sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

ÁGUA: TE QUERO LIMPA


EDITORIAL
Àgua: te quero limpa

 
     “A crise da água”. Esta foi uma manchete na grande imprensa. Ao apresentar o conteúdo das reportagens o de sempre: vai chover ? E as entrevistas “pedagógicas” de como ensinar o cidadão a economizar água. Como diz o ditado: “a corda arrebenta para o lado mais fraco.” Esta novela já é conhecida:  a culpa é sempre  da falta de chuvas. O modo de produção degradado da sociedade insustentável  não é questionado.
    A não neutralidade ideológica da grande mídia sobre a abordagem dos problemas ambientais  coloca os consumidores quase como vilões.  E o desperdício dos grandes poluidores, dos setores sócio-econômicos  que agem economicamente como se os recursos naturais fossem inesgotáveis ?  Na Conferência da ONU Rio + 20 e Cúpula dos Povos o Brasil foi lembrado como líder mundial de utilização de agrotóxicos na produção de alimentos.   Os agrotóxicos contaminam os seres humanos e o lençol freático.  Um boi para chegar a um ponto de abate consome cem mil litros de água e grande parte desta água.  E a mineração em áreas de nascentes   como do Parque do Gandarela em MG ? 
   A crise não é da água e sim do ser humano.  A forma predatória como o modo de produção da sociedade vem se organizando está em crise. A insustentabilidade do consumo ilimitado, da educação predatória que visa o “sucesso” econômico a qualquer preço e o consumo ilimitado de poucos em detrimento de bilhões de seres humanos condenados a uma vida degradante. 
    Oitenta pessoas no mundo concentram mais da metade de toda riqueza produzida no mundo.  Estressam o Planeta, os seres humanos e todo meio ambiente. Fazem de outros seres humanos “escravos do consumo ilimitado”, precarizam o trabalho,  terceirizam os serviços e não valorizam os trabalhadores terceirizados.  Bilhões de seres humanos continuam na miséria. A miséria econômica se estende para a miséria cultural, de pão, alimentação sem agrotóxicos,  de falta de moradia, saúde pública e educação pública de qualidade.  
    A média de desperdício de alimentos no mundo chega a mais de 20%. O que leva a mais desperdício de água. O mundo produz alimentos para alimentar três vezes a população da Terra segundo a FAO. A concentração de riquezas para poucos, as desigualdades econômicas no Brasil e no mundo é um problema ambiental dos mais graves que os seres humanos precisam vencer para que a sociedade alcance uma qualidade  saudável de vida para todos  e o respeito à água e aos recursos naturais.
   Todos são bombardeados com propagandas de consumo que aliena o ser humano de sua condição como parte do meio ambiente.  Vende-se sem ética ambiental que a felicidade está ligada a necessidade de consumo ilimitado e que cada um “precisa de celulares com design atualizado”, comprarmos TVs de alta definição, comprar a programação das TVs,  que em grande parte, são a vitrine da publicidade que degrada os seres humanos e todo meio ambiente.   Haja energia para dar conta de tanto consumo. Energia é água. A mesma energia de move nosso corpo humano constituído de 70% de água. A mesma água que existe  para nossa sobrevivência e que está cada dia sendo mais poluída.  Poluir a água é poluir a nossa espécie,  a biodiversidade que tem origem na  água.  O custo da água não é apenas a conta que pagamos todo mês pelo consumo e que alguns querem privatizar cada vez mais.  Os problemas ambientais estão interligados. Do desmatamento da Floresta Amazônica a ocupação desordenada das cidades.
   Os governos  não realizam a reforma agrária e inviabilizam uma vida rural digna e saudável.  Contribuem para o êxodo rural.
    As alterações climáticas estão aí provocadas pela emissão de gases de efeito estufa.   Os efeitos da poluição dos cursos d’água quem vai resolver? Os governos dizem que vão racionar água, realizam campanhas de economia de água. Sem dúvida, pela situação crítica da escassez de água, todos temos que economizar. Porém, por que os grandes poluidores e consumidores de água não são questionados?
    Propomos então: que sensibilizados pelo sofrimento que a falta de água ocasiona, principalmente para os mais pobres, como sociedade civil,  que os governos façam sua parte e despoluam os cursos d’água como aqui em BH a Lagoa da Pampulha, o Ribeirão Arrudas, o Rio Tietê em SP, a Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio e tantos cursos de água no Brasil. Sugerimos que os governos realmente façam cumprir a legislação ambiental fiscalizem e proíbam que as nascentes de água sejam destruídas pela ação predatória de segmentos econômicos da sociedade.
   Nesta perspectiva toda educação é ambiental.  Como a grande imprensa vai realizar a “educação ambiental” para o racionamento de água se já “educa” a sociedade para o consumo ilimitado?   Os conflitos socioambientais estão aí. 
  Os cursos de água poluídos não são despoluídos porque há questões políticas em conflito.  A sociedade educou o ser humano para não se importar com o próprio ser humano e muito menos com a água, com a valorização dos recursos naturais. A sociedade educa sua população para aceitar o Rio Arrudas. o Rio Tietê, a Lagoa da Pampulha, a Lagoa Rodrigo de Freitas e tantos outros rios poluídos como coisa “normal”.  Não há olfato para o odor dos cursos de água. Nem visão para os rios, muito menos poluídos.  Precisamos nos acostumar com os odores dos cursos d’água poluídos,  falta água em São Paulo ? Basta olharmos o espelho da sociedade o Tietê poluído, a poluição dos rios são espelhos das sociedades.  A construção de sociedades sustentáveis exige dos seres humanos vencerem a alienação socioambiental atual. Esta educação de degradação é ambiental. Ela nos adestra a “não vermos”, sentirmos e não nos importarmos em agir para despoluir os seres humanos, os rios e cursos d’água. Uma educação de fato não deveria degradar o ser humano e todo meio ambiente. Esta educação também é ambiental. Porque é a educação  com ética ambiental de fato.

