sexta-feira, 29 de junho de 2012

CADA BRASILEIRO CONSOME 5 Kg DE AGROTÓXICOS POR ANO

 

Que fazer diante a contaminação química da população brasileira ?


   Um estudo apresentado na Cúpula dos Povos – nos eventos paralelos a Rio + 20 pela médica sanitarista Lia Giraldo da Silva Augusto, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aponta a gravidade da contaminação química da população brasileira.
   A venda de agrotóxicos no Brasil em 2010 teve um aumento de 190% em comparação a 2009. Isso significa que cada brasileiro consome cerca de cinco quilos de venenos agrícolas por ano. Os dados fazem parte de um estudo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), baseado em informações disponibilizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
   Ela credita o aumento na venda dos agrotóxicos ao bom momento do mercado agrícola, puxado principalmente por uma forte demanda chinesa. O produto que mais recebe venenos é a soja transgênica, que precisa do glifosato para produzir, em um tipo de “venda casada”, explicou a pesquisadora.
   “Este ano a Abrasco decidiu construir um dossiê sobre o tema do agrotóxico e os impactos na saúde e no meio ambiente. O trabalho marca os 40 anos de Estocolmo [primeira conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente], os 20 anos da Eco92 e os 50 anos do lançamento do livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson.”
   Segundo a médica, o uso de agrotóxicos no Brasil faz parte do modelo produtivo adotado na agricultura nacional.
   “Este modelo da agroindústria é todo sustentado no pacote da revolução verde, que é baseada em uma agricultura químico-dependente. O agrotóxico é parte desse modelo. Por causa disso, desde 2008 o Brasil ocupa o primeiro lugar no consumo de agrotóxicos, segundo dados levantados pela Abrasco na Anvisa.”

sexta-feira, 22 de junho de 2012

JORNAL OECOAMBIENTAL NA RIO + 20 E CÚPULA DOS POVOS

Rio+20 continua até domingo no Parque dos Atletas

 
CNO Rio+20
Evento é gratuito e aberto ao público em geral
A Rio+20 termina hoje, mas o Parque dos Atletas vai funcionar até domingo, 24 de junho. Quem quiser saber mais sobre desenvolvimento sustentável de maneira divertida, inovadora e interativa tem um grande leque de opções nos 44 pavilhões do Parque dos Atletas, um dos espaços da Rio+20.

No local, há exposições de 31 países, 16 empresas, 17 estados e 18 cidades brasileiras, 18 Agências do Sistema ONU, órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e 15 Organizações Governamentais nacionais e internacionais.

As atividades destinam-se a adultos e crianças. A diversão é garantida no espaço da Eletrobrás e de Furnas, em que se experimentam diversas formas de geração limpa e renovável de energia. No simulador 5D, o visitante recebe informação por estímulos a todos os sentidos e se diverte com alguns pequenos sustos ao receber respingos de água e rajadas de vento.

Outra opção interessante é jogar o Rio Forward +50, game lançado no Pavilhão do PNUMA. Pelo jogo, o visitante decide como será o Rio daqui a 50 anos. O game trata de mudanças do clima e do desenvolvimento sustentável de maneira geral, mobilizando os cidadãos de forma lúdica para a discussão de temas relacionados à economia e à governança. O jogo mostra como as ações têm efeito no meio ambiente e incentiva a tomada de decisões de forma coletiva e consciente.

Uma maquete inteligente no Pavilhão do Qatar simula as mudanças climáticas em um bairro central da capital do país, Doha, que está sendo revitalizada. Inteligente também é a produção de móveis feita a partir do plástico, no espaço da Braskem. Uma Usina de Reciclagem foi criada no local para mostrar aos visitantes como é produzida a madeira de plástico e a montagem de móveis nesse material.

O carro elétrico dos Correios e toda a linha de produção de bolsas e almofadas confeccionadas a partir da reciclagem dos malotes dos carteiros chamam a atenção do público. O ônibus híbrido de hidrogênio, com tração elétrica e tecnologia brasileira desenvolvida em parceria com a Coppe/UFRJ, convida o público a passear no Riocentro.

