sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

PARA SALVAR VIDAS EM 2023 SÃO NECESSÁRIOS US$51,5 BILHÕES - SEGUNDO A ONU


FONTE; ONU BRASIL

  O Panorama Humanitário Global 2023, divulgado nesta quinta-feira (1), estima que para ajudar a salvar a vida de milhões de pessoas em todo o mundo no ano que vem, as Nações Unidas precisam de US$ 51,5 bilhões.

O valor é 25% mais alto que o de 2022 e representa percentual semelhante ao crescimento do número de pessoas que estão precisando de assistência humanitária em 69 países. O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estima que cerca de 45 milhões de pessoas correm o risco de morrer de fome.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO),também anunciou que precisa de US$ 1,9 bilhão em 2023 para salvar as vidas e os meios de subsistência de populações com insegurança alimentar. Com o financiamento para pacotes de sementes e vegetais, ração para gado, campanhas de saúde animal, melhorias em infraestrutura vital, como sistemas de irrigação e mercados, a FAO espera garantir que famílias e comunidades nas áreas mais remotas e atingidas por conflitos possam se alimentar.

3,4 milhões de crianças precisam de apoio humanitário no Paquistão
Legenda: 3,4 milhões de crianças precisam de apoio humanitário no Paquistão.
Foto: © UNICEF

As Nações Unidas e parceiros lançaram um apelo recorde para ajuda humanitária para 2023. Com 339 milhões de pessoas precisando de assistência em 69 países, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estima que serão necessários US$ 51,5 bilhões em 2023. 

O apelo para o ano que vem é 25% mais alto do que o solicitado para 2022, e mais do que 50% do pedido em 2018. O subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, disse que como as crises estão se prolongando, as necessidades humanitárias estão ficando “incrivelmente altas”.

Ele citou secas e inundações letais em comunidades do Paquistão ao Chifre da África, e a guerra na Ucrânia, que “transformou uma parte da Europa em um campo de batalha”. Além dos mais de 100 milhões de deslocados em todo o mundo. Ele lembra que tudo isso ocorre em meio ao arraso que a pandemia de COVID-19 ocasionou aos mais pobres. Todos estes fatores levaram o número de pessoas em necessidade a crescer 65 milhões em comparação com o mesmo período do ano passado.

O chefe humanitário da ONU lembra que este apelo de ajuda é uma das formas da comunidade internacional cumprir a promessa de não deixar ninguém para trás. 

O que vem pela frente - O Panorama Humanitário Global 2023, lançado pela ONU em parceria com ONGs e outras agências humanitárias, traça uma imagem nítida do que está por vir: 

  • Pelo menos 222 milhões de pessoas em 53 países enfrentarão insegurança alimentar aguda até o final de 2022. Cerca de 45 milhões em 37 países correm o risco de morrer de fome.
  • A saúde pública está sob pressão por consequência da pandemia de COVID-19, varíola M (novo nome adotado para varíola dos macacos), doenças transmitidas por vetores e surtos de ebola e cólera.
  • A mudança climática está aumentando os riscos e a vulnerabilidade. No final do século, o calor extremo pode ser a causa de tantas mortes quanto o câncer.
  • Serão necessárias quatro gerações, ou 132 anos, para alcançar a paridade global de gênero. Globalmente, 388 milhões de mulheres e meninas ainda vivem em extrema pobreza.
  • Em meados de novembro de 2022, os doadores forneceram US$ 24 bilhões em financiamento, mas as necessidades estão aumentando com mais velocidade que o apoio financeiro. A lacuna de financiamento nunca foi tão grande, atualmente está em 53%. As organizações humanitárias acabam sendo forçadas a decidir quem atingir com o dinheiro disponível.

Água potável - Os planos de resposta detalham como as agências humanitárias que trabalham juntas em torno de tipos específicos de ajuda, podem salvar e apoiar a vida de um total de 230 milhões de pessoas em todo o mundo. Entre as ações estão fornecimento de abrigo, alimentação, saúde materna, nutrição infantil e proteção.

