva de enfrentar maiores dificuldades para encontrar uma ocupação no futuro ”, diz Pinheiro.
O artigo afirma ainda que “embora a demanda por emprego comece a apresentar um comportamento mais favorável devido a um maior dinamismo econômico, as oportunidades de emprego para os jovens continuarão muito restritas”. Ao mesmo tempo, “a já elevada incidência de informalidade entre esses trabalhadores, que afetava seis em cada 10 jovens antes da pandemia, corre o risco de aumentar ainda mais”.
A falta de oportunidades de emprego para jovens pode afetar a trajetória de trabalho das pessoas e limitar suas chances de ter acesso a um trabalho decente no futuro, destaca a análise.
Mas também "são fonte de desânimo e frustração, que podem levar a situações de conflito e até mesmo afetar a governabilidade em vários níveis".
“Os protestos que surgiram em vários países da região antes da pandemia foram liderados por jovens. Depois de uma crise violenta que deixou muitas pessoas sem esperança, já vimos como em alguns países esses jovens voltam a se manifestar para exigir um futuro. ”, disse Pinheiro.
No artigo, ele destaca que para enfrentar o desafio do emprego juvenil é necessário recorrer a um conjunto de políticas especialmente formuladas para enfrentar um problema estrutural e complexo.
As medidas deverão ter como objetivo aumentar a oferta de empregos, estimular a contratação de jovens, apoiar empresas e empreendedores, e ainda promover a educação e a formação de forma a responder às novas exigências do mercado de trabalho, incluindo as da revolução digital.
“Há um aspecto fundamental a ser levado em conta na concepção de estratégias para promover o emprego juvenil após esta pandemia terrível: não podemos prescindir da contribuição dos jovens”, destaca Pinheiro.
Experiências que promovam frutas, legumes e verduras no Brasil podem se inscrever em Laboratório de Inovação
FONTE: ONU - BRASIL
Até 31 de agosto, experiências que apresentem soluções inovadoras, nos âmbitos local, estadual e nacional, a fim de aumentar a disponibilidade e o consumo de frutas, legumes e verduras no país podem se inscrever no Laboratório de Inovação: Incentivo à produção, à disponibilidade, ao acesso e ao consumo de frutas, legumes e verduras.
O espaço busca ações que favoreçam circuitos curtos de produção, como as unidades de apoio à agricultura familiar, ações de educação alimentar e nutricional em ambientes institucionais, inovações tecnológicas no campo da alimentação e saúde, iniciativas contra o desperdício de alimentos, entre outras.
As iniciativas selecionadas fomentarão a elaboração de um conjunto de recomendações e serão apresentadas no Congresso Internacional sobre o tema, em outubro.
O Laboratório de Inovação é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Centro de Excelência Contra a Fome (WFP).
Atores do serviço público, coletivos de produtores, cooperativas, mulheres rurais, agricultoras/es familiares, povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, organizações e associações da sociedade civil que protagonizam experiências inspiradoras no percurso entre a produção e o consumo de frutas, legumes e verduras, são convidadas/os a compartilhar suas experiências no Laboratório de Inovação: Incentivo à produção, à disponibilidade, ao acesso e ao consumo de frutas, legumes e verduras.
O espaço tem como objetivo reunir relatos de experiências bem-sucedidas que, mesmo no contexto da pandemia de COVID-19, apresentam soluções inovadoras, nos âmbitos local, estadual e nacional, a fim de aumentar a disponibilidade e o consumo de frutas, legumes e verduras pela população e, com isto, promover a saúde, a alimentação adequada e fortalecer os sistemas alimentares saudáveis, justos e sustentáveis.
Circuitos de produção, armazenamento, distribuição, processamento e comercialização de alimentos regionais e tradicionais são capazes de fortalecer produtores locais, do campo, da cidade, das florestas e das águas e, desta forma, viabilizar a diversidade de alimentos à mesa, além de ampliar, por meio da alimentação, a rede de proteção da população contra doenças como o câncer e a obesidade.
