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sexta-feira, 15 de outubro de 2021
OMS - SOLICITA OPORTUNIDADES MAIS JUSTAS DE ACESSO ÀS ATIVIDADES FÍSICAS SEGURA S
QUALIDADE DE VIDA PARA TODOS
O relatório responde ao apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres, para que a comunidade global implemente soluções eficazes, especialmente para apoiar crianças, idosos e pessoas com deficiência rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos tomadores de decisão nos setores de saúde, esporte, educação e transporte para ampliar urgentemente a oferta de programas e serviços mais inclusivos e ambientes mais seguros que promovam a atividade física em todas as comunidades. O novo documento de apoio da Organização, “Fair Play: Building a strong physical activity system for more active people”, explica como isso pode acontecer.
“Há uma necessidade urgente de proporcionar às pessoas melhores oportunidades de viver uma vida ativa e saudável. Hoje, a possibilidade de as pessoas participarem de atividades físicas é desigual e injusta. Essa desigualdade só piorou durante a pandemia de COVID-19”, disse Zsuzsanna Jakab, diretora-geral adjunta da OMS.
“É por isso que a OMS está intensificando ações com seus parceiros em todo o mundo para enfrentar as principais barreiras que impedem as pessoas de se tornarem mais ativas e saudáveis.”
Até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse mais ativa. No entanto, muitos vivem em áreas com pouco ou nenhum acesso a espaços onde possam caminhar, correr, andar de bicicleta ou praticar outras atividades físicas com segurança. Onde existem oportunidades, elas podem não ter sido desenvolvidas para atender às necessidades de pessoas idosas ou com deficiência.
As estatísticas da OMS revelam que um em cada quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam atividade física suficiente. As mulheres são menos ativas do que os homens, com uma diferença de mais de 8% a nível global (32% homens e 23%, mulheres). Os países de alta renda são mais inativos (37%) em comparação com os países de média renda (26%) e os de baixa renda (16%).
O documento de apoio Fair Play está sendo lançado durante o webinar final da OMS em uma série convocada para discutir o impacto da COVID-19 no esporte e na atividade física. O documento destaca os principais desafios e oportunidades de como os países podem construir um sistema esportivo e de atividade física mais justo, e pede a todos os parceiros que fortaleçam as colaborações e apoiem os países a escalar ações para promover a atividade física em todas as suas formas, para todas as idades e habilidades.
Fiona Bull, chefe da Unidade de Atividade Física da OMS, disse que o relatório “é informado pelas percepções e experiências, e está de acordo com as políticas da OMS. Ele fornece mensagens claras a todos os que trabalham para criar uma sociedade mais ativa sobre o que precisamos fazer. A OMS está convocando as indústrias, a sociedade civil e os governos, bem como as agências da ONU, para construir uma visão comum para a criação de sociedades mais ativas por meio do esporte, caminhadas, ciclismo e jogos.”
Existem três ações principais para ajudar a aumentar a participação: (1) parcerias mais fortes entre os setores para fornecer programas, serviços e ambientes seguros eficazes que envolvam e apoiem todos a serem ativos; (2) estruturas de governança e regulamentos mais fortes para garantir que os ambientes apoiem a atividade física segura e programas inclusivos e esportes; e (3) mecanismos de financiamento mais amplos, profundos e inovadores para construir um sistema forte e sustentável que pode fornecer atividade física e esportes para todas as idades e habilidades.
Mais informações - Fair Play: Building a strong physical activity system for more active people é um documento de apoio que pede ações urgentes. Responde ao apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres, para que o esporte e a atividade física ampliem sua contribuição aos esforços globais para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e seu apelo à comunidade global para se unir e trabalhar em conjunto para implementar o soluções eficazes delineadas no plano de ação global sobre atividade física 2018-2030 em todos os países, especialmente para apoiar crianças, idosos e pessoas com deficiência.
Soluções que funcionam incluem campanhas comunitárias sustentadas, programas inclusivos em comunidades locais e ambientes mais seguros que apoiam mais caminhadas e ciclismo para todos.
Para ser eficaz, a comunidade global deve abordar as principais barreiras que limitam o progresso global, a saber: 1. uso inadequado e ineficiente de recursos; 2. políticas, leis e marcos regulatórios insuficientes; e 3. um sistema fragmentado de entrega de políticas, parcerias e implementação.
As diretrizes da OMS recomendam que todos sejam regularmente ativos para obter benefícios para a saúde física e mental. Os adultos devem fazer pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana e crianças e adolescentes uma média de 60 minutos por dia.
