sexta-feira, 13 de março de 2020
domingo, 9 de fevereiro de 2020
BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA TRAZ NO CARNAVAL BH 2020 -- O ENREDO - SOMOS TODOS AMAZÔNIA
BLOCO
LIBERDADE E ÁGUA LIMPA
CARNAVAL BH 2020
CARNAVAL BH 2020
SOMOS TODOS AMAZÔNIA
O Bloco Liberdade e Água Limpa saiu pela primeira vez no bairro de Santa
Efigênia em Belo Horizonte no carnaval BH 2015, reunindo amigos que praticam
capoeira – a maioria Capoeira Angola, trabalham nas áreas de educação, cultura
e meio ambiente, congregando a população jovem e adulta. O bloco leva em seus carnavais, mensagens de
felicidade, harmonia e valorização de nossa
cultura popular procurando sensibilizar as pessoas e instituições para a
importância da união de todos na construção da sustentabilidade. Da valorização da pessoa humana e do meio
ambiente.
O Bloco Liberdade e Água Limpa
realiza suas Rodas de Samba de Raiz nas comunidades de BH, abre espaço de
participação da população gratuitamente nos seus ensaios e visa valorizar a cultura
Afrobrasileira, dos Povos Indígenas e Comunidades tradicionais. Com ritmos que vão do Samba, Samba de Roda,
Axé, Marchinhas, tendo entre seus componentes representantes até do
Reggae. Vêm trazendo alegria as
comunidades por onde passa ou realiza suas rodas de samba.
O bloco está cadastrado na
Prefeitura de BH para este carnaval 2020, realizou cerca de cinco reuniões com
a Prefeitura onde definiu seus desfiles no carnaval 2020 do BLOCO LIBERDADE E
ÁGUA LIMPA em Belo Horizonte:
- Dia 22 de
fevereiro de 2020 – sábado de carnaval - às 13h concentração na Praça do México no bairro
Concórdia, onde seguirá até a rua Tamboril com Jundiaí.
- Dia 25 de
fevereiro – terça-feira – concentração às 9h da manhã na rua dos
Otoni com Manaus no Bairro de Santa Efigênia até a av. Brasil.
Como atividade do carnaval o
bloco está convidado a participar de eventos em BH e realizará um evento de
Plantio de árvores em BH com um nome sugerido por uma simpatizante do nosso
bloco – chamado de dia do PLANTIO DAS ÁGUAS ( a valorização das águas sem poluição, das
árvores, do meio ambiente é que permite e permitirá as presentes e futuras
gerações , manter nossa sobrevivência como espécie humana) . Para este evento participarão
integrantes do bloco, apoiadores. Toda a
população de BH está convidada a se fazer presente conosco . Este é um evento simbólico de construção da
sustentabilidade durante o carnaval como forma de sensibilizar a população
sobre a importância de preservação e cuidado em manter nossas Águas Limpas como
nossas nascestes de água que abastecem a região metropolitana de BH, bem como
em MG onde temos o perigo constante do rompimento de barragens que degradam o
meio ambiente. Mas através de nosso bloco, nossa mensagem é de felicidade e
crença na capacidade de nós seres humanos revertermos este quadro de
degradação.
Neste carnaval 2020
o enredo do bloco é “Somos todos Amazônia” –
buscando levar à população uma reflexão e conscientização de que BH, MG e o
Brasil estão ligados à preservação da Amazônia, uma vez que ela regula o regime
de chuvas no país. Chuvas que abastecem dos cursos de água, que saciam nossa
sede. Os desequilíbrios climáticos que o Brasil e o mundo vêm sofrendo, como as
recentes chuvas torrenciais em BH, estão ligados à ação predatória de seres
humanos, que desestabiliza o meio
ambiente e penaliza a população, principalmente mais pobre, com chuvas torrenciais em curto espaço de
tempo ou com as nevascas nos países do norte, ou queimadas como na Austrália,
dentre outros problemas socioambientais no Brasil e no mundo.
Nossos abadás - embora nosso enredo vise educar a população para a importância de preservação de nossas águas e nascentes limpas, do meio ambiente e da construção da sustentabilidade, através da cultura e felicidade, nosso Bloco Liberdade e Água Limpa, não conseguiu nenhum apoio financeiro da prefeitura de BH. Esperamos contar com o apoio da população para aquisição de nossos abadás que são nossa fonte de recursos para realizarmos nossos desfiles neste carnaval 2020 com nosso enredo SOMOS TODOS AMAZÔNIA.
ABADÁ DO BLOCO LIBERDADE E ÁGUA LIMPA NO CARNAVAL BH 2020 |
Carnaval combina com alegra,
descontração e valorização dos seres humanos, de nossas raízes culturais, como a capoeira, o
samba, os ritmos afros com o Axé, Reggae
e nossas melhores raízes culturais milenares que faz do carnaval a maior festa popular do
mundo.
Todos que apreciam os ritmos
Afrobrasileiros, a capoeira, o samba, nossas raízes culturais estão convidados
a desfilar conosco trazendo valorização, certeza de conquista de melhores dias
na convivência dos seres humanos entre si e com o meio ambiente.