Na promoção do consumo de frutas, legumes e verduras, informação, assistência técnica, tecnologias sociais, protagonismo e inovação também são essenciais na promoção das escolhas alimentares mais saudáveis e do bem-estar social e econômico, especialmente quando inseridos em territórios ou entre populações de maior vulnerabilidade.
É por isto que o Laboratório abre caminho para que as mais diversas iniciativas que culminam no acesso das pessoas às frutas, legumes e verduras, sejam identificadas, cadastradas e divulgadas amplamente.
O Laboratório de Inovação: Incentivo à produção, à disponibilidade, ao acesso e ao consumo de frutas, legumes e verduras é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Departamento de Promoção da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Centro de Excelência Contra a Fome (WFP).
Fio condutor - O cadastro de iniciativas no Laboratório está organizado em dois eixos:
O eixo 1 busca experiências que antecedem o consumo dos alimentos, ou seja, façam parte do percurso entre produção, armazenamento, distribuição, processamento e comercialização de frutas, legumes e verduras. São exemplos: os circuitos curtos que valorizam os alimentos da sociobiodiversidade; o fomento à produção orgânica e de base agroecológica; a oferta de assistência técnica que valorize, recupere e fortaleça práticas alimentares ancestrais; atividades de transição agroecológica; iniciativas que busquem reduzir as perdas e o desperdício de alimentos; atividades de inovação tecnológica no beneficiamento e processamento de alimentos nativos.
Por sua vez, o eixo 2 procura experiências relacionadas ao consumo de frutas, legumes e verduras e da promoção e proteção de ambientes alimentares saudáveis. Busca, entre outros exemplos, iniciativas coletivas no âmbito da atenção primária à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS); estratégias criativas que usam tecnologias como Telessaúde e eHealth; ações que estimulem habilidades culinárias, produção para autoconsumo, valorização de alimentos regionais; e iniciativas de educação alimentar e nutricional e/ou de incentivo à agricultura urbana em ambientes institucionais, como escolas, serviços de assistência social e de saúde, entidades prisionais etc.
Participe - Neste que é o Ano Internacional das Frutas, Legumes e Verduras, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), as experiências registradas no Laboratório fomentarão a elaboração de um conjunto de recomendações relacionadas ao tema.
As experiências registradas no Laboratório poderão receber um certificado de reconhecimento, ter sua iniciativa divulgada em uma publicação, além de ter suas/seus autoras/autores convidados para compartilhar suas vivências no Congresso Internacional, em outubro.
A ficha de inscrição e o edital com todas as informações necessárias para o cadastro de iniciativas estão disponíveis aqui. Mas atenção: o prazo para inscrição termina no dia 31 de agosto.
O novo relatório global do IPCC foi motivo de apreensão na comunidade internacional. Desenvolvido pelos maiores especialistas em mudanças climáticas, ele indica que a temperatura média do planeta tende aumentar 1,5 ºC nas próximas duas décadas, trazendo devastação generalizada.
Pela primeira vez, a entidade quantificou o grau de influência das mudanças climáticas à frequência e à intensidade de eventos extremos, como secas prolongadas, ondas de calor, tempestades e furacões.
Muitas das mudanças descritas são sem precedentes. Algumas estão em andamento agora, enquanto outras — como o aumento contínuo do nível do mar — permanecerão "irreversíveis" por séculos a milênios.
Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, o relatório do IPCC funciona como um alerta vermelho para a humanidade.
A avaliação dos cientistas é baseada em dados aprimorados sobre o aquecimento histórico, bem como sobre o progresso na compreensão científica a respeito das consequências da ação humana.
O novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) liberado hoje (9) fala sobre tendências irreversíveis no que diz respeito à mudança climática global. Pela primeira vez, o IPCC quantificou o grau de influência das mudanças climáticas à frequência e à intensidade de eventos extremos, como secas prolongadas, ondas de calor, tempestades e furacões. Segundo a entidade, que reúne os maiores especialistas no tema, a temperatura média do planeta tende a elevar em 1,5 ºC nas próximas duas décadas, trazendo devastação generalizada.
