quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

GROENLÃNDIA - CAMADA DE GELO ENCOLHE PELO 25º ANO CONSECUTIVO

Fonte: ONU-BRASIL

 A camada de gelo da Groenlândia perdeu cerca de 166 bilhões de toneladas de massa num período de 12 meses.

As alterações são resultado da aceleração das mudanças climáticas.

O período é o 25º consecutivo de retrocesso na principal estação da região do Polo Norte. O derretimento foi maior do que o acúmulo do inverno.

O alerta está é do Portal Polar, colaborador da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O habitat natural do urso polar está desaparecendo com o derretimento das calotas polares
Legenda: O habitat natural do urso polar está desaparecendo com o derretimento das calotas polares

Foto: © Karolin Eichier/OMM

O ano de 2021 marcou o 25º período consecutivo em que o manto de gelo da Groenlândia perdeu mais massa durante a estação de degelo do que ganhou durante o inverno.

Em números gerais, a camada de gelo perdeu cerca de 166 bilhões de toneladas durante o período de 12 meses que terminou em agosto de 2021. A conta é feita levando em consideração o derretimento do gelo de icebergs e das geleiras em contato com a água do mar.

As informações foram divulgadas na sexta-feira (07) no Portal Polar, um serviço dinamarquês colaborador do relatório anual do Estado do Clima da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Os dados mostram que o início do verão foi frio e úmido, com neve irregularmente forte e tardia em junho, o que atrasou o início da estação de derretimento. Depois disso, no entanto, uma onda de calor no final de julho levou a uma perda considerável de gelo. 

Alterações Climáticas - Esses números significam que a camada de gelo encerrou a temporada com um balanço de massa superficial líquida de aproximadamente 396 bilhões de toneladas, tornando-se o 28º menor nível registrado na série de 41 anos. 

O relatório também observa que a causa do frio do início do verão pode ser devido às condições no sudoeste do Canadá e no noroeste dos Estados Unidos. Nestes territórios, formou-se um enorme sistema de “bloqueio” de alta pressão, com a forma da letra maiúscula grega Omega (Ω). Esse padrão ocorre regularmente na troposfera, e não apenas na América do Norte, mas nunca foi observado com tanta força antes. 

De acordo com o relatório, uma análise de Atributo do Clima Global demonstrou que isso só poderia ser explicado como resultado do aquecimento atmosférico causado pela atividade humana. 

Ano notável - De acordo com o relatório, 2021 foi notável por vários motivos. Foi o ano em que se registou a precipitação na Estação Summit, que se encontra no topo da camada de gelo a 3.200 metros acima do nível do mar, no centro do manto de gelo da Groenlândia.

O ano também testemunhou uma aceleração das perdas na geleira Sermeq Kujalleq, onde a taxa estava estagnada por vários anos. 

A queda de neve no inverno também ficou próxima da média para o período entre 1981 e 2010, o que foi uma boa notícia, pois uma combinação de baixa queda de neve no inverno e um verão quente pode resultar em grandes perdas de gelo, como ocorreu em 2019.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

CHUVAS EM MINAS GERAIS - EXTREMOS CLIMÁTICOS - IMAGENS DAS COMUNIDADES


Chuvas em Ouro Preto - MG Foto: divulgação

Eventos climáticos extremos segundo ONU:

" Os eventos climáticos e meteorológicos extremos aumentaram em frequência, intensidade e gravidade como resultado da mudança climática, atingindo comunidades vulneráveis ​​de forma desproporcional, revelou um novo relatório da ONU, que pede um maior investimento em sistemas eficazes de alerta precoce.



O Relatório sobre o Estado dos Serviços Climáticos 2020: Mudança de Alertas Antecipados para Ação Antecipada, divulgado  pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU, destacou a necessidade de previsões baseadas em impactos — uma evolução na percepção de "como estará o clima" para “o que o clima poderá fazer”, com o objetivo de permitir que pessoas e empresas possam agir com antecedência, com base nos alertas.


