segunda-feira, 9 de agosto de 2021

NOVO RELATÓRIO SOBRE - AQUECIMENTO GLOBAL DO IPCC - 2021




HOJE FOI DIVULGADO UM NOVO RELATÓRIO DO IPCC SOBRE  MUDANÇAS CLIMÁTICAS.  ENTENDA O QUE É O IPCC E SEUS RELATÓRIOS:

"Desde sua criação, em 1988, pelas Nações Unidas (ONU), o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) , produziu cinco grandes relatórios e vários documentos complementares importantes. Composto por 195 países, entre eles o Brasil, o IPCC recebe a contribuição voluntária de cientistas de todo o mundo como autores, contribuidores e revisores de seus relatórios. A compilação científica que o IPCC faz em seus relatórios é fruto do trabalho de milhares de pesquisadores em muitas áreas de pesquisa que contribuem com dados, análises e modelagens em todo o planeta. Dentre as conclusões apresentadas nos seus diversos documentos, destaca-se a atribuição clara e forte do papel das emissões antropogêncicas nas mudanças climáticas, e o enorme esforço que a sociedade terá que fazer para reduzir emissões e se adaptar ao novo clima. Os impactos socio-economicos da mudança climática serão elevados, particularmentes nos países em desenvolvimento. O potencial de aumentar as desigualdades sociais e econômicas em nosso planeta é grande."

  "O IPCC consiste em três Grupos de Trabalhos. O Grupo de Trabalho I é responsável pelas análises das bases físicas e científicas das mudanças do clima; o Grupo de Trabalho II pelo impacto da mudança do clima na sociedade e ecossistemas, adaptação e vulnerabilidade; e o Grupo de Trabalho III analisa as estratégias de mitigação das mudanças climáticas. Os últimos relatórios do IPCC dos 3 grupos de trabalhos são de livre acesso e podem ser acessados no site https://www.ipcc.ch. (IPCC) "


    O Brasil vem sofrendo com os extremos climáticos com: aumento de chuvas e enchentes, desertificação do Nordeste, danos a área costeira, degradação da floresta amazônica, ondas de calor e muitas outras consequências. Com estes desequilíbrios climáticos a infraestrutura urbana das cidades brasileiras sofrem pois, cerca de quase 90% da população se concentra hoje no Brasil, em áreas urbanas. As enchentes, tempestades e furacões,  com precipitações de chuvas de forma torrencial em poucos minutos alagam cidades. Vetores de epidemias aumentam (a dengue, a chikungunya, o zika vírus e a febre amarela, responsáveis por epidemias sazonais) .  Os mais pobres continuam sendo os mais atingidos pelas consequências destas mudanças e extremos climáticos. As secas afetam a agricultura, a produção de alimentos. Há que se implantar de forma urgente novas tecnologias de geração de energias limpas, sustentáveis. 

   Temos que plantar o maior número possível de árvores,  conter a poluição de oceanos. O aquecimento global acidificam as águas marinhas. Os gases de CO2 são absorvidos pelas algas do fitoplâncton, a forma mais abundante de vida vegetal do planeta.

  Nosso Jornal Oecoambiental, vem trabalhando plantando árvores. Procurando sensibilizar as pessoas, instituições, governos a agirem o quanto antes para cada um de nós fazermos nossa parte, somando ações,  visando reduzir as emissões de CO2 na atmosfera. 

   A gravidade socioambiental dos extremos climáticos é que geram inúmeras consequências, que atingem populações de formas variadas (seja agravando problemas de saneamento básico,  econômicos, sociais,  de saúde pública, em todos os segmentos da sociedade)  e por vezes simultâneos. É preciso que todos possamos nos conscientizar e agir com os princípios da precaução, com planejamento, metas a serem alcançadas pela sociedade. Evitar danos maiores e que possam ser revertidos. A pior atitude neste contexto é esperar as estatísticas globais se agravarem à cada dia.  