Com quase mil páginas de extensão e anos de desenvolvimento, o documento sistematiza trabalhos científicos disponíveis sobre a crise climática e projeta o que deve acontecer com o planeta nas próximas décadas. Uma das maiores revelações do relatório é que mudanças climáticas induzidas pelo comportamento humano já estão influenciando em eventos climáticos extremos em todas as regiões do planeta. Os cientistas também estão observando a confirmação de previsões no impacto na atmosfera, nos oceanos, calotas de gelo e na terra.
Um dos pontos de maior destaque na série de estudos publicados pelo IPCC é que muitas das mudanças descritas são sem precedentes. Algumas estão em andamento agora, enquanto outras — como o aumento contínuo do nível do mar — permanecerão "irreversíveis" por séculos a milênios.
Abrindo brecha para a esperança, especialistas do IPCC deixam claro que ainda há tempo para limitar as mudanças climáticas no que de mais devastador elas acarretam. Reduções radicais e constantes nas emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa, por exemplo, poderiam melhorar rapidamente a qualidade do ar. Caso isso seja feito, de 20 a 30 anos as temperaturas globais poderiam se estabilizar.
Para ler o relatório completo em inglês, acesse aqui.
Alerta vermelho - Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, o relatório do IPCC é um alerta vermelho para a humanidade. “O documento deve ser uma sentença de morte para o carvão e os combustíveis fósseis antes que eles destruam o planeta”, disse. Em resposta aos novos dados, Guterres acionou a comunidade internacional a tempo da COP 26, a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU, que acontecerá de 31 de outubro a 12 de novembro na cidade escocesa de Glasgow.
"Os alarmes de emergência estão soando, e a evidência é irrefutável", disse Guterres, assim que o relatório foi liberado. O chefe da ONU também observou que o teto estabelecido no Acordo de Paris, que limita o aumento médio das temperaturas globais até 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais, está "perigosamente próximo".
"Corremos o risco iminente de atingir 1,5 grau no curto prazo. A única maneira de evitar ultrapassar esse limite é com urgência intensificando nossos esforços e perseguindo o caminho mais ambicioso."
Ainda reagindo ao relatório, o chefe da ONU disse que as soluções eram claras. “Economias inclusivas e verdes, prosperidade, ar mais limpo e melhor saúde são possíveis para todos, se respondermos a esta crise com solidariedade e coragem”, resumiu ele.
Guterres também reiterou o papel central da Conferência global em Glasgow, em novembro, a COP26. Na ocasião, todas as nações — especialmente as economias mais prósperas — serão instadas a se juntar à coalizão de emissão zero, e reforçar a promessa de desacelerar e reverter o aquecimento global por meio das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, da sigla em inglês), uma série de diretrizes que detalham os passos de acordo com a realidade de cada país.
O que diz o estudo - Preparado por 234 cientistas de 66 países, o relatório destaca que a ação humana foi responsável por aquecer os sistemas climáticos até níveis sem precedentes em pelo menos 2 mil anos. Em 2019, as concentrações de CO2 na atmosfera estavam mais altas do que em qualquer outro momento durante os últimos dois milênios, e as concentrações de metano e óxido nitroso eram mais altas do que em qualquer momento nos últimos 800 mil anos.
A temperatura da superfície global aumentou em um ritmo mais acelerado desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos em pelo menos dois mil anos. Para exemplificar, o relatório mostra que as temperaturas durante a década mais recente (2011-2020) excederam aquelas do período mais quente de vários séculos, há cerca de 6.500 anos.
Enquanto isso, o nível global médio dos mares aumentou mais rápido desde 1900 do que em qualquer outro século precedente em pelo menos 3 mil anos.
O relatório do IPCC também mostra que as emissões de gases do efeito estufa derivadas de atividades humanas foram responsáveis por um aumento de temperatura de aproximadamente 1.1° entre os anos de 1850 e 1900 e constata que, em média nos próximos 20 anos, a temperatura global deve atingir ou ultrapassar 1,5°C de aquecimento.
