terça-feira, 23 de julho de 2019

VIRADA CULTURAL DE BH 2019 - FELICIDADE NAS RUAS DE BH


   
Virada Cultural de BH 2019 - Espaço Praça 7 - Foto: Jornal Oecoambiental

  A Virada Cultural de Belo Horizonte 2019 levou a felicidade as ruas. Contou com  25 locais de eventos, como: Parque Municipal, Praça da Estação, Caetés, Praça Sete, Guaicurus, Carijós, Av. Afonso Pena, que receberam 400 atrações culturais gratuitas.  Foram utilizados mais de cem toneladas de equipamentos, transportados por mais de cinquenta caminhões.  A TV Virada mostrou a noite, no centro de BH, imagens da virada projetadas em um prédio em telão,  fotos e imagens selecionadas da Virada. Aconteceram disputas de torneios, jogos virtuais, de tabuleiro, feiras na av. Afonso Pena. Todos os ritmos se fizeram representar:  funk,  rock, samba, forró pé de serra, chorinho, uma verdadeira diversidade de atrações.  




  A madrugada de domingo (21) no Centro de Belo Horizonte foi de muita animação, música e descontração na Virada Cultural. Aconteceram apresentações em vários palcos de artistas, como Moraes Moreira, Daniela Mercury, Odair José e Marcelo Veronez, Chama o Síndico e Fernanda Abreu e diversos artistas e atrações.
  Na Rua Tupinambás, houve o forró de pé de serra.  Uma grama foi colocada no viaduto Santa Tereza, com cadeiras de praia, coqueiros, segundo os organizadores, “a virada cultural tem este papel de dar novo sentido ao espaço urbano”,  o viaduto então serviu de espaço para um pouco de relaxamento entre uma atração e outra, na madrugada de eventos culturais.




   No domingo houve atrações para crianças no Parque Municipal,   balé e circo. Quatro bailarinos de um grupo paulista aproveitaram um painel em um dos prédios do corredor cultural da Rua da Bahia para se apresentar.  Na Avenida dos Andradas - atitude de solidariedade na entrega de roupas pela Street Store BH, que recebeu doações de roupas e sapatos que foram entregues as pessoas em situação de rua.



  No Centro Cultural do UFMG, aconteceram apresentações de chorinho e da Velha Guarda do Samba que serviu aos presentes comidas e caldos gratuitos ao público presente. A Velha Guarda apresentou-se novamente no palco da Rua Carijós,  para o público que gosta do bom samba de Raiz, logo depois um show de samba do grupo Tradição. Na av. Amazonas, o Circuito do Samba contou com apresentações de vários grupos de samba de BH e Fernando Bento.
  À tarde, no palco principal, na Praça da Estação, os destaques no domingo vieram do Aglomerado da Serra. Primeiro, teve o Baile da Serra. Em seguida, foi apresentada a Disputa Nervosa de Passinho, do Lá da Favelinha. 




   A virada foi encerrada na Praça da Estação com um show do rapper mineiro Djonga, que iniciou sua apresentação com “Moleque atrevido” e com “Hat-Trick”, com fogos de artifício e o refrão: “abram alas pro  rei”, que levantou o público de milhares de pessoas que lotaram a Praça.

Virada Cultural de BH 2019 - Praça da Estação - Foto: Jornal Oecoambiental

    A Virada Cultural de BH segue um caminho de sucesso. Durante nossa presença no evento, não registramos nenhuma ocorrência de violência. E o mais intrigante é que a grande mídia quase não deu destaque para este evento tão importante para a cidade. Fica uma questão do “por que” o que de bom os seres humanos são capazes de produzir não é divulgado como deveria? A felicidade da população é temida.
   A proposta da cultura sempre congregou felicidades e criatividades. Há muito que melhorar sim como uma maior divulgação de como os grupos culturais, artistas e pessoas das comunidades podem participar e se inscrever nos eventos. Ausências como a participação dos grupos de Congado, Capoeira, que são tradições Afromineiras de nossa cidade, foram sentidas.


   O destaque fica para a Velha Guarda do Samba  que nos trouxe uma reflexão. Utilizaram parte do cachê para ofertar aos presentes no Centro Cultural do UFMG, pratos da gastronomia mineira. Coisa inusitada entre artistas. E um exemplo de que a mensagem cultural sempre deve ser o principal acontecimento em se tratando de eventos. São vários anos defendendo a cultura do bom samba de raiz em Belo Horizonte.
     Uma questão que precisa ser melhorada é o transporte público, que poderia circular gratuitamente pelo menos em um dia do evento, sendo que ao final,  há pouca informação sobre a alteração de trajetos do transporte público. Muitos ficaram sem saber onde encontrar o transporte de casa e os ônibus demoraram a voltar a circular normalmente após o evento.  

   Em linhas gerais foi um bom evento cultural que juntamente com o carnaval de BH, vem se consolidando como espaço de cultura e cidadania. A cultura é um bom caminho para a construção da sustentabilidade, pois a valorização das pessoas e a diversidade cultural contribuem para a melhoria da educação e produção cultural.  A participação da população, da sociedade civil, é fundamental para a conquista de melhor qualidade de vida e meio ambiente em nossas comunidades. Que na organização destes eventos haja transparência e as informações cheguem à todos que desenvolvem trabalhos culturais nas comunidades.
 Há que se incentivar a participação das pessoas na boa gestão dos espaços públicos, atividades culturais, gastronômicas, socioambientais da cidade. Que a Virada Cultural de BH conquiste cada dia mais adesão da população de BH. Abra espaço para todos os eventos culturais comunitários e favoreça cada vez mais a melhoria da qualidade de vida da população.


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