sexta-feira, 9 de setembro de 2022

DETERIORAÇÃO DAS FONTES DE ÁGUA DOCE NO MUNDO

  Fonte: ONU - BRASIL 

  Durante a Semana Mundial da Água, realizada de 23 de agosto a 1º de setembro, em Estocolmo, os países foram incentivados a fazer mais para proteger seus lagos, rios e pântanos, que muitas vezes são negligenciados quando se trata de conservação.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) defende que proteger estes ecossistemas de água doce deveria ser uma prioridade máxima ao redor do globo, visto seus impactos no clima, na biodiversidade e até na economia.

A situação atual, enquanto isso, é alarmante, com uma em cada cinco bacias hidrográficas do mundo tendo experimentado flutuações nas águas superficiais fora de sua faixa natural nos últimos cinco anos.

 

Vista de Danau Sentarum, na Indonésia, o maior lago com maré do mundo, que fica completamente vazio durante a estação seca.
Legenda: Vista de Danau Sentarum, na Indonésia, o maior lago com maré do mundo, que fica completamente vazio durante a estação seca.
Foto: © Ramadian Bachtiar/Center for International Forestry Research (CIFOR)

Na China, em partes do rio mais longo da Ásia, o Yangtse, foram registrados recordes nos baixos níveis de água, causando perturbações na energia hidrelétrica, interrompendo a navegação e forçando as principais empresas a suspenderem as operações. Milhões de pessoas já enfrentaram cortes de energia. Enquanto isso, na Alemanha, o nível anormalmente baixo do Reno tem afetado a navegação e a economia.

Em 2022, vimos em várias partes do planeta os efeitos colaterais da crise climática nos ecossistemas de água doce, com períodos secos cada vez mais frequentes e intensos, intercalados por enchentes e precipitações extremas. Nos últimos cinco anos, uma em cada cinco bacias hidrográficas experimentou flutuações nas águas superficiais fora de sua faixa natural.

Especialistas ambientais afirmam que tais exemplos destacam os perigos de se considerar os ecossistemas de água doce como um bem garantido. Durante a Semana Mundial da Água, realizada de 23 de agosto a 1º de setembro, em Estocolmo, os países foram incentivados a fazer mais para proteger seus lagos, rios e pântanos, que muitas vezes são negligenciados quando se trata de conservação.

“Os ecossistemas de água doce trazem benefícios de grande escala para a sociedade, o clima, a natureza, a biodiversidade e as economias, portanto, protegê-los é uma prioridade máxima”, destaca o chefe da Unidade de Ecossistemas de Água Doce do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Joakim Harlin.

Poluição - Uma outra ameaça aos habitats de águas superficiais — lar de 10% de todas as espécies conhecidas, com 55% de todos os peixes dependendo dos ecossistemas de água doce para sua sobrevivência — é a poluição. Pesquisas do PNUMA mostram que cerca de um terço de todos os rios da América Latina, África e Ásia sofrem de grave poluição patogênica. A poluição orgânica severa é encontrada em aproximadamente um em cada sete rios, e a poluição severa e moderada por salinidade em cerca de 10% de todos os rios.

Segundo um estudo global recém publicado pelo PNUMA, a tendência da humanidade de desvalorizar o meio ambiente provocou uma crise global de biodiversidade que está levando um milhão de espécies à extinção.

Uma das conclusões do relatório indica que as decisões políticas e econômicas são frequentemente baseadas em um conjunto restrito de valores de mercado que não levam em consideração os valores intrínsecos, espirituais, culturais e recreativos dos ecossistemas. 

Zonas úmidas - As zonas úmidas, por exemplo, têm um enorme valor cultural, inclusive para os povos indígenas, e são um refúgio para todos, desde observadores de pássaros até aventureiros. Mas elas, em particular, têm sido desvalorizadas há muito tempo. Durante a maior parte dos últimos 200 anos, as turfeiras e pântanos têm sido vistos como zonas improdutivas. Cerca de 85% delas foram perdidas desde 1700, sendo que muitas foram drenadas.

Entretanto, ciências emergentes sugerem que as turfeiras absorvem o dióxido de carbono que aquece o planeta e armazenam duas vezes mais carbono do que todas as florestas do mundo.

