segunda-feira, 8 de novembro de 2021

MUDANÇAS CLIMÁTICAS FAZEM AUMENTAR DESLOCAMENTOS FORÇADOS E MIGRAÇÕES

 

FONTE: ONU - BRASIL

   Mais de 30,7 milhões de novos deslocamentos foram registrados em 2020 devido a desastres relacionados ao clima. Os desastres ambientais já provocaram três vezes mais deslocamentos do que conflitos e violência. Eles também acentuam tensões e podem impulsionar conflitos

Enquanto a COP26 acontece na Escócia, a Agência da ONU para Refugiados, o ACNUR, chama atenção para a relação entre deslocamento e clima e pede a líderes mundiais que ajudem as comunidades e governos que enfrentam os piores impactos das mudanças climáticas e que menos contribuíram para a crise em seus esforços de adaptação.

Legenda: Incêndios florestais devido à seca exaurem os moradores da área em torno do campo de Mbera, na Mauritânia
Foto: © Colin Delfosse/ACNUR

Cerca de 80% das pessoas forçadas a se deslocar no mundo têm como origem países que estão entre os que mais sofrem as consequências das mudanças climáticas. Pessoas deslocadas à força estão na linha de frente da emergência climática. À medida que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) segue em andamento, em Glasgow, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) alerta que ao redor do mundo o custo humano da crise climática já está sendo sentido, levando ao deslocamento forçado e tornando a vida mais difícil para aqueles que já são forçados a deixar seus locais de origens.

Segundo dados da organização, lançados no painel deslocados na linha de frente da emergência climática, o aquecimento global impulsiona o deslocamento forçado. Mais de 30,7 milhões de novos deslocamentos foram registrados em 2020 devido a desastres relacionados ao clima. Os desastres ambientais já provocaram três vezes mais deslocamentos do que conflitos e violência. Além disso, milhões de pessoas refugiadas vivem em áreas vulneráveis às mudanças climáticas, como inundações e tempestades, e não dispõem dos recursos necessários para se adaptar aos ambientes cada vez mais hostis. 

Mauritânia e Mali - Um exemplo dessa situação acontece em países africanos na região do Sahel. Antes da COP26, o conselheiro especial do ACNUR para ação climática, Andrew Harper, foi à Mauritânia e visitou o Lago Mahmouda e o campo de refugiados de Mbera, localizado a cerca de 60 quilômetros da fronteira com o Mali.

Durante sua visita, pessoas refugiadas, mauritanos e autoridades locais lhe relataram como as mudanças climáticas transformaram a região, levando comunidades já vulneráveis ​​à pobreza e à insegurança alimentar.

“As pessoas que vivem ao redor do lago não apenas fugiram do conflito em seu país, mas também de um clima que está se tornando cada vez mais hostil em seu impacto – onde os lagos em que costumavam pescar agora desapareceram. Eles sabem melhor do que ninguém que o tempo está se esgotando e precisamos agir agora”, afirmou Harper.

O conselheiro especial pediu aos líderes mundiais que ajudem as comunidades e governos que enfrentam os piores impactos das mudanças climáticas que menos contribuíram para a crise e têm a menor capacidade de adaptação, ou correm o risco de mais conflitos causados ​​pelo clima e deslocamento.

Ele pediu para os países mais desenvolvidos que “tentem encontrar soluções e recursos tão necessários para governos e comunidades que estão sendo injustamente afetados pela crise climática. Precisamos também investir na paz e não esperar o conflito estourar.”

Harper também apelou a esforços conjuntos para fazer rápido progresso na Grande Muralha Verde – uma iniciativa de reflorestamento que visa aumentar uma barreira de 8 mil quilômetros de comprimento para combater a degradação ambiental e a seca no Sahel – que também passará pela área do Lago Mahmouda.

“Esse projeto precisa ser implementado agora, não há tempo a perder”, defendeu Harper. “Precisamos desenvolver as capacidades dos respectivos ministérios e nos envolver com as comunidades pelas quais a Grande Muralha Verde passará”.