  Os problemas e conflitos socioambientais causados pelo aquecimento da Terra necessitam da mobilização e participação de todos os segmentos da sociedade para que não alcancem o estágio de serem irreversíveis. O tempo de resposta de restaruração de ecossistemas, da natureza,  é muito mais longo do que "fechar uma torneira em casa" para evitar o desperdício de água. A pandemia que o mundo enfrenta agora, quanto tempo está demandando para ser controlada? E para ser revertida é necessário a responsabilidade de todos para  evitar sua propagação.  Recompor perdas de espécies da fauna e flora leva tempo.  A velocidade com que alguns derrubam árvores não é a mesma que as fazem brotar quando se planta. O que não é mais permitido a espécie humana é cruzar os braços e transferir para poucos o que é obrigação e dever de todos: cuidar e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações, como prevê o Artigo 225 da Constituição brasileira. A resposta na natureza quando plantamos uma árvore é renovar nossas energias. Plantar significa cuidar. Perceber o ciclo da vida. Valorizar os bens naturais que mantêm nossa espécie humana ainda merecendo habitar o Planeta Terra. 

   É preciso que a sociedade civil se conscientize que só as ações governamentais, que poderiam ser mais rápidas, não conseguirão isoladamente contribuir para a meta de redução e das "emissões zero de C02". É preciso uma ampla mobilização de toda a sociedade para vencermos este grande desafio. 

   A sociedade civil deve assumir seu papel de protagonista na solução dos conflitos socioambientais provocados pelo aquecimento global.  É preciso que haja investimento, que os recursos cheguem de fato a quem se propõe a plantar árvores, despoluir oceanos,  produzir novas tecnologias limpas, e para um amplo trabalho de educação socioambiental que é necessário ser realizado para vencer esta crise global. 

  Convidamos as pessoas e instituições a plantarem árvores: muitas árvores.  A ação  local de plantar o maior número possível de árvores é fundamental e soma-se as ações globais em defesa da vida. Estamos procurando fazer a nossa parte. Por isto,  criamos um projeto de plantio de árvores.  Dentre muitos que existem.  Venham plantar árvores conosco através de nosso Projeto Replantar, as informações de como participar do plantio de árvores,  estão em nosso site: www.oecoambiental.eco.br . Vamos somar forças e agir juntos para reverter as emissões de CO2  o quanto antes. Agir em defesa de uma melhor qualidade de vida e conquista de um meio ambiente mais saudável para todos. 







quarta-feira, 4 de agosto de 2021

ÁGUA

Som da água  :

 https://www.youtube.com/watch?v=a_Jcp4GN8tc




A EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E A CORRIDA DE SOLIDARIEDADE HUMANA

 

Desafio global da ONU convida pessoas a correr contra a emergência climática

Fonte: ONU - BRASIL

  • De acordo com o secretário-geral da ONU, a raça humana está hoje em uma corrida contra as mudanças climáticas, "uma corrida que estamos perdendo, mas é uma corrida que podemos vencer".
  • Por isso, as Nações Unidas estão encorajando pessoas em todo o mundo a participarem da corrida literal contra a emergência climática.
  • Organizado em parceria com o popular aplicativo de exercícios Strava, o desafio #TheHumanRace incentiva os participantes a registrar 100 minutos de atividade física e culmina na semana do Dia Mundial Humanitário, comemorado anualmente em 19 de agosto.
  • O objetivo é enviar uma mensagem aos líderes mundiais presentes na Cúpula do Clima da ONU, a COP 26, em novembro, pedindo o cumprimento da promessa de destinar de 100 bilhões de dólares anuais para mitigação e adaptação climática nos países em desenvolvimento.
Legenda: Para participar do #TheHumanRace, basta registrar seus 100 minutos de corrida, ciclismo, natação, caminhada ou outra atividade no aplicativo Strava durante a semana de 16 a 31 de agosto

Escritório de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) lançou na segunda-feira (2) a #TheHumanRace, um desafio global para mostrar solidariedade às pessoas nos países mais propensos a desastres e aos mais afetados pelas mudanças climáticas.