Harlin diz que este último relatório demonstra que “alcançar um futuro sustentável e justo exige que reconheçamos e integremos as contribuições das áreas úmidas para as pessoas e seu bem-estar”. Ele afirma que há cinco fatores cruciais para a preservação dos ecossistemas de água doce. 

“Devemos parar de destruir e começar a restaurar as zonas úmidas; parar de extrair dos rios e aquíferos em excesso; assegurar a conectividade para peixes e outras espécies aquáticas ao longo dos caminhos da água; lidar com a poluição e limpar as fontes de água doce, usar com sabedoria as zonas úmidas e integrar a água e as zonas úmidas nos planos de desenvolvimento e gestão de recursos.”

Preservação - A salvaguarda de áreas úmidas requer monitoramento, proteção, restauração, melhor gerenciamento, finanças e priorização do governo. O PNUMA tem alcançado progresso nesta área ao se envolver com governos e legisladores para melhorar a gestão de recursos hídricos, destacar questões emergentes e trabalhar com parceiros para coletar e analisar dados dos corpos d'água, incluindo sua extensão e qualidade ao longo do tempo.

Um exemplo é a Global Peatlands Initiative (Iniciativa Global pelas Turfeiras, em tradução livre), liderada pelo PNUMA, uma parceria que enfrenta a crise ambiental e climática através da colaboração sul a sul para a restauração e manejo sustentável das turfeiras.

Plataformas como o Freshwater Ecosystems Explorer (Buscador de Ecossistemas de Água Doce, em tradução livre) e a colaboração com cientistas, pesquisadores e analistas de dados em todo o mundo apoiados pelo Centro PNUMA-DHI sobre Água e Meio Ambiente permitem fluxos de informação atualizados e confiáveis para os legisladores e para a outras partes que trabalham com recursos hídricos.

CRISE SE AGRAVA E IDH RECUA EM 90 % NOS PAÍSES MAIS POBRES

 FONTE: ONU - BRASIL

  O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lança hoje (8), o relatório Relatório de Desenvolvimento Humano, “Tempos incertos, vidas instáveis: Construir o futuro num mundo em transformação”.

O documento aponta que pela primeira vez em 32 anos, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede a saúde, a educação e o padrão de vida de uma nação, cai globalmente por dois anos consecutivos. 

Mais de 90% dos países registraram declínio na pontuação do IDH em 2020 ou 2021, e mais de 40% caíram nos últimos dois anos, sinalizando que a crise ainda está se aprofundando em muitos deles.

 

O UNICEF estima que metade da população com menos de cinco anos na Somália provavelmente enfrentará desnutrição aguda nos próximos meses. País é um dos que enfrenta as consequências da múltipla crise planetária.
Legenda: O UNICEF estima que metade da população com menos de cinco anos na Somália provavelmente enfrentará desnutrição aguda nos próximos meses. País é um dos que enfrenta as consequências da múltipla crise planetária.
Foto: © Sebastian Rich/UNICEF

O mundo está enfrentando uma crise atrás da outra, preso em um ciclo de apagar incêndios e incapaz de enfrentar as raízes dos problemas. Sem uma drástica mudança de rumo, podemos estar caminhando para ainda mais privações e injustiças, alerta o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O mais recente Relatório de Desenvolvimento Humano, “Tempos incertos, vidas instáveis: Construir o futuro num mundo em transformação”, lançado hoje (8) pelo PNUD, argumenta que camadas de incerteza estão se acumulando e interagindo para desequilibrar a vida de forma inédita. Os últimos dois anos tiveram impacto devastador para bilhões de pessoas em todo o planeta, quando crises como a da  COVID-19 e a guerra na Ucrânia se sucederam e interagiram com amplas transformações sociais e econômicas,  mudanças planetárias perigosas e aumento acentuado da polarização.

Pela primeira vez nos 32 anos em que o PNUD o calcula, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede a saúde, a educação e o padrão de vida de uma nação, cai globalmente por dois anos consecutivos. O desenvolvimento humano voltou aos níveis de 2016, revertendo parte expressiva do progresso rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A reversão é quase universal, pois mais de 90% dos países registraram declínio na pontuação do IDH em 2020 ou 2021, e mais de 40% caíram nos últimos dois anos, sinalizando que a crise ainda está se aprofundando em muitos deles.

Embora alguns países estejam começando a se levantar, a recuperação é desigual e parcial, ampliando ainda mais as desigualdades no desenvolvimento humano. A América Latina, o Caribe, a África Subsaariana e o sul da Ásia, em particular, foram duramente atingidos.