Alimentação saudável é outro tema do evento, apresentado em livro sobre culinária vegana orgânica. Para os deficientes visuais, são apresentadas publicações importantes em Braille, como a Constituição do Brasil.

Especial fim de semana

Uma atração especial foi programada para o fim de semana. Trata-se da exibição do filme "O paraíso perdido da África" no Pavilhão Rio Convention. O filme apresenta o projeto de restauração do Parque Gorongosa, área de 4 mil km² na região central de Moçambique. O local é conhecido como aquele em que Noé deixou a sua arca, pela riqueza de sua fauna.

O Parque dos Atletas funcionará no fim de semana, dias 23 e 24 de junho, das 10h às 20h. A entrada é gratuita e o acesso é livre. O visitante que for de carro pode estacionar o veículo no Autódromo de Jacarepaguá e do local pegar um ônibus até o Parque dos Atletas. Ambos gratuitos.

O Parque dos Atletas fica na Av. Salvador Allende, s/n°, Barra da Tijuca, e funciona neste sábado e domingo das 10h ÀS 20h.

JORNAL OECOAMBIENTAL NA CÚPULA DOS POVOS E RIO + 20

Assembléia define soluções dos povos para crise global


   No âmbito dos Direitos (por justiça social e ambiental), que corresponde à Plenária 1, ficou acordado que para garantir esses direitos é preciso, dentre outras medidas, fortalecer os direitos humanos e mudar as políticas públicas, o sistema de produção capitalista que domina, oprime e promove o etnocídio das culturas populares.
  Em relação à defesa dos bens comuns e à mercantilização da vida (Plenária 2), acordou-se que, para ter direito à terra e ao território, é preciso haver uma regulamentação fundiária. E a Cartografia Social, segundo as organizações participantes, é um instrumento para atingir esse objetivo. É preciso que haja políticas públicas destinadas a estruturar essas mudanças e financiar projetos socioambientais para as comunidades.
   A soberania alimentar, defendida na Plenária 3, determinou que, para obtê-la, é necessário fortalecer o pequeno agricultor, o camponês e o indígena. É preciso controlar o uso de agrotóxitos em escala industrial e fortalecer o ideário da agroecologia.
  Em relação a energia e às indústrias extrativas, assunto da Plenária 4, ficou acordado que as energias renováveis e de controle descentralizado são a saída para a crise energética mundial. É preciso ainda que as organizações que poluem e causam impactos ambientais negativos sejam adequadamente punidas.
  Sobre o trabalho, debatido na Plenária 5, ficou decidido que a reforma agrária, a abolição do agronegócio e a negação à mercantilização da natureza são medidas importantes para regulamentar e humanizar o trabalho. A punição para a violação de direitos trabalhistas também é um dos temas defendidos pelas organizações participantes da Cúpula dos Povos.

Objetivo atingido

  Em entrevista à redação da Cúpula, Rosilene Wansetto, membro do Grupo Articulador, disse que a Assembleia retratou exatamente o que aconteceu durante as plenárias dos dias 17 e 18. “Essas plenárias foram um espaço importante para convergência de várias lutas. Os movimentos e organizações puderam apresentar as causas e as soluções para a crise”, explica. Para Rosilene, foi um momento de construção coletiva. “Foi possível perceber a cara dos movimentos ali presentes”, reforça.
  Durante a Assembleia, várias apresentações culturais e intervenções aconteceram. O momento mais marcante foi quando uma dupla americana cantou “Get up, stand up”, do cantor jamaicano Bob Marley, em homenagem à luta diária dos militantes e interessados ali presentes. Confira o vídeo:

Leia os documentos elaborados nas Plenárias de Convergência que foram apresentados na segunda Assembleia dos Povos: Nossas Soluções.