O tempo está acabando - Um dos pontos de preocupação imediata levantado pelos cientistas do IPCC é que o aquecimento global, originalmente previsto para 2°C, vai ser extrapolado antes mesmo do fim deste século. A menos que sejam promovidas nas próximas décadas reduções dramáticas e rápidas na emissão de CO2 e de outros gases do efeito estufa, cumprir a meta estabelecida no Acordo de Paris, em 2015, está "fora de alcance".
"Há décadas está claro que a temperatura da terra está mudando, e o papel da influência humana no sistema climático é indiscutível", defendeu a vice-presidente do Grupo de Trabalho I do relatório, Valérie Masson-Delmotte. "Ainda assim, o novo relatório reflete avanços enormes na ciência da atribuição, que se debruça sobre o entendimento do papel da mudança climática na intensificação de eventos climáticos específicos", concluiu.
A avaliação é baseada em dados aprimorados sobre o aquecimento histórico, bem como no progresso na compreensão científica da resposta do sistema climático às emissões causadas pelo homem.
Mudanças extremas - Os especialistas do IPCC revelam que a ação humana afeta todos os principais componentes do sistema, sendo que alguns respondem a essas atividades há décadas e, outros, há séculos. Mudanças extremas documentadas recentemente, como ondas de calor, precipitações pesadas, secas e ciclones tropicais, estão mais recorrentes, e não há dúvidas quanto à atribuição humana desses fenômenos.
Os cientistas também alertam que à medida que avança o aquecimento global as mudanças no sistema climático se acentuam. Isso inclui aumentos na frequência e intensidade de extremos de calor, ondas de calor marinhas e precipitação intensa; secas agrícolas e ecológicas em algumas regiões; a proporção de ciclones tropicais intensos; bem como reduções no gelo do mar Ártico.
O relatório deixa claro que, embora os fatores naturais modulem as mudanças causadas pelo homem, especialmente em níveis regionais e no curto prazo, eles terão pouco efeito no aquecimento global de longo prazo.
Um século de mudanças - As projeções dos cientistas do IPCC indicam que, nas próximas décadas, a mudança climática vai se intensificar em todas as regiões. Ondas de calor crescentes, estações quentes mais longas e estações frias mais curtas acompanharão os 1,5°C de aumento de temperatura. Ao atingir 2°C de aumento de temperatura é provável que a humanidade ultrapasse os limites críticos de tolerância para agricultura e saúde.
Mas as mudanças climáticas não se limitam ao aumento de temperatura. Elas estão intensificando, por exemplo, a produção natural de água. Isso traz chuvas mais intensas e inundações associadas, bem como secas mais drásticas em muitas regiões.
O relatório também alerta que o aumento de temperatura também afeta os padrões de precipitação. Em altas latitudes, é provável que a precipitação aumente, enquanto se prevê que diminua em grandes partes das regiões subtropicais. Além disso, as áreas costeiras verão o aumento contínuo do nível do mar ao longo do século 21, contribuindo para inundações costeiras mais frequentes e severas em áreas baixas e erosão costeira.
Eventos extremos relacionados ao nível dos mares que antes aconteciam uma vez a cada cem anos podem acontecer uma vez ao ano até o fim deste século.
O relatório também indica que o aquecimento adicional ampliará o degelo dos solos congelados, ou permafrost, e a perda da cobertura de neve sazonal, o derretimento das geleiras e mantos de gelo e a perda do gelo marinho do Ártico no verão.
As mudanças nos oceanos, incluindo o seu aquecimento, ondas de calor marítimo mais frequentes, a acidificação das águas e a redução dos níveis de oxigênio afetam tanto esses ecossistemas quanto as pessoas que dependem dele, e vão progredir até pelo menos o fim deste século.
Além disso, o relatório alerta que a ocorrência de eventos de baixa probabilidade, como o colapso do manto de gelo ou mudanças abruptas na circulação do oceano, não podem ser descartados.
