domingo, 7 de janeiro de 2024

FESTIVAL DE CINEMA "SAÚDE PARA TODAS AS PESSOAS" - OPORTUNIDADE PARA OS JOVENS

 

Convocatória: Festival de Cinema "Saúde para Todas as Pessoas"


FONTE: ONU - BRASIL

   Iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Festival de Cinema "Saúde para Todas as Pessoas" apoia uma nova geração de cineastas e jovens produtores de vídeos para defender e promover questões relacionadas ao acesso universal à saúde. 

A 5ª edição do Festival cobre três temas principais: Cobertura Universal de Saúde, emergências de saúde, e saúde e bem-estar para todas as pessoas. 

O prazo para submissão de documentários curtos, filmes de ficção ou filmes de animação é 31 de janeiro de 2024.

90 filmes serão selecionados para exibição permanente no canal da OMS no YouTube a partir de abril de 2024, e 7 filmes serão premiados em um evento que será realizado em junho deste ano na sede da Organização em Genebra, na Suíça. 

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Os filmes são uma maneira poderosa de aumentar a conscientização, melhorar a compreensão e incentivar mudanças positivas de comportamento.

A OMS celebra o poder da narrativa audiovisual para a promoção da saúde e convida pessoas interessadas em saúde pública a participar do Festival de Cinema "Saúde para Todas as Pessoas".

Como em cada edição anterior, a OMS convida pessoas de todo o mundo a inscrever curtas-metragens originais, incluindo: 

  • Instituições de saúde pública
  • Estudantes de saúde pública
  • Escolas e estudantes de cinema
  • Cineastas independentes
  • Empresas de produção audiovisual
  • Emissoras de TV 
  • Organizações e redes da sociedade civil
  • Organizações comunitárias e/ou lideradas por jovens
  • Pessoas defensoras dos direitos humanos

Documentários curtos, filmes de ficção ou filmes de animação deverão ser enviados em uma das seguintes categorias:

  1. Cobertura Universal de Saúde 
  2. Emergências de saúde
  3. Saúde e bem-estar para todas as pessoas

Além disso, quatro prêmios especiais serão atribuídos da seguinte forma:

  1. Prêmio Especial de Filme sobre Atividade Física e Saúde
  2. Prêmio Especial de Filme sobre Saúde de Pessoas Migrantes e Refugiadas
  3. Prêmio de Filme Estudantil
  4. Prêmio de Filme Muito Curto

A quinta seleção oficial do Festival, composta por aproximadamente 90 curtas-metragens, será apresentada ao público em abril de 2024 no canal da OMS no YouTube: https://www.youtube.com/c/who/playlists.  

Como participar? 

Sobre o Festival 

Desde 2020, o Festival de Cinema "Saúde para Todas as Pessoas" reuniu mais de 4.300 submissões de 110 países. 

Em junho de 2023, a OMS anunciou a seleção oficial dos filmes vencedores do 4º Festival de Cinema, realizado na sede da Organização em Genebra, na Suíça. No evento, que contou com a participação presencial e on-line de atores e atrizes, produtoras e produtores e figuras públicas, foram anunciados os filmes vencedores em 7 categorias diferentes, enquanto 4 filmes receberam menções especiais do júri.

REDUÇÃO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO GLOBAL

 

Desaceleração econômica deve reduzir crescimento global para 2,4% em 2024

Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina e do Caribe.

Legenda: A América Latina continua enfrentando o desafio crucial de implementar políticas macroeconômicas e industriais contracíclicas ativas para impulsionar o crescimento e o investimento, expandir o bem-estar social e criar resiliência, aponta o relatório Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2024, publicado pelas Nações Unidas. Foto: Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina e do Caribe.
Foto: © Norberto Marques/Getty Image










FONTE: ONU - BRASIL

  Lançado nesta quinta-feira (4), o principal relatório econômico da ONU apresenta uma perspectiva econômica negativa para o curto prazo. O crescimento econômico global deve desacelerar de uma estimativa de 2,7% em 2023 para 2,4% em 2024.

As perspectivas de crescimento na América Latina e no Caribe também estão se deteriorando. Em 2024, a projeção é de que o PIB regional cresça apenas 1,6%, depois de atingir um crescimento estimado de 2,2% em 2023.

