terça-feira, 11 de abril de 2023
sábado, 8 de abril de 2023
FINANCIAMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 2023
"São os mais pobres e vulneráveis que sofrem primeiro - e sofrem mais", afirma vice-secretária-geral da ONU
FONTE; ONU - BRASIL
Durante o lançamento da edição de 2023 do relatório Financiando o Desenvolvimento Sustentável, Amina J. Mohammed, vice-secretária-geral da ONU alertou que financiamento insuficiente continua sendo um dos maiores gargalos que impedem o mundo de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A vice-chefe da ONU alertou sobre a ‘grande divisão financeira global’, explicando que "os países desenvolvidos adotaram políticas fiscais e monetárias expansionistas que permitiram investimentos na recuperação econômica, retornando às trajetórias de crescimento pré-pandemia. Enquanto isso, as restrições de financiamento continuam impedindo que os países em desenvolvimento respondam a essas crises e invistam no desenvolvimento sustentável.”
O relatório Financiando o Desenvolvimento Sustentável 2023, lançado pelas Nações Unidas nesta quarta-feira (05/04), descreve um contexto de crises mundiais interligadas, incluindo a crescente insegurança alimentar, a fome, as incertezas econômicas e os impactos cada vez mais acentuados da mudança global do clima.
No prefácio do relatório, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que, sem meios para investir no desenvolvimento sustentável e transformar os sistemas industriais, “os países em desenvolvimento ficam ainda mais para trás”. Para ele, é preciso urgência em reconstruir a cooperação global e encontrar as soluções para as crises atuais pela ação multilateral.
Durante o lançamento do estudo na sede da ONU em Nova Iorque, Amina Mohammed, secretária-geral adjunta, revelou que 574 milhões de pessoas, ou 7% da população global, podem ser lançadas na pobreza extrema até 2030. Em 2023, um recorde de 339 milhões de pessoas precisarão de ajuda humanitária, ou um em cada 23 habitantes do planeta.
O estudo da ONU aponta a urgente necessidade de se aumentar o financiamento para o desenvolvimento sustentável, incluindo através da expansão do acesso às novas tecnologias e à internet. De acordo com o levantamento, 338 milhões de pessoas se tornaram usuárias regulares da internet entre 2021 e 2022, o que corresponde a um acréscimo de cerca de 38 mil pessoas por hora.
O estudo mostra também uma clara conexão entre a qualidade do acesso à internet e o potencial exportador das empresas. Uma pesquisa conduzida pelo levantamento indicou que 44% das empresas em regiões com alta qualidade de serviços de conexão à internet exportavam bens e serviços, em contraste com apenas 19% das companhias em regiões onde a conexão era mais fraca.
O relatório aponta a necessidade de acelerar as transformações sustentáveis da indústria, da agricultura e dos setores de transporte e habitação, sugerindo três conjuntos de ações:
Expandir o investimento nos Objetivos Globais:
- O estímulo financeiro para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é necessário e urgente. Em fevereiro de 2023, o secretário-geral da ONU propôs um pacote global de estímulo de pelo menos US$ 500 bilhões por ano. O objetivo é ampliar massivamente o financiamento de longo prazo para o desenvolvimento sustentável, com foco nos ODS e ação climática.
- O acesso a financiamento confiável e previsível abaixo da taxa de mercado é essencial para apoiar a resiliência de longo prazo dos países em desenvolvimento, em especial dos países menos desenvolvidos (LDCs).
Reformar a arquitetura financeira internacional:
- Acelerar os diferentes processos de reforma da atual arquitetura financeira internacional pode contribuir para o aumento do financiamento para os países em desenvolvimento.
- É necessário garantir maior alinhamento do financiamento internacional com os ODS e a ação climática.
Acelerar as transformações industriais sustentáveis nacionais:
- O relatório aponta a transformação industrial sustentável como uma ação fundamental para reduzir a crescente lacuna de desenvolvimento entre os países, e cumprir Objetivos Globais e as metas do Acordo de Paris sobre o Clima.
- Os países precisam traçar seus próprios caminhos nacionais para alcançar os ODS com uma nova geração de políticas industriais sustentáveis, apoiadas por estruturas integradas de financiamento nacional e internacional para o desenvolvimento.
domingo, 2 de abril de 2023
FORNECIMENTO DE ÁGUA ESTÁ AMEAÇADO DIZ ONU
FONTE: ONU - BRASIL
No Dia Mundial da Água, 22 de março, durante a abertura da Conferência da ONU sobre a Água, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que o fornecimento de água, que é vital para a humanidade, está ameaçado.