Cidades em risco - Os especialistas do IPCC alertam que para as cidades alguns aspectos das mudanças climáticas serão intensificados, incluindo o calor, alagamentos devido à chuva e aumento dos níveis do mar em comunidades costeiras.
A respeito do que pode ser feito para limitar as mudanças climáticas em seus efeitos devastadores, o vice-presidente do Grupo de Trabalho I do IPCC, Panmao Zhai, é taxativo:
“A estabilização do clima exigirá reduções fortes, rápidas e sustentadas nas emissões de gases de efeito estufa e alcançar emissões líquidas zero de CO2. Limitar outros gases de efeito estufa e poluentes do ar, especialmente o metano, pode trazer benefícios tanto para a saúde quanto para o clima.”
O relatório explica que, da perspectiva das ciências físicas, limitar o aquecimento global induzido pelo homem a um nível específico requer a limitação das emissões cumulativas de dióxido de carbono, atingindo pelo menos zero emissões líquidas de CO2, junto com fortes reduções em outras emissões de gases de efeito estufa.
“Reduções fortes, rápidas e consistentes nas emissões de metano também limitariam o efeito de aquecimento resultante do declínio da poluição por aerossol”, destacam os cientistas do IPCC.
Sobre o IPCC - O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima é o organismo da ONU promotor da ciência relacionada às mudanças climáticas. Ele foi criado em 1988 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) para equipar líderes políticos com avaliações científicas periódicas sobre as mudanças climáticas, suas implicações e riscos, bem como a proposição de estratégias de adaptação e mitigação.
No mesmo ano, a Assembléia Geral da ONU endossou a ação da OMM e do PNUMA quando os 195 estados-membros estabeleceram conjuntamente o IPCC.
Milhares de pessoas de todo o mundo contribuem para o trabalho do IPCC. Para os relatórios de avaliação, cientistas do painel disponibilizam o seu tempo para estudar o milhares de artigos científicos publicados todos os anos capazes de contribuir com uma compilação sobre o que sabemos a respeito da mudança climática e quais são suas causas, impactos e riscos, além de sinalizar como a adaptação e mitigação podem reduzi-los.
HOJE FOI DIVULGADO UM NOVO RELATÓRIO DO IPCC SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. ENTENDA O QUE É O IPCC E SEUS RELATÓRIOS:
"Desde sua criação, em 1988, pelas Nações Unidas (ONU), o IPCC
(Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) , produziu
cinco grandes relatórios e vários documentos complementares importantes.
Composto por 195 países, entre eles o Brasil, o IPCC recebe a contribuição
voluntária de cientistas de todo o mundo como autores, contribuidores e
revisores de seus relatórios. A compilação científica que o IPCC faz em seus
relatórios é fruto do trabalho de milhares de pesquisadores em muitas áreas de
pesquisa que contribuem com dados, análises e modelagens em todo o planeta.
Dentre as conclusões apresentadas nos seus diversos documentos, destaca-se a
atribuição clara e forte do papel das emissões antropogêncicas nas mudanças
climáticas, e o enorme esforço que a sociedade terá que fazer para reduzir
emissões e se adaptar ao novo clima. Os impactos socio-economicos da mudança
climática serão elevados, particularmentes nos países em desenvolvimento. O
potencial de aumentar as desigualdades sociais e econômicas em nosso planeta é
grande."
