quarta-feira, 17 de junho de 2020

DIA MUNDIAL DE COMBATE A DESERTIFICAÇÃO E À SECA - 17 de Junho



   O dia 17 de junho, foi instituído, desde 1995, pela ONU como o Dia Mundial do Combate a Desertificação e à Seca. Visa promover uma conscientização pública para combater os efeitos da seca e o processo de desertificação. A degradação da biodiversidade da Terra está acontecendo de forma crescente. Precisamos agir enquanto sociedade para combater essa aceleração de degradação.    Atualmente mais de 2 bilhões de hectares de terras que eram produtivas estão degradadas. Mais de 70% dos ecossistemas naturais foram alterados, e até 2050 essa taxa poderá chegar a 90%, caso medidas urgentes sustentáveis não sejam tomadas pela população mundial. Até 2030 a produção de alimentos exigirá 300 milhões de hectares adcionais de terras e a indústria da moda deverá usar 35% mais terras, mais de 115 milhões de hectares. Segundo o Secretário Executivo da Convenção da ONU para o Combate à Desertificação, Ibrahim Thiaw, "todos nós precisamos melhorar nossas escolhas sobre o que comemos e o que vestimos para ajudar a proteger e recuperar a Terra."



quarta-feira, 10 de junho de 2020

ENERGIAS RENOVÁVEIS - PÓS COVID-19

Queda nos custos da energia limpa pode impulsionar ação climática na recuperação pós-COVID-19

por ONU Brasil
Energia eólica, limpa e renovável. Foto: Alexander Droeger/CC.

Energia eólica, limpa e renovável. Foto: Alexander Droeger/CC.

  À medida que a COVID-19 atinge a indústria de combustíveis fósseis, um novo relatório de Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e parceiros mostrou que a energia renovável é mais econômica do que nunca - oferecendo uma oportunidade de priorizar a energia limpa em pacotes de recuperação econômica e aproximar o mundo do cumprimento das metas do Acordo de Paris.

O relatório “Tendências Globais no Investimento em Energia Renovável 2020”, de PNUMA, Centro de Colaboração da Escola de Frankfurt-PNUMA e BloombergNEF (BNEF), analisa as tendências de investimento de 2019 e os compromissos assumidos pelos países e empresas com a energia limpa na próxima década.

O estudo identificou compromissos que resultam em 826 GW de energia renovável não hidrelétrica, a um custo provável de cerca de 1 trilhão de dólares, até 2030. Para limitar o aumento da temperatura global em até 2 graus Celsius – o principal objetivo do Acordo de Paris - seria necessário atingir 3.000 GW até 2030. A quantidade exata, entretanto, depende da combinação de tecnologias escolhidas.

Os investimentos previstos até 2030 também ficaram muito abaixo dos 2,7 trilhões de dólares comprometidos com energias renováveis ​​na última década.

O relatório mostra que o custo da instalação de energia renovável está menor, o que significa que investimentos futuros resultarão em resultados melhores. Em 2019, a capacidade de energias renováveis, excluindo grandes barragens hidrelétricas de mais de 50 MW, aumentou 184 GW, 12% a mais que em 2018. Apesar disso, o valor em dólar do investimento em 2019 foi apenas 1% maior que no ano anterior, de 282,2 bilhões de dólares.

Graças a melhorias tecnológicas, economias de larga escala e concorrência acirrada em licitações, o custo total ou nivelado da eletricidade continua caindo para energia de fontes eólica e solar. No segundo semestre de 2019, as novas usinas solares fotovoltaicas reduziram custos em 83%, em comparação à década anterior.

"Cada vez mais vozes estão pedindo aos governos que os pacotes de recuperação pós-pandemia sejam usados para criar economias sustentáveis. Essa pesquisa mostra que a energia renovável é um dos investimentos mais inteligentes e econômicos que podemos fazer”, afirma a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen.

“Se os governos aproveitarem a queda no valor das energias renováveis ​​para colocá-las no centro da recuperação econômica pós-COVID-19, daremos um grande passo rumo a um mundo natural saudável, que é uma das nossas melhores chances contra futuras pandemias”, explica Andersen.

Na última década, as energias renováveis têm ocupado uma parte crescente do mercado de geração de energia elétrica baseado em combustíveis fósseis. Quase 78% dos novos GWs gerados em 2019 correspondem a energia eólica, solar, de biomassa, resíduos, geotérmica e pequenas hidrelétricas. Esse incremento, que exclui as grandes hidrelétricas, foi três vezes maior que o das novas usinas de combustíveis fósseis.

"As energias renováveis, como a eólica e a solar, já representam quase 80% da capacidade recém-instalada para a geração de eletricidade. O mercado e os investidores já estão convencidos de sua confiabilidade e competitividade", diz a Ministra do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, Svenja Schulze.

"A promoção de energias renováveis ​​pode ser um mecanismo poderoso para a recuperação da economia após a pandemia, criando empregos novos e seguros", acrescenta.

