terça-feira, 20 de junho de 2023

DIA MUNDIAL DE COMBATE A DESERTIFICAÇÃO

Foto: divulgação



Fonte: ONU - BRASIL

Em mensagem para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, o chefe da ONU alerta que a agricultura insustentável erode os solos 100 vezes mais rápido do que a capacidade do processo natural em restaurá-los.

Processos de degradação dos solos, incluindo a desertificação e a seca, afetam 3.2 bilhões de pessoas em todo o mundo. 

Antes concentrada em regiões áridas e semiáridas, a desertificação pode atingir mais de 75% da população mundial no decorrer das próximas décadas. 

Em mensagem para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, celebrado pelas Nações Unidas no dia 17 de junho, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta que a agricultura insustentável erode os solos 100 vezes mais rápido do que a capacidade do processo natural em restaurá-los.

A meta da ONU é reverter a degradação dos solos até 2030, e dar um grande impulso para a restauração de 40% de todas as terras do Planeta. Benefícios econômicos da restauração dos solos excedem em nove vezes o custo do investimento. 

Processos de degradação dos solos, incluindo a desertificação e a seca, afetam 3.2 bilhões de pessoas em todo o mundo. 

Antes concentrada em regiões áridas e semiáridas, a desertificação pode atingir mais de 75% da população mundial no decorrer das próximas décadas. 

Sob o tema “a terra dela, os direitos dela”, este Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca – celebrado pelas Nações Unidas desde 1994, é um chamado para que todos os países envolvam as mulheres rurais na formulação de políticas e programas de restauração dos solos. 

“Em todos os lugares onde são proprietárias de terras, as mulheres restauram e protegem os solos: aumentando a produtividade; construindo resiliência à seca e investindo em saúde, educação e nutrição.” – António Guterres, 17 de junho de 2023. 

Com o objetivo de prevenir, interromper e reverter a degradação dos ecossistemas em todos os continentes e oceanos, as Nações Unidas lançaram a Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030). A meta é restaurar 40% de todas as terras do planeta até 2030 – prazo para que os países implementem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

Entre agora e 2030, a restauração de 350 milhões de hectares de ecossistemas terrestres e aquáticos criticamente degradados poderá gerar US$9 trilhões em serviços ecossistêmicos.

A restauração também poderia remover entre 13 e 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera. 

Liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a Década da ONU está construindo um movimento global forte e amplo para acelerar a restauração e colocar o mundo no caminho de um futuro sustentável. 

terça-feira, 13 de junho de 2023

ECONOMIA GLOBAL PÓS PANDEMIA E SUSTENTABILIDADE

 

Imagem da capa do relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais de 2022
Legenda: Capa do relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais de 2022, divulgado em maio de 2023
Foto: © DESA

Fonte: ONU - BRASIL

Inflação persistente, aumento de taxas de juros e incertezas deixam sombrias as perspectivas para uma recuperação econômica global robusta.

A economia mundial pode ter um longo período de baixo crescimento.

Estas são as principais conclusões do relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais de 2022 (WESP, na sigla em inglês)).

Acesse o documento na íntegra, em inglês, aqui.

As perspectivas de uma recuperação econômica global robusta permanecem sombrias em meio a um cenário de inflação persistente, aumento das taxas de juros e aumento de incertezas. Em vez disso, a economia mundial enfrenta o risco de um período prolongado de baixo crescimento, uma vez que os efeitos persistentes da pandemia da COVID-19, o impacto cada vez pior das mudanças climáticas e os desafios estruturais macroeconômicos permanecem sem solução. Isto é o que aponta o relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais de 2022 (WESP, na sigla em inglês).

De acordo com o relatório, a economia mundial deverá crescer 2,3% em 2023 (+0,4 pontos percentuais em relação à previsão de janeiro) e 2,5% em 2024 (-0,2 pontos percentuais), um ligeiro aumento na previsão de crescimento global para 2023. Nos Estados Unidos, a resiliência dos gastos familiares levou a uma revisão para cima da previsão de crescimento para 1,1% em 2023. A economia da União Europeia - impulsionada pelos preços mais baixos do gás e pelos gastos robustos dos consumidores - agora deve crescer 0,9%. A previsão de crescimento da China para este ano é agora de 5,3%, como resultado da suspensão das restrições relacionadas à COVID-19.

