INFORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL CONSTRUINDO A SUSTENTABILIDADE -
PRESENTE NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - RIO + 20 - Reg.:18820762
As mudanças climáticas são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima.
Ação contra a mudança global do clima
Sobre a campanha
As mudanças climáticas são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima.
Essas mudanças podem ser naturais, como por meio de variações no ciclo solar. Mas, desde 1800, as atividades humanas têm sido o principal impulsionador das mudanças climáticas, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás.
A queima de combustíveis fósseis gera emissões de gases de efeito estufa que agem como um grande cobertor em torno da Terra, retendo o calor do sol e aumentando as temperaturas.
Exemplos de emissões de gases de efeito estufa que estão causando mudanças climáticas incluem dióxido de carbono e metano. Isso vem do uso de gasolina para dirigir um carro ou carvão para aquecer um prédio, por exemplo.
O desmatamento de terras e florestas também pode liberar dióxido de carbono. Aterros para lixo são uma das principais fontes de emissões de metano. Energia, indústria, transporte, edificações, agricultura e uso da terra estão entre os principais emissores.
O Jornal Oecoambiental, vem
publicando artigos, vídeos, trabalhos científicos acerca da realização da
Conferência do Clima - COP 27, que acontecerá no Egito em novembro de 2022.
Nosso propósito é incentivar a participação e acompanhamento por parte da sociedade
civil dos debates e deliberações da COP 27, diante da grave cri'se das mudanças
climáticas que o Brasil e o mundo enfrentam. Segue algumas questões importantes
levantadas acerca da COP. (Fonte:IISD)
OBS:Caso haja necessidade de mudar a tradução
das legendas, na parte inferior direita do canal do youtube é possível escolher
os idiomas clicando em: "legendas e traduzir automaticamente" e escolher o idioma desejado para as legendas. Nossas saudações à atenção de nossos leitores e
leitoras.
O 8º Fórum Global do Pacto de Milão, que aconteceu de 17 a 19 no Rio de Janeiro, promoveu este painel sobre a "Agricultura urbana e peri-urbana para cidades inclusivas e resilientes ao clima".
O 8º Fórum Global do Pacto de Milão, que aconteceu no Rio de Janeiro, promoveu o painel "Agricultura urbana e peri-urbana para cidades inclusivas e resilientes ao clima".
O evento procurou debater alternativas como a agricultura urbana e peri-urbana como soluções locais para reduzir a má nutrição em todas suas formas, além de gerar renda e promover a inclusão social nas cidades.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 70% do consumo total de alimentos do mundo hoje é realizado nas cidades.
Legenda: Painel "Agricultura urbana e peri-urbana para cidades inclusivas e resilientes ao clima", realizado no Rio de Janeiro, durante o 8º Fórum Global do Pacto de Milão.
Em um mundo cada vez mais urbanizado e com a insegurança alimentar em alta nos últimos anos, alternativas como a agricultura urbana e peri-urbana podem ser soluções locais para reduzir a má nutrição em todas suas formas, além de gerar renda e promover a inclusão social nas cidades.
Esta discussão foi tema do painel "Agricultura urbana e peri-urbana para cidades inclusivas e resilientes ao clima", realizado no Rio de Janeiro, dia 19, no âmbito do 8º Fórum Global do Pacto de Milão. Os participantes debateram desafios e benefícios conquistados, trataram de estruturas institucionais necessárias para melhorar a governança e a execução na agricultura urbana para se alcançar sistemas alimentares sustentáveis.
Na abertura, a representante adjunta do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no Brasil (PNUMA), Regina Cavini, trouxe dados sobre alimentação e agricultura nas cidades. O Painel Internacional de Recursos afirmou que a pressão dos sistemas alimentares sobre os recursos naturais aumentará significativamente devido ao crescimento populacional e à urbanização, com dietas mais baseadas em produtos animais e alimentos pré-embalados, refrigerados e processados, transportados por longas distâncias. Além disso, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 70% do consumo total de alimentos do mundo hoje é realizado nas cidades.
Já o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostrou, em 2022, que a agricultura urbana e periurbana tem potencial de reduzir os custos da adaptação climática nas cidades, colaborando com controle das inundações e segurança alimentar. "A agricultura urbana pode ajudar a alimentar pessoas nas cidades e aliviar a tríplice crise planetária que tem a ver com mudanças globais do clima, perda da biodiversidade, poluição e desperdício", afirmou Cavini.
A pesquisadora do Centro de Sustentabilidade da FGV, Jéssica Chryssafidis, disse que a agricultura urbana é um tema efervescente no Brasil e que a construção de um guia sobre o tema "partiu de uma demanda dos municípios por uma "orientação conceitual e metodológica de como fazer agricultura urbana e periurbana na agenda municipal". Realizado pela FGV, o documento 'Agendas Municipais de Agricultura Urbana e Periurbana: um guia para inserir a agricultura nos processos de planejamento urbana' traz uma sistematização de conhecimentos, abordagens e ferramentas participativas para o fortalecimento dessa política em nível municipal.