JORNAL OECOAMBIENTAL NA CÚPULA DOS POVOS E RIO + 20 - CONTRA O USO DE AGROTÓXICOS

Ação contra uso de agrotóxicos surpreende evento da CNA na Rio + 20

   “Agronegócio é a mentira do Brasil”. Com essa palavra de ordem cerca de 250 militantes da Via Campesina Brasil e Internacional ocuparam o espaço da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), montado no píer Mauá, para desmascarar o discurso do agronegócio de uma agricultura sustentável. O stand, intitulado AgroBrasil, promovido pela CNA, Embrapa, Sebrae e por multinacionais como Monsanto e JBS, propõe a promoção de novas tecnologias para produzir alimentos e, segundo eles, preservar o meio ambiente. Além disso, será construído um documento de convergência de propostas das várias empresas do agronegócio, para ser apresentado à Rio + 20.
Os militantes da Via Campesina colaram cartazes em todo o espaço denunciando o abuso do uso de agrotóxicos, que envenena a comida da população brasileira. Além disso, estenderam faixas e fizeram um ato para que as pessoas presentes no evento pudessem ter consciência do alto consumo de venenos nas lavouras e na mesa dos brasileiros, sendo o Brasil o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. “Você já tomou sua dose de veneno hoje?”, clamavam os manifestantes.
Segundo Cleber Folgado, coordenador da Campanha Nacional de Combate aos Agrotóxicos, a CNA usa um discurso falacioso para tentar enganar a população. “Viemos aqui para denunciar e para que toda população saiba a farsa promovida pela CNA de que a agricultura do agronegócio é sustentável”. Segundo ele, além dos vários problemas sociais e ambientais promovidos por esse modelo de produção, o uso de agrotóxicos se mostra como um dos mais sérios destes.

  Ação surpresa e marcha

  A manifestação surpreendeu os organizadores do espaço e as pessoas que visitavam o local vinculado à Rio + 20. Muitos apoiaram o ato, que ocorreu de forma pacífica, e seguiu de encontro a uma marcha organizada pela Via Campesina, do Sambódromo até o píer Mauá.
“Não podemos apenas ficar em casa produzindo se queremos que a agroecologia substitua o agronegócio. Temos que sair às ruas para lutar”. Assim teve início a marcha, que reuniu 3.000 camponeses e camponesas para denunciar as falsas soluções propostas pelo agronegócio para a crise ambiental.
Os manifestantes marcharam em fileira até o estande da CNA, local de encontro das duas ações. “Aqui o agronegócio discute as falsas soluções do capitalismo. Estamos aqui para repudiar essas falsas soluções e apoiar a soberania alimentar. O povo só é soberano quando produz seus alimentos com suas sementes e livre de agrotóxicos”, afirmou Dilei, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Paraíba.
Os movimentos da Via Campesina propõem, ao invés do agronegócio, a soberania alimentar, que consiste em dar condições dignas para os camponeses produzirem alimentos sadios para a população, com políticas públicas que incentivem a agricultura familiar e o respeito aos conhecimentos tradicionais e à natureza.

JORNAL OECOAMBIENTAL NA RIO + 20 - E CÚPULA DOS POVOS - COMPROMISSOS DA RIO + 20


Rio+20 apresenta mais um legado: 692 compromissos voluntários para o Desenvolvimento Sustentável