‘Uma corrida que podemos vencer’ - Organizado em parceria com o popular aplicativo de exercícios Strava, o desafio incentiva os participantes a registrar 100 minutos de atividade física e culmina na semana do Dia Mundial Humanitário, comemorado anualmente em 19 de agosto.

“A emergência climática é uma corrida que estamos perdendo, mas é uma corrida que podemos vencer", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.

"Vamos colocar nossos tênis de corrida e vencer a corrida climática para todos nós”, convocou Guterres.

A campanha visa levar uma mensagem urgente aos líderes mundiais presentes na Cúpula do Clima da ONU, a COP 26, em Glasgow, em novembro, de que a solidariedade começa com os países desenvolvidos cumprindo sua promessa de uma década de 100 bilhões de dólares anuais para mitigação e adaptação climática nos países em desenvolvimento.

Apoio dos melhores atletas - Segundo o OCHA, a emergência climática está causando estragos em todo o mundo em uma escala que as pessoas e as organizações humanitárias na linha de frente não conseguem administrar.

Secas, ondas de calor, incêndios florestais violentos e inundações horríveis estão destruindo a vida de milhões de pessoas, fazendo com que percam suas casas, meios de subsistência e, às vezes, até suas vidas.

Os melhores atletas de todo o mundo estão apoiando a campanha. A ultramaratonista e advogada ambientalista brasileira Fernanda Maciel explicou porque faz parte da #TheHumanRace.

“Estou animada para correr para o objetivo mais importante de nossa vida: salvar nosso planeta e as pessoas que vivem nele. Corremos todos os dias, para nós mesmos. Por que não correr por algo maior? Todos deveriam se juntar a esta campanha porque precisamos de compaixão. É hora de corrermos juntos ”, disse Fernanda.

Participe - Para participar do #TheHumanRace, basta registrar seus 100 minutos de corrida, ciclismo, natação, caminhada ou outra atividade no aplicativo Strava durante a semana de 16 a 31 de agosto.

Quem não puder participar fisicamente também pode se inscrever e mostrar seu apoio no microsite da campanha.

De acordo com o OCHA, quer os participantes registrem ou não 100 minutos de atividade, cada inscrição ajudará a transmitir a mensagem da campanha aos líderes globais.

“Com mais de 88 milhões de atletas em 195 países, a comunidade Strava tem o poder de ajudar a encontrar soluções para alguns dos problemas mais críticos do mundo”, ressaltou o CEO da Strava, Michael Horvath.

“É por isso que convidamos atletas de todo o mundo a se juntarem a este desafio de aumentar a conscientização sobre a mudança climática e seu impacto desproporcional nas comunidades marginalizadas", afirmou Horvath

CRISE CLIMÁTICA E COVID-19 - AGRAVA A FOME E INSEGURANÇA ALIMENTAR

 

Crise climática e COVID-19 empurram 23 países para insegurança alimentar aguda, alertam FAO e WFP

FONTE: ONU - BRASIL
  • Um novo relatório desenvolvido pelo WFP e pela FAO chama atenção para os 23 “focos de fome”, que nos próximos quatro meses deverão enfrentar um nível agudo de insegurança alimentar devido às repercussões econômicas da COVID-19 combinadas à crise climática e aos combates.
  • Os países que atualmente enfrentam os obstáculos mais significativos que impedem a ajuda de chegar até eles incluem Afeganistão, Etiópia, República Centro-Africana, Mali, Nigéria, Sudão do Sul, Somália, Síria e Iêmen.
  • Em 2020, 155 milhões de pessoas passaram a enfrentar insegurança alimentar aguda em crise ou piores níveis em 55 países. Isso representa um aumento de mais de 20 milhões em relação a 2019, e a tendência é piorar este ano.
Legenda: Assolado pela seca, Madagascar foi identificado como um “foco da fome”
Foto: © Safidy Andriananten/UNICEF

A ajuda que salva vidas de famílias à beira da fome está sendo cortada em vários países por conflitos e bloqueios, disseram a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (WFP) em um  novo relatório  divulgado na sexta-feira (30).

