A Virada Cultural de Belo Horizonte 2019 levou a felicidade as ruas. Contou com 25 locais de eventos, como:
Parque Municipal, Praça da Estação, Caetés, Praça Sete, Guaicurus, Carijós, Av.
Afonso Pena, que receberam 400 atrações culturais gratuitas. Foram utilizados mais de cem toneladas de equipamentos,
transportados por mais de cinquenta caminhões. A TV Virada mostrou a noite, no centro de BH,
imagens da virada projetadas em um prédio em telão, fotos
e imagens selecionadas da Virada. Aconteceram disputas de torneios, jogos
virtuais, de tabuleiro, feiras na av. Afonso Pena. Todos os ritmos se fizeram
representar: funk, rock, samba, forró pé de serra, chorinho,
uma verdadeira diversidade de atrações.
A
madrugada de domingo (21) no Centro de Belo Horizonte foi de muita animação,
música e descontração na Virada Cultural. Aconteceram apresentações em vários
palcos de artistas, como Moraes Moreira, Daniela Mercury, Odair José e Marcelo
Veronez, Chama o Síndico e Fernanda Abreu e diversos artistas e atrações.
Na Rua
Tupinambás, houve o forró de pé de serra. Uma grama foi colocada no viaduto Santa
Tereza, com cadeiras de praia, coqueiros, segundo os organizadores, “a virada
cultural tem este papel de dar novo sentido ao espaço urbano”, o
viaduto então serviu de espaço para um pouco de relaxamento entre uma atração e
outra, na madrugada de eventos culturais.
No
domingo houve atrações para crianças no Parque Municipal, balé e
circo. Quatro bailarinos de um grupo paulista aproveitaram um painel em um dos
prédios do corredor cultural da Rua da Bahia para se apresentar. Na
Avenida dos Andradas - atitude de solidariedade na entrega de roupas pela
Street Store BH, que recebeu doações de roupas e sapatos que foram entregues as
pessoas em situação de rua.
No Centro
Cultural do UFMG, aconteceram apresentações de chorinho e da Velha Guarda do
Samba que serviu aos presentes comidas e caldos gratuitos ao público presente.
A Velha Guarda apresentou-se novamente no palco da Rua Carijós, para o público que gosta do bom samba de Raiz, logo depois um show de samba do grupo Tradição. Na av. Amazonas, o Circuito do Samba contou com apresentações de vários grupos
de samba de BH e Fernando Bento.
À
tarde, no palco principal, na Praça da Estação, os destaques no domingo vieram
do Aglomerado da Serra. Primeiro, teve o Baile da Serra. Em seguida, foi
apresentada a Disputa Nervosa de Passinho, do Lá da Favelinha.
A virada foi encerrada na Praça da Estação com um show do rapper mineiro
Djonga, que iniciou sua apresentação com “Moleque atrevido” e com “Hat-Trick”,
com fogos de artifício e o refrão: “abram alas pro rei”,
que levantou o público de milhares de pessoas que lotaram a Praça.
Virada Cultural de BH 2019 - Praça da Estação - Foto: Jornal Oecoambiental |
A
Virada Cultural de BH segue um caminho de sucesso. Durante nossa presença no
evento, não registramos nenhuma ocorrência de violência. E o mais intrigante é
que a grande mídia quase não deu destaque para este evento tão importante para a cidade. Fica uma questão do
“por que” o
que de bom os seres humanos são capazes de produzir não é divulgado como
deveria? A felicidade da população é temida.
A
proposta da cultura sempre congregou felicidades e criatividades. Há muito que
melhorar sim como uma maior divulgação de como os grupos culturais, artistas e
pessoas das comunidades podem participar e se inscrever nos eventos. Ausências
como a participação dos grupos de Congado, Capoeira, que são tradições
Afromineiras de nossa cidade, foram sentidas.
O
destaque fica para a Velha Guarda do Samba que nos trouxe uma reflexão. Utilizaram parte
do cachê para ofertar aos presentes no Centro Cultural do UFMG, pratos da
gastronomia mineira. Coisa inusitada entre artistas. E um exemplo de que a
mensagem cultural sempre deve ser o principal acontecimento em se tratando de
eventos. São vários anos defendendo a cultura do bom samba de raiz em Belo
Horizonte.
Uma
questão que precisa ser melhorada é o transporte público, que poderia circular
gratuitamente pelo menos em um dia do evento, sendo que ao final, há pouca
informação sobre a alteração de trajetos do transporte público. Muitos ficaram
sem saber onde encontrar o transporte de casa e os ônibus demoraram a voltar a
circular normalmente após o evento.
Em
linhas gerais foi um bom evento cultural que juntamente com o carnaval de BH,
vem se consolidando como espaço de cultura e cidadania. A cultura é um bom
caminho para a construção da sustentabilidade, pois a valorização das pessoas e
a diversidade cultural contribuem para a melhoria da educação e produção
cultural. A
participação da população, da sociedade civil, é fundamental para a conquista
de melhor qualidade de vida e meio ambiente em nossas comunidades. Que na
organização destes eventos haja transparência e as informações cheguem à todos
que desenvolvem trabalhos culturais nas comunidades.
Há que se
incentivar a participação das pessoas na boa gestão dos espaços públicos,
atividades culturais, gastronômicas, socioambientais da cidade. Que a Virada Cultural de BH conquiste cada dia mais adesão da população de BH. Abra espaço para todos os eventos culturais comunitários e favoreça cada vez mais a melhoria da qualidade de vida da população.
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