sexta-feira, 15 de novembro de 2013
COP 19 EM VARSÓVIA - POLÔNIA
A
Conferência das Partes (COP) é um foro internacional de negociação das regras e
políticas referentes à implementação da Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudanças do Clima (CQMC), em vigor desde 1994.
Representantes
de mais de 190 países estão reunidos desde o dia 11 de novembro na capital
polonesa até o dia 22, para participarem da 19º Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-19), com o objetivo de definirem as bases
para um acordo em 2015 que tentará minimizar as mudanças climáticas. A ambição
é ter sucesso no grande encontro climático previsto para Paris em menos de dois
anos, onde Copenhague fracassou em 2009: selar um acordo sobre uma redução das
emissões de gases do efeito estufa (GEE) suficiente para limitar o aquecimento
global.
MESTRE PASTINHA - NOSSA HOMENAGEM
Vicente Ferreira Pastinha nasceu em cinco de abril de 1889.
Fruto da união entre um espanhol, José Señor Pastinha e de uma baiana, Eugênia
Maria de Carvalho, nasceu na Rua do Tijolo em Salvador, Bahia.
Mais conhecido por Mestre Pastinha dizia não ter aprendido a Capoeira em escola, mas "com a
sorte". Afinal, foi o destino o responsável pela iniciação do pequeno
Pastinha no jogo, ainda garoto. Em depoimento prestado no ano de 1967, no
'Museu da Imagem e do Som', Mestre Pastinha relatou a história da sua vida: "Quando eu tinha uns dez anos
- eu era franzininho - um outro menino mais taludo do que eu tornou-se meu
rival. Era só eu sair para a rua - ir na venda fazer compra, por exemplo - e a
gente se pegava em briga. Só
sei que acabava apanhando dele, sempre. Então eu ia chorar escondido de
vergonha e de tristeza." A
vida iria dar ao moleque Pastinha a oportunidade de um aprendizado que marcaria
todos os anos da sua longa existência.
"Um dia, da janela
de sua casa, um velho africano assistiu a uma briga da gente. Vem cá, meu filho, ele me disse, vendo que eu chorava de
raiva depois de apanhar. Você
não pode com ele, sabe, porque ele é maior e tem mais idade. O tempo que você
perde empinando raia vem aqui no meu cazuá que vou lhe ensinar coisa de muita
valia. Foi isso que o velho
me disse e eu fui". Começou então a formação do mestre que dedicaria sua
vida à transferência do legado da Cultura Africana a muitas gerações. Segundo
ele, a partir deste momento, o aprendizado se dava a cada dia, até que aprendeu
tudo. Além das técnicas, muito mais lhe foi ensinado por Benedito, o africano
seu professor. "Ele costumava dizer: não provoque, menino, vai botando
devagarinho ele sabedor do que você sabe (…). Na última vez que o menino me
atacou fiz ele sabedor com um só golpe do que eu era capaz. E acabou-se meu
rival, o menino ficou até meu amigo de admiração e respeito.
“EU NASCI COM A CAPOEIRA” – Mestre Pastinha
Nós brasileiros nos
valorizamos quando valorizamos nossa cultura, nossas raízes. Ser brasileiro é
ter história é fazer história. Uma história que nos possibilita
avançarmos diante a pluralidade cultural. Na área de meio ambiente dizemos que
o Brasil é megadiverso, porque abrigamos em nosso território uma das maiores
biodiversidades e belezas do planeta. Também podemos dizer que o Brasil é
megacultural. São inúmeras manifestações culturais, regionais, locais que nos
ligam a nossa identidade brasileira.
Um dos maiores legados
culturais de nosso país é a Capoeira. “Todos os dias são dias da Capoeira” disse-nos
Mestre Primo do Grupo Iúna de Capoeira Angola de BH, durante a Roda de Capoeira
promovida dia 13 de novembro na Praça 7 em BH pelos grupos de Capoeira Angola
em lembrança a morte de Mestre Pastinha. A Capoeira Angola está mais viva que
nunca. Fortalecida pela dedicação e empenho dos Mestres e Contra-Mestres,
capoeiristas de BH, de todo país e do mundo.