Mas ainda há um quadro sombrio. Apesar desse alta, a taxa de crescimento ainda está bem abaixo da taxa média de crescimento nas duas décadas anteriores à pandemia, de 3,1%. Para muitos países em desenvolvimento, as perspectivas de crescimento se deterioraram em meio ao aperto das condições de crédito e ao aumento dos custos de financiamento externo. Na África, na América Latina e no Caribe, o PIB per capita deverá aumentar apenas marginalmente este ano, reforçando uma tendência de longo prazo de estagnação do desempenho econômico. A previsão é de que os países menos desenvolvidos cresçam 4,1% em 2023 e 5,2% em 2024, muito abaixo da meta de crescimento de 7% estabelecida na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

"A atual perspectiva econômica global representa um desafio imediato para alcançar os ODS", disse o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, Li Junhua. "A comunidade global deve abordar com urgência a crescente escassez de financiamento enfrentada por muitos países em desenvolvimento, fortalecendo suas capacidades de fazer investimentos críticos em desenvolvimento sustentável e ajudando-os a transformar suas economias para o desenvolvimento sustentável e ajudando-os a transformar suas economias para alcançar um crescimento inclusivo e sustentado de longo prazo", reforçou.

O comércio global continua sob pressão devido a tensões geopolíticas, enfraquecimento da demanda global e políticas monetárias e fiscais mais rígidas. A previsão é de que o volume do comércio global de bens e serviços cresça 2,3% em 2023, bem abaixo da tendência pré-pandemia.

Inflação - A inflação tem permanecido obstinadamente alta em muitos países, mesmo com a queda substancial dos preços internacionais de alimentos e energia no ano passado. A inflação média global está projetada em 5,2% em 2023, abaixo da alta de duas décadas de 7,5% em 2022. Embora se espere que as pressões de alta nos preços diminuam lentamente, a inflação em muitos países permanecerá bem acima das metas dos bancos centrais. Em meio a interrupções nos abastecimentos locais, altos custos de importação e deficiências  do mercado, a inflação doméstica de alimentos ainda é elevada na maioria dos países em desenvolvimento, afetando desproporcionalmente os pobres, principalmente mulheres e crianças.

Mercados de trabalho - Os mercados de trabalho nos Estados Unidos, na Europa e em outras economias desenvolvidas continuaram a demonstrar uma resistência notável, contribuindo para sustentar robustos gastos familiares. Em meio à escassez generalizada de trabalhadores e às baixas taxas de desemprego, os ganhos salariais aumentaram. As taxas de emprego estão em níveis recordes em muitas economias desenvolvidas, com as diferenças de gênero diminuindo desde a pandemia.

Repercussões globais - No entanto, os mercados de trabalho excepcionalmente fortes estão tornando mais difícil para os bancos centrais controlar a inflação. O Federal Reserve (FED, dos EUA), o Banco Central Europeu e os bancos centrais de outros países desenvolvidos continuaram a aumentar as taxas de juros em 2023, mas em um ritmo mais lento do que no ano passado, que registrou o aperto monetário mais agressivo em décadas. A turbulência do setor bancário nos Estados Unidos e na Europa acrescentou novas incertezas e desafios à política monetária. Embora as ações rápidas e decisivas dos órgãos reguladores tenham ajudado a conter os riscos à estabilidade financeira, as vulnerabilidades na arquitetura financeira global e as medidas tomadas para contê-las provavelmente reduzirão o crescimento do crédito e dos investimentos no futuro.

O rápido aperto das condições financeiras globais representa grande risco para muitos países em desenvolvimento e economias em transição. O aumento das taxas de juros, aliado a uma mudança nas economias desenvolvidas - do afrouxamento quantitativo para o aperto quantitativo - exacerbou as vulnerabilidades de dívida e restringiu ainda mais o espaço fiscal.