Uma reportagem das Nações Unidas chama atenção para os 23 “focos de fome” de grande preocupação, que nos próximos quatro meses deverão enfrentar um nível agudo de insegurança alimentar devido às repercussões econômicas da COVID-19 combinadas à crise climática e aos combates. 

“Famílias que dependem de assistência humanitária para sobreviver estão por um fio. Quando não podemos alcançá-los, esse fio é cortado e as consequências são nada menos que catastróficas”, alertou o diretor-executivo do WFP, David Beasley.

Apoiando a agricultura - Obstáculos burocráticos e falta de financiamento também dificultam os esforços das agências para fornecer assistência alimentar de emergência e permitir que os agricultores plantem em escala e no momento certo.

“A grande maioria dos que estão na beira são agricultores. Juntamente com a assistência alimentar, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudá-los a retomar a produção de alimentos”, disse o diretor-geral da  FAO, QU Dongyu.

“Até agora, o apoio à agricultura como meio chave de prevenção da fome generalizada permanece amplamente esquecido pelos doadores. Sem esse apoio, as necessidades humanitárias continuarão disparando”, acrescentou.

Nações que são focos - Os 23 focos de fome identificados são Afeganistão, Angola, República Centro-Africana, Sahel Central, Chade, Colômbia, República Democrática do Congo, Etiópia, El Salvador junto com Honduras, Guatemala, Haiti, Quênia, Líbano, Madagascar, Moçambique, Mianmar, Nigéria, Serra Leoa junto com Libéria, Somália, Sudão do Sul, República Árabe Síria e Iêmen.

A FAO e o WFP alertaram que 41 milhões de pessoas corriam o risco de cair na fome. Em 2020, 155 milhões de pessoas passaram a enfrentar insegurança alimentar aguda em crise ou piores níveis em 55 países, de acordo com o Relatório Global sobre Crises Alimentares. Isso representa um aumento de mais de 20 milhões em relação a 2019, e a tendência é piorar este ano.

O relatório destaca que conflitos, extremos climáticos e choques econômicos, muitas vezes relacionados às consequências econômicas da COVID-19, provavelmente continuarão sendo os principais causadores da insegurança alimentar aguda no período de agosto a novembro deste ano.

Ameaças transfronteiriças também são um fator agravante em algumas regiões. Em particular, infestações de gafanhotos do deserto no Chifre da África e enxames de gafanhotos migratórios na África Austral.

Comunidades separadas - As restrições de acesso humanitário são outro fator agravante, aumentando o risco de fome. Os países que atualmente enfrentam os obstáculos mais significativos que impedem a ajuda de chegar até eles incluem Afeganistão, Etiópia, República Centro-Africana, Mali, Nigéria, Sudão do Sul, Somália, Síria e Iêmen.

“O caminho para a Fome Zero não é pavimentado com conflitos, postos de controle e burocracia. O acesso humanitário não é um conceito abstrato. Isso significa que as autoridades aprovam a papelada a tempo para que os alimentos possam ser transportados rapidamente, significa que os postos de controle permitem que os caminhões passem e cheguem ao seu destino, significa que os trabalhadores humanitários não são visados, então eles são capazes de manter seus trabalhos que salvam vidas e meios de subsistência”, disse Beasley, diretor da WFP.

Países de maior alerta - Etiópia e Madagascar são os mais novos focos de fome de “maior alerta” do mundo, de acordo com o relatório. A Etiópia enfrenta uma emergência alimentar devastadora ligada ao conflito em curso na região de Tigray. 

Chegar aos necessitados continua sendo um desafio enorme, com 401 mil pessoas que deverão enfrentar condições catastróficas até setembro. Este é o número mais alto em um país desde a onda de fome de 2011 na Somália. Enquanto isso, no sul de Madagascar, espera-se que 28 mil pessoas sejam empurradas para condições semelhantes à fome até o final do ano.

Isso se deve à pior seca em 40 anos, combinada com o aumento dos preços dos alimentos, tempestades de areia e pragas que afetam as safras básicas.

