quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A SECA NO BRASIL- CALOR DE VERÃO EM PLENA PRIMAVERA - O AQUECIMENTO GLOBAL E PROTAGONISMO DA SOCIEDADE CIVIL

Ponte sobre Rio São Francisco em Pirapora - Foto: divulgação

   Com o agravamento da seca que toma conta de boa parte do Brasil, pela primeira vez, a nascente do Rio São Francisco em MG secou, segundo pessoas que trabalham no Parque Nacional da Serra da Canastra.
   A nascente está localizada a 1.200 metros de altitude, neste Parque Nacional cuja área total é 200 mil hectares.  Especialistas dizem que este acontecimento não afetará todo o Rio São Francisco pela sua grande extensão. Contudo,  a simbologia deste fato retrata  um sinal crítico e alerta sobre as mudanças climáticas, e ou aquecimento global.  O clima no Brasil e no mundo está sofrendo bruscas transformações que atinge diretamente todos os seres humanos e principalmente os mais pobres.  É preciso que  passemos a uma atitude de defesa. Precisamos nos unir para nos defender de tantos problemas quase que simultâneos.  Problemas como a seca no nordeste, a seca em regiões como do Rio São Francisco, na represa de Furnas em Três Marias, no nordeste brasileiro, no sistema Cantareira em SP são emblemáticos e exigem que políticas públicas, ações e projetos da sociedade civil sejam implantados de forma imediata.
   O aquecimento global altera toda a biodiversidade, a infra-estrutura e abastecimento nas cidades, sem contar a proliferação de vetores que causam doenças decorrentes do clima que se modifica constantemente.
   Todos  nós temos que tomar consciência de como faremos para sobreviver diante um quadro agravante como este: o modo de produção da sociedade agindo contra o próprio ser humano e todo o meio ambiente. O Princípio da Precaução, termo utilizado na área de Direito Ambiental, com o qual o Jornal O Ecoambiental vem trabalhando deste sua fundação, significa incluir os seres humanos e a sociedade civil como protagonistas para a busca de solução dos conflitos socioambientais.
   Em um momento crucial da vida política do País, as eleições 2014, praticamente este debate sobre a sustentabilidade está ausente do discurso dos candidatos. Seria um importante momento para se levar a sociedade civil informações sobre a gravidade das conseqüências das mudanças climáticas e do aquecimento global e como vencer estes problemas.
   A falta de água não é um fato isolado do sudeste e nordeste brasileiro, mesmo Minas Gerais  sendo considerada a “caixa d’água” do Brasil. Enfrentar o problema do aquecimento global causado pela ação humana, pelo modo de produção das sociedades atuais é questionar principalmente o consumo sem limites, a anarquia da produção de forma predatória. Mesmo as informações que poderiam defender os seres humanos, pois consideramos que a informação socioambiental que defende o meio ambiente, salva vidas; estas informações não chegam à população como deveriam. Por vários motivos; um deles é de que se a grande imprensa  questionar a anarquia do consumo insustentável, será pressionada pelos seus patrocinadores que deixariam de investir vultosos recursos publicitários na mídia tradicional.
   O pensamento de curto prazo, do lucro imediato e a qualquer preço, só empurra a economia para este caminho insustentável para a sobrevivência da maioria dos seres humanos.
   Acreditamos que o momento é de união das pessoas que se preocupam com as presentes e futuras gerações em conquistarem qualidade de vida de fato, que queiram se defender destes problemas e conflitos socioambientais que atingem em grandes proporções toda a coletividade.

   Acreditamos que o segmento fundamental para agir, propor soluções e implementar ações na defesa dos seres humanos e de todo meio ambiente é a sociedade civil. Que possamos nos unir cada dia mais para vencermos os desafios que os problemas socioambientais vêm colocando para todos nós no Brasil e no mundo.

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