Foto divulgação Lapis |
Em meio a controvérsias sobre a origem dos
vazamentos de óleo no nordeste do Brasil, a população litorânea da costa
brasileira sofre cada vez mais com os danos ao meio ambiente causados por mais esta devastação socioambiental.
Segundo análises do laboratório (Lapis), ligado
à Universidade Federal de Alagoas (UFA), foram detectados padrões
característicos de manchas de óleo no oceano localizado no sul da Bahia, a 54
km de distância da costa, nas proximidades das cidades de Itamaraju e Prado.
Estas manchas indicam vazamentos de petróleo abaixo da superfície do mar,
possivelmente em decorrência da perfuração de um campo de exploração não
identificado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Estas informações foram
veiculadas pela Folha de Pernambuco, que entrevistou o pesquisador Humberto Barbosa.
Foi levantada a hipótese anteriormente de que um
petroleiro grego seria o responsável pelo vazamento de óleo, mas esta recente
análise científica realizada pelo laboratório Lapis, aponta que o vazamento
ocorreu antes da passagem do petroleiro grego pela costa brasileira. A mancha que foi detectada pelas
imagens do satélite Sentinel-1A, da Agência
Espacial Europeia (ESA), tem um formato de meia-lua e aproximadamente 55
quilômetros de extensão e seis quilômetros de largura.
Segundo o Ibama, órgão vinculado ao
Ministério do Meio Ambiente, o óleo poluente já foi identificado em nove
estados do Nordeste e em cerca de 353 praias, causando danos socioambientais
da maior gravidade, uma vez que afeta não apenas a biodiversidade marinha de
nossa costa litorânea, mas as economias locais, desde o trabalho de pescadores,
ao comércio e toda cadeia produtiva que sobrevive da pesca e turismo. Mas na verdade é muito confusa e há muita especulação sobre a origem ou origens dos vazamentos de óleo na costa brasileira.
Somos solidários às populações ribeirinhas
do litoral nordestino e lamentamos uma devastação socioambiental desta
magnitude ocorrer em nosso país. Os conflitos socioambientais gerados pelas ações
antrópicas (ações humanas que alteram o meio ambiente) carecem de uma união de todos:
sociedade civil e governos para solucioná-los. Todos os segmentos da sociedade
são fundamentais para a busca de soluções destes conflitos. A participação da
população é fundamental. Como podemos constatar nas ações imediatas das populações
locais, chegando às praias do nordeste brasileiro para retirar o óleo. Contudo é preciso se
precaver utilizando equipamentos de proteção adequados para se evitar a
contaminação e danos à saúde humana.
Que possamos ser mais solidários, agir de forma
preventiva e mais imediata para se evitar tantos danos socioambientais ao meio
ambiente. O Brasil ultimamente vem sofrendo com as queimadas, o rompimento de
barragens, as mudanças climáticas, a questão do desmatamento ilegal na
Amazônia. Que vem gerando inúmeros
conflitos socioambientais. É preciso
colocar-se em prática o princípio da precaução do direito ambiental. Nunca é
demais lembrar o Artigo 225 da Constituição brasileira:
“Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e de preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
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