quinta-feira, 7 de novembro de 2019

HIPÓTESES E CONTROVÉRSIAS NA ORIGEM DO VAZAMENTO DE ÓLEO NO NORDESTE BRASILEIRO

Foto divulgação Lapis

   Em meio a controvérsias sobre a origem dos vazamentos de óleo no nordeste do Brasil, a população litorânea da costa brasileira sofre cada vez mais com os danos ao meio ambiente causados por mais esta devastação socioambiental. 
  Segundo análises do laboratório (Lapis), ligado à Universidade Federal de Alagoas (UFA), foram detectados padrões característicos de manchas de óleo no oceano localizado no sul da Bahia, a 54 km de distância da costa, nas proximidades das cidades de Itamaraju e Prado. Estas manchas indicam vazamentos de petróleo abaixo da superfície do mar, possivelmente em decorrência da perfuração de um campo de exploração não identificado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Estas informações foram veiculadas pela Folha de Pernambuco, que entrevistou o pesquisador Humberto Barbosa.
   Foi levantada a hipótese anteriormente de que um petroleiro grego seria o responsável pelo vazamento de óleo, mas esta recente análise científica realizada pelo laboratório Lapis, aponta que o vazamento ocorreu antes da passagem do petroleiro grego pela costa brasileira. A mancha que foi detectada pelas imagens do satélite Sentinel-1A,  da Agência Espacial Europeia (ESA), tem um formato de meia-lua e aproximadamente 55 quilômetros de extensão e seis quilômetros de largura.
   Segundo o Ibama, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, o óleo poluente já foi identificado em nove estados do Nordeste e em cerca de 353 praias, causando  danos socioambientais da maior gravidade, uma vez que afeta não apenas a biodiversidade marinha de nossa costa litorânea, mas as economias locais, desde o trabalho de pescadores, ao comércio e toda cadeia produtiva que sobrevive da pesca e turismo. Mas na verdade é muito confusa  e  há muita especulação sobre a origem ou origens dos vazamentos de óleo na costa brasileira. 
    Somos solidários às populações ribeirinhas do litoral nordestino e lamentamos uma devastação socioambiental desta magnitude ocorrer em nosso país. Os conflitos socioambientais gerados pelas ações antrópicas (ações humanas que alteram o meio ambiente) carecem de uma união de todos: sociedade civil e governos para solucioná-los. Todos os segmentos da sociedade são fundamentais para a busca de soluções destes conflitos. A participação da população é fundamental. Como podemos constatar nas ações imediatas das populações locais, chegando às praias do nordeste brasileiro para retirar o óleo. Contudo é preciso se precaver utilizando equipamentos de proteção adequados para se evitar a contaminação e danos à saúde humana. 
  Que possamos ser mais solidários, agir de forma preventiva e mais imediata para se evitar tantos danos socioambientais ao meio ambiente. O Brasil ultimamente vem sofrendo com as queimadas, o rompimento de barragens, as mudanças climáticas, a questão do desmatamento ilegal na Amazônia.  Que vem gerando inúmeros conflitos socioambientais.  É preciso colocar-se em prática o princípio da precaução do direito ambiental. Nunca é demais lembrar o Artigo 225 da Constituição brasileira:
 “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e de preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

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