A população oprimida em ônibus lotados que circulam na Avenida do Contorno em Belo Horizonte - Foto - Jornal Oecoambiental
Enquanto vendem uma imagem enganosa do “Brasil exportação - copa do mundo e olimpíadas”, a população brasileira continua oprimida nas cidades refém de governos e empresas transnacionais que exploram os brasileiros com serviços de péssima qualidade como a telefonia. Em Belo Horizonte o sucateamento, por exemplo, dos telefones públicos é um absurdo. A maioria dos orelhões espalhados pela cidade não funcionam. A população “obrigada” a utilizar cada vez mais os aparelhos celulares é desrespeitada a cada instante. Qual é o critério para se cobrarem esses “impulsos” da telefonia celular? Quem fiscaliza isso? Falar hoje no Brasil via telefone custa caro e não há qualidade e respeito nos serviços prestados a população. As empresas de telefonia continuam vendendo planos de linhas telefônicas onde o resultado são contas abusivas em que o cidadão não tem como se defender ou argumentar, exigir transparência do que está sendo cobrado, sobre o valor das ligações. Este é o resultado dos que defendiam as privatizações:
tudo para os especuladores de lucros fáceis e nada para o povo. Está provado para quem, qual setor foi beneficiado com as privatizações. Não há um controle do Estado de fato sobre as empresas de telefonia que descobriram no Brasil uma terra de fácil lucro e exploração dos seres humanos. Os bancos nunca lucraram tanto com os mesmos juros abusivos, que contra os consumidores mantêm as grandes empresas e endividam a maioria da população. Qual é a valorização do ser humano diante os juros abusivos de um cartão de crédito ? No final eleitoral do ano passado o governo incentivou o consumo da população sem distribuir renda. Resultado: agora a maioria da população está endividada. Para se ter acesso ao consumo há toda uma economia destinada a enriquecer pequenos mega grupos econômicos enquanto a qualidade de vida da população, os serviços públicos, a renda da maioria da população vem se degradando a cada dia.
Novamente em época pré-eleitoral os poderes executivos locais vendem uma imagem enganosa sobre obras e obras. Esse marketing é antigo em períodos pré-eleitorais, agora acrescem a argumentação de obras também para a copa do mundo e olimpíadas. A qualidade de vida das pessoas que ocupam o espaço urbano para quem essas “obras” deveriam ser destinadas está relegada a segundo plano. O super faturamento das obras de reforma do Mineirão em BH, denunciam que as verbas públicas são desviadas para os grandes grupos da construção civil. Na habitação, a reforma dos condomínios como um histórico em BH, o IAPI, atendem a interesses mais eleitorais que de fato a qualidade de vida da população. Por que reformar apenas um conjunto habitacional se a maioria dos conjuntos habitacionais em nossa cidade clama por reformas? Seria preciso tombar como patrimônio histórico todos os edifícios que estão deteriorados em BH para que houvesse de fato um investimento democrático na construção civil visando à qualidade de vida da maioria da população ? Por que não investir estes milhões de reais para a copa do mundo democratizando-se os recursos com todas as regiões da cidade de Belo Horizonte ? Por que não há interesse de se investir de fato na qualidade de vida da para toda população ? A habitação ainda continua sendo pensada como fonte de lucros exorbitantes e não como projetada para o bem estar da maioria da população. Apartamentos luxuosos são construídos com facilidades de financiamento de bancos, enquanto as habitações populares continuam sendo mal projetadas, estão se degradando por BH e a maioria das cidades brasileiras sem respeito aos seres humanos.
Belo Horizonte, como todas as cidades brasileiras continuam clamando por sustentabilidade. Para ilustrar o que dizemos registramos ontem em BH a péssima condição de transporte público. Ônibus lotados, péssimos serviços públicos de saúde, educação, moradia, saneamento básico para a maioria da população cada vez mais empobrecida. Os professores em Minas Gerais que têm todo nosso apoio do Jornal Oecoambiental estão novamente em greve. Denunciam o descaso do poder público com relação à má qualidade e a insustentabilidade da educação em Minas Gerais. Um professor ter que fazer greve para receber pouco mais de mil reais, enquanto o salário mínimo do Dieese em maio de 2011 deveria ser R$ 2.293,31 evidencia o caráter de classe do Estado brasileiro. Como dizer que em Minas Gerais e no país há qualidade de vida e respeito a população se um professor é tratado dessa forma ? Qualidade de educação sem valorização de um professor é negar o direito sagrado da população brasileira ao acesso a educação. Nacionalmente não se resolvem os problemas socioambientais urgentes como os citados além da resolução do crime socioambiental da péssima distribuição de renda no país. A maioria dos empregos gerados por esta economia de classe, opressora da população, atendem aos interesses de empresas e um Estado ineficiente que super exploram a população, não somente nas suas relações de trabalho como no resultado dos serviços que prestam. Tudo isso é degradação do meio ambiente. As más condições e qualidade de vida da população brasileira são problemas ambientais. O Brasil precisa gostar e valorizar mais a população brasileira. Nossa população clama por justiça socioambiental. Ter qualidade de vida para maioria da população não é favor é obrigação do Estado previsto no Artigo 225 da Constituição brasileira. Maltratando-se assim os brasileiros concentrando-se cada vez mais renda em mega empresas transnacionais é que o Brasil será exemplo na copa do mundo e olimpíadas? Até quando o Brasil será um país colonial?
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