quinta-feira, 25 de agosto de 2016
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
O SUCESSO DA 10ª AGRIMINAS - FEIRA DA AGRICULTURA FAMILIAR DE MINAS GERAIS
Um acontecimento marcante na
economia mineira e brasileira, a realização da 10ª Agriminas Feira da Agricultura
Familiar de Minas Gerais - de 10 a 14 de
agosto, na Serraria Souza Pinto em
BH-MG, reuniu produtores da agricultura
familiar, da agroecologia, produtores de alimentos sem agrotóxicos e
artesanato, além de estandes sobre energia
solar, adubos orgânicos, que foi uma das atrações do evento. De acordo com os organizadores o público estimado
foi superior a sessenta mil pessoas.
O Jornal O Ecoambiental
esteve presente na 10ª Agriminas e constatamos a importância para a população
mineira e brasileira de se valorizar a
agricultura familiar e a agroecologia.
Uma grande variedade de alimentos, produtos do interior de Minas e do
Rio Grande do Sul. Constatamos a
presença de tecnologias limpas, produção de alimentos sem agrotóxicos,
sementes crioulas, adubos orgânicos, café orgânico, doces, queijos, iorgutes, farinhas, cachaças, caldo de cana, água de coco, produtores de mel
e seus derivados,, dentre muitos outros
produtos. O evento contou com uma
programação cultural de muito boa qualidade da música do sertão de Minas.
Estiveram presentes cooperativas, sindicatos rurais de praticamente todas as regiões do estado de
MG. Um acontecimento singular para a cultura de Belo Horizonte e MG que a cada
ano vai conquistando maior público e participação popular. Parabenizamos a Fetaemg, a seus funcionários
e organizadores pela excelente feira e sucesso da 10ª Agriminas.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
CINE CLUBE - CINE HUMBERTO MAURO
Cineclube
Francófono - Cine Humberto Mauro
O Fundo do Ar é Vermelho, Chris Marker
O Fundo do Ar é Vermelho, Chris Marker
O cineclube francófono mensal
no cinema Humberto Mauro, cada último sábado do mês às 14 horas,
continua! Essa parceria entre a Fundação Clóvis Salgado,
a Cinemateca da Embaixada da França no
Brasil e a Aliança Francesa BH, apresenta no mês de agosto o filme Le fond de
l’air est rouge (França, 1977), um documentário histórico de Chris Marker. Com Laurence Cuvillier,
Davos Hanich, François Maspero. Documentário. 180’.
Não perca, no Cinema Humberto Mauro, dia 27 de agosto às 14h !
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
SINFÕNICA E LÍRICO AO MEIO DIA - PALÁCIO DAS ARTES BH
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais - Foto: divulgação
SOBRE O PROGRAMA APRESENTADO
O Jornal O
Ecoambiental esteve presente no Palácio das Artes em BH na apresentação da
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais no projeto: “Sinfônica
e Lírico ao Meio Dia”. Sob a regência do
maestro Sérgio Gomes a programação incluiu composições de Franz Schubert e
Felix Mendelssohn. Uma excelente opção
de lazer para os apreciadores da boa
música clássica no intervalo do almoço para a população de BH. A orquestra convida algumas pessoas a
assistirem do palco, em assentos especiais entre os músicos, as apresentações através de sorteios, o que acontece também
com alguns ingressos para as noites de
concerto no grande teatro. Este projeto
acontece às terças feiras de quinze em quinze dias. A programação pode ser
conferida pelo site: http://fcs.mg.gov.br/programacao/
SOBRE O PROGRAMA APRESENTADO
A
composição de Schubert foi escrita para a ópera A Harpa Mágica e
a abertura, conhecida como Abertura Rosamunde, ficou mais
famosa que a própria peça. Na forma de uma sonata modificada, esta abertura tem
uma introdução Andante, seguida por um Vivace no estilo popular.
A Sinfonia nº. 2 em Si Bemol Maior, conhecida como Lobgesang,
em português Canto de louvor, é uma sinfonia coral de Felix
Mendelssohn para solistas, coro e orquestra. Foi composta como penúltima das
cinco sinfonias de Mendelssohn Bartholdy.