 Os desafios políticos atuais exigem uma cooperação política transfronteiriça mais forte e ações globais coordenadas para evitar que muitas economias em desenvolvimento fiquem presas em um ciclo vicioso de baixo crescimento e alto endividamento.

O relatório completo, em inglês, está disponível aqui.

sábado, 10 de junho de 2023

DIA MUNDIAL DOS OCEANOS - PRONUNCIAMENTO DO SECRETÁRIO GERAL DA ONU - ANTÕNIO GUTERREZ

Foto: divulgação

 




 

DIA MUNDIAL DOS OCEANOS

Foto: divulgação

 

Fonte: ONU - BRASIL

Em mensagem para o Dia Mundial dos Oceanos, o secretário-geral da ONU celebra o histórico Tratado do Alto Mar – adotado no dia 4 de março de 2023 para proteger 30% dos oceanos do mundo. 

António Guterres também destaca os avanços nas negociações internacionais para um acordo global e juridicamente vinculante para acabar com a poluição plástica, que pode entrar em vigor já em 2024.

O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado em 8 de junho desde 1992, quando aconteceu a Cúpula da Terra - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro. 

“Os oceanos são os alicerces da vida. Fornecem o ar que respiramos e os alimentos que consumimos. Regulam o nosso clima e tempo. Os oceanos são o maior reservatório de biodiversidade do nosso planeta. Os seus recursos sustentam comunidades, prosperidade e a saúde humana ao redor do mundo.”

–  António Guterres, secretário-geral da ONU, 8 de junho de 2023

Neste Dia Mundial dos Oceanos, as Nações Unidas celebram o histórico Tratado do Alto Mar – adotado no dia 4 de março de 2023 para proteger 30% dos oceanos do mundo e garantir a conservação da biodiversidade marinha em áreas fora da jurisdição nacional.

António Guterres também destaca os avanços nas negociações internacionais para um acordo global e juridicamente vinculante para acabar com a poluição plástica, que pode entrar em vigor já em 2024.

O chefe da ONU alerta, contudo, que a biodiversidade marinha continua sofrendo os impactos da superexploração e da acidificação dos oceanos, ressaltando que 1/3 dos estoques de peixes são atualmente pescados em níveis insustentáveis.

Todos os anos, de 19 a 23 milhões de toneladas de plásticos são despejadas em ecossistemas aquáticos, afetando mais de 800 espécies, incluindo o ser humano. Quase 2/3 das 430 milhões de toneladas de plástico produzidas anualmente são produtos de curta duração – ou de uso único.

“A humanidade conta com os oceanos, mas os oceanos podem contar conosco? Deveríamos ser os melhores amigos dos oceanos. Mas, neste momento, a humanidade é o pior inimigo dos oceanos”, conclui Guterres.

Sobre o Dia Mundial dos Oceanos:

O Dia Mundial dos Oceanos é celebrado em 8 de junho desde 1992, quando aconteceu a Cúpula da Terra – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

Realizada no Rio de Janeiro entre os dias 3 e 14 de junho, a Eco-92 ou Rio 92 foi uma das maiores e mais influentes conferências da história das Nações Unidas, reunindo 179 países e culminando com a adoção de vários instrumentos e acordos que moldam a cooperação internacional para a preservação do meio ambiente até os dias de hoje.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

DIA 5 DE JUNHO - DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE - BRASIL BUSCA SOLUÇÕES PARA A POLUIÇÃO PLÁSTICA

 

Foto: © PNUMA

Fonte: ONU - BRASIL

“O Brasil em Busca de Soluções para a Poluição Plástica” será um debate de alto nível fruto da parceria entre PNUMA, MMA, MDIC, MCTI;

Encontro reunirá ministras e representantes das pastas, sociedade civil e indústria para discutir soluções para a poluição plástica;

O evento acontece cerca de uma semana após a segunda reunião para construção do Tratado Global do Plástico (INC2). 

