quinta-feira, 5 de janeiro de 2023
terça-feira, 3 de janeiro de 2023
PELÉ - EDSON ARANTES DO NASCIMENTO - A LIBERDADE IMORTALIZADA
Foto: divulgação |
EDITORIAL
O sociólogo italiano Domenico De Masi em
seu livro “Ócio Criativo” diz que o ser humano é mais criativo quando se sente
livre. Pelé vivenciou esta realidade ao praticar futebol com liberdade.
Sendo verdade que quando nascemos já
encontramos o mundo repleto de conflitos e problemas sociais, a capacidade
criativa de Pelé praticando futebol o diferenciou mundialmente. Sua harmonia com o trato da bola possibilitou
que ele rompesse barreiras sociais e
econômicas. Sua criatividade abriu portas para que ele, vivenciando estas desigualdades, pudesse “driblar” problemas sociais como o
racismo. Avaliando-se que o racismo na sociedade e no futebol infelizmente
continua existindo, todas as etnias reconhecem que no craque da camisa 10
imortalizada há singularidade e certeza da genialidade na espécie humana.
Foto: divulgação |
A forma como Pelé buscou solucionar os
conflitos raciais só ele mesmo soube
vivenciar. Com certeza afetou suas relações familiares, sociais. Sua resposta
mais significativa ao racismo estrutural foi procurar exercer da melhor forma
sua genialidade nos gramados instigando os seres humanos a evoluir, a perceberem
seus dons. Muitos atletas e seres humanos buscam se espelhar na forma como ele
procurou praticar futebol. Depois de Pelé várias pessoas no Brasil e no mundo
são chamadas de “Pelé” quando se destacam no trabalho ou em uma atividade
profissional. Podemos viver buscando
transmitir felicidade no que sabemos fazer de melhor. Pelé nos faz refletir o
quanto o racismo é falta de civilização
humana. Quando uma pessoa julga alguém com preconceito se degrada. Fica
impedida de evoluir. Pelé ensinou ao
mundo uma grande lição: evoluam.
O que mais ele buscou plantar através de
seu trabalho na consciência humana é o otimismo de que há uma essência boa no
ser humano. Ele nos faz refletir que a
máxima de Rosseau pode ser verdadeira: "o
ser humano é bom por natureza". Pelé indiscutivelmente soube com maestria
alimentar a sua melhor essência humana através da sua forma de praticar futebol.
Dentro de campo Pelé atingiu marcas de
desempenho e criatividade que são inigualáveis.
Uma condição que seja mais sincera quando
nos referimos ao Pelé é vê-lo como uma pessoa com sua forma simples de viver e que possuía qualidades e defeitos como todo ser humano em sua trajetória de vida. Ele procurou vencer suas imperfeições humanas
valorizando os seus melhores dons. Sua
atitude em campo o levou a uma convivência universal muito além do futebol. Um
Mestre Rei Black - quem utiliza
argumentos racistas para mediar relações humanas perde de goleada ao perceber a
passagem de Pelé na história da humanidade.
Pensar que o mundo hoje idolatra a
inteligência artificial fabricar a criatividade e arte em laboratório de um
novo Pelé é impossível. As imagens do excelente futebol praticado pelo Rei Pelé
não são "fakes" aconteceram antes do
advento da internet e ficarão imortalizadas.
O que se imortaliza na arte de Pelé é a
valorização da espécie humana em saber que somos capazes de ser criativos,
ainda que estes dons sejam talvez para poucos. Ou será que podemos alimentar de fato esta
forma elevada de valorizar nossos dons e partilhar nossas melhores energias
vencendo relações sociais opressivas?
Foto: divulgação |
Vale algumas reflexões sobre o Rei Pelé:
existem várias riquezas que os seres humanos podem partilhar: uma delas é a paz,
Pelé evitou guerras com sua arte. Também é uma referência em saber jogar futebol com harmonia. Trata-se de uma singular capacidade
artística de praticar futebol com felicidade. Uma singular forma de
elevar a autoestima do povo brasileiro e do futebol mundial como esporte que
pode também alimentar sonhos humanos de inteligência saudável para se viver. Esta
busca de conquistar e vivenciar momentos
felizes faz parte do DNA da maioria do povo brasileiro. Por isto um Rei como
Pelé só poderia mesmo ter nascido no Brasil.