Projeta-se que o crescimento do PIB no Brasil desacelere de 3,1% em 2023 para 1,6% em 2024, devido aos impactos prolongados das taxas de juros mais altas e da desaceleração da demanda externa. 

"2024 precisa ser o ano em que saímos desse atoleiro. Ao desbloquear investimentos grandes e ousados, podemos impulsionar o desenvolvimento sustentável e a ação climática, e colocar a economia global em um caminho de crescimento mais forte para todos. Devemos aproveitar o progresso feito no ano passado em direção a um Pacote de Estímulo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de pelo menos US$ 500 bilhões por ano em financiamento de longo prazo acessível para investimentos em desenvolvimento sustentável e ação climática."

- António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, 4 de janeiro de 2024. 

principal relatório econômico da ONU apresenta uma perspectiva econômica negativa para o curto prazo. A previsão surge após o desempenho econômico global ter superado as expectativas em 2023.

No entanto, o crescimento do PIB mais forte do que o esperado no ano passado mascarou riscos de curto prazo e vulnerabilidades estruturais. Taxas de juros persistentemente altas, escalada de conflitos, comércio internacional lento e desastres climáticos crescentes representam desafios significativos para o crescimento global.

As perspectivas de um período prolongado de condições de crédito mais rígidas e custos de empréstimos mais altos dificultam o avanço da economia mundial. Nessa realidade será necessário fazer mais investimentos para estimular o crescimento, combater a mudança climática e acelerar o progresso em direção aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Perspectivas de baixo crescimento para a América Latina e o Caribe 

As perspectivas de crescimento na América Latina e no Caribe estão se deteriorando. Em 2024, a projeção é de que o PIB regional cresça apenas 1,6%, depois de atingir um crescimento estimado de 2,2% em 2023.

Embora a inflação esteja recuando em várias economias, o espaço fiscal limitado e o fraco investimento continuarão a prejudicar a capacidade da região de enfrentar os desafios sociais e a mudança climática.

Projeta-se que o crescimento do PIB no Brasil desacelere de 3,1% em 2023 para 1,6% em 2024, devido aos impactos prolongados das taxas de juros mais altas e da desaceleração da demanda externa.

No México, a projeção é de que o PIB cresça 2,3% em 2024, após uma expansão de 3,5% em 2024. A Argentina continua em crise, em meio à alta inflação.

A região precisará redobrar esforços para reduzir a evasão fiscal e aumentar a progressividade dos sistemas tributários para atender às suas necessidades de financiamento.

A América Latina continua enfrentando o desafio crucial de implementar políticas macroeconômicas e industriais contracíclicas ativas para impulsionar o crescimento e o investimento, expandir o bem-estar social e criar resiliência.

Inflação global

O relatório aponta a tendência de queda na inflação global, estimada em 5,7% em 2023 e prevista para diminuir para 3,9% em 2024. Entretanto, pressões de preços permanecem altas em diversos países, com riscos de aumento caso conflitos geopolíticos se intensifiquem. 

Em cerca de um quarto dos países em desenvolvimento, a inflação anual deve ultrapassar 10%, afetando significativamente os mais pobres. A persistente alta impactou negativamente a erradicação da pobreza, especialmente nos países menos desenvolvidos. 

Além disso, a recuperação dos mercados de trabalho após a crise da pandemia foi desigual, com economias desenvolvidas mantendo resiliência, enquanto muitos países em desenvolvimento ainda não se recuperaram.

Transição verde

O relatório destaca a necessidade de cooperação internacional mais forte para impulsionar o crescimento e promover a transição verde. Governos devem evitar medidas fiscais que sejam prejudiciais e expandir o suporte fiscal para estimular o crescimento, enquanto as condições monetárias globais permanecem restritas. 

A publicação revela que bancos centrais enfrentam desafios difíceis ao equilibrar inflação, crescimento e estabilidade financeira. A cooperação global eficaz é urgente para evitar crises de dívida e fornecer financiamento a países em desenvolvimento. 