Este ano, as organizações humanitárias prestaram assistência para atender às necessidades mais urgentes de 157 milhões de pessoas. Isso inclui assistência alimentar para 127 milhões de pessoas, água potável suficiente para quase 26 milhões, assistência aos meios de subsistência para 24 milhões de pessoas; saúde mental e apoio psicossocial para 13 milhões de crianças e cuidadores, consultas de saúde materna para 5,2 milhões de mães e serviços de saúde para 5,8 milhões de refugiados e requerentes de asilo.

Insegurança alimentar - Como parte do maior apelo humanitário da ONU, também nesta quinta-feira (1), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), anunciou que precisa de US$ 1,9 bilhão em 2023 para salvar as vidas e os meios de subsistência de populações com insegurança alimentar.

Com menos de 4% dos US$ 51,5 bilhões necessários em todos os apelos para 2023, a FAO pode fornecer assistência de subsistência em tempo crítico para garantir que 48 milhões de pessoas tenham um suprimento constante de alimentos nutritivos.

Com o financiamento para pacotes de sementes e vegetais, ração para gado, campanhas de saúde animal, melhorias em infraestrutura vital, como sistemas de irrigação e mercados, a FAO espera garantir que famílias e comunidades nas áreas mais remotas e atingidas por conflitos possam se alimentar e estabelecer resiliência para choques futuros.

domingo, 27 de novembro de 2022

SONS DA NATUREZA - ÁGUA




 

FEIRA HIPPIE - CULTURA E MEIO AMBIENTE - HISTÓRIAS DA FEIRA HIPPIE -

Feira Hippie - Belo Horizonte - Foto: Jornal Oecoambiental

CUIDE E VALORIZE A NOSSA FEIRA HIPPIE

HISTÓRIAS DA FEIRA

  O Jornal Oecoambiental lança uma campanha, “Cuide e valorize a nossa Feira Hippie”, no sentido de educar a população para contribuir na limpeza da Feira, utilizando as lixeiras, evitando a acumulação de lixo e resíduos nas ruas.

   Estamos realizando uma pesquisa socioambiental,  ouvindo a população e os feirantes sobre as histórias da feira e como melhorar cada dia mais as suas condições, levantando novas sugestões e propostas que podem ser encaminhadas pelos feirantes e pela população à Prefeitura, para que este patrimônio cultural, histórico da cidade de Belo Horizonte potencialize seu importante papel de socialização, lazer, cultura e turismo.  Acompanhe através de nosso blog e redes sociais algumas histórias da Feira Hippie.


 

FEIRA HIPPIE DE BELO HORIZONTE - CULTURA E MEIO AMBIENTE

Feira Hippie - Belo Horizonte - Foto: Jornal Oecoambiental

 
  

   A Feira Hippie como é carinhosamente chamada pela população de Belo Horizonte, foi idealizada e criada em 1969 por um grupo de artistas, críticos de artes, artesãos na Praça da Liberdade em Belo Horizonte – Minas Gerais - Brasil. Um local onde artesãos, artistas plásticos de várias especialidades se reuniam expunham e comercializavam seus trabalhos.

   A Prefeitura  de Belo Horizonte reconheceu e oficializou a Feira em 1973. Em 1991 congregou artesãos de várias feiras da cidade na Avenida Afonso Pena e tornou-se a maior feira de artesanato a céu aberto da América Latina.   A Feira Hippie é um patrimônio da cidade de Belo Horizonte e um ponto turístico reconhecido no Brasil e no exterior. Vale conferir o trabalho dos expositores e a gastronomia da Feira Hippie -  um bom ambiente de descontração, lazer, que cumpre um papel socioambiental de socialização, arte e cultura.

   O Jornal Oecoambiental lança uma campanha, “Cuide e valorize a nossa Feira Hippie”, no sentido de educar a população a contribuir na limpeza da Feira, utilizando as lixeiras, evitando a acumulação de lixo e resíduos nas ruas.

   Estamos realizando uma pesquisa socioambiental,  ouvindo a população e os feirantes sobre como melhorar cada dia mais as condições da feira, novas sugestões e propostas que podem ser encaminhadas pelos feirantes e pela população à Prefeitura, para que este patrimônio cultural, histórico da cidade de Belo Horizonte potencialize seu importante papel de socialização, lazer, cultura e turismo.  Acompanhe através de nosso blog e redes sociais algumas histórias da Feira Hippie.

