Ponte sobre Rio São Francisco em Pirapora - Foto: divulgação |
Com o agravamento da seca que
toma conta de boa parte do Brasil, pela primeira vez, a nascente do Rio São
Francisco em MG secou, segundo pessoas que trabalham no Parque Nacional da
Serra da Canastra.
A nascente está localizada a 1.200 metros de
altitude, neste Parque Nacional cuja área total é 200 mil hectares. Especialistas dizem que este acontecimento
não afetará todo o Rio São Francisco pela sua grande extensão. Contudo, a simbologia deste fato retrata um sinal crítico e alerta sobre as mudanças
climáticas, e ou aquecimento global. O
clima no Brasil e no mundo está sofrendo bruscas transformações que atinge
diretamente todos os seres humanos e principalmente os mais pobres. É preciso que
passemos a uma atitude de defesa. Precisamos nos unir para nos defender
de tantos problemas quase que simultâneos. Problemas como a seca no nordeste, a seca em
regiões como do Rio São Francisco, na represa de Furnas em Três Marias, no
nordeste brasileiro, no sistema Cantareira em SP são emblemáticos e exigem que políticas públicas, ações e projetos da sociedade civil sejam implantados de forma imediata.
O aquecimento global altera
toda a biodiversidade, a infra-estrutura e abastecimento nas cidades, sem
contar a proliferação de vetores que causam doenças decorrentes do clima que se
modifica constantemente.
Todos nós temos que tomar consciência de como
faremos para sobreviver diante um quadro agravante como este: o modo de produção da sociedade agindo contra o próprio ser humano e todo o meio ambiente. O Princípio da
Precaução, termo utilizado na área de Direito Ambiental, com o qual o Jornal O
Ecoambiental vem trabalhando deste sua fundação, significa incluir os seres
humanos e a sociedade civil como protagonistas para a busca de solução dos conflitos
socioambientais.
Em um momento crucial da vida política do
País, as eleições 2014, praticamente este debate sobre a sustentabilidade está
ausente do discurso dos candidatos. Seria um importante momento para se levar a
sociedade civil informações sobre a gravidade das conseqüências das mudanças
climáticas e do aquecimento global e como vencer estes problemas.
A falta de água não é um fato isolado do
sudeste e nordeste brasileiro, mesmo Minas Gerais sendo considerada a “caixa d’água”
do Brasil. Enfrentar o problema do aquecimento global causado pela ação humana,
pelo modo de produção das sociedades atuais é questionar principalmente o
consumo sem limites, a anarquia da produção de forma predatória. Mesmo as
informações que poderiam defender os seres humanos, pois consideramos que a
informação socioambiental que defende o meio ambiente, salva vidas; estas
informações não chegam à população como deveriam. Por vários motivos; um deles
é de que se a grande imprensa questionar a anarquia do consumo insustentável, será pressionada pelos seus patrocinadores que deixariam de investir vultosos
recursos publicitários na mídia tradicional.
O pensamento de curto prazo, do lucro
imediato e a qualquer preço, só empurra a economia para este caminho
insustentável para a sobrevivência da maioria dos seres humanos.
Acreditamos que o momento é de união das
pessoas que se preocupam com as presentes e futuras gerações em conquistarem
qualidade de vida de fato, que queiram se defender destes problemas e conflitos
socioambientais que atingem em grandes proporções toda a coletividade.
Acreditamos que o segmento fundamental para
agir, propor soluções e implementar ações na defesa dos seres humanos e de todo
meio ambiente é a sociedade civil. Que possamos nos unir cada dia mais para
vencermos os desafios que os problemas socioambientais vêm colocando para todos
nós no Brasil e no mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário