sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

CAPOEIRA ANGOLA - MESTRE COBRA MANSA E MESTRE MANOEL



 

LIXO ELETRÔNICO - AMÉRICA LATINA PERDE US$ 1,7 BILHÃO POR ANO COM DESCARTE INAPROPRIADO


 Fonte: ONU - BRASIL

Pesquisa inédita feita pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) mostrou que apenas 3% do lixo eletrônico da América Latina é descartado da forma correta.

A estimativa da Organização é que mais de 1,7 bilhão de dólares são perdidos anualmente devido à falta de tratamento adequado destes materiais.

Foram levantados dados de descarte em 13 países da região, sendo que destes, apenas Costa Rica, Equador e Peru têm legislação específica sobre o descarte de materiais eletrônicos.

De acordo com o relatório, o lixo eletrônico nos países avaliados cresceu 49% entre 2010 e 2019.

montanha de lixo eletrônico
Legenda: Lixo eletrônico é um risco ambiental devido a substâncias tóxicas, como mercúrio e cádmio
Foto: © ITU

Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), revela que apenas 3% do lixo eletrônico da América Latina é descartado da forma correta e tratado de uma maneira que respeita o meio ambiente.

Segundo a agência da ONU,  não há monitoramento dos demais 97%, sendo que muitos materiais contêm ouro e outros metais preciosos e poderiam ser recuperados, com valor equivalente a 1,7 bilhão de dólares por ano.

A UNIDO ainda explica que as pessoas que reciclam lixo de modo informal muitas vezes acabam fazendo uma seleção e pegando alguns elementos valiosos destes eletrônicos, mas a maior parte é descartada de forma inapropriada.

O estudo “Monitor Regional de E-Waste para América Latina” é o primeiro do tipo feito pelas Nações Unidas, avaliando a situação em 13 países da região, incluindo Argentina, Chile, Peru e Venezuela.

O documento aponta que resíduos e materiais eletrônicos estão entre os tipos de lixo que crescem de forma mais rápida no mundo, ameaçando o desenvolvimento sustentável.  De acordo com o relatório, o lixo eletrônico nos países avaliados cresceu 49% entre 2010 e 2019.

Materiais tóxicos - Os dados coletados em 2019 mostraram que o lixo eletrônico gerado por 206 milhões de pessoas nos países analisados, atingiu a marca de 1,3 megatoneladas, sendo que 30% eram plásticos. Este volume tem peso similar a uma linha reta de 670 km de extensão formada por caminhões de 40 toneladas totalmente carregados.

O lixo eletrônico é formado por várias substâncias perigosas e segundo a UNIDO, nos países analisados, esses materiais têm 2,2 quilos de mercúrio, 600 quilos de cádmio, 4,4 mil quilos de chumbo e 5,6 megatoneladas de gases de efeito estufa. Por isso, quando essas substâncias são descartadas sem nenhum cuidado, os riscos para a saúde ambiental são muito altos.

Oportunidades - Mas por outro lado, tratar o lixo eletrônico de forma adequada pode trazer oportunidades econômicas. Segundo a UNIDO, o lixo eletrônico gerado na América Latina em 2019 continha 7 mil quilos de ouro, 310 quilos de metais raros, 591 mil quilos de ferro, 54 mil quilos de cobre e 91 mil quilos de alumínio. O valor estimado desse material é de 1,7 bilhão dólares em matéria-prima secundária.

Entre os países analisados, apenas Costa Rica, Equador e Peru têm legislação específica sobre o descarte de materiais eletrônicos. A UNIDO faz um apelo às nações latino-americanas para introduzirem leis obrigando o manejo sustentável do lixo eletrônico. 

CYBERBULLYING - PREOCUPAÇÃO NO ACESSO ´À INTERNET POR CRIANÇAS

 

De acordo com o Unicef, órgão que pertence à Organização das Nações Unidas (ONU), o cyberbullying acontece quando o bullying  ocorre por meio das plataformas utilizadas via internet.

FONTE: ONU - BRASIL

   O cyberbullying é a principal preocupação para a segurança de crianças e jovens ao usar a internet, de acordo com um levantamento realizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) em duas plataformas de mídia social.

 Cerca de 40% dos seguidores da UIT no Twitter e LinkedIn listaram o cyberbullying como sua maior preocupação entre três medos comuns relacionados ao uso da internet por crianças. Os outros dois - violação de proteção de dados e ameaça de aliciamentos - chegando a 27% e 26%, respectivamente.

   Segundo a agência, jovens gastam mais online que o resto da população. O número estimado é que 71% dos jovens entre 15 e 24 anos sejam usuários da internet, comparado a 57% de outros grupos etários.

   A enquete foi feita no contexto do Dia da Internet Segura, celebrado esta semana, no dia 8 de fevereiro.

Duas crianças brincam ao ar livre enquanto seus pais participam de um workshop sobre segurança online e práticas parentais positivas na Guatemala.
Legenda: Cada vez mais crianças e jovens estão conectados na internet
Foto: © Patricia Willocq/UNICEF

   Com mais crianças e jovens passando tempo online, o cyberbullying é a principal preocupação para sua segurança ao usar a internet, de acordo com uma enquete realizada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) em duas plataformas de mídia social. O levantamento foi feito entre seguidores da UIT no Twitter e LinkedIn foi feito no contexto do Dia da Internet Segura, marcado no dia 8 de fevereiro.

  Na enquete, foi solicitado que as crianças ranqueassem três medos comuns online: cyberbullying, violação de proteção de dados e ameaça de aliciamento. Cerca de 40% listaram o cyberbullying como a maior preocupação, com os outros dois chegando a 27% e 26%. Ainda foram citados outros medos que não estavam listados como o risco de conexão prolongada ou se as crianças estão conscientes dos mecanismos de denúncias de ameaças online.

  Juventude conectada - Segundo a UIT, jovens gastam mais online que o resto da população. O número estimado é de 71% dos jovens entre 15 e 24 anos usuários da internet, comparado a 57% de outros grupos etários.

   A internet também evolui com o passar do tempo, dando margem para o surgimento de novas ameaças, fazendo com que a proteção de crianças e jovens se torne ainda mais crítica.

   Mirando a linguagem “tóxica” - A UIT relembrou que o problema do cyberbullying inspirou Gitanjali Rao, a primeira Criança do Ano da Revista TIME, a usar a tecnologia para enfrentar essa questão.

  Rao, agora com 16 anos, criou o Kindly, uma API (Interface de Programação de Aplicativos) de código aberto, que usa algoritmos de aprendizado de máquina para testar linguagem “tóxica” em textos de mensagens, emails e posts de redes sociais antes de serem enviadas.

   Ela descreve o programa como um corretor ortográfico de bullying. As crianças recebem o feedback instantâneo dos rascunhos de suas mensagens, que dessa forma permite que elas reconsiderem ou modifiquem o que tenham escrito. O objetivo do Kindly é acabar com o cyberbullying "uma mensagem por vez”.

  O Kindly é o resultado de uma colaboração entre Rao e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que estão desenvolvendo a interface como um Bem Público Digital.

   Uma internet mais gentil e segura - A UIT possui diversos recursos para lidar com o cyberbullying, incluindo jogos para crianças, treinamento de crianças, jovens, pais, responsáveis e educadores.

   O UNICEF também criou um recurso online que junta especialistas e peritos internacionais em cyberbullying e proteção infantil com o Facebook, Instagram, TikTok e Twitter, a fim de responderem perguntas e oferecerem sugestões.