Subsistência em risco - Yahya Koronio Kona sentiu pela primeira vez o efeito das mudanças climáticas em seu sustento em 2013, depois que o lago Faguibine no Mali, localizado próximo de sua cidade natal, Goundam, secou por completo, evaporando desde a década de 1970 devido a longos períodos de estiagem. Ele se mudou para outra cidade, onde surgiram tensões entre as comunidades locais e os recém-chegados à medida que a demanda por recursos limitados em um ambiente em rápida deterioração se tornava insustentável.

Yahya Koronio Kona pesca nas águas do Lago Mahmouda
Legenda: O pescador malinês Yahya Koronio Kona tem o Lago Mahmouda, na Mauritânia, como fonte de sustento. Mas as águas do lado estão encolhendo continuamente devido ao clima cada vez mais severo
Foto: © Colin Delfosse/ACNUR

Ataques armados, hostilidade e a falta de proteção na região o forçaram a se mudar mais ao sul, onde a situação era muito volátil e ele acabou cruzando a fronteira para a Mauritânia em 2019, estabelecendo-se nas margens do lago.

Milhões de malianos abandonaram suas terras e casas quando lagos como Faguibine, Kamangou e Gouber secaram, deixando-os sem meios de cultivar, pescar ou criar gado. Somado à contínua insegurança no país – e na maior parte do Sahel – milhões de malianos cruzaram a fronteira para a Mauritânia e outros países vizinhos, incluindo Níger e Burkina Faso.

Enquanto Yahya esperava melhores perspectivas no lado da Mauritânia, ele agora enfrenta outra situação preocupante: o Lago Mahmouda está secando e encolhendo continuamente devido ao clima cada vez mais severo.

Cerca de 90% do território da Mauritânia encontra-se no Deserto do Saara, tornando-o particularmente vulnerável aos efeitos da desertificação causada por longos períodos de seca e diminuição das chuvas. A estação chuvosa deste ano, que normalmente começa em junho e vai até setembro, foi de poucas chuvas.

“Pescar é tudo que eu sei fazer. É o que me ensinam desde que era menino. Estou preocupado que o lago seque caso não chova logo. Não sei o que vamos fazer”, conta Yahya.

Seus conterrâneos do Mali – cerca de 1.200 vivem à beira do lago – concordam que a situação só vai piorar à medida que mais compatriotas chegarem, elevando a pressão sobre os recursos já escassos, compartilhados com as comunidades da Mauritânia, a maioria nômades que mantêm grandes rebanhos de gado perto do lago.

Yahafzou Ould Haiballa, 57, um pastor mauritano da vila vizinha de Suleyman, costuma passar pela vila de pescadores enquanto leva seu gado para pastar e beber do lago. Nascido e criado na região, ele viu a população crescer, especialmente desde 2015, quando o primeiro grupo de pescadores do Mali chegou. “Vivi aqui toda a minha vida e nunca vi uma situação tão ruim. Vivemos com os malianos há muito tempo e nos tornamos como irmãos”, relata.

Como Yahya, Yahafzou se preocupa com as mudanças climáticas. Para ele “as coisas vão piorar e este lago pode desaparecer se as chuvas não vierem”.

À medida que a crise climática se agrava e mais malianos entram no país, a necessidade de garantir seus meios de subsistência para seu bem-estar e sua permanência no país de maneira digna e sustentável é crítica.

Investimentos - Para Andrew Harper, ao aumentar os investimentos em áreas como viveiros de árvores e uso de energia renovável, as populações que atualmente obtêm renda com a destruição da frágil cobertura de árvores terão um futuro mais digno e sustentável devido aos investimentos na preservação de ambientes frágeis que estão sob ameaça.

Por um momento, a pequena vila de pescadores de Yahya ganha vida quando as caixas de peixes da pesca do dia são carregadas em um pequeno caminhão que fará o seu caminho para os mercados locais e, possivelmente, através da fronteira com o Mali. O que quer que seja feito, será uma fonte de alívio de curto prazo para os moradores.

Yahya sente falta de sua vida em casa, onde, antes da seca, tinha um fluxo constante de renda com a pesca, sua pequena fazenda e, o mais importante, paz. Por enquanto, ele só quer se concentrar na construção de um futuro mais seguro.