Aumentar o financiamento climático global, eliminar subsídios aos combustíveis fósseis e promover transferência de tecnologia são cruciais para fortalecer a ação climática. O relatório ressalta ainda a importância crescente de políticas industriais para impulsionar a inovação, capacidade produtiva e transição verde.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

COOPERAÇÃO EM ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - BRASIL, CONGO E NAÇÕES UNIDAS

 

Mulher prepara 'foufou', prato típico do Congo à base de mandioca, no distrito de Ngabe, no departamento de Pool.
Legenda: Mulher prepara 'foufou', prato típico do Congo à base de mandioca, no distrito de Ngabe, no departamento de Pool. A implementação do projeto de cooperação entre o Brasil, a República do Congo e o WFP na área de segurança alimentar e agricultura familiar está prevista para durar dois anos, nos departamentos de Pool, Bouenza, Plateaux, incluindo a capital Brazzaville.
Foto: © Imagesdu_congo/Flickr


Brasil, Congo e Nações Unidas ampliam a cooperação em alimentação escolar e agricultura familiar


FONTE; ONU - BRASIL

Evento em Brazzaville, capital da República do Congo  marcou o lançamento de projeto de Cooperação Sul-Sul para fortalecer a segurança alimentar e nutricional de agricultores familiares, especialmente mulheres e crianças em idade escolar. 

Com duração prevista de dois anos, o projeto de cooperaçāo entre a República do Congo, o Brasil e o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP) buscará ampliar o acesso de agricultores familiares a mercados locais, incluindo por meio do desenvolvimento de um programa de alimentação escolar baseado na produção local. 

A insegurança alimentar atinge 33,3% dos domicílios congoleses, com alta prevalência nas áreas rurais, enquanto 38% da população é subnutrida e 19,6% das crianças menores de cinco anos sofrem de má nutrição crônica.


O Governo da República do Congo, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca, em parceria com o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP), realizou, nesta terça-feira (19/12), a sessão inaugural do Comitê Gestor do projeto "Fortalecendo o acesso de agricultores familiares da República do Congo aos mercados locais por meio da Cooperação Sul-Sul".

A implementação do projeto está prevista para durar dois anos nos departamentos de Bouenza, Plateaux e Pool, incluindo a capital Brazzaville.

O principal objetivo da sessão inaugural realizada nesta terça-feira foi validar os documentos de implementação estratégica do projeto, financiado pelo Fórum Índia, Brasil e África do Sul para combater pobreza e fome (Fundo IBAS) no valor de quase US$ 1 milhão. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Fundo IBAS, o Governo da República do Congo, o Governo do Brasil, o escritório do WFP na República do Congo e o Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil.

O projeto visa reforçar a capacidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pescas para apoiar o acesso dos pequenos produtores aos mercados locais, bem como a capacidade do Ministério da Educação Pré-Escolar, Primária e Secundária da República do Congo a desenvolver um programa de alimentação escolar baseado na produção local, promovendo sua articulação com a compra de alimentos da agricultura familiar.  

“Este projeto é uma continuação dos esforços feitos desde 2019, em apoio ao Governo do Congo e em colaboração com parceiros locais, nacionais e internacionais, do Norte e do Sul, para fortalecer as cadeias de valor locais, particularmente mandioca e banana, e melhorar a escala e a qualidade do programa nacional de alimentação escolar”.

- Sidi Mohamed Babah, diretor adjunto de país do WFP na República do Congo.

No Congo, a insegurança alimentar atinge 33,3% dos domicílios, com alta prevalência nas áreas rurais, enquanto 38% da população é subnutrida e 19,6% das crianças menores de cinco anos sofrem de má nutrição crônica.

Ao longo dos anos, o país implementou várias iniciativas para erradicar a pobreza por meio da implementação do plano estratégico do país e estratégias e políticas de desenvolvimento de nível setorial.

“Este projeto transformará a vida de muitas pessoas, melhorará a capacidade, facilitará o acesso a mercados locais, além de fortalecer a segurança alimentar em ambiente escolar. Os pequenos agricultores têm uma importância crucial, mas ainda enfrentam dificuldade no acesso aos mercados locais. Então, facilitando esse acesso buscamos facilitar também a introdução de seus produtos nesses, valorizando os produtores”. 

