quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

YANOMAMI - PREVENÇÃO CONTRA MALÁRIA E COVID-19


 Fonte: ONU-BRASIL

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) promoveu capacitações de prevenção e tratamento à malária e à COVID-19 na terra indígena Yanomami na região de Barcelos, fronteira entre Roraima e Amazonas.

O treinamento durou 15 dias na comunidade de Novo Demini e teve apoio do Distrito Sanitário Especial Indígena, do Instituto Socioambiental e da Associação Hutukara Yanomami.

Foram capacitadas 35 pessoas para prática de leitura de lâminas para diagnóstico do tipo de malária, tratamento da doença e registro dos testes realizados para detectar casos.

Além das aulas, a OIM forneceu materiais impressos e apostilas sobre a doença.

Comunidade Yanomami recebe treinamento para detectar malária
Legenda: Comunidade Yanomami recebe treinamento para detectar malária
Foto: © Nicole Cruz/CNI

Com apoio do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Instituto Socioambiental (ISA) e da Associação Hutukara Yanomami (HAY), a equipe de quatro profissionais de saúde da OIM deixou a capital Boa Vista em um avião de pequeno porte para chegar à localidade, em um voo de quase 2 horas de duração.

Foram capacitadas 35 pessoas para prática de leitura de lâminas para diagnóstico do tipo de malária, tratamento da doença e registro dos testes realizados para detectar casos. Além das aulas, a OIM forneceu materiais impressos e apostilas sobre a doença.

Durante as aulas, um assessor do DSEI Yanomami auxiliou nas traduções e na mediação cultural entre a equipe e o povo originário. Um profissional de endemias também ajudou na leitura de lâminas para exame de gota espessa e manuseio de microscópio.

Essa foi a segunda vez que a Organização ingressou na Terra Indígena para ministrar cursos sobre as doenças infecciosas que atingem a região – a primeira foi em abril de 2021. Antes da ação na comunidade, houve uma roda de conversa com o antropólogo e missionário italiano Carlo Zacquini, que atua com o povo Yanomami há 50 anos, para troca de conhecimentos socioculturais e sobre projetos de saúde realizados com a população local.

Segundo o líder comunitário Totô, os casos de malária têm aumentado e o apoio de organizações é fundamental para o combate e prevenção à doença. “Isso é bom para nós, Yanomami. Temos que ter pessoas aqui que deem apoio para as equipes no combate à malária”, relatou através do tradutor.

Além da capacitação em malária, foram ofertadas aulas de português e matemática básica para aplicação desses conhecimentos na prova do Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima (LACEN), que dará a certificação de microscopistas, prevista para ocorrer em abril deste ano.

“É muito importante essa aproximação com os Yanomami para apoiarmos nesses cursos e escutá-los diretamente sobre as necessidades de saúde. Como estávamos em campo, tudo foi identificado no território. Ficamos em uma grande casa compartilhada e conhecemos a dinâmica social da comunidade”, relatou a psicóloga da OIM Nicole Cruz.

Índigena é testado por profissional da OIM
Legenda: Índigena é testado por profissional da OIM
Foto: © Nicole Cruz/CNI

Atendimentos – Nos 15 dias de estadia na comunidade de Novo Demini, a equipe de saúde da OIM prestou 54 atendimentos médicos e formou dois grupos para atividades sobre saúde da mulher. As doenças mais relatadas foram malária, síndromes respiratórias e diarreia.

Foram identificados 14 casos de malária, sendo 7 de malária falciparum, a forma mais grave da doença. Uma criança foi atendida pelo médico da OIM e encaminhada para tratamento em outra localidade.

Os moradores promoveram uma cerimônia festiva para os profissionais que estavam na ação para agradecer a visita e os cursos. “Ter participado de alguns ritos culturais foi muito significativo para pensar o bem-viver Yanomami. Na festa demonstraram que estavam felizes e isso foi muito bonito, pois consegui ver a relação da produção de saúde mental para eles. Os Yanomami daquela região sorriem muito e, para mim, que sou psicóloga, o riso é uma ferramenta importante para o bem-estar. Foi muito emocionante”, complementou Nicole.

Coronavírus – Os Agentes de Saúde Indígena e de Saneamento, barqueiros e lideranças receberam informações atualizadas sobre o novo coronavírus, com estabelecimento de medidas de proteção e cuidados sobre novas variantes. Na comunidade, a vacinação contra a COVID-19 foi realizada pelo Ministério da Saúde. A OIM distribuiu máscaras de proteção e álcool em gel para apoiar no combate à propagação do vírus.