Para o chefe da ONU, o recurso está se esgotando em função do “consumo excessivo vampírico e uso insustentável”.
Guterres destacou que 75% dos desastres naturais estão relacionados à água.
De acordo com novo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), 26% da população global não tem acesso à água potável e cerca de 46% dos habitantes do planeta não possuem serviços de saneamento seguros - o equivalente a 3,6 bilhões de pessoas.
No Dia Mundial da Água, 22 de março, durante a abertura da Conferência da ONU sobre a Água, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que o fornecimento de água, que é vital para a humanidade, está ameaçado.
Para o chefe da ONU, o recurso está se esgotando em função do “consumo excessivo vampírico e uso insustentável”, além dos riscos que sofre pelo aquecimento global.
Ao ressaltar que o ciclo da água foi quebrado, ecossistemas destruídos e lençóis freáticos contaminados, ele alertou que quase três em cada quatro desastres naturais estão relacionados à água.
Gerenciamento de água
Na avaliação do secretário-geral, quatro áreas que devem ser priorizadas para acelerar os resultados e mudar o cenário atual. Ele explica que existe uma lacuna na gestão da água, e os governos devem desenvolver e implementar planos para garantir o acesso equitativo ao recurso.
O chefe da ONU também pediu investimento massivo em sistemas de água e saneamento com base no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de número 6 (água potável e saneamento), que prevê estímulos, reformas e financiamento.
Além disso, ele afirmou que a ação climática e a sustentabilidade da água no futuro são “dois lados da mesma moeda”.
Citando o Pacto de Solidariedade pelo Clima, sugerido na reunião do G20, Guterres lembrou que os países com maiores emissões de gases de efeito estufa devem agir, bem como as nações mais ricas devem mobilizar recursos para apoiar os países emergentes na transição para uma economia de baixo carbono.
Políticas integradas para evitar crise
Já para o presidente da Assembleia Geral, Csaba Korosi, a água é um bem comum global que precisa de políticas públicas e legislação, bem como financiamento para tratar a questão.
Para ele, é preciso haver um acordo sobre o gerenciamento da água e formulação de políticas integradas de uso da terra, água e clima que ajudem no progresso de ações de mitigação e adaptação climática.
Korosi disse que as autoridades devem se comprometer em garantir o acesso à água potável e saneamento a todos, como um direito humano e uma questão de dignidade.
46% da população global vive sem acesso a saneamento básico
Em um planeta com 8 bilhões de habitantes, 26% da população global não tem acesso à água potável, ou 2 bilhões de pessoas. Cerca de 46% dos habitantes do planeta não possuem serviços de saneamento seguros, o equivalente a 3,6 bilhões.
Os números são do novo relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que foram apresentados na abertura da Conferência da ONU sobre a Água.
Oportunidade para garantir água, saneamento e higiene
Em paralelo ao evento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) reagiram aos dados divulgados na terça-feira (21) sobre acesso à água potável e serviços de saneamento.
As entidades alertam que anualmente, pelo menos 1,4 milhão de pessoas, muitas delas crianças, morrem de doenças preveníveis causadas pela baixa qualidade da água e higiene.
OMS e UNICEF explicam que as consequências sociais e econômicas de serviços inadequados de água e saneamento também são preocupantes: pessoas adoecem, crianças ficam fora da escola, especialmente as meninas, e comunidades inteiras podem ser deslocadas pela escassez de água.
As agências da ONU querem mais ação das autoridades para fortalecer os sistemas de saneamento e desenvolver formas de financiar políticas públicas nesta área.
Água: bem comum e não uma commodity
Em nota, relatores de direitos humanos* da ONU destacam que a água é “um bem comum e não uma commodity”. A mensagem lembra que o recurso é um direito e deve ser gerenciado desta forma, sem que um viés mercadológico dificulte ou impeça o acesso equitativo.
Eles adicionam que a Conferência da Água da ONU é uma oportunidade para ouvir e se envolver com os defensores dos direitos humanos, especialmente os especialistas desta questão.
Os relatores defendem que em vez de restringir a liberdade de expressão e associação dos defensores, e até mesmo criminalizá-los, é hora de garantir mais participação, especialmente para mulheres e jovens, em todas as discussões, bem como a governança da água mecanismos nos níveis internacional, nacional e local.
*Os relatores de direitos humanos são independentes das Nações Unidas e não recebem salário pelo seu trabalho
sábado, 1 de abril de 2023
quarta-feira, 29 de março de 2023
quarta-feira, 22 de março de 2023
CONFERÊNCIA DA ÁGUA - ONU
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