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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

SEGUNDO CEPAL: NA AMÉRICA LATINA A POBREZA ATINGIRÁ 201 MILHÕES DE PESSOAS

FONTE: ONU - BRASIL

   Um novo relatório apresentado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) nesta quinta-feira (24) alerta que as taxas de pobreza na América Latina em 2022 se mantêm acima dos níveis pré-pandemia. 

O relatório” Panorama Social 2022” projeta que 201 milhões de pessoas (32,1% da população total da região) vivem em situação de pobreza, dos quais 82 milhões (13,1%) se encontram em pobreza extrema. Os níveis projetados de pobreza extrema para este ano representam um retrocesso de um quarto de século na região, sublinha o organismo regional.

Como em anos anteriores, a CEPAL assinala que a incidência da pobreza é maior em alguns grupos de população na região: mais de 45% da população infantil e adolescente vive na pobreza e a taxa de pobreza das mulheres de 20 a 59 anos de idade é mais alta que a dos homens em todos os países da região. De igual forma, a taxa de pobreza é consideravelmente mais alta na população indígena e afrodescendente.

A CEPAL também insta, através desta publicação, os governos regionais a abordarem com urgência a crise silenciosa da educação para evitar o risco de uma geração perdida.

A CEPAL alerta que as taxas de pobreza na América Latina em 2022 se mantêm acima dos níveis pré-pandemia.
Legenda: A CEPAL alerta que as taxas de pobreza na América Latina em 2022 se mantêm acima dos níveis pré-pandemia.
Foto: © Divulgação/CEPAL

Apesar da leve diminuição registrada em 2021, as projeções indicam que as taxas de pobreza e extrema pobreza em 2022 se mantêm acima dos níveis pré-pandemia na América Latina e no Caribe, alertou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Um relatório sobre o assunto foi apresentado em Santiago, no Chile, nesta quinta-feira (24). O “Panorama Social da América Latina e do Caribe 2022” aborda como tema central a educação e seu papel no debate de políticas para a recuperação na região.

“Depois de um forte crescimento da pobreza e um leve aumento da desigualdade de renda em 2020 como consequência da pandemia de COVID-19, em 2021 houve uma redução das taxas de pobreza extrema e pobreza e um crescimento dos estratos de renda média, que não foi suficiente para reverter completamente os efeitos negativos da pandemia”, explica a publicação. Desta forma, em 2021 a taxa de pobreza alcançou 32,3% da população total da América Latina (uma diminuição de 0,5 ponto percentual em relação a 2020), enquanto a taxa de pobreza extrema foi de 12,9% (0,2 ponto percentual menos que em 2020).

A CEPAL projeta que no fim de 2022 a pobreza se situará em 32,1% da população (porcentagem que equivale a 201 milhões de pessoas) e a pobreza extrema em 13,1% (82 milhões), ou seja, uma leve diminuição do nível de pobreza e um leve aumento da pobreza extrema em relação a 2021, devido aos efeitos combinados do crescimento econômico, dinâmica do mercado de trabalho e inflação. Estas cifras implicam que haverá mais 15 milhões de pessoas em situação de pobreza do que antes da pandemia e o número de pessoas em pobreza extrema será 12 milhões maior que o registrado em 2019.

Os níveis projetados de pobreza extrema em 2022 representam um retrocesso de um quarto de século na região, sublinha o organismo regional.

Desigualdades - Como em anos anteriores, a CEPAL assinala que a incidência da pobreza é maior em alguns grupos de população na região: mais de 45% da população infantil e adolescente vive na pobreza e a taxa de pobreza das mulheres de 20 a 59 anos de idade é mais alta que a dos homens em todos os países da região. De igual forma, a taxa de pobreza é consideravelmente mais alta na população indígena e afrodescendente.

Em 2021, a desigualdade de renda (medida pelo índice de Gini) diminuiu levemente em relação a 2020 na América Latina, situando-se em 0,458, nível semelhante ao de 2019.

A desocupação projetada para 2022 representa um retrocesso de 22 anos, afetando especialmente as mulheres, cuja taxa de desocupação aumentou de 9,5% em 2019 para 11,6% em 2022.