“O mundo está lutando para reagir a crises consecutivas. Vimos, com as crises de custo de vida e de energia, que, embora seja tentador focar em soluções rápidas, como subsidiar combustíveis fósseis, táticas de alívio imediato estão retardando as mudanças sistêmicas de longo prazo que precisamos fazer”, diz o administrador mundial do PNUD, Achim Steiner. “Estamos coletivamente paralisados em relação a essas mudanças. Em um mundo definido pela incerteza, precisamos de um senso renovado de solidariedade global para enfrentar nossos desafios comuns e interconectados”.

Paralisação - O relatório explora por que a mudança necessária não está acontecendo e indica haver muitas razões, incluindo como a insegurança e a polarização alimentam-se uma da outra, atualmente, para impedir a solidariedade e a ação coletiva necessária para enfrentar as crises em todos os níveis. Novos cálculos mostram, por exemplo, que aqueles que se sentem mais inseguros também são mais propensos a ter visões políticas extremistas.

“Mesmo antes da COVID-19, vínhamos observando os paradoxos do progresso com insegurança e polarização. Hoje, com um terço das pessoas em todo o mundo se sentindo estressadas e quase dois terços das pessoas em todo o mundo desconfiadas umas das outras, enfrentamos grandes obstáculos para a adoção de políticas que funcionem para as pessoas e o planeta”, diz Steiner. “Esta nova e instigante análise visa nos ajudar a romper esse impasse e traçar um rumo alternativo à atual incerteza global. Temos uma janela estreita para reiniciar nossos sistemas e garantir um futuro baseado em ações climáticas decisivas e novas oportunidades para todas e todos.”

Futuro - Para traçar um novo rumo, o relatório recomenda a implementação de políticas como foco em investimento – de energia renovável à preparação para pandemias; e seguro – incluindo proteção social –, de maneira a preparar a sociedade para os altos e baixos de um mundo incerto. Embora a inovação em suas muitas formas – tecnológica, econômica, cultural – também possa desenvolver capacidades para responder a quaisquer desafios que venham adiante.

“Para navegar na incerteza, precisamos dobrar o desenvolvimento humano e olhar para além da melhoria da riqueza ou da saúde das pessoas”, diz o principal autor do relatório, Pedro Conceição. “Estes continuam importantes. Mas também precisamos proteger o planeta e fornecer às pessoas as ferramentas necessárias para se sentirem mais seguras, recuperarem o controle sobre suas vidas e terem esperança no futuro.”

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

DIA DA AMAZÔNIA - 5 DE SETEMBRO

Amazônia - Foto: divulgação

 

  A data do dia da Amazônia, foi instituída no dia 19 de dezembro de 2007, pelo projeto de Lei nº11.621. Foi escolhido em homenagem ao Príncipe Dom Pedro II que decretou a criação da província do Amazonas, atual estado do Amazonas, em 1850.

  "O bioma amazônico abrange mais de 9 países, dos quais 60 por cento estão no norte do Brasil, cobrindo mais de 4 milhões de km² e, possivelmente, abrigam a maior diversidade biológica do mundo. Suas vastas florestas influenciam significativamente os climas regionais e globais e confiscam cerca de 70 bilhões de toneladas de carbono (Marengo & Espinoza, 2016).     Embora pouco povoada, a região é habitada por cerca de 22 milhões de pessoas, a maioria em áreas urbanas, mas com diversas comunidades locais, incluindo povos indígenas, quilombolas. Tais comunidades dependem economicamente e culturalmente sobre os recursos naturais. A conservação desta região e sua vasta diversidade cultural e biológica, bem como o equilíbrio ecológico que sustenta seu papel crucial na regulação do clima, são de extrema importância para o Brasil e toda a população humana. 

   As estimativas situam a região como a maior reserva de madeira tropical do planeta. Seus recursos naturais – que, além da madeira, incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios, por exemplo – representam uma abundante fonte de riqueza natural. A região abriga também grande riqueza cultural, incluindo o conhecimento tradicional sobre os usos e a forma de explorar esses recursos naturais sem esgotá-los nem destruir o habitat natural. 
 
