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Ginastas brasileiras medalhas de bronze nas Olimpiadas de Paris - Foto: divulgação |
EDITORIAL
O Brasil nas Olimpíadas de Paris
O Brasil, singular na diversidade cultural em todas suas participações nas competições esportivas possui uma marca registrada: a felicidade. Apesar de estar bem aquém de nossas possibilidades na conquista de medalhas diante a potencialidade de nossa população, a juventude brasileira nos primeiros dias de competições, já entrou para a história das Olimpiadas 2024. Seja pela “Fadinha” - Rayssa Leal no skate, que se tornou a atleta mais jovem a conquistar medalhas em duas Olimpíadas (Paris – medalha de bronze, Tóquio medalha de prata) seja pelas ginastas jovens-guerreiras capitaneadas pela Rebeca Andrade a ginasta afrobrasileira que edita uma brilhante história de resiliência e determinação. A juventude tem esta mensagem de esperança para a humanidade. Vencer preconceitos, fazer acreditar que os jovens são protagonistas de um mundo melhor. Representar mais de duzentos milhões de habitantes com esta essência de humanidade é uma lição para o mundo.
A prática de esportes que eleva nossa condição humana agregadas de felicidade, juventude e nossa certeza de que o Brasil pode evoluir muito mais em todas as áreas esportivas questiona nas sociedades de consumo sem limites, que os seres humanos podem alimentar o que de melhor possuímos em nossa essência: a espontaneidade, a felicidade. A tecnologia da felicidade de ser brasileiro(a) merece mais que medalhas de ouro. Toda tecnologia da inteligência artificial não consegue reproduzir o sorriso, a beleza e a determinação de gerações que vivenciam felicidade e coragem.
Ficamos a indagar que o que mais oprime a maioria povo brasileiro, continua sendo conquistar um maior respeito a diversidade étnica e a péssima distribuição de renda que impossibilita a maioria dos jovens desenvolverem seus talentos uma vez que muitos carecem de atitudes governamentais que coloquem a valorização da educação como prioridade de políticas públicas. O Brasil megadiverso em cultura e recursos naturais continua projetando ao mundo que o caminho de valorização da vida , de alimentar nossa melhor essência humana são fundamentos da construção da sustentabilidade.
Sabedores que as desigualdades socioambientais não se fazem presentes apenas no Brasil mas na maioria dos países do mundo, a mística da valorização humana promovidas através da prática de esportes fazem parte do caminho da humanidade para um mundo sustentável. É preciso dar audiência a promoção da paz, da fraternidade entre nossa espécie humana. Promover a solidariedade entre os povos, vencer a fome e a miséria, a degradação socioambiental no Brasil e no mundo.
Mais importante que conquistar medalhas é conquistar o valor da dignidade de todos os seres humanos que anda sendo colocado em último plano nas sociedades globalizadas. Medalha de ouro para todas as pessoas que procuram com sua existência dinamizar e enfatizar nossas melhores energias de paz, amor, harmonia, felicidade, respeito à diversidade de culturas que expressam fraternidade, solidariedade na construção de sociedades mais justas, ambientalmente sadias, com qualidade de vida para todas as pessoas.