“Os sistemas de alerta precoce constituem um pré-requisito para a redução eficaz do risco de desastres e adaptação às mudanças climáticas. Estar preparado e ser capaz de reagir na hora certa, no lugar certo, pode salvar muitas vidas e proteger os meios de subsistência de comunidades em todos os lugares”, disse Petteri Taalas, secretário-geral da OMM, no prefácio do relatório.


Ele também destacou que, embora possa levar anos para se recuperar das perdas humanas e econômicas da pandemia de COVID-19, é crucial lembrar que as mudanças climáticas continuarão a representar uma ameaça contínua e crescente para vidas humanas, ecossistemas, economias e sociedades nos séculos vindouros."( Fonte: ONU- BRASIL)

 

CHUVAS EM MINAS GERAIS - ALERTAS DA DEFESA CIVIL

Raposos - MG jan/2022                  Foto: divulgação


ALERTAS DA DEFESA CIVIL SOBRE AS CHUVAS EM MINAS GERAIS, REGISTROS DA POPULAÇÃO LOCAL



 

CHUVAS EM MINAS GERAIS - IMAGENS DOS EXTREMOS CLIMÁTICOS


MINAS GERAIS E REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE SOFREM COM AS CHUVAS TORRENCIAS DESDE OUTUBRO 2021  COMO   CONSEQUÊNCIA  DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS QUE AGRAVAM A CRISE SANITÁRIA E SOCIOAMBIENTAL - 

Chuva em Belo Horizonte - Foto; divulgação



 

NOSSA SOLIDARIEDADE AS PESSOAS E FAMÍLIAS QUE SOFREM COM ESTES EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS. NA VERDADE TODA A POPULAÇÃO É AFETADA  POR ESTA CRISE SOCIOAMBIENTAL, POIS ALTERAM EM POUCOS MINUTOS A VIDA DE MILHARES DE PESSOAS E FAMÍLIAS, A INFRAESTRUTURA URBANA E EXIGEM DOS GOVERNOS LOCAIS,  CADA VEZ MAIS RECURSOS PARA ENFRENTAREM OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS QUE ESTES EXTREMOS CLIMÁTICOS CAUSAM NAS POPULAÇÕES.



É URGENTE QUE HAJA UMA MOBILIZAÇÃO CADA VEZ MAIOR DA SOCIEDADE CIVIL PARA QUE POSSAMOS TER ACESSO AS INFORMAÇÕES SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS QUE ESTAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS CAUSAM E PODEM CAUSAR NAS COMUNIDADES E CIDADES. UMA VEZ QUE ESTÁ COMPROVADO PELAS INÚMERAS CONFERÊNCIAS CLIMÁTICAS E RELATÓRIOS DE ESPECIALISTAS DO CLIMA,  QUE A AÇÃO HUMANA VEM ALTERANDO AS CONDIÇÕES DO CLIMA GLOBAL.



A UNIÃO DE PESSOAS, INSTITUIÇÕES E GOVERNOS É CADA VEZ MAIS NECESSÁRIA PARA QUE CONSIGAMOS TRAÇAR METAS DE AÇÃO DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS PARA O ENFRENTAMENTO DESTA CRISE CLIMÁTICA.


 

















sábado, 8 de janeiro de 2022

ALERTA DE CHUVAS TORRENCIAS EM MINAS GERAIS E EM BELO HORIZONTE


  Após um final de 2021 de muitas chuvas na Bahia e em várias regiões do Brasil,  Minas Gerais neste início de 2022, registra também mudanças climáticas com  uma grande precipitação de chuvas.

  Em Nova  Lima – MG,  houve  um transbordamento de um dique, que acionou sirenes e inundou a BR 040. Em Capitólio-MG um  deslizamento de um cânion atingiu embarcações causando mortes.  Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (COMDEC),  desde o início das chuvas em outubro-2021 até dia 8 janeiro de 2022, Minas Gerais registrou 138 cidades em situação de emergência,  3.224 desabrigados,  13.439 desalojados e seis mortos, números que com o volume de chuvas previstos, devem aumentar.  