   Para estimular a conservação e uso sustentável da Amazônia o Ministério do Meio Ambiente tem promovido uma série de ações para a conservação da sua biodiversidade e aproveitamento de seu enorme potencial para o desenvolvimento sustentável da região e do Brasil. Estas medidas incluem projetos para a gestão sustentável da paisagem, incluindo adequação ambiental, consolidação de unidades de conservação, cadeias produtivas sustentáveis e inovadoras, recuperação de áreas degradadas e pagamento por serviços ambientais.  

* Marengo, J.A. & Espinoza, J.C. 2016. Extreme seasonal droughts and floods in Amazonia: causes, trends and impacts. Int. J. Climatol. 36:1033-1050. 

Flora e Fauna  

  A Amazônia é o maior bioma do Brasil, ocupando um território de 4.212.472 km² (IBGE, 2019), área que abriga 73% das espécies de mamíferos, e 80% das aves. De um total de mais de 120 mil espécies de animais existentes no Brasil (CTFB, 2021)Deste total, sobre as quais se conhece o estado de conservação, 5.070 espécies que foram avaliadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio (2018), 180 espécies, ou 3,55% do total, encontram-se  em alguma categoria de ameaça de extinção (sob categorias Extintas na Natureza (EW), Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) e Vulnerável (VU))Em relação à flora, de acordo com Flora do Brasil (2021)das 49.987 reconhecidas para a flora brasileira (nativas, cultivadas e naturalizadas), foram identificadas como de ocorrência no bioma Amazônia 13.056 espécies, sendo que deste total 1.610 são conhecidos o estado de conservação e 13,4% destas encontram-se sob alguma categoria de ameaça de extinção. ( Fonte: MMA)


 

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

SITE EM PARCERIA COM A UNICEF - AUXILIA JOVENS A ENFRENTAR A DESINFORMAÇÃO

 FONTE ; ONU - BRASIL

A BemTV – Educação e Comunicação, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) Brasil, lançou nesta segunda-feira (29) o site e e-book “Muito mais que fake news”, para apoiar adolescentes e jovens no enfrentamento da desinformação.

O objetivo da ação é apoiar adolescentes e jovens no enfrentamento da desinformação.

Os materiais trazem dicas práticas de como identificar e combater notícias falsas, com propostas de atividades de checagem de informação e sugestões de livros, filmes, vídeos e podcasts sobre o tema.

 

O material surgiu a partir da experiência com jovens comunicadores de diferentes comunidades do Rio de Janeiro, como Pavuna e Maré.
Legenda: O material surgiu a partir da experiência com jovens comunicadores de diferentes comunidades do Rio de Janeiro, como Pavuna e Maré.
Foto: © Reprodução/Muito mais que fake news

A BemTV – Educação e Comunicação, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) Brasil, lançou nesta segunda-feira (29) o site e e-book “Muito mais que fake news”, para apoiar adolescentes e jovens no enfrentamento da desinformação.

O material surgiu a partir da experiência com jovens comunicadores de diferentes comunidades do Rio de Janeiro, como Pavuna e Maré, que, ao longo das formações, debatem e produzem peças sobre como a desinformação afeta o acesso aos direitos e quem ela mais atinge. 

“A urgência de combater a contaminação pela COVID-19 em territórios periféricos mobilizou organizações e profissionais da comunicação aliados à juventude periférica no combate à desinformação”, explica a coordenadora da BemTV, Daniela Araújo.

site traz conceitos e dicas práticas de como identificar notícias falsas, além de um glossário de termos frequentes no mundo da comunicação. No próprio site da iniciativa e no site do UNICEF, também está disponível um e-book com textos sobre como o modelo de negócio das redes sociais estimula esse problema e a discussão de um dilema bem atual: como combater a desinformação sem ameaçar a liberdade de expressão das pessoas na internet e fora dela. Além disso, o e-book traz propostas de atividades práticas de checagem de informação e sugestões de livros, filmes, vídeos e podcasts sobre o tema. O download do material é gratuito.

O lançamento oficial da plataforma ocorreu nesta segunda-feira (29), com uma live no canal do YouTube do UNICEF que contou com a presença do influenciador digital Raphael Vicente, da jornalista Daniela Araújo e da jovem comunicadora Nathália Araújo.

Jovens comunicadores - A Rede Jovens Comunicadores é um projeto de formação em comunicação popular voltado para moradores de comunidades e favelas com o objetivo de ampliar o acesso à informação, formando jovens comunicadores para identificação de notícias falsas, checagem e compartilhamento de informações. Além disso, o projeto contribui com a geração de renda de jovens, por meio de bolsa-auxílio disponibilizada pela instituição. 