Nosso respeito e agradecimento:
muito obrigado ao Mestre Africano Benedito ao Mestre Pastinha e todos os Mestres de Capoeira Angola no Brasil e do mundo pelo trabalho que realizam de valorização do
povo brasileiro defendendo nossa cultura.
Mestre Cobra Mansa - Fundação Internacional de Capoeira Angola - Foto: Jornal O Ecoambiental
No 19º Encontro Internacional de Capoeira
Angola realizado em
Belo Horizonte na Lagoa do Nado, Mestre Cobra Mansa fala
sobre o meio ambiente:
Mestre Cobra Mansa: "Eu
acredito que os Mestres de Capoeira podem contribuir com o meio ambiente,
conversando com seus alunos e fazendo-os entender da importância que é a
preservação do planeta. Temos uma noção errada, dizemos “vamos proteger o
planeta” na verdade o planeta não precisa ser protegido. O que precisa ser
protegido é a raça humana. Somos nós é que estamos correndo risco de extinção.
A Mãe Terra sempre teve uma maneira de eliminar aquilo que está prejudicando a
natureza. Eu acho que se o ser humano continuar do jeito que está, nós seremos
a próxima espécie a ser extinta. A Terra
vai continuar aí. “Nós temos que lutar hoje é pela preservação da raça humana
na Terra.”
Mestre Primo - Grupo Iúna de BH - Foto: Jornal O Ecoambiental
Mestre Primo na Roda de Capoeira em homenagem a Mestre Pastinha na Praça 7 em Belo Horizonte: " De hoje até o dia 20 de novembro vamos estar lembrando nomes importantes da cultura que preservaram a ancestralidade todos os dias. Hoje no caso é Mestre Pastinha dia 13 de novembro. Estamos comemorando a existência de Mestre Pastinha. Ele deixou para todos nós essa ciência, essa sabedoria. Para nós aqui hoje estar podendo contar tudo isso é muito importante."
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
TUFÃO HAIYAN, OS SERES HUMANOS E O MEIO AMBIENTE
Mais de 10 milhões de pessoas
são atingidas pelo Tufão Haiyan no Continente Asiático, segundo a ONU. O que significa duas vezes a
população da região metropolitana de BH. Só nas Filipinas estima-se mais de 10 mil mortos e 2 mil pessoas desaparecidas. Com ventos de mais de 300 km por hora, o diâmetro da tempestade ultrapassou 1.000 quilômetros. É indescritível o sofrimento das
populações atingidas pelo Tufão. O sofrimento de milhares de seres humanos é um alerta mundial para os efeitos das mudanças climáticas ou do aquecimento
global que vem sendo debatido por especialistas em todo o mundo. O que nos
chama a atenção é o que estas mudanças climáticas estão causando em poucos
minutos ou horas de devastação. Esta é mais uma catástrofe anunciada ? Esta
região ainda que esteja no que se chama de “rota de furações” é uma das regiões
que seriam afetadas pela elevação dos oceanos como vem denunciando
especialistas e o IPCC/ONU. Se não há relação do Haiyan com o aquecimento global ou mudanças climáticas provocadas pelos seres humanos, o fato é que existem milhares de mortos e regiões devastadas. A defesa de vidas humanas é o que deve unir as pessoas. E sabemos que não há neutralidade científica. Enquanto se debate se há aquecimento global ou não, bilhões de pessoas no mundo ainda estão sofrendo com a desigualdade socioambiental, com precárias condições de saúde, educação, moradia, transporte e qualidade de vida ruim. Por que não se desenvolvem tecnologias para salvar vidas, para anteciparmos a chegada de furacões, tufões, tsunamis, tempestades, ou até mesmo a seca, o calor além da média em muitas regiões ?