Convidamos a população jovem
e adulta e estarem conosco em nossos eventos culturais e nos desfiles dos dias
22 e 25 de fevereiro no carnalval BH 2020.
Sejam bem vindos população
jovem e adulta, seus amigos e familiares.
Saudações do BLOCO LIBERDADE
E ÁGUA LIMPA....
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM VANTUIR GALDINO - FUTEBOL E QUALIDADE DE VIDA
FUTEBOL E QUALIDADE DE VIDA
O futebol bem jogado, como toda a prática
sadia de esporte, contribui na melhoria da qualidade de vida da população. Conquistar uma melhoria da qualidade de vida
tem tudo a ver com meio ambiente. Diz respeito à valorização dos seres humanos.
O que de bom realizamos. A experiência
de profissionais vitoriosos como Vantuir, um grande jogador que atuou no Clube
Atlético Mineiro, tem muito a ensinar as novas gerações do futebol brasileiro.
Num momento em que o futebol brasileiro precisa reencontrar sua arte e genialidade
que sempre foi respeitada em todo o mundo.
O Jornal Oecoambiental entrevistou com
exclusividade o jogador Vantuir Galdino Ramos, (Vantuir), que alcançou destaque
como quarto zagueiro atuando pelo galo onde foi campeão mineiro em 1970 e
brasileiro em 1971, no time comandado pelo técnico Telê Santana.
Começou sua carreira na várzea,
na região da Concórdia em Belo Horizonte, no mesmo campo, que em várias
gerações, vem revelando craques como o Bruno Henrique. Jogou pelo Acesita do
Vale do Aço – MG. Fez parte de uma das melhores defesas do galo em toda sua
história. Pela qualidade de seu futebol foi convocado e defendeu a seleção brasileira.
Atuou como técnico em vários clubes como no próprio Atlético e na Arábia Saudita no Au-Hilau.
A dedicação aos treinos a responsabilidade com que encara o futebol, e o aprendizado na convivência humana são virtudes que o bom futebol pode proporcionar.
"Nós saíamos do campo onze e meia, meio dia. Vários treinamentos. Um monte de treinamento, mas todo mundo com alegria, com satisfação."
A dedicação aos treinos a responsabilidade com que encara o futebol, e o aprendizado na convivência humana são virtudes que o bom futebol pode proporcionar.
"Nós saíamos do campo onze e meia, meio dia. Vários treinamentos. Um monte de treinamento, mas todo mundo com alegria, com satisfação."
“ Me perguntavam como eu ia parar o Pelé. Eu ficava uma
semana em casa, riscando um papel para ver como eu ia parar o Pelé. Sempre tive
a felicidade, a sorte de marcá-lo em cima. Eu não deixava ele receber a bola.
Porque se ele recebesse aí não tinha jeito. Então eu falava com os jogadores:
“não deixa receber, não deixa ele receber”. (Vantuir)
Acompanhe alguns trechos da primeira parte da entrevista exclusiva de
Vantuir ao Jornal Oecoambiental:
Jornal Oecoambiental:
Vantuir, conte um pouco de sua história.
Vantuir: Eu comecei a jogar futebol através de um amigo que me
colocou no Atlético. O Barbatana me mandou embora da categoria de base porque
eu briguei com um jogador lá do júnior e para minha sorte, logo em seguida, apareceu
o Yustrich. Depois veio aquele que me ajudou e me colocou na mídia que foi o
Telê Santana. Esse eu não esqueço, pode ter certeza. E nós jogamos,
trabalhamos, jogamos com seriedade. Conquistamos o campeonato brasileiro.
Depois disso todo o time foi desmantelado. Em 98 quase que nós chegamos ao
título, quando o São Paulo tirou da gente o título do campeonato brasileiro. Mas jogamos bem. O time foi muito bem. Eu
penso que naquela época o Atlético era um time muito bom, responsável e todos
os jogadores procuravam fazer o máximo, darem o máximo de si. Tínhamos um
técnico altamente competente.
Jornal Oecoambiental: Você
no futebol começou no Acesita?
Vantuir: Eu comecei na várzea em Belo Horizonte aqui na Concórdia.
Jornal Oecoambiental : No
profissional o técnico era o Yustrich? Ele tinha fama de durão.
Vantuir: Tinha não, ele era durão, mas era honesto. Uma pessoa
muito capacitada, muito exigente. Exigia bastante dos jogadores. E eu fui feliz
em relação a isso, porque eu era mais rebelde. Ele foi me podando. Ele me perguntou:
“o que você fez lá que eles te mandaram embora?” Porque eles me suspenderam dez
dias. Aí eu falei um palavrão pra ele e ele chegou o dedo no meu nariz e disse:
“aqui não, aqui você não fala isso não”. Eu fiquei tremendo porque ele tinha
quase dois metros de altura. Ai fiquei no galo, porque eu treinava como louco.
Eu ele saiu e veio o Telê.
Jornal Oecoambiental: Era na Vila Olímpica ?
Vantuir: Exatamente, na Vila Olímpica veio o Telê. Pra minha sorte.