   Em entrevista coletiva hoje (22/6), o Secretário-Geral da Rio+20, Sha Zukang, apresentou uma importante conquista da Rio+20: foram contabilizados 692 compromissos voluntários entre governos, ONGs e Major Groups – incluindo 500 empresas, indústrias, universidades, entre outros – nos eventos oficiais e paralelos realizados antes e durante a Conferência da ONU no Rio de Janeiro.
   No total serão investidos 513 bilhões de dólares em parcerias, programas e ações nos próximos 10 anos nas áreas de transporte, energia, economia verde, redução de desastres e proteção ambiental, desertificação, mudanças climáticas, entre outros assuntos relacionados ao desenvolvimento sustentável.
   No total foram 50 acordos que envolvem governos, 72 entre o Sistema ONU e ONGs, 226 entre empresas e a indústria, 243 entre universidades e escolas de todo mundo. Os maiores valores acordados serão doados pelo Banco de Desenvolvimento Asiático e oito dos principais Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs, na sigla em inglês), com 175 bilhões de dólares para a área de transportes, enquanto 50 bilhões de dólares serão investidos na iniciativa do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, ‘Energia Sustentável para Todos’. O Japão vai investir seis bilhões de dólares em programas sobre economia verde e redução de desastres, ao passo que a Alemanha se comprometeu a ajudar em ações sobre acesso a energia com 3,3 bilhões de dólares.
“A Rio+20 é sobre implementação e ações concretas. Aqui vimos que governos, Sistema ONU e Major Groups estão comprometidos de forma séria. Os acordos voluntários são uma parte fundamental do legado da Conferência e complementam o documento oficial da Rio+20. Estes acordos unem os atores-chave globais numa mesma causa, alcançar o desenvolvimento sustentável. Os governos não podem fazer este trabalho sozinhos, eles precisam do apoio do setor privado e da sociedade civil”, afirmou Sha Zukang.

JORNAL OECOAMBIENTAL NA RIO + 20 E CÚPULA DOS POVOS


Rio+20 em Números
Rio de Janeiro, 22 de junho de 2012
Durante nove dias (13 a 22 de junho), milhares de eventos foram realizados no período que antecedeu e durante a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em todo Rio de Janeiro, incluindo mais de 500 eventos oficiais e paralelos no Centro de Convenções Riocentro, onde a Conferência foi realizada.
A Rio+20 foi a maior Conferência da ONU já realizada, com ampla participação de líderes dos setores privado, do governo e da sociedade civil, bem como funcionários da ONU, acadêmicos, jornalistas e o público em geral.
Abaixo estão alguns dados da Rio+20.
Compromissos:
Mais de 513 bilhões de dólares mobilizados em compromissos para o desenvolvimento sustentável, incluindo áreas como energia, transportes, economia verde, redução de desastres, desertificação, água, florestas e agricultura.
692 compromissos voluntários para o desenvolvimento sustentável registrados por governos, empresas, grupos da sociedade civil, universidades e outros.
Participantes no Riocentro, até o fechamento em 21 de junho:
  • Total de participantes: 45.381
  • Delegações de 188 Estados-Membros e três observadores
  • Mais de 100 Chefes de Estado e de Governo
  • Delegados: aproximadamente 12.000
  • ONGs e Major Groups: 9.856
  • Mídia: 4.075
  • Credenciais para os dias dos Diálogos para a sociedade civil (16 a 19): 1.781
  • Pessoal de Segurança: 4.363
  • Cerca de 5.000 pessoas trabalharam no Riocentro diariamente.
Voluntários:
  • 1.500 pessoas se ofereceram para o trabalho voluntário, incluindo os jovens, selecionadas a partir de escolas técnicas, estudantes de escolas públicas do Rio de Janeiro, estudantes universitários e profissionais de todo o Brasil.
  • Cerca de 700 jovens de comunidades vulneráveis ​​foram selecionados.
  • 5% dos voluntários eram pessoas com deficiência.
Sobre o Riocentro:
  • Área total do Riocentro: 571 mil m², dos quais 100 mil m² foram construídos para a Rio+20.
  • 205 km de rede de cabo de fibra óptica.
  • Acesso a Internet sem fio para até 32.000 usuários simultâneos.
  • 8 km de cabos telefônicos.
  • Mais de 5.000 equipamentos de TIC (computadores, equipamentos de rede).
  • Capacidade de rede equivalente a uma cidade de 120.000 habitantes.
  • Infraestrutura compartilhada de 600 estações de trabalho.
  • 17 restaurantes na praça de alimentação.
  • 36 portais de raios-X.
Transporte para o Riocentro:
  • Cerca de 350 ônibus transportaram os participantes credenciados.
  • Sete linhas de ônibus ligadas a partir do Centro, Zona Sul e Barra da Tijuca até o Riocentro.
  • Duas linhas conectadas a partir de dois aeroportos do Rio de Janeiro à área de hotéis.
Parque dos Atletas:
  • Próximo ao Riocentro, uma área de exposição, aberta ao público em geral, foi criada no Parque dos Atletas para mostrar práticas de desenvolvimento sustentável, com exposições de 57 países (área total de 7.000 m²) e 33 organizações internacionais e agências especializadas (área total de 1.305 m²).
Hotéis:
  • Segundo a Associação Brasileira de Hotéis do Rio de Janeiro, a taxa de ocupação dos hotéis foi de 95% durante os nove dias.
Acesso a informação:
  • 161 totens (pontos de informação eletrônicos) foram instalados nos principais hotéis, aeroportos e outros locais pela cidade com informações sobre o evento, dicas para o turismo na cidade, opções de transporte, a agenda da Conferência, mapas e outros serviços de informação, todos em português, inglês e espanhol.
Fontes: Nações Unidas e do Comitê Nacional Organizador (CNO) do Brasil para a Rio+20.
Para mais informações sobre a Rio+20, visite www.uncsd2012.orge www.onu.org.br/rio20