   Um alerta da Defesa Civil de Belo Horizonte foi emitido de chuvas de 120 a 160 mm com raios e rajadas de ventos em torno de 50Km/h válido até às 8h de domingo (9) e risco geológico em todas as regionais em BH até a próxima terça feira dia 11. 


 

AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS (ACNUR) FAZ DOAÇÕES EMERGENCIAIS PARA POPULAÇÃO QUE SOFRE COM OS EFEITOS CLIMÁTICOS DAS CHUVAS NA BAHIA - BRASIL

  Fonte: ONU - BRASIL

   A  Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) começou a entregar a doação de 16 mil itens para atender às pessoas impactadas pelas severas chuvas que atingem a Bahia desde dezembro.

ACNUR distribui fraldas para população atingida pelas fortes chuvas no estado da Bahia
Legenda: ACNUR distribui fraldas para população atingida pelas fortes chuvas no estado da Bahia
Foto: © Camila Ignacio Geraldo/ACNUR

Os materiais doados começaram a chegar em Vitória da Conquista na tarde do dia 6 de janeiro, sendo imediatamente repassados aos órgãos locais de respostas à catástrofe.

Os itens doados pelo ACNUR incluem fraldas para bebês, baldes, kits de limpeza e de higiene, colchões e capas, esteiras para dormir, bolsas, galões e 15 casas de emergência humanitária. O modelo de residência é igual ao utilizado em Roraima para abrigar a população refugiada e migrante venezuelana.

“O ACNUR é uma organização humanitária dedicada a salvar vidas e proteger as pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e comunidades por motivos de perseguição. Nossa atenção ao estado da Bahia se volta às comunidades de acolhida da população refugiada e migrante, sem distinção de nacionalidade, para provermos itens de forma imediata e apoio técnico às crescentes demandas de ajuda”, afirma Paulo Sérgio Almeida, oficial de Meios de Vida do ACNUR.

  A Bahia acolhe cerca de 1.500 pessoas refugiadas e migrantes, em especial venezuelanos, a maior parte tendo chegado ao estado pelo programa de interiorização promovido pela Operação Acolhida – resposta governamental ao fluxo de pessoas venezuelanas para o país. Desde que foi lançada, em abril de 2018, a interiorização já transferiu de forma voluntária 778 pessoas venezuelanas para 27 municípios baianos.

“A meta, agora, é retirar as pessoas da área de risco, avaliar os locais que podem ser afetados ou possam chegar a ruir e tomar providências. Agimos a fim de encontrar soluções definitivas para melhorar a vida da nossa população”, afirmou o ministro da Cidadania, João Roma.

O número de pessoas afetadas pelas fortes chuvas que atingiram o sul da Bahia já provocou 26 mortes e afeta mais de 815 mil pessoas. Até ontem 5 de janeiro, 163 municípios estavam em situação de emergência, segundo balanço divulgado pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil do estado.

   De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), nas cidades de Lençóis, Caravelas e Ilhéus, o total de chuva é o maior para dezembro desde 1961. Na última década, eventos climáticos resultaram em uma média de 21,5 milhões novos deslocamentos a cada ano – mais que o dobro dos deslocamentos causados por conflito e violência.

  Para além da resposta coordenada direcionada à população venezuelana no Brasil, ACNUR e Ministério da Cidadania trabalham de forma coordenada, ampliando o escopo das ações de respostas humanitárias emergenciais também à população brasileira que tem contribuído para o acolhimento e a integração de pessoas refugiadas e migrantes que chegam ao Brasil em busca de proteção e meios dignos de vida.

  Em todo o mundo, milhões de pessoas refugiadas vivem em áreas vulneráveis a eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades. O ACNUR recebe doações de pessoas físicas e jurídicas para seguir respondendo à crise climática e seus efeitos