Compreendendo o Antropoceno:
"O Antropoceno representa um novo período da história do Planeta, em que o ser humano se tornou a força impulsionadora da degradação ambiental e o vetor de ações que são catalisadoras de uma provável catástrofe ecológica.
O Antropoceno é uma era sincrônica à modernidade urbano-industrial. A Revolução Industrial e Energética que teve início na Europa no último quartel do século XVIII deu início ao uso generalizado de combustíveis fósseis e à produção em massa de mercadorias e meios de subsistência, possibilitando uma expansão exponencial das atividades antrópicas.
Em 250 anos, a economia global cresceu 135 vezes, a população mundial cresceu 9,2 vezes e a renda per capita cresceu 15 vezes. Este crescimento demoeconômico foi maior do que o de todo o período dos 200 mil anos anteriores, desde o surgimento do Homo sapiens. Mas todo o crescimento e enriquecimento humano ocorreu às custas do encolhimento e empobrecimento do meio ambiente. O conjunto das atividades antrópicas ultrapassou a capacidade de carga da Terra, e a Pegada Ecológica da humanidade extrapolou a Biocapacidade do Planeta. A dívida do ser humano com a natureza cresce a cada dia e a degradação ambiental pode, no limite, destruir a base ecológica que sustenta a economia e a sobrevivência humana.
No Antropoceno, a humanidade danificou o equilíbrio homeostático existente em todas as áreas naturais. Alterou a química da atmosfera, promoveu a acidificação dos solos e das águas, poluiu rios, lagos e os oceanos, reduziu a disponibilidade de água potável, ultrapassou a capacidade de carga da Terra e está promovendo uma grande extinção em massa das espécies. ( Centro de Estudos Estratégicos - Fiocruz)
FONTE: ONU - BRASIL
Já ouviu falar no Antropoceno? É um termo criado por Paul Crutzen, que foi o Prêmio Nobel de Química de 1995, e usado para descrever o momento em que nos encontramos hoje, marcado por complexidade e incertezas. Focado nesse mundo em constante transformação, o PNUD desenvolve o Relatório do Desenvolvimento Humano (IDH) 2021/22, que deve ser publicado até o fim do segundo trimestre do próximo ano.
O estudo examina como a incerteza se altera no Antropoceno, que fatores a determinam, o que isso significa para o desenvolvimento humano e como podemos continuar a prosperar apesar disso. A tese central do relatório é que, em última instância, é essencial redobrar nossos esforços no desenvolvimento humano se quisermos um futuro mais próspero para todas e todos.
A COVID-19 tem causado um terrível prejuízo em termos de vidas e meios de subsistência em todo o planeta, e essa não é uma fase transitória. A pandemia abriu as portas para uma nova realidade – o Antropoceno –, um tempo definido pela complexidade e incerteza. Desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Relatório do Desenvolvimento Humano (IDH) 2021/22 deve ser publicado até o fim do segundo trimestre de 2022 e aborda as principais questões relacionadas a esse novo momento na história.
O estudo tem como título provisório “Tempos incertos, vidas instáveis: moldando nosso futuro em um mundo em transformação”. Ele examinará como a incerteza se altera no Antropoceno, que fatores a determinam, o que isso significa para o desenvolvimento humano e como podemos continuar a prosperar apesar disso.
“A pandemia de COVID-19 e a mudança global do clima são apenas dois exemplos das novas e perigosas mudanças que estão ocorrendo em escala planetária, e as incertezas que causam são uma das características do Antropoceno”, explica o diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD, Pedro Conceição.
"O novo relatório explora as conexões entre essas mudanças e desigualdades no desenvolvimento humano e como ambas colocam nossas sociedades à prova."
Pedro Conceição, diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD
O IDH 2021/22 dá continuidade ao caminho iniciado com os IDHs de 2019 e 2020 e aprofunda a discussão focada nas desigualdades, ao mesmo tempo em que integra outros aspectos relacionados às incertezas do Antropoceno: transformações sociais, impactos na saúde mental e polarização política, mas também – e isso é essencial – nas oportunidades.
A tese central do relatório é que, em última instância, é essencial redobrar nossos esforços no desenvolvimento humano se quisermos um futuro mais próspero para todas e todos.
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