quarta-feira, 19 de agosto de 2009
RODOVIA INTEROCEÃNICA
Rodovia Interoceânica
ligará em 2010 a Amazônia
brasileira ao Pacífico
A conclusão da Estrada Interoceânica, do Brasil com o Oceano Pacífico, até o final do próximo ano, será um acontecimento que marcará nosso país, com uma mudança radical. Estaremos ligados com os maiores Portos do Peru, de frente para o Oriente: China, Japão, Hong Kong, e ao lado da Costa Oeste dos Estados Unidos. Os Estados da Região Centro-Oeste e Norte, principalmente Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, e o nosso Acre (porta de entrada para o Peru/Pacífico), serão os principais beneficiados (www.kaxiana.com.br)
domingo, 16 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
DIRETO AMBIENTAL - FUNDAMENTOS
DA MOBILIZAÇÃO SOCIAL
" O horizonte ético é aquilo que dá sentido a um processo de mobilização.
Uma forma como um país explicita seu horizonte ético, seu projeto de nação, é através da sua Constituição. Nela ele define seu projeto de futuro, suas escolhas. Quanto mais tiver sido participativo o processo de sua elaboração, mais estas escolhas refletirão a vontade de todos e serão por todos compartilhadas.
Constituição da República Federativa do Brasil
Art. 1. A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
um Estado Democrático de Direito e tem como
fundamento:
I a soberania;
II a cidadania
III a dignidade da pessoa humana;
IV os valores do trabalho e da livre iniciativa;
V o pluralismo político
Parágrafo único: Todo poder emana do povo, que
o exerce por meio de seus representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta constituição.
2. 1 Compreensão do conceito de cidadania e dos princípios da democracia
- Toda ordem de convivência é construída, por isso é possível falar em mudança. As ordens de convivência são construídas, não são naturais. O que é natural é a nossa tendência a viver em sociedade.
- Os gregos se tornaram capazes de criar a democracia a partir do momento que descobriram que a ordem social não era ditada pelos deuses, mas construída pelos homens, quando vislumbraram a possibilidade de construir uma sociedade cujo destino não estivesse fora dela, mas nas mãos de todos os que dela participavam.
- Quando as pessoas assumem que têm nas mãos o seu destino e descobrem que a construção da sociedade depende de sua vontade e de suas escolhas, aí a democracia torna-se uma realidade.
"Toda ordem social é criada por nós. O
agir ou não agir de cada um contribui
para a formação e consolidação da ordem
em que vivemos. Em outras palavras, o caos
que estamos atravessando na atualidade não surgiu
espontaneamente. Esta desordem que tanto criticamos
também foi criada por nós. Portanto e antes de converter a
discussão em um juízo de culpabilidades se fomos
capazes de criar o caos, também podemos sair dele.
Somos capazes de criar uma ordem distinta." (J. Bernardo Toro)
... Eduardo Gianetti da Fonseca fala até de um "paradoxo do brasileiro".
" O paradoxo do brasileiro é o seguinte:
cada um de nós isoladamente tem o sentimento
e a crença sincera de estar muito acima de tudo
isso que aí está. Ninguém aceita, ninguém aguenta
mais, nenhum de nós pactua com o mar de lama,
o deboche e a vergonha da nossa vida pública e
comunitária. O problema é que, ao mesmo tempo,
o resultado final de todos nós é exatamente isto que
aí está!"
- Não aceitar a responsabilidade pela realidade em que vivemos é, ao mesmo tempo, nos desobrigarmos da tarefa de transformá-la, colocando na mão do outro a possibilidade de agir. É não assumirmos o nosso destino, não nos sentimos responsáveis por ele, porque não nos sentimos capazes de alterá-lo. A atitude decorrente dessas visões é sempre de fatalismo ou de subserviência, nunca uma atitude tranformadora." (*)
TORO A., José Bernardo & Werneck, Nísia Maria Duarte,
Mobilização Social: Um modo de construir a democracia e a participação
Brasília: Ministério do Meio Ambiente,
Recursos Hídricos e Amazônia Legal,
Secretaria de Recursos Hídricos, Associação Brasileira
de Ensino Agrícola Superior -
ABEAS, UNICEF, 1997, 104p (* Cap 2, 13, 14-15 )
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
MEIO AMBIENTE E HISTÓRIA
A QUESTÃO AMBIENTAL TEM UM PROCESSO HISTÓRICO - SEVERN SUZUKI
- O agravamento da crise socioambiental já vem sendo denunciado há décadas. Um alerta da sociedade civil, da juventude na Eco/92 já cobrava uma atitude de governos e da sociedade civil diante as previsões ambientais para todo mundo.
- O discurso de Severn Suzuki durante a ECO/92 faz história. Sempre vale a pena assistir este vídeo.
- Nosso Jornal Oecoambiental, foi fundado como uma atitude. Implantamos os capítulos 36 e 40 da Agenda 21. Convidamos você a participar conosco. Ser um assinante/apoiador, veja em nosso site: www.oecoambiental.com.br como proceder.
- Participe deste nosso blog, faça seus comentários, envie textos, artigos, matérias. A informação ambiental salva vidas. Vamos vencer a crise ambiental organizando ações, projetos, grupos da sociedade civil.