Neste ano comemora-se pela 50ª vez o Dia Mundial do Meio Ambiente, com o alerta de que a eliminação da poluição plástica é fundamental para a manutenção da vida. Sob o lema #CombataAPoluiçãoPlástica, a data oferece uma oportunidade para ampliar o apelo aos governos, cidades e empresas, a fim de que invistam e implementem soluções para acabar com a poluição plástica. 

Para abordar o tema, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) realiza, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o evento: “O Brasil em Busca de Soluções para a Poluição Plástica”. O debate de alto nível acontece no dia 6 de junho, das 8h às 11h00, no auditório Renato Archer, no MCTI em Brasília. 

Estarão presentes, entre outras autoridades e representantes da sociedade e indústria, a Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos e o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin. O evento contará com a moderação da repórter especial do Valor Econômico, Daniela Chiaretti. 

Na sequência, teremos um diálogo entre os secretários Adalberto Maluf (MMA), Rodrigo Rollemberg (MDIC) e a Ministra Maria Angélica Ikeda, Diretora do Departamento de Meio Ambiente (MRE), sobre como colocar a mudança em prática. Finalmente, Camila Barcelos (ABIQUIM), Ademilson Zamboni (ONG Oceana), Kallel Kopp (MeuCopoEco), Mundano (PimpMyCarroça) e a catadora autônoma, Nanci Darcolete, vão discutir soluções já em prática no combate à poluição plástica e na promoção da circularidade do plástico.

O foco da discussão estará nas soluções para a poluição plástica em níveis global e local, com um olhar sobre o fomento à economia circular, incluindo o reúso e a reciclagem. Será um momento para chamar a atenção para a urgência da eliminação da poluição plástica e para o comprometimento do governo, das empresas e da sociedade em desenvolver uma transição justa e equitativa para um mundo com menos plásticos. 

Este ano, o país que sediará as comemorações do Dia do Meio Ambiente será Costa do Marfim, em parceria com os Países Baixos; o evento acontecerá cerca de uma semana após a segunda reunião para construção do Tratado Global do Plástico (INC2), atendendo à Resolução 5/14 da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, que visa a estabelecer um acordo internacional juridicamente vinculante até 2024.   

Agenda:

Painel de Alto Nível  

  • V.E. Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas 
  • V.E. Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação
  • V.E. Herman Benjamin, Ministro do Superior Tribunal de Justiça  
  • Sra. Silvia Rucks, Coordenadora Residente da ONU no Brasil.
  • Sr. Gustau Máñez, Representante do Programa da ONU para o Meio Ambiente

O Painel Operacionalizando a Mudança terá como participantes:

  • Sr. Adalberto Maluf, Secretário Nacional de Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental  
  • Sr. Rodrigo Rollemberg, Secretário Nacional de Economia Verde
  • Sra. Ministra Maria Angélica Ikeda, Diretora do Departamento de Meio Ambiente (MRE)

Participantes Sociedade e Soluções 

  • Nanci Darcolete, catadora independente 
  • Camila Barcelos, ABIQUIM
  • Ademilson Zamboni, OCEANA
  • Kallel Kopp, MeuCopoEco 
  • Mundano, PimpMyCarroça
  • Ronei Alves da Silva, MNC

Moderação: Daniela Chiaretti, Repórter Especial do Valor Econômico 
 

Sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente 

O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado anualmente em 5 de junho e foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972. É um dia dedicado à conscientização e ação global em prol da proteção do meio ambiente. Cada ano, o evento é organizado em torno de um tema específico, com o objetivo de promover ações concretas e engajar governos, empresas e cidadãos na busca por um futuro mais sustentável. 

Sobre o PNUMA 

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é a principal autoridade global em questões ambientais. Sua missão é promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, bem como proteger o meio ambiente global para as gerações presentes e futuras. O PNUMA trabalha em estreita colaboração com governos, organizações não governamentais e o setor privado para desenvolver políticas, promover práticas sustentáveis e coordenar esforços internacionais em prol do meio ambiente.