- Paul Valentin Ngobo, ministro da Agricultura, Pecuária e Pescas da República do Congo. 

As principais lacunas na capacidade institucional, nos níveis político e técnico, para apoiar os pequenos agricultores incluem dificuldades de acesso ao crédito e aos recursos naturais, serviços de assistência técnica insuficientes, infraestruturas rurais limitados, fraca modernização agrícola, práticas/equipamentos inadequados de armazenamento e transformação de alimentos e capacidade limitada das associações/cooperativas de agricultores.

Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome do WFP no Brasil, afirmou, em seu discurso, que o projeto também aumentará a visibilidade global para o Brasil como parceiro da Cooperação Sul-Sul para um mundo com fome zero, e contribuirá diretamente para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Nos. 2 e 17:

“Encontrar soluções duradouras para a fome é um desafio complexo e todos nós temos um papel a desempenhar. Estamos confiantes de que este projeto criará as condições adequadas para que as pessoas tenham uma vida melhor e mais saudável, esse é o nosso objetivo”. 

Germana Belchior, assessora da Presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), falou em nome da presidente do órgão e ressaltou a importância do novo projeto para a garantia do direito humano a uma alimentação adequada:

“O PNAE pode contribuir com sua experiência de quase 70 anos de existência. Investir na segurança alimentar das gerações mais jovens é um investimento da garantia dos direitos humanos de todas e todos”. 

O FNDE é parte do Ministério da Educação do Brasil e é responsável pela implementação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Durante essa reunião, os membros do Comitê Gestor foram informados sobre a estrutura de governança e operacional do Projeto, revisaram e validaram o regulamento interno e aprovaram o plano de trabalho e o orçamento para o primeiro ano. Também participaram da reunião representantes da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério da Educação Pré-escolar, Primária e Secundária da República do Congo, dos Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil e embaixadores e representantes das embaixadas do Brasil, Índia e África do Sul em Brazzaville e representantes do WFP em Roma.

Participantes da sessão inaugural do Comitê Gestor do projeto "Fortalecendo o acesso de agricultores familiares na República do Congo aos mercados locais por meio da Cooperação Sul-Sul".
Legenda: Participantes da sessão inaugural do Comitê Gestor do projeto "Fortalecendo o acesso de agricultores familiares na República do Congo aos mercados locais por meio da Cooperação Sul-Sul".
Foto: © WFP/Celia Boumpoutou.

Foco na segurança alimentar e alimentaçāo escolar 

Motivado pelo pedido do Governo da República do Congo para participar da Cooperação Sul-Sul com o objetivo de avançar em direção ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável No. 2: Fome Zero e Agricultura Sustentável, este projeto visa permitir que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca e o Ministério da Educação Pré-Escolar, Primária, Secundária e de Alfabetização aproveitem os conhecimentos e inovações disponibilizados pelo Brasil e por outros parceiros do IBAS para programas de agricultura familiar e alimentação escolar.

O objetivo geral da iniciativa é contribuir para a melhoria da segurança alimentar e nutricional dos agricultores familiares, especialmente mulheres, e crianças em idade escolar, fortalecendo a capacidade do Ministério de Agricultura do Congo de apoiar o acesso dos pequenos produtores aos mercados locais, bem como a capacidade do Ministério de Educação Pré-Escolar de desenvolver um programa de alimentação escolar com compras da agricultura familiar,  promovendo a sua articulação com a compra de alimentos nos mercados locais.

Os resultados esperados do projeto incluem:

  • Treinamento de mais de 60 técnicos com atuação nacional e local dos dois ministérios para planejar, implementar e monitorar programas governamentais destinados a melhorar o acesso dos pequenos produtores aos mercados locais, incluindo os das escolas. 
  • Treinamento para que cerca de 100 agricultores familiares nos distritos participantes do projeto melhorem sua segurança alimentar e estado nutricional por meio de melhores meios de subsistência e maior acesso aos mercados locais, incluindo aqueles nas escolas.
  • Melhoria de capacidades de 10 escolas nos distritos participantes para comprar, armazenar e preparar alimentos nutritivos adquiridos de pequenos agricultores.