Atualmente com turmas em atividade nas cidades de Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro, reúne 160 jovens entre 16 e 25 anos, para a discussão de temas como a prevenção de violências (de gênero e racial), a garantia de direitos, o acesso às informações sobre saúde, primeira infância e combate à desinformação. Ao longo dos últimos dois anos, mais de mil jovens já passaram pelo projeto.

BemTV - A BemTV é uma organização não governamental sem fins lucrativos que, desde 1992, trabalha com mídia e educação para adolescentes e jovens nos territórios populares de Niterói e São Gonçalo, com objetivo de construir, junto com as juventudes, uma sociedade mais igualitária.

MILHÕES DE PESSOAS VÍTIMAS DE ENCHENTES NO PAQUISTÃO

 FONTE; ONU -BRASIL

Cerca de 30 milhões de pessoas estão sofrendo com as consequências de chuvas torrenciais e inundações no Paquistão. Mais de mil pessoas morreram em decorrência do fenômeno climático até o momento.

A Organização das Nações Unidas, através da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), está fazendo um apelo para que os valores de ajuda emergencial aumentem. Serão necessários cerca de 160 milhões de dólares para ajudar mais de cinco milhões de pessoas nas áreas mais afetadas com comida, educação, abrigo e proteção, entre outras coisas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fará uma visita de solidariedade ao país na próxima semana. Ele deve chegar em Islamabad na sexta-feira, 9 de setembro.

 

Uma criança segura seus pertences após inundações na província de Balochistan, no Paquistão.
Legenda: Uma criança segura seus pertences após inundações na província de Balochistan, no Paquistão.
Foto: © Sami Malik/UNICEF

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), pediu hoje (30) um aumento maciço na ajuda emergencial para milhões de pessoas no Paquistão atingidas por tempestades e inundações que já mataram mais de mil pessoas.Cerca de 30 milhões de pessoas no país foram afetadas pelas chuvas torrenciais, sendo que 6,4 milhões delas precisam de apoio imediatamente. 

Desde junho, milhares de famílias foram deslocadas pelas enchentes e agora vivem em acampamentos ou provisoriamente com anfitriões.

“As chuvas e inundações foram catastróficas para milhões de pessoas. Precisamos urgentemente de apoio global e solidariedade para com o Paquistão nestes tempos difíceis”, disse o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.

O governo do Paquistão iniciou uma resposta e pediu apoio internacional, uma vez que as inundações devastaram muitas partes do país. “A comunidade internacional deve intensificar seu apoio e ajudar a resposta do Paquistão a esta catástrofe”, disse Grandi.

Refugiados - O Paquistão abriga cerca de 1,3 milhão de refugiados afegãos registrados e tem sido um generoso anfitrião nos últimos 40 anos. Como parte de uma resposta coordenada sob a liderança do Comitê Nacional de Gestão de Desastres do Paquistão (NDMA) e com outros parceiros, o ACNUR entregou itens de socorro nas áreas mais atingidas das províncias de Baluchistão e Khyber Paktunkhwa.

Até agora, o ACNUR forneceu às aldeias de refugiados, bem como às comunidades anfitriãs, mais de 71 mil itens de ajuda de emergência, incluindo tendas, lonas plásticas, produtos sanitários, fogões, cobertores, lâmpadas solares e colchonetes. Além disso, o ACNUR entregou dez mil sacos para ajudar as famílias a construir defesas em torno de suas casas. Até o momento, essa assistência chega a aproximadamente 1,5 milhão de dólares, mas muito mais é necessário.

Um apelo de financiamento da ONU emitido em apoio à resposta liderada pelo governo hoje está buscando cerca de 160 milhões de dólares para ajudar mais de cinco milhões de pessoas nas áreas mais afetadas com comida, educação, abrigo e proteção, entre outras coisas.

Guterres - Com a situação trágica enfrentada por milhares de homens, mulheres e crianças impactadas pelas enchentes históricas no Paquistão, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fará uma visita de solidariedade ao país na próxima semana. Ele deve chegar em Islamabad na sexta-feira, 9 de setembro, e viajará para as áreas mais impactadas pela  catástrofe climática sem precedentes.