https://www.youtube.com/watch?v=3eNiL-pTN4U
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
O MUNDO NECESSITA DE AJUDA HUMANITÁRIA - ONU ESTIMA CRESCIMENTO DE 17% NAS NECESSIDADES DE AJUDA HUMANITÁRIA EM 2022
Fonte: ONU - BRASIL
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou que um total de 274 milhões de pessoas ao redor do mundo vão precisar de ajuda humanitária e proteção em 2022, um aumento de 17% em relação a 2021.
A proposta de ação humanitária para o próximo ano inclui 37 planos de respostas em 63 países. É estimado que um valor de 41 bilhões de dólares será necessário para atingir as 183 milhões de pessoas mais necessitadas.
A crise climática, os conflitos em diversas partes do mundo e a pandemia da COVID-19 são os principais fatores que agravam as necessidades humanitárias e a fome em diversos locais.
O chefe do OCHA, Martin Griffiths, disse que o total equivale à população do quarto país mais populoso do mundo - a Indonésia - no lançamento do Panorama da Ação Humanitária Global para 2022, em Genebra.
O documento, publicado anualmente pelas Nações Unidas e parceiros, inclui 37 planos de respostas em 63 países.
Os mais vulneráveis são os mais impactados - Griffiths afirmou que a crise climática está atingindo primeiro e mais gravemente as populações mais vulneráveis. Além disso, conflitos prolongados se agravaram e a instabilidade piorou em diversas partes do mundo, particularmente, na Etiópia, em Myanmar e no Afeganistão. Por último, a pandemia da COVID-19 continua a impulsionar crises humanitárias em diversos locais.
“Meu objetivo é que esse apelo global possa restaurar de alguma forma a esperança em milhões de pessoas, que precisam desesperadamente de ajuda”, afirmou o chefe da ação humanitária da ONU.
Extrema pobreza aumenta - De acordo com o relatório, mais de 1% da população mundial está deslocada e a extrema pobreza voltou a crescer.
Em muitas crises, mulheres e meninas sofrem ainda mais, já que desigualdades de gênero e riscos de proteção se intensificam.
O chefe do OCHA apontou ainda que há 45 milhões de pessoas, em 43 países, com risco de fome.
Para impedir a fome global e para enfrentar as principais ameaças de inseguridade alimentar (conflito, crise climática, COVID-19 e crise econômica), cerca de 120 organizações da sociedade civil - sendo que quase 100 delas se localizam em países extremamente afetados pela fome - publicaram um pedido conjunto aos líderes para que financiam completamente as respostas humanitárias.
Países cobertos - No topo da lista dos países que necessitam de ajuda estão países como Afeganistão, Síria, Iêmen, Etiópia, Sudão, Sudão do Sul, Somália, Nigéria, Mianmar.
O único país de língua portuguesa com um Plano de Resposta Humanitária a ser coberto é Moçambique, com cerca de 1,5 milhão de pessoas que necessitam de ajuda. A resposta humanitária quer alcançar 1,2 milhão de pessoas com 388,5 milhões de dólares.
Na América Latina, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras e Venezuela também estão na lista dos países cobertos.
Um ano de desafios e conquistas - Em 2021, graças a doações generosas, o sistema humanitário superou o desafio e entregou comida, medicamentos, ajuda médica e outras assistências essenciais a 107 milhões de pessoas - 70% do objetivo total.
Martin Griffiths destacou que, no Sudão do Sul, mais da metade das pessoas foram retiradas do risco de fome e, no Iêmen, a ajuda médica foi entregue a 10 milhões de pessoas. Ele também sublinhou que agências humanitárias nunca deixaram o Afeganistão, mesmo com a tomada de poder pelo Talibã em agosto. Segundo ele, os trabalhadores humanitários têm um programa de ação para 2022, três vezes maior que o realizado esse ano por conta da necessidade crescente.
A ajuda pode fazer a diferença - O chefe do OCHA agradeceu aos doadores e aos Estados-membros que, até agora em 2021, providenciaram mais de 17 bilhões de projetos incluídos no Panorama da Ação Humanitária Global, mesmo com a crise econômica instaurada pela pandemia.
Entretanto, ele reiterou que “não é muito dinheiro quando comparado ao necessário”. O financiamento continua em menos da metade do solicitado pela ONU e pelas organizações parceiras.