 Como vencer estes conflitos ? Valorizando a pessoa humana e todo meio ambiente. Este é o caminho da felicidade e não da dor e sofrimento.  A sociedade civil tem este poder como prevê o Artigo 225 da Constituição assim com os governos, se de fato quiserem agir para resolver os problemas ambientais.  
    Lutar pela qualidade de vida é vencer as causas da degradação humana, ambiental.
       Podemos como sociedade civil agir para despoluir os rios do Brasil.  Ok, vamos economizar água, então vamos como sociedade civil exigir que os seres humanos e todo meio ambiente sejam respeitados  e os governos despoluam os rios e cursos de água no Brasil. Falta água em SP, MG, Rio de Janeiro, no nordeste ?  Vamos então deter de fato o desmatamento da Amazônia ? Precisamos unir pessoas que valorizam a espécie humana e realizar campanhas  que reconhecem o valor da água limpa, sem poluição.  A felicidade de reencontrarmos com nossa essência humana e com outros seres humanos que buscam ser valorizados.  Esta é a audiência que é preciso dar ibope: valorizar pessoas, ações, instituições que estão lutando pelos cursos de água limpa, despoluir pessoas, rios e sociedades.  Que possamos então impedir que nascentes sequem pela ação predatória e a verticalização indiscriminada dos conglomerados urbanos.  


   Em todos  os encontros e conferências ambientais que se realizam e se multiplicam pelo mundo há uma unanimidade: a ação e reação da sociedade civil construindo sociedades sustentáveis é determinante para o ser humano não ser destruído como espécie e a Terra seja respeitada e valorizada.

    E você o que pensa a respeito ? Envie-nos seus comentários. Inscreva-se no blog: www.oecoambiental.blogspot.com

    

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

BOLSA DE RESÍDUOS



SOBRE ATOS E PALAVRAS


   VÁ AO TEATRO - 
   
  Toda reflexão sobre a sociedade é eminentemente socioambiental. Afinal sociedades sustentáveis dizem respeito a reflexões sobre o ser humano, os valores sobre a organização das sociedades e a construção de sociedades mais justas, fraternas e felizes. 

  Com uma proposta de conteúdo atual esta peça teatral:  "Sobre Atos e Palavras" -  VALE A PENA CONFERIR.

ESPETÁCULO
Peça teatral adulta: "SOBRE ATOS E PALAVRAS"
Classificação: 14 anos
Valor: R$ 12,00 nos Postos do Sinparc
R$ 30,00 inteira R$ 15,00 meia na Bilheteria do Teatro
DATAS DAS APRESENTAÇÕES
06 a 29 de janeiro de 2015 – Terças, quartas e quintas
HORÁRIO
21H
LOCAL
Teatro Sesi Holcim
Rua: Padre Marinho, nº 60 Sta. Efigênia

SINOPSE
Um embate entre um escritor que defende firmemente suas ideias e convicções e um advogado que procura corrompê-lo, oferecendo-lhe vantagens. A peça faz uma alusão à grande obra prima de Goethe, Fausto.