Aqui no Brasil, sentimos estas
mudanças, não apenas com as ondas de calor ou tempestades que de repente
acontecem alagando ruas e cidades. A
perda de vidas, milhares, a desestruturação de famílias, cidades, regiões,
países é evidente. É preciso que os grupos de meio ambiente em todo o mundo se
unam para vencermos estes desafios. Qualquer cidadão no mundo pode monitorar
estas mudanças climáticas ou os efeitos do aquecimento global em várias regiões
do Brasil e do mundo. Não há um dia sequer que as manchetes da imprensa não
evidenciem alguma alteração climática que desaloja pessoas, ceifam vidas e afeta a infra-estrutura de cidades e países. No Vietnã os ventos do Haiyan chegaram a mais de 120 km e a região sofre as consequências do que ocorreu nas Filipinas, hoje considerado um dos maiores tufões da história.
Assista no youtube a passagem do tufão pelo Vietnã:
http://www.youtube.com/watch?v=d034KgnIueI&feature=player_embedded
Assista no youtube a passagem do tufão pelo Vietnã:
http://www.youtube.com/watch?v=d034KgnIueI&feature=player_embedded
A natureza vem alertando os
seres humanos desde antes dos tsunamis, este trágico acontecimento do Tufão Haiyan
ocorre justamente durante a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas a COP
19 que foi aberta hoje em Varsóvia, Polônia.
A responsável da
Organização das Nações Unidas (ONU) para o Clima, Christiana Figueres, na
abertura da Conferência de Varsóvia, capital polonesa, afirmou:
“O que acontece aqui, neste estádio, não é um jogo. Não há duas
equipes, mas toda a humanidade. Não há vencedores nem vencidos, todos vamos
vencer ou ser vencidos consoante com o futuro que construirmos”, ressaltou
Figueres na abertura da Conferência Mundial sobre Alterações climáticas.
“Reunimo-nos hoje sob o peso de muitas realidades graves”,
acrescentou, referindo-se ao recorde batido no início deste ano de 400 partes
por milhão de dióxido de carbono emitidos na atmosfera.
A segunda é o impacto
devastador do Tufão Haiyan, um dos mais poderosos tufões”, disse. “Os nossos
pensamentos e as nossas orações estão com as populações das Filipinas, do
Vietnã e de todo o Sudeste asiático”, acrescentou Christiana Figueres.
Esta situação é o que nosso
Jornal O Ecoambiental vem acompanhando há anos, reafirmando-se na Rio + 20,
Cúpula dos Povos e agora na IV Conferência Nacional de Meio Ambiente em
outubro: a sociedade civil tem papel determinante para vencermos os conflitos
socioambientais locais e globais. A morosidade de governos em todo o mundo
exige que nós cidadãos nos unamos a fim de trabalharmos para a implantação da
Agenda 21, na defesa de todo o meio ambiente, de toda biodiversidade, da
Floresta Amazônica, dos saberes locais das populações tradicionais, povos
indígenas, na conquista de melhores condições socioambientais em nossas
comunidades e cidades. Por isto nossa avaliação de que os problemas ambientais
devem ser enfrentados sempre se congregando todas as áreas da atividade humana.
É preciso unirmos saberes, culturas que defendam a vida como prioridade
absoluta.
Cada um de nós pode fazer algo
em defesa dos seres humanos e de todo o meio ambiente. É preciso nos unirmos em
todas as frentes possíveis. Demonstrarmos através de ações concretas que
existem soluções para estes problemas. E a solução está ainda nas mãos de todos
nós seres humanos. Este sentido para a vida é fundamental para nossa espécie,
para os adultos e jovens.
Nossa solidariedade ao povo
Filipino e as populações atingidas por mais este aviso dramático da natureza de
que temos que mudar com urgência e construirmos a sustentabilidade. As palavras
já não confortam estas populações em que as ações deveriam ter defendido as
vidas perdidas. Onde está a tecnologia que poderia ter protegido e defendido estas
vidas ? A tecnologia da sustentabilidade é urgente para a defesa dos seres
humanos e todo o meio ambiente.