Novas visitas da equipe da OIM em outras comunidades da terra indígena Yanomami estão previstas para os próximos meses. O objetivo é capacitar microscopistas.

As atividades da OIM com a população Yanomami contam com o apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID)

GROENLÃNDIA - CAMADA DE GELO ENCOLHE PELO 25º ANO CONSECUTIVO

Fonte: ONU-BRASIL

 A camada de gelo da Groenlândia perdeu cerca de 166 bilhões de toneladas de massa num período de 12 meses.

As alterações são resultado da aceleração das mudanças climáticas.

O período é o 25º consecutivo de retrocesso na principal estação da região do Polo Norte. O derretimento foi maior do que o acúmulo do inverno.

O alerta está é do Portal Polar, colaborador da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O habitat natural do urso polar está desaparecendo com o derretimento das calotas polares
Legenda: O habitat natural do urso polar está desaparecendo com o derretimento das calotas polares

Foto: © Karolin Eichier/OMM

O ano de 2021 marcou o 25º período consecutivo em que o manto de gelo da Groenlândia perdeu mais massa durante a estação de degelo do que ganhou durante o inverno.

Em números gerais, a camada de gelo perdeu cerca de 166 bilhões de toneladas durante o período de 12 meses que terminou em agosto de 2021. A conta é feita levando em consideração o derretimento do gelo de icebergs e das geleiras em contato com a água do mar.

As informações foram divulgadas na sexta-feira (07) no Portal Polar, um serviço dinamarquês colaborador do relatório anual do Estado do Clima da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Os dados mostram que o início do verão foi frio e úmido, com neve irregularmente forte e tardia em junho, o que atrasou o início da estação de derretimento. Depois disso, no entanto, uma onda de calor no final de julho levou a uma perda considerável de gelo. 

Alterações Climáticas - Esses números significam que a camada de gelo encerrou a temporada com um balanço de massa superficial líquida de aproximadamente 396 bilhões de toneladas, tornando-se o 28º menor nível registrado na série de 41 anos. 

O relatório também observa que a causa do frio do início do verão pode ser devido às condições no sudoeste do Canadá e no noroeste dos Estados Unidos. Nestes territórios, formou-se um enorme sistema de “bloqueio” de alta pressão, com a forma da letra maiúscula grega Omega (Ω). Esse padrão ocorre regularmente na troposfera, e não apenas na América do Norte, mas nunca foi observado com tanta força antes. 

De acordo com o relatório, uma análise de Atributo do Clima Global demonstrou que isso só poderia ser explicado como resultado do aquecimento atmosférico causado pela atividade humana. 

Ano notável - De acordo com o relatório, 2021 foi notável por vários motivos. Foi o ano em que se registou a precipitação na Estação Summit, que se encontra no topo da camada de gelo a 3.200 metros acima do nível do mar, no centro do manto de gelo da Groenlândia.

O ano também testemunhou uma aceleração das perdas na geleira Sermeq Kujalleq, onde a taxa estava estagnada por vários anos. 

A queda de neve no inverno também ficou próxima da média para o período entre 1981 e 2010, o que foi uma boa notícia, pois uma combinação de baixa queda de neve no inverno e um verão quente pode resultar em grandes perdas de gelo, como ocorreu em 2019.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

CHUVAS EM MINAS GERAIS - EXTREMOS CLIMÁTICOS - IMAGENS DAS COMUNIDADES


Chuvas em Ouro Preto - MG Foto: divulgação

Eventos climáticos extremos segundo ONU:

" Os eventos climáticos e meteorológicos extremos aumentaram em frequência, intensidade e gravidade como resultado da mudança climática, atingindo comunidades vulneráveis ​​de forma desproporcional, revelou um novo relatório da ONU, que pede um maior investimento em sistemas eficazes de alerta precoce.



O Relatório sobre o Estado dos Serviços Climáticos 2020: Mudança de Alertas Antecipados para Ação Antecipada, divulgado  pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU, destacou a necessidade de previsões baseadas em impactos — uma evolução na percepção de "como estará o clima" para “o que o clima poderá fazer”, com o objetivo de permitir que pessoas e empresas possam agir com antecedência, com base nos alertas.