"O IPCC consiste em três Grupos de Trabalhos. O Grupo de Trabalho I é responsável pelas análises das bases físicas e científicas das mudanças do clima; o Grupo de Trabalho II pelo impacto da mudança do clima na sociedade e ecossistemas, adaptação e vulnerabilidade; e o Grupo de Trabalho III analisa as estratégias de mitigação das mudanças climáticas. Os últimos relatórios do IPCC dos 3 grupos de trabalhos são de livre acesso e podem ser acessados no site https://www.ipcc.ch. (IPCC) "
O Brasil vem sofrendo com os
extremos climáticos com: aumento de chuvas e enchentes, desertificação do
Nordeste, danos a área costeira, degradação da floresta amazônica, ondas de calor e
muitas outras consequências. Com estes desequilíbrios climáticos a infraestrutura
urbana das cidades brasileiras sofrem pois, cerca de quase 90% da população se
concentra hoje no Brasil, em áreas urbanas. As enchentes, tempestades e furacões, com precipitações de
chuvas de forma torrencial em poucos minutos alagam cidades. Vetores de epidemias aumentam (a dengue, a chikungunya, o zika vírus e a febre amarela, responsáveis por epidemias sazonais). Os mais pobres
continuam sendo os mais atingidos pelas consequências destas mudanças e
extremos climáticos. As secas afetam a agricultura, a produção de alimentos. Há
que se implantar de forma urgente novas tecnologias de geração de energias
limpas, sustentáveis.
Nosso
Jornal Oecoambiental, vem trabalhando plantando árvores. Procurando sensibilizar
as pessoas, instituições, governos a agirem o quanto antes para cada um de nós
fazermos nossa parte, somando ações, visando reduzir as emissões de CO2 na
atmosfera.
A gravidade socioambiental dos extremos climáticos é que geram inúmeras consequências, que atingem populações de formas variadas (seja agravando problemas de saneamento básico, econômicos, sociais, de saúde pública, em todos os segmentos da sociedade) e por vezes simultâneos. É preciso que todos possamos nos conscientizar e agir com os princípios da precaução, com planejamento, metas a serem alcançadas pela sociedade. Evitar danos maiores e que possam ser revertidos. A pior atitude neste contexto é esperar as estatísticas globais se agravarem à cada dia.
Os problemas e conflitos socioambientais causados pelo aquecimento da Terra necessitam da mobilização e participação de todos os segmentos da sociedade para que não alcancem o estágio de serem irreversíveis. O tempo de resposta de restaruração de ecossistemas, da natureza, é muito mais longo do que "fechar uma torneira em casa" para evitar o desperdício de água. A pandemia que o mundo enfrenta agora, quanto tempo está demandando para ser controlada? E para ser revertida é necessário a responsabilidade de todos para evitar sua propagação. Recompor perdas de espécies da fauna e flora leva tempo. A velocidade com que alguns derrubam árvores não é a mesma que as fazem brotar quando se planta. O que não é mais permitido a espécie humana é cruzar os braços e transferir para poucos o que é obrigação e dever de todos: cuidar e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações, como prevê o Artigo 225 da Constituição brasileira. A resposta na natureza quando plantamos uma árvore é renovar nossas energias. Plantar significa cuidar. Perceber o ciclo da vida. Valorizar os bens naturais que mantêm nossa espécie humana ainda merecendo habitar o Planeta Terra.
É
preciso que a sociedade civil se conscientize que só as ações governamentais,
que poderiam ser mais rápidas, não conseguirão isoladamente contribuir para a meta de redução e das "emissões zero de C02". É preciso uma ampla mobilização de toda a sociedade para
vencermos este grande desafio.
A sociedade civil deve assumir seu papel de protagonista na solução dos conflitos socioambientais provocados pelo aquecimento global. É preciso que haja investimento, que os recursos cheguem de fato a quem se propõe a plantar árvores, despoluir oceanos, produzir novas tecnologias limpas, e para um amplo trabalho de educação socioambiental que é necessário ser realizado para vencer esta crise global.
Convidamos as pessoas e instituições a plantarem
árvores: muitas árvores. A ação local de plantar o maior número possível de árvores é fundamental e soma-se as ações globais em defesa da vida. Estamos procurando fazer a nossa parte. Por isto, criamos um projeto de plantio de árvores. Dentre muitos que existem. Venham plantar árvores conosco através de nosso Projeto Replantar, as
informações de como participar do plantio de árvores, estão em nosso site: www.oecoambiental.eco.br . Vamos
somar forças e agir juntos para reverter as emissões de CO2 o quanto antes. Agir em defesa de uma melhor
qualidade de vida e conquista de um meio ambiente mais saudável para todos.