A OMS incentiva os países a implementarem as ações políticas delineadas no plano de ação global da OMS sobre atividade física 2018-2030 para atingir a meta de um aumento da atividade física em 15% até 2030.
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
MEIO AMBIENTE SAUDÁVEL RECONHECIDO COMO DIREITO HUMANO
CONSELHO DA ONU DECLARA MEIO AMBIENTE SAUDÁVEL COMO DIREITO HUMANO
A resolução foi proposta por Costa Rica, Maldivas, Marrocos, Eslovênia e Suíça e passou com 43 votos a favor e 4 abstenções, da Rússia, Índia, China e Japão.
A decisão foi considerada um "marco para a justiça ambiental" e um "passo importante" para a construção de um planeta mais saudável e seguro.
Após a aprovação em Genebra, a questão agora vai para a Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, para mais considerações.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU reconheceu, pela primeira vez, que ter o meio ambiente limpo, saudável e sustentável é um direito humano. O texto, proposto pela Costa Rica, Maldivas, Marrocos, Eslovênia e Suíça, passou com 43 votos a favor e com 4 abstenções da Rússia, Índia, China e Japão.
Com a decisão, o Conselho pediu aos Estados em todo mundo que trabalhem em conjunto e com outros parceiros para implementar esse novo direito reconhecido.
Ao mesmo tempo, por meio de uma segunda resolução (48/14), o Conselho também aumentou o seu foco no impacto da mudança climática nos direitos humanos ao estabelecer um relator especial dedicado a essa questão específica.
A deliberação veio semanas antes da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 26, que vai acontecer no começo de novembro em Glasgow.
‘Ação ambiciosa’ - Em uma declaração, a alta-comissária de direitos humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, solicitou aos Estados-membros que tomem medidas ambiciosas para que o direito a um meio ambiente saudável tenha efeito imediato e real.
Bachelet falou que espera esse passo há algum tempo e está “grata” que a decisão “reconheceu claramente a interconexão entre a degradação do meio ambiente e as mudanças climáticas com a crise dos direitos humanos”.
“Uma ação ambiciosa agora é necessária para garantir que a decisão sirva como um impulso para a transformação de políticas econômicas, sociais e ambientais que vão proteger as pessoas e a natureza”, acrescentou.
Na abertura da sessão atual do Conselho de Direitos Humanos, a alta-comissária descreveu a tripla ameaça global da mudança climática, poluição e perda de biodiversidade como sendo o maior desafio de direitos humanos da nossa era.
A nova resolução reconheceu o dano causado pela mudança climática e pela destruição do meio ambiente nas milhares de pessoas em todo mundo. Também sublinhou que os segmentos da população mais vulneráveis são os mais seriamente afetados.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 24% das mortes no mundo, cerca de 13.7 milhões de mortes por ano, estão ligadas ao meio ambiente, devido a riscos como a poluição do ar e a exposição a químicos.
A questão agora vai para a Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, para mais considerações.
Esforço de longas décadas - Após a aprovação da decisão, Michelle Bachelet homenageou os esforços de diversas organizações da sociedade civil, incluindo grupos jovens, instituições nacionais de direitos humanos, organizações de indígenas, empresas e vários outros.
A alta-comissária também apontou que um número inédito de defensores dos direitos humanos foram mortos ano passado e pediu aos Estados-membros que tomem medidas severas para protegê-los e empoderá-los.
“Nós precisamos aproveitar esse momento para ir além da falsa separação entre a ação ambiental e a proteção dos direitos humanos. Está claro que nenhum dos dois objetivos será alcançado sem o outro”, afirmou.
A embaixadora da Costa Rica, Catalina Devandas Aguilar, uma das responsáveis pela resolução, manifestou que a decisão vai “enviar uma mensagem poderosa às comunidades em todo mundo que lutam contra as dificuldades climáticas de que eles não estão sozinhos”.
A diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) celebrou a decisão. “A adoção de uma resolução sobre o direito a um ambiente limpo, saudável e sustentável pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU é um marco decisivo para a justiça ambiental”, disse Inger Anderson.
Segundo ela, este direito tem suas raízes na Declaração de Estocolmo de 1972. “Cinco décadas depois, é muito encorajador vê-lo formalmente reconhecido mundialmente por meio de uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU” ,comemorou a chefe de meio ambiente da ONU.
Para o PNUMA, esse é um passo importante na construção do planeta como um lar seguro e justo para todos.