quinta-feira, 24 de setembro de 2020

CAMINHO DAS ÁGUAS


 

ONU PEDE COMBATE A NOTÍCIAS FALSAS E DESINFORMAÇÃO SOBRE A COVID-19

 

ONU pede que países combatam notícias falsas e desinformação sobre COVID-19

  • Evento à margem da Assembleia Geral debateu perigos da ‘infodemia’ e como combater problema; secretário-geral da ONU destacou importância de comunicação para construir confiança sobre vacinas; declaração conjunta de seis agências das Nações Unidas e parceiros afirma que as “fake news” ameaçam resposta global à pandemia.
Informação errada sobre uso de máscaras, por exemplo, pode prejudicar combate à pandemia. Foto: UNICEF/Alessio Romenzi

A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou na quarta-feira (23) um evento com o tema “Gestão da infodemia: promovendo comportamentos saudáveis em tempos de COVID-19 e mitigando os danos da desinformação”. 

O secretário-geral da ONU afirmou por mensagem de vídeo que “a COVID-19 não é apenas uma emergência de saúde pública, é também uma emergência de comunicação.” 

Segundo António Guterres, “assim que o vírus se espalhou pelo globo, mensagens imprecisas e até perigosas proliferaram descontroladamente nas redes sociais, deixando as pessoas confusas, enganadas e imprudentes.” 

Para ele, “o antídoto é garantir que fatos científicos e orientações sobre saúde circulem ainda mais rápido e alcancem as pessoas onde quer que elas acessem informações.” 

Segundo Guterres, isso será especialmente importante para construir a confiança do público na segurança e eficácia de futuras vacinas.  

Guterres mencionou a iniciativa das Nações Unidas “Verificado”, que coopera com parceiros de mídia, influenciadores e redes sociais para divulgar conteúdos científicos, oferecer soluções e inspirar solidariedade. 

Para o chefe da ONU, “só juntos e solidários, com um público bem informado, é possível sair desta pandemia seguros e melhores.” 

No final do evento, uma declaração conjunta de seis agências da ONU e parceiros pediu que os Estados-membros combatam o problema, distribuindo informações precisas, com base na ciência, para todas as comunidades e, em particular, grupos de alto risco. 

Segundo as agências, a COVID-19 é a primeira pandemia na história em que a tecnologia e as redes sociais estão sendo usadas em grande escala para manter as pessoas seguras, informadas, produtivas e conectadas. 

Ao mesmo tempo, essa tecnologia está permitindo uma "infodemia" que prejudica a resposta global e compromete as medidas de controle. 

Diagnóstico 

A declaração menciona tentativas de espalhar informações erradas para promover agendas alternativas de grupos ou indivíduos, o que acaba custando vidas. 

As agências afirmam que “sem confiança e informações corretas, os testes de diagnóstico não serão usados, as campanhas de imunização não cumprirão suas metas e o vírus continuará prosperando.” 

Além disso, o debate público continua sendo polarizado, amplificando o discurso de ódio, o risco de conflito, violência e violações dos direitos humanos. Perspectivas de longo prazo para o avanço da democracia, direitos humanos e coesão social também estão sendo ameaçadas. 

Foi neste contexto que o secretário-geral da ONU lançou a iniciativa de Resposta às Comunicações das Nações Unidas, em abril desse ano.

A organização também publicou uma Nota de Orientação sobre como Abordar e Combater o Discurso de Ódio relacionado à COVID-19.  

Na Assembleia Mundial da Saúde, em maio, os Estados-membros da OMS também aprovaram uma resolução sobre o tema. 

Agora, as agências e parceiros pedem que os líderes cooperem e ouçam suas comunidades. Também apelam a outras partes interessadas, como jornalistas e redes sociais e pesquisadores, para desenvolverem estratégias eficazes contra o problema.

DESIGUALDADE SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES NO MUNDO

 

No ritmo atual, desigualdade salarial entre homens e mulheres só acabará em 257 anos

FONTE:  ONU Brasil

Mesmo após décadas de ativismo e das dezenas de leis sobre igualdade salarial, as mulheres ainda ganham menos de 80 centavos para cada dólar recebido por homens. E, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, no ritmo atual, o mundo precisará de 257 anos para superar esta desigualdade de gênero no trabalho.

alerta é do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que marcou em uma mensagem em vídeo nesta sexta-feira (18) o primeiro Dia Internacional da Igualdade Salarial, declarado pela Assembleia Geral em 2019.

Para mulheres com filhos, mulheres negras, refugiadas e migrantes, bem como mulheres com deficiência, esse número é ainda mais baixo, acrescentou o secretário-geral.

A ONU destacou ainda que os primeiros sinais mostram que o impacto econômico da pandemia da COVID-19 tornará a disparidade salarial de gênero ainda maior, em parte porque muitas mulheres trabalham nas indústrias de serviços, hotelaria e no setor informal, que foram os mais atingidos.