“Ao mesmo tempo, elas ​​melhoram a qualidade do ar, o que também protege a saúde pública. Ao promovê-las ​​no âmbito dos pacotes de estímulo econômico pós-coronavírus, temos a oportunidade de investir na prosperidade, na saúde e na proteção do clima".

O relatório também destaca outros recordes em 2019:

As maiores adições de energia solar em um ano, de 118 GW.
O maior investimento em energia eólica offshore em um ano, com US$ 29,9 bilhões – um aumento de 19% em relação ao ano anterior.
O maior financiamento para um projeto de energia solar, com US$ 4,3 bilhões, para o Al Maktoum IV nos Emirados Árabes Unidos.
O maior volume de contratos corporativos de compra de energia renovável, de 19,5 GW em todo o mundo.
A maior capacidade em licitações de energia renovável, de 78,5 GW em todo o mundo.
O maior investimento em energias renováveis em economias em desenvolvimento, sem considerar a China e a Índia, totalizando US$ 59,5 bilhões.
Investimentos cada vez maiores: um recorde de 21 países e territórios investindo mais de US$ 2 bilhões em energias renováveis.

“Vemos que a transição energética está em pleno andamento, com a maior capacidade de energias renováveis ​​já financiada. Enquanto isso, o setor de combustíveis fósseis foi duramente atingido pela crise do COVID-19, com muitos países enfrentando a queda nos preços do petróleo e na demanda por eletricidade movida a carvão e gás”, afirma o presidente da Escola de Finanças e Administração de Frankfurt, Nils Stieglitz.

“A crise climática e a crise do COVID-19, apesar de suas naturezas distintas, são rupturas que chamam a atenção tanto de formuladores de políticas públicas quando de gestores. Ambas demonstram a necessidade de maior ambição climática e de mudança das matrizes energéticas rumo às renováveis”.

Em 2019, a participação de fontes renováveis na geração global de energia, sem considerar as grandes hidrelétricas, subiu para 13,4%, ante 12,4% em 2018 e 5,9% em 2009. Isso significa que as fontes de energias renováveis ​​impediram a emissão de aproximadamente 2,1 gigatoneladas de dióxido de carbono em 2019. Isso representa uma economia substancial, dadas as emissões globais de aproximadamente 13,5 gigatoneladas em 2019.

"A energia limpa se encontra em uma encruzilhada em 2020", explica o diretor-executivo da BloombergNEF, Jon Moore.

“Tivemos um enorme progresso na última década, mas as metas oficiais para 2030 estão muito aquém do necessário para lidar com as mudanças climáticas. Quando a atual crise diminuir, os governos precisarão olhar não apenas para a energia renovável, mas também para a descarbonização dos meios de transportes, da construção civil e das indústrias”, conclui.

   FONTE: ONU - BRASIL

BIODIVERSIDADE - CATARATAS DO IGUAÇU E PRESERVAÇÃO DE PARQUES NACIONAIS


Grupo Cataratas renova parceria com agência da ONU para conservação de parques naturais

por ONU Brasil
A parceria coincide com as ações da Semana Mundial do Meio Ambiente. Foto: PNUMA

A parceria coincide com as ações da Semana Mundial do Meio Ambiente. Foto: PNUMA

Em meados do ano passado, a comunidade científica internacional alertou para a crise na biodiversidade no planeta. Liderado pela ONU, um estudo apontou o risco de desaparecimento de 1 milhão de espécies de animais e vegetais, ameaçadas pela atuação do homem.

Poucos meses antes, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) havia declarado a Década da Restauração, período de 2021 a 2030, que congrega diversas frentes de trabalho e iniciativas para a restauração dos ecossistemas globais.

É nesse contexto que a concessionária de parques Grupo Cataratas anunciou a renovação do Memorando de Entendimentos com o PNUMA.

A iniciativa coincide com as ações da Semana Mundial do Meio Ambiente, que visa propor que as pessoas repensem sua relação com a natureza, colocando o meio ambiente no centro das decisões.

Intitulada "Hora do Natureza" a campanha mundial do PNUMA para 2020 traz discussões importantes sobre o colapso ambiental e faz um chamado para que todos trabalhem para reverter essa situação.

"Por ano, recebemos mais de 5 milhões de visitantes em nossos parques e não mediremos esforços para impactar o máximo de pessoas com a mensagem da conservação. Algumas ações já vêm apresentando resultados expressivos, como a redução de consumo de plástico em nossas operações, boas práticas na cadeia produtiva de fornecedores e parceiros", explica Pablo Morbis, presidente do Grupo Cataratas.

"São essas boas ideias que precisamos levar a mais e mais pessoas, fazendo com que elas se sintam parte da mudança de que o planeta precisa."

Para Denise Hamú, representante do PNUMA no Brasil, "o manejo efetivo das áreas protegidas é fundamental para a conservação da biodiversidade".

"E o Grupo Cataratas tem feito um excelente trabalho neste sentido, destacando, ao mesmo tempo, atrativos icônicos da natureza do Brasil. Uma das respostas do PNUMA à COVID-19 é trabalhar com o meio ambiente para proteger as pessoas. E a valorização das áreas naturais está no centro desta reestruturação, assim como a restauração de ecossistemas degradados e formas de produção e consumo mais sustentáveis."