O
Jornal Oecoambiental se solidariza com os sentimentos de perda da convivência de Pelé com os familiares, os amigos, de todas as pessoas que no Brasil e no mundo aprenderam e agora continuarão aprendendo com o Mestre Pelé pelas imagens históricas e buscam um sentido para valorizar a vida. A existência do ser humano Pelé educa outros humanos a acreditar que somos
capazes de ser livres através da criatividade da vida que pode se renovar. A
passagem de Pelé neste sentido está imortalizada.
A
existência de Pelé como outros grandes seres humanos que passaram pelo mundo em
diversos períodos da história, nos faz refletir que o ser humano pode ser muito
mais valorizado. Que este valor pode ser mais respeitado nos conteúdos das
redes sociais. Que é possível socializar o amor à vida e a sabedoria de partilhar
nossos dons e sonhos. Valores de qualidade de vida que podem melhorar o mundo.
Que a lição da passagem do Rei Pelé pelo
Brasil e pelo mundo nos façam seres humanos melhores. Que possamos acreditar
que podemos vencer o ódio convivendo com mais amor pela vida e a conquista de
valores além do ter. É preciso perceber o valor de cada ser humano. Sentir-se uma
espécie humana em evolução qualitativamente melhor.
Gratidão Mestre Rei Pelé
segunda-feira, 2 de janeiro de 2023
PNUMA - PROJETO REPARAÇÃO MATA ATLÃNTICA
FONTE; ONU - BRASIL
A ONU reconheceu o Pacto Trinacional da Mata Atlântica como uma de suas 10 Iniciativas de Referência da Restauração Mundial, honraria que mostra como os defensores e as defensoras do meio ambiente estão reparando as paisagens danificadas no âmbito da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), líder desse reconhecimento, retratou em matéria especial os detalhes deste projeto que envolve 300 organizações e que tem trabalhado desde 2009 para preservar e restaurar o que restou da Mata Atlântica.
Estas organizações estão protegendo espécies ameaçadas, como a onça-pintada e o mico-leão dourado, assegurando o abastecimento de água para as pessoas e para a natureza, combatendo e criando resiliência à mudança climática, e gerando milhares de empregos. Cerca de 700 mil hectares de terra já foram restaurados e o objetivo é proteger e reviver um milhão de hectares até 2030 e 15 milhões de hectares até 2050 - uma área maior do que a de todo o Nepal, Grécia ou Nicarágua.
Entre suas plantas de erva-mate, o fazendeiro paraguaio Eger Báez continua sem suar, apesar da temperatura média da manhã se aproximar dos 30°C. Tudo isso porque sua rica safra orgânica é sombreada por uma grande quantidade de árvores.
Convencer e ajudar os proprietários agrícolas a cultivarem mais árvores nativas em suas terras é central para um dos projetos ambientais mais sustentáveis e ambiciosos do mundo: a restauração da imponente Mata Atlântica.
"Em todo o mundo, nossas florestas estão sob ameaça", comenta a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen. "A restauração da Mata Atlântica por meio do envolvimento das comunidades locais é um poderoso lembrete de que a natureza pode curar e oferecer muitos benefícios quando lhe é dada a chance".
A Mata Atlântica já cobriu uma vasta faixa do Brasil, Paraguai e Argentina. Mas cinco séculos de exploração madeireira, expansão agrícola e o crescimento implacável de cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, reduziram-na a fragmentos.
Sob o Pacto Trinacional da Mata Atlântica, 300 organizações têm trabalhado desde 2009 para preservar e restaurar o que restou deste bioma. Elas estão protegendo espécies ameaçadas, como a onça-pintada e o mico-leão dourado, assegurando o abastecimento de água para as pessoas e para a natureza, combatendo e criando resiliência à mudança climática, e gerando milhares de empregos.
Cerca de 700 mil hectares de terra já foram restaurados e o objetivo é proteger e reviver um milhão de hectares até 2030 e 15 milhões de hectares até 2050 - uma área maior do que a de todo o Nepal, Grécia ou Nicarágua.
Prêmio - A ONU reconheceu o Pacto como uma de suas 10 Iniciativas de Referência da Restauração Mundial. As iniciativas, que podem receber financiamento, aconselhamento ou apoio de divulgação da ONU, mostram como os defensores e as defensoras do meio ambiente estão reparando as paisagens danificadas no âmbito da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas
"Estamos comemorando a concessão do status de iniciativa de referência da restauração", disse a secretária de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Julie Messias e Silva. "Este esforço é um reconhecimento do papel único que o bioma desempenha não apenas em termos de serviços ecossistêmicos, mas também para a economia e para as pessoas".
