Conferência da ONU sobre clima prolonga Protocolo de Kyoto até 2020
A COP 18 - Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas que terminou no Catar, em Doha neste último sábado, prolongou o Protocolo de Kyoto até 2020. Estiveram presentes Ministros e negociadores de mais de duzentos países. O Protocolo de Kyoto é o único instrumento legal em vigor no mundo para se combater o aquecimento global.
Nesta segunda fase o Protocolo tem como ponto importante o compromisso da União Europeia, Austrália e cerca de dez outros países industrializados a reduzir suas emissões de gás de efeito estufa entre janeiro de 2013 e dezembro de 2020.
Os países mais ricos e mais poluentes ficaram de fora em assumir compromissos: Japão, Rússia e Canadá. Os Estados Unidos, segundo maior poluidor do planeta depois da China, nunca ratificaram o documento, assinado em 1997, cuja data de expiração seria dezembro deste ano.
A ajuda financeira aos países em desenvolvimento para se combater os efeitos das mudanças climáticas que esperava-se ser de US$60 bilhões até 2015 não foi homologada pelos países ricos.
Foram poucos avanços da COP 18 diante a grave crise ambiental que atinge o mundo. O que fica evidente é o papel fundamental da sociedade civil de todos os países. É preciso darmos continuidade a implantação da Agenda 21 (documento aprovado na ECO/92) e às iniciativas de implantarmos soluções aos problemas locais de meio ambiente seguindo os princípios: "agir local e pensar global". A visibilidade das bruscas mudanças climáticas, que todos percebemos em cada país é o termômetro para que nos unamos ampliando a mobilização no Brasil e em todo o mundo em defesa da vida e de melhores condições socioambientais para todos. Podemos organizar sociedades em que a felicidade vença o medo e a infelicidade que são o foco da grande mídia mundial. Como os Estados e suas cúpulas estão protelando a busca de solução aos conflitos socioambientais, através do resultado das últimas Conferências da ONU que se relacionam ao meio ambiente, surge novamente o protagonismo da sociedade civil em todo o mundo.
É fundamental seguirmos em frente com a conquista de uma metodologia de implantação do FIB ( felicidade interna bruta), referências existem de como se atingir este índice, como na filosofia SUMAK KAWSAY ( termo da língua Quéchua, dos indígenas Andinos - Sumak - significa plenitude e Kawsay - viver). Este "bem viver" está sendo adotado como um caminho possível em países onde a sociedade civil descobre que o fundamental é o ser humano ser valorizado, ter qualidade de vida, felicidade e conquistarmos a cada dia um meio ambiente mais sadio para todos.