Os novos alertas mais altos emitidos para a Etiópia e Madagascar se somam ao Sudão do Sul, Iêmen e norte da Nigéria, que permanecem entre os focos de insegurança alimentar aguda de maior preocupação global.

Alguns desses países já enfrentam condições de fome e um número significativo de pessoas corre o risco de perder acesso aos alimentos.

O pior do mundo - No Afeganistão, onde a insegurança alimentar aguda está se tornando cada vez mais crítica devido à seca em curso, há um deslocamento crescente causado pelo conflito, assim como os altos preços dos alimentos e o desemprego generalizado alimentado pela COVID-19.

Enquanto isso, espera-se que a situação já precária no Haiti piore, já que o país enfrenta uma provável queda na produção de alimentos básicos devido à falta ou irregularidade de chuvas. Ele também está sofrendo com o agravamento da instabilidade política e da inflação dos preços dos alimentos, e os impactos das restrições relacionadas à COVID-19.

O relatório alerta que a ação humanitária é urgentemente necessária para prevenir a fome e a morte em todos os 23 enfoques críticos.

O estudo também fornece recomendações específicas para cada país, cobrindo respostas de emergência de curto prazo, assim como ações antecipatórias para proteger os meios de subsistência rurais e aumentar a produção agrícola, para que as comunidades em risco possam resistir melhor a choques futuros.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

REBECA ANDRADE CONQUISTA OURO - O BRASIL NAS OLIMPÍADAS DE TÓQUIO

 

Rebeca Andrade - medalha de ouro na gInástica em Tóquio - Foto: divulgação COb

   A primeira atleta brasileira a conquistar medalhas olímpicas históricas para o Brasil na ginástica artística, de ouro e prata, é a afrobrasileira – Rebeca Andrade.  

    A história de dedicação de Rebeca Andrade tem sua inspiração em Daiane dos Santos, a também brasileira, afrodescendente, que encantou o mundo na ginástica de solo com o “Brasileirinho” em 2000.

    A determinação de Rebeca prova que os projetos sociais esportivos são caminhos vitoriosos que geram talentos para o esporte brasileiro. Rebeca iniciou sua prática de ginasta no projeto social – “Iniciação Esportiva” da Prefeitura de Guarulhos – São Paulo.

   Na transmissão pela TV para milhões de brasileiros das Olimpíadas de Tóquio,  a apresentadora e ex – atleta Daiane dos Santos, que defendeu a ginástica brasileira no mundo durante anos, se emocionou relembrando sua história também de superação, junto com outros atletas desbravadores. Dizemos desbravadores, porque não há no Brasil uma política de incentivo à prática de esportes descentralizada nas comunidades como poderia haver.

 Superando barreiras e preconceitos as atletas afrobrasileiras inspiram a juventude (de todas as etnias) e as novas gerações de atletas que sonhar e vencer é possível.

  O Brasil é um país que possui um potencial muito grande a se desenvolver em todas as modalidades esportivas, De Daiane dos Santos, Rebeca Andrade a Arthur Zanetti.



Rayssa Leal - a "Fadinha" -  Foto: divulgação - COB

   A “Fadinha” Rayssa Leal, prata no skate na modalidade street, canalizou as atenções para a sadia prática dos esportes desde a infância. Tornou-se a medalhista mais jovem da história do Brasil, com apenas 13 anos de idade.  Rayssa é conhecida como “fadinha”, porque em 7 de setembro de 2015, estava fantasiada de fada azul e tentava uma manobra no skate conhecida como heelflip, uma das mais difíceis no esporte. Seus amigos gravaram, sem maiores pretensões, o momento em que conseguiu executar a manobra. A gravação viralizou nas redes sociais. 