Educação - “A cascata de choques externos, a desaceleração do crescimento econômico, a fraca recuperação do emprego e a inflação em alta aprofundam e prolongam a crise social na América Latina e no Caribe”, afirmou o secretário executivo da CEPAL, José Manuel Salazar-Xirinachs, durante a apresentação do documento. “Não conseguimos reverter os impactos da pandemia em matéria de pobreza e pobreza extrema e os países enfrentam uma crise silenciosa em educação que afeta o futuro das novas gerações”, advertiu o alto funcionário, que instou os países a investir decididamente em educação e a converter esta crise numa oportunidade para transformar os sistemas educacionais.

A América Latina e o Caribe sofreram o apagão educacional mais prolongado no âmbito internacional (em média 70 semanas de fechamento dos estabelecimentos educacionais frente a 41 semanas no resto do mundo), o que exacerbou as desigualdades preexistentes em matéria de acesso, inclusão e qualidade educacional. Neste período, a desigualdade no acesso a conectividade, equipamento e habilidades digitais foi uma das principais limitações para a continuidade educacional. Em 2021, em 8 de 12 países da região mais de 60% da população pobre com menos de 18 anos não tinha conectividade no domicílio.

Se não atuarmos agora, a CEPAL adverte para o “risco de uma cicatriz permanente nas trajetórias educacionais e laborais das gerações mais jovens” da região.  De acordo com o organismo regional das Nações Unidas, já ocorreram perdas de aprendizagem no Caribe e, na América Latina, a porcentagem de pessoas de 18 a 24 anos que não estuda nem trabalha de forma remunerada aumentou de 22,3% em 2019 para 28,7% em 2020, afetando especialmente as mulheres (36% delas se encontravam nesta situação, em comparação com 22% dos homens).

Por outro lado, persistem lacunas de gênero importantes em termos de desempenho e áreas de formação. Em média, as mulheres têm piores desempenhos em matemática e ciências durante a educação básica, disparidades que se aprofundam nos quartis de renda mais baixos. Além disso, na maioria dos países da região a proporção de mulheres graduadas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática não supera 40%.

Apesar dos avanços registrados nas últimas décadas no acesso e inclusão em todos os níveis educacionais, desde a primeira infância à educação superior, os países da região mostravam sérias lacunas em igualdade e qualidade da educação antes da crise provocada pela pandemia, que já dificultavam alcançar as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4 até 2030. Em conformidade com a Cúpula sobre Transformação da Educação das Nações Unidas realizada neste ano, o documento apresenta diversas recomendações de política para fazer desta crise uma oportunidade de transformação.

Desenvolvimento social - A institucionalidade social é um fator crítico para a efetividade das políticas sociais e um elemento transversal para alcançar um desenvolvimento social inclusivo, afirma a CEPAL no relatório Panorama Social 2022.

O gasto social do governo central alcançou 13% do PIB em 2021 na América Latina, nível inferior a 2020, mas muito superior ao registrado nas últimas duas décadas. No Caribe o gasto social chegou a 14,1% do PIB em 2021, marcando um novo máximo histórico.

Em 2021, o gasto em educação alcançou 4,1% do PIB (30,5% do gasto social total) na América Latina e no Caribe. “Embora a média do gasto público em educação dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2019 tenha alcançado 4,9% do PIB, cifra levemente superior à da região (4% do PIB em 2019), o gasto em educação por nível educacional é 6 vezes o montante por estudante da América Latina e do Caribe na escola pré-primária, 5,7 vezes na primária, 5,3 vezes na secundária e 6,1 vezes na educação terciária”, especifica a publicação.

“Estamos diante de uma cascata de crises que exacerbou as desigualdades e carências da região. Não é o momento para mudanças graduais, mas para políticas transformadoras e ambiciosas”, reiterou Salazar-Xirinachs. “São necessários esforços intersetoriais de política pública que vinculem a oferta educacional com a saúde, o trabalho e a proteção social e permitam estabelecer mecanismos para garantir um nível de bem-estar e renda numa era de volatilidade e incerteza”, afirmou o secretário. Ele instou os países a construir “novos pactos sociais acompanhados de contratos fiscais para avançar no fortalecimento da democracia e coesão social e garantir a sustentabilidade financeira dos sistemas de proteção social na região”.