Florestas em fazendas - Báez, de 43 anos, cultiva erva-mate em dois hectares de suas terras em Alto Vera, Paraguai. A área já foi uma vez um terreno vazio, diz ele. Agora Báez lista com orgulho algumas das árvores nativas que estão sombreando sua cultura: viraro, guatambu, cancharana, cedro, peteribí.
Com a ajuda de uma organização não governamental, sua cultura de erva-mate foi certificada como orgânica e tem um preço justo para os compradores, incluindo uma empresa de bebidas nos Estados Unidos da América. Baez insiste que os benefícios financeiros são secundários.
"A principal razão pela qual eu optei por esta abordagem é minha família", diz o produtor, pai de três filhos. Ele e seus vizinhos produtores de erva-mate "podem ver que nossos riachos são mais limpos e que nossas famílias não estão expostas a pesticidas perto de nossas casas".
Alto Vera fica no Alto Paraná, uma região da Mata Atlântica com uma cobertura arbórea relativamente intacta que atravessa as fronteiras dos três países. O trabalho de restauração em áreas como Alto Vera e na província argentina de Misiones foi projetado para unir as principais áreas protegidas do Alto Paraná.
Os corredores naturais são vitais para espécies como as onças-pintadas ameaçadas, ampliando seu habitat e permitindo que diferentes populações se misturem e aprofundem seu pool genético. O número de onças-pintadas no Alto Paraná aumentou em cerca de 160% entre 2005 e 2018.
"As onças-pintadas são bem difíceis de avistar, mas os fazendeiros nos dizem que estão avistando gatos menores, como jaguatiricas e gatos-maracajá, em suas fazendas pela primeira vez em muitos anos e estão felizes em tê-los de volta", diz Claudia Amicone da Fundação Vida Silvestre, uma organização não-governamental argentina que trabalha para restaurar o Alto Paraná.
Segurança hídrica - Mais de mil quilômetros ao leste, a restauração da Mata Atlântica é parte da estratégia para a manutenção da segurança hídrica de milhões de brasileiros.
No Município de Extrema, as autoridades fazem pagamentos anuais por serviços relacionados ao ecossistema aos proprietários de terras que cultivam e mantêm árvores florestais ao redor de nascentes e riachos em fazendas de gado bovino e leiteiro. As medidas ajudam a prevenir a erosão do solo e a proteger a qualidade da água no sistema de reservatórios que abastecem cidades como São Paulo e Campinas.
"Uma ação que é realizada aqui em Extrema, um pequeno município com cerca de 40 mil habitantes, também beneficia mais de 12 milhões de habitantes na grande São Paulo", diz o gerente de meio ambiente do município, Paulo Enrique Pereira.
Benefícios - As abordagens para a restauração da Mata Atlântica são tão diversas quanto os ecossistemas e comunidades que ali se encontram. Existem iniciativas focadas, por exemplo, na pesquisa científica, construção de parcerias, captação de recursos e desenvolvimento de políticas governamentais, bem como no reflorestamento e na agrofloresta.
Mas, de modo geral, existe uma ênfase no desenvolvimento e disseminação do conhecimento sobre os benefícios de manter as paisagens naturais saudáveis e na inserção das pessoas no centro desse processo.
"Se estamos falando em manter os ecossistemas, os biomas de uma região, precisamos conversar e trabalhar com as comunidades que estão lá", diz Taruhim Quadros da Aliança Trinacional para a Mata Atlântica. Somente as comunidades podem "estar lá constantemente protegendo, batalhando, gerenciando e colaborando para que ela seja sustentada a longo prazo".
A Assembleia Geral da ONU declarou os anos de 2021 a 2030 como a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas . Liderada pelo PNUMA e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), juntamente com o apoio de parceiros, ela foi projetada para prevenir, deter e reverter a perda e degradação dos ecossistemas em todo o mundo. O objetivo é revitalizar bilhões de hectares, cobrindo tanto ecossistemas terrestres quanto aquáticos. Um chamado global à ação, a Década da ONU reúne apoio político, pesquisa científica e força financeira para a restauração em grande escala.