“Rezo para que chova logo para que possamos continuar pescando e cuidar de nossas famílias. Enquanto tivermos paz e comida, seremos felizes”, declara

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

COMUNIDADE ESCOTEIRA PRESENTE NA COP 26



Delegação de Escoteiros na COP 26 - Foto: divulgação

   Nesta semana, o mundo todo está atento à #COP26, 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que está sendo realizada em Glascow, na Escócia, e é claro que a comunidade escoteira está marcando presença! 

  Liderada por Bear Grylls, a delegação de escoteiros presente na Conferência busca defender os interesses da comunidade escoteira mundial e dos jovens escoteiros ao redor do globo referente a ações de combate às Mudanças Climáticas.

  Durante os 12 dias de evento, nossos representantes irão se reunir com líderes mundiais, empresários e governantes para discutir maneiras de assegurar o futuro do nosso planeta e, consequentemente, do Escotismo.

 Através da iniciativa #PromiseToThePlanet, eles buscam apresentar nossas ações aos participantes da conferência para mostrar que os escoteiros estão comprometidos com o planeta e prontos para trabalhar juntos por um mundo melhor.

 Que tal contribuir e também fazer a sua promessa ao planeta? Acesse https://bit.ly/COP26Escoteiros

Fonte: Escoteiros do Brasil


quinta-feira, 4 de novembro de 2021

VIGILÃNCIA CONTINUA DIZ OPAS, CASOS DE COVID-19 DIMINUEM NAS AMÉRICAS


Fonte: ONU - BRASIL - OPAS- OMS

   Os países das Américas devem permanecer vigilantes, acelerar o acesso equitativo às vacinas e dar continuidade às medidas de saúde pública até que todos estejam protegidos, de acordo com o subdiretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Jarbas Barbosa.

   A OPAS tem trabalhado com os países para fornecer vacinas, capacitar profissionais de saúde, garantir o acesso à vacinação, melhorar a capacidade da rede de frio, implementar estratégias de comunicação e superar desafios com o fornecimento de seringas e diluentes.

vacinação covid-19
Legenda: Pelo menos 32 países da região já alcançaram a meta da OMS de 40% de cobertura vacinal até o final de 2021
Foto: © CDC

   Embora a tendência de queda nos casos e mortes continue em grande parte das Américas pela oitava semana consecutiva, o subdiretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Jarbas Barbosa, advertiu que “o progresso em nossa região não é razão para se tornar complacente ou descontinuar as medidas de saúde pública que ajudam a nos manter seguros.”

“É fundamental para todos nós mantermos o curso até que todos estejam vacinados e protegidos do vírus”, disse Barbosa durante coletiva de imprensa da OPAS sobre COVID-19.

   Na última semana, os países notificaram mais de 745 mil novas infecções por COVID-19 e pouco mais de 18 mil mortes. Os Estados Unidos, Canadá e México registraram quedas nos casos e mortes e houve quedas semelhantes na maioria dos países da América Central e do Sul.

  O subdiretor relatou que, graças aos fortes sistemas de imunização da região, 1,2 bilhão de doses da vacina contra a COVID-19 foram administradas e 46% da população geral está agora totalmente vacinada.

   Pelo menos 32 países da região já alcançaram a meta da OMS de 40% de cobertura vacinal até o final de 2021, e vários outros estão a caminho. No entanto, muitos continuam enfrentando atrasos e a cobertura no Haiti, Nicarágua, Jamaica, São Vicente e Granadinas e Guatemala permanece abaixo de 20%.

“A iniquidade da vacina continua sendo a maior barreira para atingir nossas metas de cobertura”, afirmou Barbosa. Medidas de saúde pública são, portanto, “nossa melhor estratégia para reduzir a transmissão da COVID-19 e salvar vidas”.

   Para enfrentar a desigualdade, espera-se que a distribuição de vacinas do COVAX acelere nas próximas semanas. O mecanismo, com apoio do Fundo Rotatório da OPAS, já entregou 64,3 milhões de doses para a região.

   À medida que mais vacinas ficam disponíveis, Barbosa pediu aos países que sigam as orientações mais recentes do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE) da OMS para garantir que os imunizantes cheguem aos braços daqueles que mais precisam.

 Embora essas decisões dependam, em última análise, de cada país, “devem sempre ser baseadas em evidências, equidade e no compromisso de proteger os mais vulneráveis”, ressaltou o subdiretor da OPAS.