“Os sistemas de alerta precoce constituem um pré-requisito para a redução eficaz do risco de desastres e adaptação às mudanças climáticas. Estar preparado e ser capaz de reagir na hora certa, no lugar certo, pode salvar muitas vidas e proteger os meios de subsistência de comunidades em todos os lugares”, disse Petteri Taalas, secretário-geral da OMM, no prefácio do relatório.


Ele também destacou que, embora possa levar anos para se recuperar das perdas humanas e econômicas da pandemia de COVID-19, é crucial lembrar que as mudanças climáticas continuarão a representar uma ameaça contínua e crescente para vidas humanas, ecossistemas, economias e sociedades nos séculos vindouros."( Fonte: ONU- BRASIL)

 

CHUVAS EM MINAS GERAIS - ALERTAS DA DEFESA CIVIL

Raposos - MG jan/2022                  Foto: divulgação


ALERTAS DA DEFESA CIVIL SOBRE AS CHUVAS EM MINAS GERAIS, REGISTROS DA POPULAÇÃO LOCAL



 

CHUVAS EM MINAS GERAIS - IMAGENS DOS EXTREMOS CLIMÁTICOS


MINAS GERAIS E REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE SOFREM COM AS CHUVAS TORRENCIAS DESDE OUTUBRO 2021  COMO   CONSEQUÊNCIA  DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS QUE AGRAVAM A CRISE SANITÁRIA E SOCIOAMBIENTAL - 

Chuva em Belo Horizonte - Foto; divulgação



 

NOSSA SOLIDARIEDADE AS PESSOAS E FAMÍLIAS QUE SOFREM COM ESTES EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS. NA VERDADE TODA A POPULAÇÃO É AFETADA  POR ESTA CRISE SOCIOAMBIENTAL, POIS ALTERAM EM POUCOS MINUTOS A VIDA DE MILHARES DE PESSOAS E FAMÍLIAS, A INFRAESTRUTURA URBANA E EXIGEM DOS GOVERNOS LOCAIS,  CADA VEZ MAIS RECURSOS PARA ENFRENTAREM OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS QUE ESTES EXTREMOS CLIMÁTICOS CAUSAM NAS POPULAÇÕES.



É URGENTE QUE HAJA UMA MOBILIZAÇÃO CADA VEZ MAIOR DA SOCIEDADE CIVIL PARA QUE POSSAMOS TER ACESSO AS INFORMAÇÕES SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS QUE ESTAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS CAUSAM E PODEM CAUSAR NAS COMUNIDADES E CIDADES. UMA VEZ QUE ESTÁ COMPROVADO PELAS INÚMERAS CONFERÊNCIAS CLIMÁTICAS E RELATÓRIOS DE ESPECIALISTAS DO CLIMA,  QUE A AÇÃO HUMANA VEM ALTERANDO AS CONDIÇÕES DO CLIMA GLOBAL.



A UNIÃO DE PESSOAS, INSTITUIÇÕES E GOVERNOS É CADA VEZ MAIS NECESSÁRIA PARA QUE CONSIGAMOS TRAÇAR METAS DE AÇÃO DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS PARA O ENFRENTAMENTO DESTA CRISE CLIMÁTICA.


 

















sábado, 8 de janeiro de 2022

ALERTA DE CHUVAS TORRENCIAS EM MINAS GERAIS E EM BELO HORIZONTE


  Após um final de 2021 de muitas chuvas na Bahia e em várias regiões do Brasil,  Minas Gerais neste início de 2022, registra também mudanças climáticas com  uma grande precipitação de chuvas.

  Em Nova  Lima – MG,  houve  um transbordamento de um dique, que acionou sirenes e inundou a BR 040. Em Capitólio-MG um  deslizamento de um cânion atingiu embarcações causando mortes.  Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (COMDEC),  desde o início das chuvas em outubro-2021 até dia 8 janeiro de 2022, Minas Gerais registrou 138 cidades em situação de emergência,  3.224 desabrigados,  13.439 desalojados e seis mortos, números que com o volume de chuvas previstos, devem aumentar.  

   Um alerta da Defesa Civil de Belo Horizonte foi emitido de chuvas de 120 a 160 mm com raios e rajadas de ventos em torno de 50Km/h válido até às 8h de domingo (9) e risco geológico em todas as regionais em BH até a próxima terça feira dia 11.