Ítalo Ferreira  - medalha de ouro em Tóquio - Foto: divulgação COB


  Ítalo Ferreira, que conquistou a medalha histórica de ouro no surfe, é também nordestino, assim como Rayssa, no Brasil ainda há muito preconceito ou sentimentos xenofóbicos com relação aos nordestinos que precisam ser vencidos. Ítalo começou surfar com tampa de isopor. Na conquista do ouro, lembrou de sua avó, representando um país aonde a sabedoria dos mais velhos não é respeitada e valorizada como deveria.  No Japão, país anfitrião das Olimpiadas, há até um feriado nacional em comemoração ao Dia do Respeito ao  Idoso (Keiro no Hi), na terceira segunda feira de setembro. As crianças no Japão são educadas para respeitarem os mais velhos como exemplos de sabedoria.  E o desenvolvimento tecnológico do país emprega boa parte das suas inovações, para a melhoria da qualidade de vida dos idosos. 


   O Brasil, contudo, apresenta nas Olimpíadas de Tóquio,  histórias de superação,  como a do nadador Bruno Fratus, bronze na natação. Uma lição de como a prática de esportes pode transformar a vida das pessoas. Bruno, venceu a depressão pela lesão sofrida pós Olimpíadas do Rio e com o apoio da esposa treinadora, ex-nadadora olímpica Michelle, teve sua vida transformada até a conquista do bronze em Tóquio.

   Mayra Aguiar, bronze no judô, superou cirurgias de ligamentos, para ser a maior medalhista da história do judô brasileiro. Fernando Sheffer, bronze na natação em Tóquio, treinou em um açude meses antes dos Jogos. Exemplos de superação. Lições de vida para a sociedade. 


Bruno Fratus -  bronze na natação  recebe em Tóquio - beijo de sua esposa Michelle Lenhardt  Foto: divulgação COB

    O Brasil pode, havendo políticas de incentivo popular à prática de esportes, se tornar em poucos anos uma potência esportiva mundial.    O país pode e deve muito mais fazer para valorizar a juventude a praticar esportes.

   O Brasil marcado pelos contrastes sociais, ostenta o triste recorde de possuir uma das piores e mais desiguais distribuições de renda do mundo. Em marcantes momentos   de ginástica em Tóquio, Rebeca apresentou ao mundo o ritmo do funk, na ginástica de solo. Um ritmo que faz parte da cultura e retrata grande parte da população brasileira excluída de políticas sociais, nas favelas e periferias.

   A força dos esportes mobiliza atitudes que elevam as relações humanas a uma convivência mais saudável. É possível as sociedades evoluírem para vencer os preconceitos, barreiras, racismo, intolerâncias. Haja vista a delegação de refugiados, nas Olimpíadas de Tóquio. 

   A singularidade da espécie humana é nossa diversidade de etnias de potencialidades humanas que podem conquistar melhores condições de vida com dignidade para todos.

  O mundo pós pandemia precisa renovar-se. Aprender com os erros quando deixamos de respeitar nossa própria espécie e o meio ambiente. A pandemia trazendo sofrimentos produz um aprendizado de que temos que melhorar em muito nossa relação com a natureza e com todos nós seres humanos. Produzir mais solidariedade, fraternidade que a prática de esportes na superação de limites nos educa e nos convoca a vencer, em se tratando das desigualdades socioambientais que o Brasil apresenta e que é preciso vencer. Erradicar pandemias, fome e miséria. Pensar, agir e construir um mundo saudável, sustentável para todos e não apenas para alguns que ignoram a beleza de ser humano e da natureza que nos cerca. Algumas modalidades de esportes nos apresentam a possibilidade de harmonia entre os seres humanos com a natureza, como o surfe. 

   Com os bons exemplos de Rebeca, Daiane, Ítalo e atletas de todas as etnias que mobilizam nossas melhores energias, fazemos votos de que possamos dar saltos de qualidade no respeito a todas as etnias, povos e a natureza.

    Que as energias canalizadas nas disputas dos Jogos Olímpicos de Tóquio, durante a maior pandemia da história da humanidade, auxilie o mundo a construir sociedades que vençam racismos, intolerâncias, desigualdades sociais, a fome, a miséria e construamos, unindo nossas melhores energias, um mundo sustentável para todos.