   O SAGE recomenda que, quando a disponibilidade da vacina é baixa, os idosos, os trabalhadores da linha de frente e as pessoas com doenças pré-existentes devem ser priorizados.

“Uma vez que aqueles em maior risco estão protegidos, o próximo passo é imunizar uma alta porcentagem da população adulta. Só depois disso os países devem considerar a vacinação de grupos mais jovens”, disse Barbosa.

O SAGE também recomenda atualmente que uma dose de reforço seja fornecida apenas para aqueles que são imunocomprometidos e pessoas com mais de 60 anos que receberam uma vacina de vírus inativado, como Sinovac ou Sinopharm.

   Como a maioria dos países da região ainda carece de doses de vacina suficientes, é fundamental seguir a orientação de especialistas e maximizar o impacto das doses disponíveis.

   A vacinação combinada com medidas eficazes de saúde pública constitui a melhor estratégia para reduzir a transmissão da COVID-19 e salvar vidas, acrescentou Barbosa. Elas “estabelecem a melhor base para os países reduzirem a circulação do vírus e, eventualmente, colocarem suas economias e sociedades de volta aos trilhos”.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

JORNAL OECOAMBIENTAL E SUA PARTICIPAÇÃO NAS AÇÕES CLIMÁTICAS DE EMISSÃO ZERO DO PNUMA - ONU



AÇÕES CLIMÁTICAS 
"A ação climática é uma tarefa para todos nós. E isso diz respeito a todos nós. Ninguém pode fazer tudo sozinho - mas podemos fazer isso juntos. É por isso que devemos nos manifestar para que mais pessoas ajam e pressionem por uma ação corporativa e política em linha com o Acordo de Paris . Falar é uma forma de multiplicar seu impacto e criar mudanças em uma escala muito maior. Apele aos líderes. Incentive as empresas a correrem para zero. Traga família, amigos e colegas a bordo. Deixe sua voz ser ouvida no debate público." (PNUMA)

"Os impactos climáticos são generalizados, rápidos e se intensificam. Conferência das Partes de novembro de 2021 (COP 26) para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, sediada pelo Reino Unido em parceria com a Itália, em Glasgow, Reino Unido, é uma chance para líderes de todos os países do mundo fazerem de 2021 o ponto de inflexão necessário para tomada de medidas sobre a emergência climática." (PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente)
(

   O Jornal Oecoambiental acompanhando os debates da COP 26,  dentro das ações que cada pessoa, comunidades e instituições podem adotar para combater as consequências das mudanças climáticas,  vem divulgar que estamos engajados nas campanhas de “Ações Climáticas” incentivadas pelo PNUMA ( Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) de zero emissões, através de nosso Projeto Replantar.

 A principal ação e contribuição de “Ações Climáticas”  do Jornal Oecoambiental   é seguir com nossa campanha de plantio de árvores através do Projeto Replantar, juntamente com nosso trabalho de educação socioambiental, sobre a importância de valorização do meio ambiente visando à conquista da sustentabilidade.

   Nossa meta inicial de plantar oito mil árvores continua. E cada vez que plantamos as árvores, procuramos ouvir e incentivar as pessoas e comunidades a se engajarem nas “Ações Climáticas” de: valorização do meio ambiente, de implantação de tecnologias limpas, energia solar, eólica,  renováveis; na gestão sustentável de resíduos sólidos; na melhoria da qualidade de vida através do consumo de alimentos sem agrotóxicos; na despoluição de rios, lagos, oceanos; na proteção e preservação de áreas verdes, nascentes, matas ciliares, parques, florestas, áreas de proteção ambiental; na educação socioambiental;  no plantio de árvores; na educação para o consumo sustentável e na divulgação das possíveis “Ações Climáticas” que o PNUMA orienta que possam ser realizadas.

   Acreditamos na união e valorização dos seres humanos para a conquista de sociedades sustentáveis, de emissões zero.

  Que possamos seguir divulgando as boas “Ações Climáticas” que  podemos realizar em benefício de todos, pois todos nós estamos interligados através do meio ambiente.

  Agradecemos aos nossos parceiros e convidamos pessoas e instituições a se tornarem novos parceiros (as), se unirem às nossas “Ações Climáticas” apoiando nosso Projeto Replantar de plantio de árvores com atitude e criatividade.

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