OBJETIVO DA MONTAGEM
A sociedade moderna apresenta freqüentemente, inúmeras possibilidades para nos corromper ideologicamente.
Optamos por encenar "Sobre Atos e Palavras" porque o texto traz à luz essa discussão, possibilitando ao espectador refletir criticamente sobre as ações dos outros indivíduos, mas também sobre suas próprias ações, diante da corrupção que os cerca.
Acreditamos que esse seja um tema atual e contundente e que, por isso deve ser discutido.


O GRUPO – CIA EXPOSTA DE TEATRO
Reunidos pela vontade de pesquisar novas linguagens cênicas, baseadas, sobretudo, na corporeidade do ator, o grupo encontrou na montagem do texto inédito de Pedro Cabizuca um grande desafio. Além das possibilidades simbólicas apresentadas ali, que vieram enriquecer a proposta de pesquisa assumida por todos, o texto traz à baila temas de discussão bastante relevantes como a questão da ética no trabalho do artista, a corrupção e a comercialização de ideias, que transforma a obra de arte em produto. Esse é o primeiro trabalho do grupo, que pretende, futuramente, seguir com sua pesquisa estética.

IRIS PRATES – PRODUTORA
Formou-se pela Companhia de Teatro em 2002, como atriz participou de espetáculos dentre os quais se destacam: “Médico à Força” Direção: Abdon Braga e Roberto Raquino; “Troianas” (espetáculo premiado nos Festivais de Ponta Grossa e São Matheus) e “Dramas de Martins”, Direção Luiz Paixão; “Com o Diabo no Corpo” Direção Freddy Mozart, no qual atuou e produziu; “Chapeuzinho Vermelho”, Direção Ílvio Amaral; “A Greve dos Sexos e Áridas Flores” Direção de Anália Marques. No cinema atuou em 3 curtas, Escambo Direção: Bruno Rocha, Ano Passado em Ouro Preto Direção: Eustáquio Rodrigues, e Colostro Direção: Bruno Rocha e José Paulo. Como produtora, traz em seu currículo a produção da peça “Com o Diabo no Corpo”, o Festival de Inverno de Araxá edições 2013 e 2014, vídeos para MRV, Rossi, Direcional, Mining Ventures Brasil e Rima.

MARIANA BIZZOTTO – DIRETORA
Formou-se pela Companhia de Teatro em 1997, Como atriz participou de espetáculos dentre os quais se destacam: “De menina pra mulher”, “Mambembe” e “Malandro – o musical”, com direção de Anália Marques; “ Amores Profanos”, “ Fausto”, “Todas mulheres são Maria”, “Amor em pedaços” (espetáculo premiado no Festival de teatro
Amador de Ponta Grossa), “Troianas” (espetáculo premiado nos Festivais de Ponta Grossa e São Matheus), “ Sade- o avesso de Deus”, “Tchekovianas”, “ Insólito Constante”, “ Que tempos são esses?”, “ Ralé”, “Bacantes” e “ O Pelicano”. Dirigiu os espetáculos “Segredos Rasgados”, “Tragicomédia de um casamento malogrado”, “Fragmentos sinceros de um diálogo que não houve”, “ Don Juan”, “ Arlequim, o servidor de dois amos”, entre outros. Em 2012, escreveu e dirigiu o espetáculo “Beijo de tangerina”. Fez a direção dos atores do curta-metragem “Colostro”, de Bruno Hilário e José Paulo Osório, exibido na Mostra do Filme Livre em 2012.

MARCO FUGGA – ATOR
O ator formou-se pela Companhia de Teatro – Escola de Arte, onde participou de várias produções, entre elas: “Troianas”, espetáculo dirigido por Luiz Paixão, premiado no Festival de São Matheus, em seis categorias e no Festival de Teatro Amador de Ponta Gossa, em duas categorias; “Édipo”, “Sade- o avesso de Deus” e “ Bacantes”, direção de Luiz Paixão; “O filho do Cão”, dirigido por Anália Marques e “Don Juan”, direção de Mariana Bizzotto. Posteriormente, participou das montagens “O Bom Crioulo”, ”Maíra” e “Poncio Vicencio de Conceição Evaristo”, do Grupo Faos de teatro, dirigido por Joselma Luchini. Atualmente, dedica-se, não só ao teatro, mas também ao Cinema, participando de produções de destaque como o filme “Heróis”, de Guto Aeraphe( o personagem lhe rendeu uma indicação no Prêmio Sesc-Sated) e “ Faroeste”, de Abelardo de Carvalho, a ser veiculado ainda em 2013.
THIAGO DI NAZARÉ – ATOR
Formado pela Companhia de teatro – Escola de Arte, o ator participou de espetáculos como: “Que tempos são esses?”, “Èdipo”, “ Ralé” e “Bacantes”, dirigidos por Luiz Paixão e “O Santo e a Porca”e “Arlequim - O servidor de dois amos” dirigidos por Mariana Bizzotto. Desde então, tem participado de Oficinas com ênfase na pesquisa de diferentes linguagens, ministradas por artistas de renome como Gabriela Linhares, Luiz Paixão e Jefferson da Fonseca.