PROGRAMA
-Abertura Rosamunde,
de Franz Schubert
-Sinfonia Nº 2, em Si Bemol Maior para coral e
orquestra, “Lobgesang”, de Felix Mendelssohn
1. Sinfonia.
Maestoso con moto – Allegro – Maestoso con moto
Allegretto un poco agitato
Adagio religioso
2. Allegro moderato
maestoso – Animato – Allegro di molto – Molto più moderato ma con fuoco. Alles was Odem hat lobe den Herrn
3. Recitativ – Allegro moderato. Saget es, die ihr
erlöst seid durch den Herrn
4. A tempo moderato. Sagt es, die ihr erlöst seid
vor dem Herrn
5. Andante. Ich harrete des Herrn
6. Allegro un poco agitato – Allegro assai agitato. Strick
des Todes hatten uns umfangen
7. Allegro maestoso e
molto vivace. Die Nacht ist
vergangen
8. Andante con moto – Un poco più animato. Nun
danket alle Gott
9. Andante sostenuto
assai. Drum sing’ ich mit meinem Liede
10. Schlußchor. Allegro non troppo – Più vivace – Maestoso come I. Ihr
Völker! bringet her dem Herrn Ehre und Macht
ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS
Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de
Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é
considerada uma das mais ativas orquestras do país. Em 2013, foi declarada
Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais pela lei 20.628. Em
permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora
da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e
apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Executa
repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao
contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série
Sinfônica Pop. Em 2016, o belo-horizontino Silvio Viegas assumiu como regente
titular do Corpo Artístico. Antes dele, foram responsáveis pela regência:
Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar,
Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles
Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.
Vale a pena conferir a entrada é gratuita.
terça-feira, 2 de agosto de 2016
O TRABALHO DO JORNAL O ECOAMBIENTAL
O trabalho do Jornal O Ecoambiental está
fundamentado no Artigo 225 da Constituição brasileira, na Agenda 21, na
Economia Solidária, no princípio da precaução da sociologia e do direito
ambiental, na construção da sustentabilidade. Teve início na prática de sociologia da UFMG,
através de uma aula prática que abordou temas de sociologia e meio ambiente.
Esta atividade deu origem ao curso O Cidadão e o Meio Ambiente, ministrado em
escolas, universidades, empresas e instituições públicas e privadas. Estas aulas possibilitaram nossa participação
em seminários, congressos, conferências nas áreas de sociologia, educação, meio
ambiente, cultura e comunicação.
O trabalho do jornal O
Ecoambiental é estender os temas de sala de aula e dos eventos socioambientais
a população visando a conquista de um meio ambiente saudável para todos.
Por este motivo, editamos
jornais não periódicos, atemporais (1), jornais/revistas, ou jornal/livro, que
possui uma abordagem socioambiental. São temas de educação socioambiental como: a valorização dos seres humanos, não poluição dos cursos d’água, o plantio e
cuidado das florestas, tanto na Amazônia como nos diversos biomas, na
valorização das áreas verdes nos espaços urbanos, o plantio de alimentos
saudáveis, sem agrotóxicos, a conscientização da população sobre os efeitos das
mudanças climáticas, a não poluição do meio ambiente seja da terra, do ar, das
águas, a comunicação socioambiental e a construção da sustentabilidade.
Acreditamos na união de nossa
espécie humana para que possamos habitar o Planeta Terra sem destruí-lo,
valorizando os seres humanos e o meio ambiente. Agradecemos aos nossos leitores
o apoio recebido e contamos com nossa união e com atitudes que contribuam para
que nossas comunidades conquistem melhor qualidade de vida e meio ambiente
saudável para todos.
(1) O
que é Atemporal –
1 Que não é afetado pelo tempo ou que o transcende.(Fonte:
Dicionário Aurélio)
(2)
Atemporal é um adjetivo usado para
qualificar algo ou alguém que não é afetado pelo passar do tempo, ou seja, que
faz parte de qualquer época ou tempo. Um dos sinônimos de atemporal é
intemporal.
Com relação à etimologia, a palavra atemporal é formada pelo prefixo a,
que significa "sem" e o termo em latim temporalis que significa algo
"referente ao tempo". ( Fonte: http://www.significados.com.br/atemporal/)
(3)
O que
transita no tempo sem necessariamente pertencer ao passado, futuro ou presente.(Fonte:
http://www.dicionarioinformal.com.br/atemporal/)
terça-feira, 19 de julho de 2016
PAMPULHA - PATRIMÕNIO CULTURAL DA HUMANIDADE
Lagoa da Pampulha BH - Igreja de São Francisco - Foto: divulgação |
O Brasil conquistou mais um patrimônio cultural da
humanidade pela Unesco: o Conjunto Arquitetônico da Pampulha.
Depois de
muita mobilização da sociedade civil de BH e dos movimentos ambientalistas para
recuperação ambiental da Pampulha, em 2013 a Prefeitura manifestou o interesse pela candidatura do Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Título que foi concedido
ontem, dia 17 de julho de 2016, em
Istambul, Turquia em uma reunião dos membros da Unesco.