Aí o sol abriu pra mim mesmo. O Telê falou que eu ia jogar de zagueiro. Treinava bastante. Eu era lateral
esquerdo. Ele me disse: “você
vai jogar de zagueiro.” Eu disse:
“eu não vou não, sou lateral esquerdo, não jogo de zagueiro não”. Ele disse:
“joga, você vai jogar.” Ele foi falando comigo que eu era bom. Falei, “sim vou jogar, mas a responsabilidade é do
senhor, está certo? Ele falou assim: “pode contar comigo, não tem problema
não”. Aí eu joguei contra o Vila Nova, fui o melhor em campo. Comecei a ganhar
prêmios. Tenho um monte de troféus. Teve um dia que eu estava jogando no
campeonato brasileiro. Meu nome já estava grande. Aí o Telê disse: “você
vai voltar para a lateral esquerda agora.” Aí eu disse: “de jeito nenhum chefe, o que que é isso ?”“.
Ele morreu de rir. Mas era uma pessoa espetacular. Estas duas pessoas eu não
esqueço. O que fizeram por mim: o Telê Santana, o primeiro foi o Yustrich. E
meus amigos velhos que eu tenho: Piazza, Tostão, Zé Carlos, pessoas que me
ajudaram também. Pìazza, Tostão e Dirceu Lopes, precisa ver o que fizeram
comigo na seleção brasileira. São pessoas que quando eu vestia a camisa eram inimigos. Mas quando estava sem a camisa
do time eram amigos. Grandes amigos hoje. Sou muito grato a estas pessoas.
Jornal Oecoambiental: Você era quarto zagueiro não é isso?
Vantuir: Sim, quarto zagueiro.
Jornal Oecoambiental: Parece que foi uma das melhores defesas em
toda a história do galo.
Vantuir: É eles falam. Eu fico calado. O Luisinho também foi um bom
jogador. Um bom quarto zagueiro. Mas havia uma diferença entre a gente na parte
técnica. O Luisinho era muito técnico. Eu era muito forte. Eu tinha uma
recuperação gigantesca. O Luisinho não tinha. Eu cabeceava muito melhor que o
Luisinho. O Luisinho cabeceava pouco, mas o Luisinho tinha uma habilidade
gigantesca em relação a mim. Se nós jogássemos juntos, seríamos quase que perfeitos
no Atlético. Ele fez um trabalho espetacular, o Luisinho, e eu também fiz um
bom trabalho.
Foto: Equipe campeã brasileira do galo 1971 - Foto Jornal Oecoambiental |
Jornal: E esta época foi também do título do galo campeão, não foi?
Vantuir Oecoambiental: Campeão mineiro e nacional. Mas isso com
Telê Santana, um cara que chegava a oito e meia da manhã. Nós saíamos do campo onze
e meia, meio dia. Vários treinamentos. Um monte de treinamento, mas todo mundo
com alegria, com satisfação.
Jornal: Conte um pouco a história do título nacional do galo em 71.
Vantuir: O Telê formou o time e não falou nada que a gente seria
campeão. E nós acreditamos nele. Nós que eu falo, eu e os outros jogadores,
Grapete, Humberto Monteiro, o Oldair, o Vanderlei, o Lola, Tião. Ele foi
trazendo Paulo Isidoro, mas não foi nessa época. Dario. Era o maior perna de
pau. Dario era zagueiro. Dava só chutão o Dario. Rsrsrs... eu estou brincando.
Dario era ruim pra caramba. Quando o veio o Telê, o Dario começou no
profissional com 19 anos. Quando o Telê começou a trabalhar com ele aí ele
assumiu cabecear, chutar... cabecear chutar. Driblar ele não sabia muito não,
mas tinha muita velocidade. Arrancava e fazia gols pra caramba nos treinos. E
fazia também nos jogos. Telê passou a confiar nele e ele foi artilheiro do
campeonato brasileiro várias vezes. Um excelente jogador, um excelente
companheiro, um profissional altamente competente.
Jornal Oecoambiental: Então nesta campanha vitoriosa do galo no
primeiro título, em 71 o time do galo era qual?
Vantuir: O time do galo era Renato, Humberto, Grapete, Vantuir,
Cincunegui ou Oldair, Vanderlei, Humberto Ramos, Lola, Ronaldo, Dario e Tião, ou
Vaguinho, Dario e Tião. E tinha o Romeu que jogava sempre.
Tínhamos um conjunto perfeito de
jogadores. Nós tínhamos poucos jogadores na seleção brasileira. Não tínhamos
naquela época ninguém na seleção brasileira. 1971, o Brasil tinha sido campeão
em 1970. Só o Dario que foi reserva lá na seleção.
Naquela época, havia jogadores como Dirceu Lopes, tinha Coutinho. Me perguntavam
como eu ia parar o Pelé. Eu ficava uma semana em casa, riscando um papel para
ver como eu ia parar o Pelé. Sempre tive a felicidade, a sorte de marcá-lo em
cima. Eu não deixava ele receber a bola. Porque se ele recebesse aí não tinha
jeito. Então eu falava com os jogadores: “não deixa receber, não deixa ele
receber”.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2020
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