FELIZ ANO NOVO - SEJA BEM VINDO 2023
domingo, 25 de dezembro de 2022
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO
O JORNAL OECOAMBIENTAL DESEJA A TODOS NOSSOS LEITORES, LEITORAS E A POPULAÇÃO UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO.
QUE A FELICIDADE DO MENINO JESUS RENASÇA EM NOSSOS CORAÇÕES E POSSAMOS PARTILHAR NOSSAS MELHORES ENERGIAS.
SAÚDE, PAZ, AMOR, PROSPERIDADE, UNIÃO, JUSTÇA, HARMONIA, DINHEIRO, BELEZA, BOAS REALIZAÇÕES NO TRABALHO, VITÓRIAS, DETERMINAÇÃO, FORÇA, COREGEM, CONQUISTAS, SABEDORIA, GRATIDÃO.
QUE POSSAMOS CONQUISTAR UM MEIO AMBIENTE MAIS SADIO, COM VALORIZAÇÃO DA CULTURA, DA SABEDORIA ANCESTRAL, DO PLANETA TERRA - UM PRESENTE DE DEUS.
COM RESPEITO A TODAS AS CRENÇAS E SABERES QUE VALORIZAM OS SERES HUMNOS, O MEIO AMBIENTE E A CULTURA.
UM FELIZ ANO NOVO QUE 2023 SEJA UM ANO DE SAÚDE, HARMONIA, FELICIIDADES, VITÓRIAS, SUCESSO NO TRABLAHO, PAZ, AMOR TUDO DE BOM QUE CONSEGUIRMOS PENSAR E REALIZAR VORIZANDO TODA A BIOSIVERSIDADE E O PLANETA TERRA.
UM GRANDE ABRAÇO FRATERNO
JORNAL OECOAMBIENTAL
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
LINGUAS INDÍGENAS AMEAÇADAS - ONU LANÇA PLANO DE 10 ANOS
FONTE; ONU - BRASIL
Na sessão de lançamento da Década Internacional das Línguas Indígenas, na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em Paris, o presidente da Assembleia Geral, Csaba Kőrösi, fez um discurso em prol da preservação das culturas indígenas como ato fundamental para proteção da biodiversidade.
Kőrösi lembrou que os povos indígenas são 6% da população global e falam mais de quatro mil das 6,7 mil línguas do mundo. No entanto, estima-se que mais da metade de todas as línguas serão extintas até o final deste século
Cerca de 2,3 mil pessoas de 125 países participaram do evento híbrido, incluindo representantes indígenas e embaixadores da ONU.
No dia 13 de dezembro, 2,3 mil pessoas de 125 países participaram do evento híbrido de lançamento da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em Paris.
Durante o evento de alto nível, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Csaba Kőrösi, afirmou que preservar essas línguas é importante para toda a humanidade. As Nações Unidas defendem os povos indígenas, que são os herdeiros e praticantes de culturas únicas e formas de se relacionar com as pessoas e o meio ambiente.
Para Kőrösi, cada vez que uma língua indígena desaparece, também se vão a cultura, a tradição e os saberes que ela carrega. Ele explica que a proteção é importante porque os povos indígenas são os guardiões de quase 80% da biodiversidade remanescente, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). “Se queremos proteger a natureza, devemos ouvir os povos nativos e dialogar na língua deles”, defendeu o presidente.
Os indígenas representam menos de 6% da população global, mas falam mais de quatro mil das cerca de 6,7 mil línguas do mundo, de acordo com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA). Estima-se que mais da metade de todas as línguas serão extintas até o final deste século e este número pode ser ainda mais alto. O presidente da Assembleia Geral alertou que, a cada duas semanas, uma língua indígena morre.
Proteção - O líder da Assembleia Geral pediu aos países que atuem com as comunidades indígenas para proteger seus direitos, como acesso à educação e recursos em seus idiomas nativos, e garantir que seus conhecimentos não sejam explorados. Ele também afirmou que os povos indígenas devem ser consultados e envolvidos, de forma significativa, em todas as etapas dos processos de tomada de decisão.
Representantes indígenas e embaixadores da ONU participaram do lançamento e defenderam a proteção e preservação das línguas. O embaixador do México, por exemplo, falou em nome do Grupo dos Amigos dos Povos Indígenas, seguido pelo representante da Colômbia, que estava acompanhado de uma indígena do povo Arhuaco.
Os participantes também ouviram representantes de comunidades indígenas do Ártico e da África.