BEATRIZ RODRIGUES – ATRIZ
Formada pela Escola de teatro da PUC Minas, a atriz participou de espetáculos como “A casa das ilusões”, com direção de Jefferson da Fonseca , “ A dama da lotação e outros contos” e “ Dorotéia”, ambos com direção de Luiz Arthur, “68” com direção de Luiz Paixão.

FICHA TÉCNICA
TEXTO Pedro Cabizuca
DIREÇÃO Mariana Bizzotto
PRODUÇÃO Iris Prates
ELENCO Bia Rodrigues / Marco Fugga / Thiago di Nazaré FOTOGRAFIA Thiago di Nazaré / Mariana Bizzotto
ILUMINAÇÃO Luiz Paixão
TRILHA SONORA Marcílio Rosa FIGURINO Rafael Castro

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

COMPOSTAGEM CASEIRA


ATITUDE DE HUMANIDADE


INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA Nº 22

IBAMA ESTABELECE PROCEDIMENTOS PARA EMISSÃO DE ANUÊNCIA PARA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NO BIOMA MATA ATLÂNTICA


   Foi publicada a Instrução Normativa MMA nº 22, de 26 de dezembro de 2014, que estabelece critérios e procedimentos para solicitação, análise e concessão de anuência prévia à supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração no Bioma Mata Atlântica, nos termos do Art.19 do Decreto nº 6.660, de 2008.

 A anuência deverá ser solicitada pelo órgão licenciador competente antes da emissão da Licença Prévia - LP ou da Autorização de Supressão de Vegetação - ASV, esta última nos casos em que não for exigível LP.

  O processo deverá ser instruído com a documentação constante do artigo 3º da referida Instrução Normativa. Dentre os documentos exigidos, destacam-se o recibo de inscrição do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, os dados georrefenciados do empreendimento, a descrição e apresentação da proposta de compensação, a análise técnica do órgão licenciador relativa à vegetação a ser suprimida.

Para a emissão de parecer técnico conclusivo do IBAMA, serão considerados:

I - dimensão, em hectares, da área a ser suprimida objeto da solicitação de anuência;

II - avaliação do estágio sucessional da vegetação, com base em critérios e indicadores técnico-científicos disponíveis em Resoluções do Conama e/ou na literatura;

III - ocorrência de espécies da flora endêmicas, raras e ameaçadas de extinção e ou legalmente protegidas, e consequente interferência da supressão sobre a capacidade de sobrevivência in situ dessas espécies;

IV - ocorrência de espécies da fauna migratória, endêmicas, ameaçadas de extinção e/ou legalmente protegidas e consequente interferência da supressão sobre a capacidade de sobrevivência in situ dessas espécies;

V - perda de habitat, fragmentação e situação de conectividade da área a ser suprimida com áreas relevantes à conservação, tais como manchas de vegetação nativa, corredores ecológicos, áreas de preservação permanente e demais áreas especialmente protegidas;

VI - existência de unidades de conservação e outras áreas protegidas direta ou indiretamente afetadas pela supressão;

VII - existência de áreas prioritárias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade brasileira estabelecidas pelo Ministério do Meio Ambiente e mapeamento da biodiversidade eventualmente existente para a área e região da supressão;

VIII - manifestação do órgão ambiental licenciador acerca da proposta de compensação ambiental e, na hipótese específica do art. 3º, § 4º, acerca da observância das restrições impostas pelos artigos 11 e 12, da Lei 11.428, de 2006;

A concessão da anuência poderá ser emitida com condicionantes para mitigar os impactos da supressão sobre o ecossistema remanescente.

   Qualquer alteração de área referente à vegetação a ser suprimida deverá, em todos os casos, ser previamente comunicada ao IBAMA, que a submeterá a nova análise.
A anuência, ou o seu indeferimento, fundamentado em parecer técnico assinado por analista ambiental com formação compatível com as análises realizadas, deverá ser assinada pelo Presidente do IBAMA ou pela Superintendente do estado onde se dará a supressão.