Se você não conseguiu visualizar a tradução do vídeo click abaixo:
Discurso de Severn Suzuki na ECO92http://www.youtube.com/watch? v=5g8cmWZOX8Q
GRIPE SUÍNA: UM PROBLEMA AMBIENTAL
A construção da sustentabilidade tem por princípio a valorização do ser humano e seu ambiente. A pandemia da gripe suína denuncia o crime ambiental de relações de produção e consumo que não respeitam o ser humano e nosso ambiente de vida. Mais um motivo para a sociedade civil e todos nós cidadãos(ãs) do Brasil e do mundo nos unirmos, exigindo e construindo novas relações de produção e consumo. Então não espere. Mobilize-se, participe, organize um grupo de meio ambiente, construa a Agenda 21, procure se informar. As informações sobre a crise socioambiental que o país e o mundo atravessam precisam ser democratizadas. Não fique refém da crise ambiental. Da falta de compromisso político de governos que permitem e licenciam empresas, que visando o lucro a qualquer preço, degradam o meio ambiente.
Recebemos este texto que faz uma análise das raízes de mais esta ponta do iceberg da crise socioambiental. Nosso Jornal Oecoambiental acredita que podemos nos organizar cada vez mais defendendo melhores condições socioambientais e melhor qualidade de vida para todos.
Quem manda é a indústria
por José Saramago - 10 de maio de 2009
Não sei nada do assunto e a experiência direta de haver convivido com porcos na infância e na adolescência não me serve de nada. Aquilo era mais uma família híbrida de humanos e animais que outra coisa. Mas leio com atenção os jornais, ouço e vejo as reportagens da rádio e da televisão, e, graças a alguma leitura providencial que me tem ajudado a compreender melhor os bastidores das causas primeiras da anunciada pandemia, talvez possa trazer aqui algum dado que esclareça por sua vez o leitor.
- Há muito tempo que os especialistas em virologia estão convencidos de que o sistema de agricultura intensiva da China meridional foi o principal vetor da mutação gripal: tanto da “deriva” estacional como do episódico “intercâmbio” genômico. Há já seis anos que a revista Science publicava um artigo importante em que mostrava que, depois de anos de estabilidade, o vírus da gripe suína da América do Norte havia dado um salto evolutivo vertiginoso. A industrialização, por grandes empresas, da produção pecuária rompeu o que até então tinha sido o monopólio natural da China na evolução da gripe.
- Nas últimas décadas, o setor pecuário transformou-se em algo que se parece mais à indústria petroquímica que à bucólica quinta familiar que os livros de texto na escola se comprazem em descrever… Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Atualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações. Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agentes patogênicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários. Não será, certamente, a única causa, mas não poderá ser ignorada.
- No ano passado, uma comissão convocada pelo Pew Research Center publicou um relatório sobre a “produção animal em granjas industriais, onde se chamava a atenção para o grave perigo de que a contínua circulação de vírus, característica das enormes varas ou rebanhos, aumentasse as possibilidades de aparecimento de novos vírus por processos de mutação ou de recombinação que poderiam gerar vírus mais eficientes na transmissão entre humanos”.
- A comissão alertou também para o fato de que o uso promíscuo de antibióticos nas fábricas porcinas/de porcos – mais barato que em ambientes humanos – estava proporcionando o auge de infecções estafilocócicas resistentes, ao mesmo tempo que as descargas residuais geravam manifestações de escherichia coli e de pfiesteria (o protozoário que matou milhares de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).
- Qualquer melhoria na ecologia deste novo agente patogênico teria que enfrentar-se ao monstruoso poder dos grandes conglomerados empresariais avícolas e bovinos, como Smithfield Farms (suíno e vacum) e Tyson (frangos).
A comissão falou de uma obstrução sistemática das suas investigações por parte das grandes empresas, incluídas umas nada recatadas ameaças de suprimir o financiamento dos investigadores que cooperaram com a comissão. Trata-se de uma indústria muito globalizada e com influências políticas. Assim como o gigante avícola Charoen Pokphand, radicado em Bangkok, foi capaz de desbaratar as investigações sobre o seu papel na propagação da gripe aviária no Sudeste asiático, o mais provável é que a epidemiologia forense do surto da gripe suína esbarre contra a pétrea muralha da indústria do porco. Isso não quer dizer que não venha a encontrar-se nunca um dedo acusador: já corre na imprensa mexicana o rumor de um epicentro da gripe situado numa gigantesca filial de Smithfield no estado de Veracruz. Mas o mais importante é o bosque, não as árvores: a fracassada estratégia antipandêmica da Organização Mundial de Saúde, o progressivo deterioramento da saúde pública mundial, a mordaça aplicada pelas grandes transnacionais farmacêuticas a medicamentos vitais e a catástrofe planetária que é uma produção pecuária industrializada e ecologicamente sem discernimento.
- Como se observa, os contágios são muito mais complicados que entrar um vírus presumivelmente mortal nos pulmões de um cidadão apanhado na teia dos interesses materiais e da falta de escrúpulos das grandes empresas. Tudo está contagiando tudo. A primeira morte, há longo tempo, foi a da honradez. Mas poderá, realmente, pedir-se honradez a uma transnacional? Quem nos acode?
Assista ao vídeo OPERAÇÃO PANDEMIA em http://www.youtube.com/watch?v=CcgCBiyGljM
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
REALIDADE DA AMAZÕNIA
Foto: Arara canindé (1)
Marketing da destruição da Amazônia é o que interessa ao Brasil