sexta-feira, 4 de outubro de 2013

MARINA SILVA ENFRENTA A BUROCRACIA E A LUTA EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE SE FORTALECE


   O Estado negar a inscrição do partido Rede Sustentabilidade não surpreende a nós que trabalhamos na área socioambiental, pois a negação do valor da pessoa humana e de todo meio ambiente está dado na sociedade atual. Como a proposta de redes na área de meio ambiente, por exemplo, acontecem em tempos diversos da cronologia da burocracia, somente relembrando as recentes manifestações nas ruas do Brasil, podemos constatar que há uma negação em se ouvir o clamor das massas pelas burocracias que dificultam toda representação política direta e transparente da sociedade civil brasileira. A Senadora Marina, como é conhecida, não poderá ser acusada de ser anarquista, pois trilhou um caminho onde há um jogo de cartas marcadas. Talvez se ela colhesse um milhão de assinaturas para a criação do partido, nesta conjuntura política, iriam dizer que ainda não poderia criar um partido. Disseram na negação do registro que não havia apoio e representatividade na sociedade civil, mas com quase vinte milhões de votos que obteve na última eleição presidencial ? Os partidos brasileiros seriam melhor definidos como agrupamentos políticos que defendem interesses muitas vezes corporativos. Existem tantas facções e interesses em todos os partidos, que talvez o nome dê significado a sua própria existência: os partidos estão partidos. E quem mais sofre como isso ? A maioria, não parte, de nós brasileiros.
   Questões apresentadas pela ecopolítica como  os constantes relatórios de mudanças climáticas, ou sobre o aquecimento global; a falta de qualidade de vida para milhões de brasileiros, devido ao uso indiscriminado de agrotóxicos na agricultura no Brasil; o desmatamento da Amazônia; a falta de respeito para com as etnias que formam a identidade brasileira, como os povos indígenas, quilombolas, populações tradicionais, afrodescendentes, colocam em evidência uma sociedade de classes e de agrupamentos étnicos que tentam colocar a margem a solução urgente dos conflitos socioambientais no Brasil e no mundo. Esta decisão de não se permitir o registro da Rede de Sustentabilidade poderia ser descrito como uma atitude de racismo ambiental.  Devemos lembrar que a Senadora Marina Silva é uma afrodescendente, mesmo sabendo que o racismo ambiental agride a todas as etnias da sociedade. Contudo, sabemos que os que mais sofrem com a degradação socioambiental no Brasil e no mundo são os mais pobres. 
  Os problemas e conflitos socioambientais no Brasil e no mundo não serão resolvidos de cima para baixo, em um Decreto-Lei, por ações partidárias, pelo Estado ou Estados apenas; o protagonismo para a construção de sociedades ambientalmente mais justas está nas mãos, nas atitudes da maioria: a sociedade civil. Na valorização de cada brasileiro, de nossa diversidade cultural, étnica, de nossa identidade como Nação. Lutamos pela defesa de uma sociedade ambientalmente mais justa, com qualidade de vida para todos. Pela democratização da comunicação, do direito de todos os brasileiros terem pão na mesa e formação, base cultural, orgulho de ser brasileiro e não o contrário.  No nosso caso brasileiro, estamos presenciando a insatisfação de grande parte da população onde a exclusão das maiorias fica cada vez mais evidente. O Brasil vivencia o caos no sistema público de educação ( como alguns estão faturando com as provas do Enen...), saúde, transporte, moradia, alimentação de qualidade, a péssima distribuição de renda no país, manifestada nas ruas, nas greves, nos conflitos que a grande imprensa tanto gosta de expor e individualizar mas nunca apontar as causas.
    No entanto, a sustentabilidade está sendo construída. Porque a causa socioambiental é a grande fronteira da espécie humana. Não queremos seguir o caminho da destruição, da degradação dos seres humanos contínua e de todo o meio ambiente.  Este parece ser um caminho nada fácil para o Brasil. Importamos tanta coisa ruim de outros países e não valorizamos nosso próprio povo brasileiro. As empresas brasileiras que traziam possibilidades de valorização de nosso povo foram privatizadas e sucateadas.  Antes de tudo, a trajetória de luta em defesa da Amazônia no Brasil, dos excluídos que continuam sendo excluídos pela classe dominante, nós: povo brasileiro, merecemos respeito. A Senadora Marina merece respeito. Não se trata aqui de apoio ou defesa deste ou daquele candidato. Todos os partidos terão que apresentar propostas na área socioambiental. A questão ambiental é a que abrange todas as políticas públicas de forma transversal. Não há questão política mais urgente que solucionar os conflitos socioambientais no presente, pensando-se no futuro. A juventude brasileira por isso reage. Nós, os adultos estamos tentando desvalorizar nós mesmos, os brasileiros. Que respeito a juventude pode dar a um adulto se este modelo de sociedade está degradando as pessoas e destruindo o meio ambiente ?  Ainda somos um país com uma ideologia de colônia dominante. 
   O Jornal Oecoambiental trabalha para a construção da sustentabilidade com a valorização da identidade nacional. Não precisamos importar ideologias dos países do norte, porque o Brasil tem bagagem cultural para construir um caminho de valorização de todos os brasileiros, de todo o meio ambiente, do respeito a auto determinação dos povos, de sociedades sem senhores, sem escravos, sem ditadores e sem ditaduras do mercado. A causa da construção da sustentabilidade se fortalece quando se evidencia que o protagonismo continua sendo cada vez mais da sociedade civil.   O Jornal O Ecoambiental estará ouvindo quais as propostas de todos os candidatos à Presidência da República para resolverem os problemas socioambientais dos brasileiros. Trabalhamos sem vínculo político partidário. Buscamos contribuir na implantação do Artigo 225 da Constituição, da Agenda 21 e da economia solidária.
   Queremos um país e um mundo melhor de se viver para as presentes e futuras gerações. Não podemos mais seguir aquecendo o planeta, mantendo milhões de seres humanos na pobreza. Não há fome apenas de pão, mas de valorização humana, de respeito às culturas e identidades locais. 

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