A pesquisadora defendeu a necessidade de se enfrentar vazios institucionais, como a ausência de marcos que orientem e regularizem a agricultura urbana, e destacou a importância de se fortalecer e multiplicar as práticas para que consigam atingir maior escala. "É importante buscar arranjos e parcerias para que as prefeituras consigam falar com um grande grupo de atores: universidades, sociedade civil organizada, setor empresarial, instituições de pesquisa e agricultores".
Estudo - Em seguida, foi apresentado um estudo sobre compras públicas no Estado do Rio de Janeiro. Carolina Bueno, da Unicamp, tratou do papel desse mecanismo como estratégia para fomentar o desenvolvimento local. O estudo de viabilidade levou em conta objetivos como geração de emprego e renda, promoção de dietas saudáveis, produção local e sustentável, além de buscar a redução da emissão de gases do efeito estufa. Os pesquisadores calcularão as emissões de cada compra pública do Estado e farão um mapeamento. "A partir desse mapa produtivo, vamos cruzar as informações das rotas com a produção local para que o alimento seja comprado o mais próximo possível", disse Bueno.
Como critérios recomendados pelo estudo, definiu-se a regulamentação para tornar obrigatória a destinação de ao menos 30% dos recursos da alimentação em compras públicas da agricultura familiar e a adoção de critérios de sustentabilidade para essa ação. Também seria desejável a criação de um consórcio intermunicipal de operacionalização das compras e a elaboração de mecanismos de controle e monitoramento da política visando a diminuição de impactos socioambientais e os gastos em recursos humanos, sociais, econômicos e políticos.
Chegou para ficar - David Hertz, cofundador e presidente da organização Gastromotiva, disse que há soluções locais para os povos locais, defendendo a identificação de líderes e organizações sociais que possam ser multiplicadores das iniciativas de agricultura urbana. "Pode ser uma praça, uma laje, podem ser quatro hortas. São muitos exemplos". Ele comentou que a agricultura urbana precisa ser incluída em planos diretivos das cidades e ser apoiada por arranjos institucionais, com um sistema de governança que favoreça a cooperação dos vários atores da cadeia e os governos municipal, estadual e federal.
"A agricultura urbana chegou para ficar. Por uma consequência da pandemia, passamos a olhar de maneira diferente para essa agenda, com uma nova consciência do que significa a agricultura urbana", afirmou o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala. Para ele, um fator crítico para o sucesso da agricultura urbana é o envolvimento da sociedade civil para garantir a permanência das ações no longo prazo. "Os governos se vão a cada quatro anos, mas a sociedade fica". Também salientou que a agricultura urbana permite tornar a cidades mais resilientes ao clima, criando empregos e melhorando a segurança nutricional e alimentar.
Dia 17 de outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou o retrocesso nesta área visto nos últimos anos e pediu dignidade para todos na prática.
A ONU estima que 1,3 bilhão de pessoas vivem em diversas situações de pobreza no mundo atualmente.
Guterres também disse que o sistema financeiro global está “moralmente falido” e pediu para que os Estados-membros priorizem investimentos em soluções centradas nas pessoas em campos como saúde, trabalho, igualdade de gênero, proteção social, transformação de sistemas de alimentação e educação.
Legenda: Líder da ONU apela ainda ao fim de conflitos, das divisões geopolíticas e promoção da busca da paz.
As Nações Unidas querem que seus Estados-membros comprometam-se com a missão de tornar a pobreza um tema do passado.
O chamado faz parte da mensagem do secretário-geral da ONU, António Guterres, para 17 de outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. O tema da celebração em 2022 é “Dignidade para todos na prática”.
A organização estima que 1,3 bilhão de pessoas vivem em diversas situações de pobreza e o chefe da ONU lamentou o retrocesso nesta área visto nos últimos anos.
Guterres destaca que a pandemia de COVID-19 empurrou milhões de pessoas a essa situação, fazendo com que o mundo retrocedesse ao menos quatro anos. As desigualdades aumentam e, dentro dos países, as economias sofrem com perdas de empregos, aumento vertiginoso de preços de alimentos e energia, além das “sombras crescentes de uma recessão global”.
Para o líder das Nações Unidas, a crise atual se juntou às do clima, de conflitos violentos e da dívida, culminando com o atraso no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Sistema financeiro global - Para o secretário-geral, o lema "Dignidade para todos na prática" deve impulsionar uma ação global urgente para travar a pobreza.
As prioridades incluem atuar para investir em soluções centradas nas pessoas em campos como saúde, trabalho, igualdade de gênero, proteção social, transformação de sistemas de alimentação e educação.
Guterres sugere ainda que aumente a atuação para alterar o sistema financeiro global que para ele está “moralmente falido”. As medidas incluem garantir acesso ao financiamento e alívio da dívida para todos os países.
A mensagem pede ainda auxílio para que economias em desenvolvimento façam a transição de combustíveis fósseis para o uso de energia renovável e economias verdes.
O líder da ONU apela ainda ao fim de conflitos, das divisões geopolíticas e promoção da busca da paz.