“A ajuda importa e faz toda a diferença, mas não é uma solução, como nós vemos no Afeganistão. Assistência não é a cura, não é a forma de estabilizar as sociedades. Não substitui a ajuda ao desenvolvimento, o financiamento da sociedade e da economia. É um extra, um salva-vidas. Nós temos consciência que não vamos receber os 41 bilhões de dólares, mas nós tentamos mesmo assim e recebemos aquilo que conseguimos”, explicou Griffiths
CURSOS GRATUITOS LANÇADOS PELA FAO SOBRE AGRICULTURA FAMILIAR
Fonte: ONU - BRASIL
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou dois cursos de capacitação em agricultura familiar . O conteúdo é parte do encerramento do projeto Semeando Capacidades, série de atividades desenvolvidas em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR) da Colômbia.
Durante dois anos do projeto foram elaborados 17 documentos técnicos e promovidos 45 espaços de intercâmbio com mais de 850 atores e seis mil participantes diretos.
O conteúdo, gratuito e disponível em português e espanhol, foi desenvolvido como encerramento do projeto Semeando Capacidades-- série de atividades que integram as ações do programa regional América Latina e Caribe sem Fome 2025 e promovidas pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil e pelo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADR) da Colômbia.
Ditado pelo Núcleo de Capacitação em Políticas Públicas do Escritório Regional da FAO, o primeiro curso, Circuitos curtos de comercialização na Agricultura Familiar: uma ferramenta para alcançar mercados inclusivos, analisa avanços, oportunidades e desafios para promover vendas diretas dos agricultores aos consumidores e reduzir os atravessadores.
O segundo curso, Inovação e Sustentabilidade na Agricultura Familiar, analisa experiências e soluções inovadoras para os desafios da sustentabilidade nos sistemas alimentares locais, e examina o papel da assistência técnica e extensão rural.
Semeando Capacidades - Durante dois anos, o projeto Semeando Capacidades realizou uma série de atividades para fortalecer políticas e instrumentos que promovam a rentabilidade e sustentabilidade do campo colombiano, com especial ênfase na produção da agricultura familiar com enfoque agroecológico, sendo um importante instrumento de apoio para o desenvolvimento rural do país rumo à transformação econômica, social e política. Foram elaborados 17 documentos técnicos e promovidos 45 espaços de intercâmbio com mais de 850 atores e seis mil participantes diretos durante este período.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
CERCA DE 2,9 BILHÕES DE PESSOAS NUNCA ACESSARAM A INTERNET
Fonte: ONU - BRASIL
O número estimado de pessoas que se conectaram à internet aumentou para 4,9 bilhões em 2021, em parte devido às medidas de restrição, trabalho e estudo durante a pandemia. A descoberta faz parte do novo relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT), divulgado nesta semana.
Entretanto, 2,9 bilhões de pessoas ficaram para trás, sem nunca terem usado a internet. Destas, 96% vivem em países em desenvolvimento. Na África, apenas um terço da população possui acesso à internet. Em contrapartida, na Europa, 90% da população está conectada.
A desigualdade no acesso à internet possui múltiplas faces. Jovens, homens e moradores urbanos são mais propensos a usarem a internet do que adultos mais velhos, mulheres e pessoas em áreas rurais. Pobreza, analfabetismo, acesso limitado à eletricidade e falta de habilidades digitais continuam a ser fatores que impulsionam a exclusão digital.
Esse aumento é uma boa notícia para o desenvolvimento global, mas segundo a UIT a capacidade das pessoas de se conectar continua profundamente desigual. Principalmente porque centenas de milhões podem ficar online com pouca frequência, usando dispositivos compartilhados ou enfrentando velocidades de conexão que dificultam o uso da Internet.
“Embora quase dois terços da população mundial esteja online, há muito mais a fazer para que todos se conectem à internet ”, disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.
Aumento de conectividade - O relatório da agência da ONU aponta que o crescimento acentuado no número de pessoas online sugere que as medidas tomadas durante a pandemia contribuíram para o "aumento da conectividade em tempos de COVID-19".
Estima-se que 782 milhões de pessoas a mais acessaram a internet desde 2019, um aumento de 17% devido a medidas como confinamentos, fechamento de escolas e necessidade de acesso a serviços como banco remoto.
Crescimento desigual - De acordo com o documento, os usuários de serviços de internet cresceram globalmente mais de 10% no primeiro ano da crise da COVID-19, o maior aumento anual em uma década. Mas o crescimento tem sido desigual.
A internet costuma ser inacessível nos países mais pobres e quase três quartos das pessoas nunca estiveram online nos 46 países menos desenvolvidos.