O Memorando de Entendimentos prevê, ainda, um estudo que irá levantar alternativas inovadoras para os desafios estruturais que afetam ambientalmente o arquipélago de Noronha e colocam em risco um dos ecossistemas mais ricos do planeta.

Atualmente, cerca de 90% da energia da ilha provêm da combustão de óleo diesel, gerando um consumo de 15 mil litros por dia. O abastecimento de água, que se dá por meio do processo de dessalinização, é caro e pouco efetivo, e a falta do saneamento básico afeta cerca de 40% da ilha. A gestão de resíduos sólidos também será um tema abordado nesse estudo.

   FONTE: ONU BRASIL

APOIO AOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DURANTE A PANDEMIA - ONU BRASIL




Rede global de governos e organizações pede apoio a profissionais de educação durante pandemia

por ONU Brasil

Foto: UNESCO

A Força-Tarefa Internacional para Professores pela Educação 2030 fez um chamado à ação para garantir que estes profissionais sejam protegidos, apoiados e reconhecidos durante a pandemia de COVID-19.

A iniciativa é uma rede mundial composta por mais de 90 governos e cerca de 50 organizações internacionais e regionais, incluindo agências da ONU, organizações da sociedade civil, de ensino e fundações, que trabalham para promover questões relativas aos professores e ao ensino. Seu secretariado está abrigado na sede da UNESCO, em Paris.

O documento pede "liderança e recursos financeiros, bem como materiais para os professores, a fim de garantir que o ensino e a aprendizagem de qualidade possam continuar sendo oferecidos à distância durante esta crise e também para que a recuperação seja rápida".

Em 165 países de todo o mundo, cerca de 63 milhões de professores primários e secundários estão sendo afetados pelo fechamento de escolas devido à pandemia da COVID-19. Eles estão na linha de frente da resposta para garantir que a aprendizagem continue para quase 1,5 bilhão de estudantes, número que está previsto aumentar.

Em todos os lugares, junto com dirigentes das escolas, os docentes têm se mobilizado e inovado rapidamente para facilitar o ensino à distância de qualidade para os estudantes em confinamento, com ou sem o uso de tecnologias digitais. Eles estão desempenhando um papel fundamental também na comunicação de medidas para impedir a propagação do vírus, garantindo assim que as crianças estejam seguras e sejam apoiadas.

Esta situação sem precedentes está causando estresse em professores, estudantes e familiares.

Em alguns casos, os docentes que podem já ter sido expostos ao vírus estão tentando controlar a ansiedade de serem chamados para trabalhar em lugares onde o risco da COVID-19 está aumentando. Outros estão lidando com o estresse de oferecer uma aprendizagem de qualidade com ferramentas para as quais receberam pouco ou nenhum treinamento ou apoio. Em muitos países, professores contratados, substitutos e pessoal de apoio à educação correm o risco de perder seus contratos e não ter mais seus meios de subsistência.

A Força-tarefa convoca governos, fornecedores e financiadores de educação – públicos e privados – e todos os principais parceiros a:

1 - Preservar o emprego e os salários: esta crise não pode ser um pretexto para baixar o nível de padrões e normas ou desconsiderar os direitos trabalhistas. Os salários e os benefícios de toda a equipe de apoio ao ensino e à educação devem ser preservados.

2 - Priorizar a saúde, a segurança e o bem-estar de professores e estudantes: os professores precisam de apoio socioemocional para enfrentar a pressão extra exercida sobre eles para proporcionar aprendizagem em um momento de crise, bem como para fornecer apoio a seus estudantes em situações de ansiedade.

3 - Incluir professores no desenvolvimento de respostas educacionais à COVID-19: os professores terão um papel essencial na fase de recuperação quando as escolas reabrirem. Eles devem ser incluídos em todas as etapas da elaboração e do planejamento das políticas educacionais.

4 - Fornecer suporte e treinamento profissional adequados: tem sido dada pouca atenção ao fornecimento de treinamento adequado aos professores sobre como garantir a continuidade da aprendizagem. Devemos agir rapidamente para assegurar que os professores recebam o apoio profissional necessário.

5 - Colocar a equidade no centro das respostas da educação à crise: será necessário haver maior apoio e flexibilidade para os professores que trabalham em áreas remotas ou com comunidades de baixa renda ou minorias, a fim de garantir que as crianças desfavorecidas não sejam deixadas para trás.

6 - Incluir os professores nas respostas de ajuda: a Força-tarefa para Professores pede às instituições de financiamento que ajudem os governos a apoiar os sistemas educacionais, particularmente o desenvolvimento profissional da força de trabalho docente. Esse apoio é especialmente urgente em alguns dos países mais pobres do mundo, que já estão lutando para atender às necessidades de educação devido à escassez crítica de professores qualificados.

Para mais informações, faça o download do Chamado em inglêsfrancêsespanhol árabe.

     FONTE: ONU Brasil