“O estatuto desigual das mulheres no trabalho alimenta a desigualdade em outras áreas das suas vidas. Os empregos delas têm menos probabilidade de incluir benefícios como seguro-saúde e folgas remuneradas. Mesmo quando as mulheres têm direito a uma pensão, salários mais baixos se traduzem em pagamentos mais baixos quando se tornam idosas”, alertou Guterres.

Segundo a ONU, as atuais leis de igualdade salarial, quando existentes, não conseguiram corrigir esse quadro. “Precisamos ir mais além e trabalhar mais para encontrar soluções”, disse.

Ele destacou que o Dia Internacional da Igualdade Salarial é um “passo importante” para dar visibilidade às disparidades salariais entre homens e mulheres.

“Precisamos perguntar por que são as mulheres relegadas a empregos com salários baixos; por que as profissões dominadas por mulheres têm salários mais baixos, incluindo empregos no setor da prestação de cuidados; por que tantas mulheres trabalham a meio tempo; por que as mulheres veem os seus salários diminuir com a maternidade, enquanto os homens com filhos muitas vezes desfrutam de um aumento salarial; e, finalmente, por que as mulheres esbarram no acesso a profissões com salários mais elevados.”

António Guterres destacou algumas das soluções: acabar com os estereótipos de gênero prejudiciais; remover barreiras institucionais; e compartilhar responsabilidades familiares de forma igual.

“Precisamos reconhecer, redistribuir e valorizar o trabalho de prestação de cuidados não remunerado que é feito de forma desproporcional pelas mulheres”, acrescentou.

A ONU destacou que a pandemia de COVID-19 expôs desigualdades de todos os tipos, incluindo a desigualdade de gênero. “Ao investirmos na recuperação, devemos aproveitar a oportunidade para acabar com a discriminação salarial contra as mulheres. A igualdade salarial é essencial não apenas para as mulheres, mas para construir um mundo de dignidade e de justiça para todos”, concluiu.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

SONS DA NATUREZA


 

DIA DA CAMADA DE OZÔNIO

Em Dia da Camada de Ozônio, ONU ressalta importância

 da cooperação internacional

Fonte: ONU - BRASIL

A recuperação, a longo prazo, da camada de ozônio está em andamento, mas ainda deve levar anos. Foto: NASA

A recuperação, a longo prazo, da camada de ozônio está em andamento, mas ainda deve levar anos. Foto: NASA

As Nações Unidas celebram dia 16 de setembro o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. Em 2020, a celebração tem o lema “Ozônio para a vida: 35 anos de proteção da camada de ozônio”, marcando o aniversário da Convenção de Viena.

Foi esse tratado que, juntamente com o Protocolo de Montreal, uniu o mundo no propósito de se eliminar os gases que provocam o buraco nessa camada essencial para proteger a vida da radiação ultravioleta.

Em 1994, a Assembleia Geral proclamou a data para lembrar a assinatura do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio.

Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, incentiva a ação conjunta para preservar a camada de ozônio. O apelo do chefe da ONU é que essa vontade seja aplicada “para curar o planeta e forjar um futuro mais brilhante e mais justo para toda a humanidade”.

A diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lembrou que foi a cooperação internacional que colocou a camada de ozônio no caminho da recuperação, protegendo a saúde humana e os ecossistemas.

Para Inger Anderson, essa colaboração demonstra que trabalhando em conjunto podem ser resolvidos “problemas em escala global.”

Futuras gerações

Anderson afirmou que tal união de propósitos é “mais necessária que nunca” à medida que se busca lidar com perdas na natureza, as mudanças climáticas e a poluição no contexto da pandemia e das discussões sobre a reposição do fundo multilateral.

O PNUMA realça que a eliminação gradual e o uso controlado de substâncias que destroem a camada de ozônio “ajudaram a proteger a camada de ozônio para as gerações atual e futura”.

Outros benefícios foram contribuir de forma significativa para impulsionar os esforços globais para lidar com a mudança climática e proteger a saúde humana e os ecossistemas, limitando a radiação ultravioleta sobre a Terra.

Foi a confirmação científica do desgaste da camada de ozônio que deu origem à Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio. Esses dados levaram a comunidade internacional a adotar o mecanismo de cooperação inicialmente assinado por 28 países, em 22 de março de 1985.

Substâncias

O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio foi criado em setembro de 1987. O documento previa medidas para controlar a produção e o consumo global de produtos químicos prejudiciais à camada.

Com base no desenvolvimento científico e da informação tecnológica, o Protocolo definiu o controle de cerca de 100 produtos químicos de diversas categorias.

Para cada grupo ou anexo desses produtos químicos, o tratado tem um calendário para a eliminação progressiva de sua produção e consumo em direção a um banimento completo.
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SONS DA NATUREZA