Um abismo de conectividade - Falando em Genebra, Doreen Bogdan-Martin, diretora da ITU disse: “O abismo de conectividade é profundo entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Apenas um terço da população da África usa a Internet. Na Europa, quase 90% das pessoas possuem acesso, representando um grande abismo de conectividade entre as duas regiões, uma diferença de quase 60%".
"É isso que o secretário-geral da ONU, António Guterres, chamou no seu plano, a Agenda Comum para o futuro, de um 'Grand Canyon de conectividade”', completou.
Digitalmente excluídos - O relatório evidencia que pessoas mais jovens, homens e moradores urbanos são mais propensos a usar a internet do que adultos mais velhos, mulheres e pessoas em áreas rurais, com a diferença de gênero mais pronunciada nas nações em desenvolvimento. Pobreza, analfabetismo, acesso limitado à eletricidade e falta de habilidades digitais continuam a prejudicar as comunidades “digitalmente excluídas”
terça-feira, 30 de novembro de 2021
ACORDO DE 193 PAÍSES SOBRE A ÉTICA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
FONTE; ONU - BRASIL
Todos os Estados-membros da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) adotaram na quinta-feira (25) um acordo histórico que define os valores e princípios comuns necessários para garantir o desenvolvimento saudável da Inteligência Artificial (IA).
O texto adotado visa nortear a construção da infraestrutura jurídica necessária para garantir o desenvolvimento ético da tecnologia e responder a alguns dos principais desafios trazidos pela IA.
Ele fornece um guia para garantir que as transformações digitais promovam os direitos humanos e contribuam para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), abordando questões de transparência, responsabilidade e privacidade, com capítulos de políticas voltados para ações sobre governança de dados, educação, cultura, trabalho, saúde e economia.
Todos os Estados-membros da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) adotaram na quinta-feira (25) um acordo histórico que define os valores e princípios comuns necessários para garantir o desenvolvimento saudável da Inteligência Artificial (IA).
A inteligência artificial está presente no dia a dia, desde a reserva de voos e pedidos de empréstimos até a direção de carros sem motorista. Também é usada em áreas especializadas, como rastreamento de câncer ou para ajudar a criar ambientes inclusivos para pessoas com deficiência.
De acordo com a UNESCO, a IA também apóia a tomada de decisões de governos e do setor privado, além de ajudar no combate a problemas globais como as mudanças climáticas e a fome no mundo.
No entanto, a agência alerta que a tecnologia está trazendo "desafios sem precedentes". Entre eles, o aumento do preconceito de gênero e etnia, ameaças significativas à privacidade, dignidade e agência, perigos de vigilância em massa e aumento do uso de tecnologias de IA não confiáveis na aplicação da lei. "Até agora, não existiam padrões universais para responder a essas questões ”, explicou a UNESCO em nota.
“O mundo precisa de regras de inteligência artificial para beneficiar a humanidade. A recomendação sobre a ética da IA é uma resposta importante. Ela estabelece a primeira estrutura normativa global, ao mesmo tempo que atribui aos Estados a responsabilidade de aplicá-la em seu nível. A UNESCO apoiará seus 193 Estados-Membros em sua implementação e pedirá que relatem regularmente seus progressos e práticas ”, disse a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay.
Uma contribuição positiva - O texto visa destacar as vantagens da IA, ao mesmo tempo em que reduz os riscos que ela acarreta. De acordo com a agência, ele fornece um guia para garantir que as transformações digitais promovam os direitos humanos e contribuam para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), abordando questões de transparência, responsabilidade e privacidade, com capítulos de políticas voltados para ações sobre governança de dados, educação, cultura, trabalho, saúde e economia.
Uma de seus principais apelos é a proteção de dados, indo além do que as empresas de tecnologia e os governos já estão fazendo para garantir mais proteção aos indivíduos, garantindo transparência, agência e controle sobre dados pessoais. A recomendação também proíbe explicitamente o uso de sistemas de IA para pontuação social e vigilância em massa.
O texto também enfatiza que os atores da IA devem favorecer métodos eficientes de dados, energia e recursos que ajudem a garantir que ela se torne uma ferramenta mais proeminente na luta contra as mudanças climáticas e no enfrentamento de questões ambientais.
“As decisões que afetam milhões de pessoas devem ser justas, transparentes e contestáveis. Essas novas tecnologias devem nos ajudar a enfrentar os principais desafios do nosso mundo hoje, como o aumento das desigualdades e a crise ambiental, e não aprofundá-los ”, afirmou a diretora-geral adjunta de Ciências Sociais e Humanas da UNESCO, Gabriela Ramos.
Você pode ler o texto completo da recomendação aqui (em inglês).