JORNAL OECOAMBIENTAL NA RIO + 20 E CÚPULA DOS POVOS - COMBATE A POBREZA NO MUNDO

  O Jornal Oecoambiental está postando em tempo real matérias direto do Riocentro na Rio + 20. As matérias são distribuídas pela imprensa internacional.

OFID se compromete com US$ 1 bilhão para o Alívio da Energia da Pobreza


OFID commits US$ 1 billion to address Energy Poverty Alleviation

OFID Director-General, Mr. Suleiman J. Al-Herbish made this announcement to the UN Secretary General Ban Ki-moon during a meeting of the UN Secretary –General’s High Level Group on Sustainable Energy for All. The meeting took place as part of the activities of the UN Conference on Sustainable Development (Rio+20). Elaborating in the content of the Ministerial Declaration, he added that the institution stood ready to scale up this commitment if warranted by demand. He also said that while OFID has always responded to its partner countries’ priorities and strategies, the institution was of the opinion that universal eradication of energy poverty required sustained international effort and that access to modern energy services is vital to support all aspects of development. Since 2007, he revealed, OFID has increased the share of energy projects in total operations. In 2011, this share amounted to 25%.

The Ministerial Declaration welcomes the “International Year of Sustainable Energy for All” and recognizes that universal access to modern energy services is an objective that the international community aspires to achieve by 2030. The Declaration concurs with the universal access to modern energy services component of the Secretary-General’s “Sustainable Energy for All Initiative.” Ministers also recalled the 2007 Solemn Declaration of the Conference of Sovereigns and Heads of States of OPEC Member Countries, the Riyadh Declaration, which emphasized that eradicating poverty should be the first and overriding global priority guiding local, regional and international efforts. Ministers also referred to the “Energy for the Poor Initiative” launched in Jeddah, in June 2008, during a meeting of energy producers and consumers, which called on OFID to consider a program of US$1 billion for alleviating energy poverty.

The Ministers declared that efforts to eradicate energy poverty must be technology-neutral. While renewable solutions are appropriate where economics permit, fossil fuels will continue to be an important contributor to energy supply. Poor countries cannot be deprived of energy for development during the transition to a more diversified energy mix, the Ministers suggested.

The Ministers call upon the Rio+20 Summit to, indeed, adopt universal access to modern energy services by 2030 as a goal for sustainable development. According to their Declaration, strong political will and long-term governmental commitment will be prerequisites to energy poverty eradication. The investment needed to ensure universal access is substantial, and all available types and sources of funding will need to be mobilized.

OFID Ministerial Declaration on Energy Poverty