Que nossas ações melhorem de
qualidade a cada dia e nos unamos decididamente em defesa da vida que precisa
ser valorizada em meio a sociedades que idolatram o mercado, o consumo além do
limite, a desvalorização das pessoas e do todo meio ambiente. A saída para a
crise socioambiental no mundo vai além do mercado. Precisamos resgatar as boas
ações que cada um de nós pode realizar. Assim vencemos nossas limitações
pessoais, acreditando na força da união em busca de dias melhores e de um meio
ambiente como está previsto na nossa Constituição brasileira no Artigo 225.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
PROPOSTAS APROVADAS NA IV CONFERÊNCIA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
" É O POVO
QUEM PRODUZ O SHOW E ASSINA A DIREÇÃO"
O Jornal O Ecoambiental parabeniza a todos os delegados e delegadas do Brasil que estiveram presentes na IV CNMA em Brasília. É preciso que o Brasil ouça e valorize mais o Brasil que acredita na "Civilização Brasileira" na diversidade de culturas e etnias que constituem este Brasil megadiverso. Que a felicidade de ser brasileiro valorize às boas ações que fazem a diferença e constroem um Brasil e um mundo sustentável, melhor de se viver, com qualidade de vida e meio ambiente sadio para todos: as presentes e futuras gerações.
Nancy Delegada do RJ na IV CNMA - Brasília - Foto: Jornal O Ecoambiental
ENTREVISTA COM NANCY ADVOGADA – DELEGADA PELO RIO DE JANEIRO
Joec: Nancy, qual
é seu trabalho na área de meio ambiente ?
Nancy: Meu
trabalho começou com um grupo familiar que tinha uma produção a partir dos
artesanatos dos materiais reciclados. Depois de um grupo informal, fui
convidada para fazer a legalização e
constituição da cooperativa.
JOEC: Como você
avalia a IV CNMA ?
Nancy: Iniciamos a participação na IV CNMA em nível municipal e
foram tiradas várias propostas dentro dos eixos já programados. Participamos como delegados na
Conferência Estadual do Meio Ambiente do RJ e daí fomos eleitos delegados
titulares para estarmos aqui na IV CNMA em Brasília.
JOEC: Quais são as principais questões que o setor de recicláveis
trouxe para a IV CNMA ?
Nancy: Nossas principais demandas são sobre a Política Nacional de
Resíduos a Lei 12.305 de 2010, quem tem seu prazo quase para terminar e cobrar
dos municípios a sua implementação em agosto de 2014. E até o momento à maioria
dos municípios não conseguiram implementar o que está previsto na Lei.
JOEC: Como lidar com o tratamento de resíduos sólidos ?
Nancy: Temos que passar primeiro pela priorização a coleta
seletiva. Depois seguir para as cooperativas e associações para que eles sejam
reciclados ou reaproveitados. Uma vez que não tenham como reciclar ou
reaproveitar os resíduos devem ser encaminhados para o aterro sanitário.
JOEC: Como é feita a coleta seletiva no RJ ?
Nancy: A coleta seletiva no
município do RJ, na capital, é realizada, mas não em sua totalidade. Nem mesmo
na capital ela é realizada plenamente. Nos demais municípios está se iniciando,
mas com um grande atraso. Uma vez que pela Lei até agosto de 2014 já deve estar
implementada em sua totalidade. Trabalho no município de Itaguaí, com a
cooperativa dos catadores de materiais reciclados aonde ainda não há uma coleta
seletiva totalmente implementada. Na verdade eles ainda não tem o apoio do
poder público.
Delgados de Minas - stand Minas Gerais na IV CNMA - Brasília
Povos indígenas delegados da CNMA - Brasília - Foto: Jornal O Ecoambiental
Antônio Carlos - delegado das Comunidades Quilombolas e Populações Tradicionais
do Amapa na IV CNMA - Brasília - Foto: Jornal O Ecoambiental
Lúcia - Delegada pelo Ceará da IV CNMA - Brasília - Foto: Jornal O Ecoambiental
PROPOSTAS APROVADAS:
Segue o link das propostas aprovadas em Brasília da IV Conferência Nacional de Meio Ambiente:
http://www.conferenciameioambiente.gov.br/wp-content/uploads/2013/02/RESULTADO-FINAL-4CNMA.pdf
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