A manutenção
da despoluição da Lagoa da Pampulha está ligada a uma melhor gestão
socioambiental da região e das cidades próximas que despejam resíduos na Lagoa.
Ou seja, para a Pampulha ser
revitalizada o meio ambiente de BH e da Região Metropolitana de BH necessita de
uma melhor gestão e monitoramento ambiental.
Esperamos
que BH adquira também uma melhor consciência ambiental e não promova o
desmatamento urbano que temos assistido nas últimas décadas, como acontece com
a Mata do Planalto, região próxima ao Conjunto Arquitetônico da Pampulha, uma
das poucas regiões remanescentes da Mata Atlântica. Bem como outras regiões da
cidade como na Av. Bernardo Monteiro, onde os Ficus, árvores centenárias de BH
estão sofrendo sem uma atitude de revitalização e replante de novos Ficus. Ou
mesmo a destruição da Serra do Curral como tem acontecido por causa da
mineração predatória. Temos muitos desafios socioambientais a vencer na cidade.
Além do
Complexo Arquitetônico da Pampulha tombado como Patrimônio Cultural da
Humanidade pela Unesco, temos regiões como: Ouro Preto,as Reservas da Amazônia,
o Centro Histórico de Salvador, O Parque
Nacional do Iguaçu, O Plano Piloto de Brasília.
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi projetado por Oscar Niemeyer, na gestão do Prefeito Juscelino Kubitschek. Faz parte do projeto do conjunto de edifícios em torno do lago artificial da Pampulha: um cassino, uma igreja, uma casa de baile, um clube e um hotel. Inaugurado em 16 de maio de 1943, com exceção do hotel. O cassino foi transformado em museu.
Arquitetura e meio ambiente buscam se harmonizar na região da Pampulha, desde a sua inauguração. Com o crescimento urbano de Belo Horizonte temos mais um motivo para a região ser despoluída a região, preservada e presenteada ao lazer da população.
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha foi projetado por Oscar Niemeyer, na gestão do Prefeito Juscelino Kubitschek. Faz parte do projeto do conjunto de edifícios em torno do lago artificial da Pampulha: um cassino, uma igreja, uma casa de baile, um clube e um hotel. Inaugurado em 16 de maio de 1943, com exceção do hotel. O cassino foi transformado em museu.
Arquitetura e meio ambiente buscam se harmonizar na região da Pampulha, desde a sua inauguração. Com o crescimento urbano de Belo Horizonte temos mais um motivo para a região ser despoluída a região, preservada e presenteada ao lazer da população.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E AS MAIORIAS
EDITORIAL
Os conflitos
socioambientais e as maiorias
A sociologia que foi constituída como
ciência após duas grandes revoluções no século XVIII e XIX a revolução francesa
(1789) e a revolução industrial na Inglaterra multiplicaram na história das
sociedades, suas abordagens sobre a produção de conhecimentos das relações
humanas e sociais. Na medida em que as ações humanas estão interferindo de
forma agravante sobre as condições do meio ambiente (socioambientais), podemos
afirmar que um vasto campo de análise, pesquisa e produção de conhecimentos
hoje das ciências sociais é sua inserção nos conflitos socioambientais do
século XXI. Levando-se em conta que há um grande acúmulo de produção de
conhecimentos sobre a existência humana e a forma como nos organizamos em
grupos, comunidades, sociedades, a sociologia e sua abordagem socioambiental
têm um papel importante a cumprir visando contribuir na melhoria da qualidade
de vida e meio ambiente.
Os
pioneiros da sociologia procuravam compreender de maneira científica as
transformações que ocorriam na sociedade com o advento do mundo capitalista. As
transformações que ocorriam nas relações de trabalho, propriedade e produção.
Tendo o francês Augusto Comte (1798-1857) utilizado a expressão “física social”
e pela primeira vez a palavra “sociologia”, esta ciência tem desde então, uma
gama muito vasta de teóricos, pensadores e intelectuais engajados em compreender
como as ações humanas estão interagindo com as estruturas sociais e os modos de
produção da sociedade. Estas teorias
formam uma diversidade de abordagens e refletem os conflitos existentes nas
relações socioambientais de produção. O sociólogo Antony Guiddens (1938-)
afirmou que questões que estes precursores procuravam responder ainda perduram
nos dias atuais, como: “o que é a natureza humana? Por que a
sociedade é estruturada na forma que é? Como e porque as sociedades mudam?” (Guiddens
A. - O que é sociologia –pág.28) . Para Guiddens a sociologia fornece uma
compreensão das diferenças culturais; as pesquisas científicas das ciências
sociais ajudam a avaliar a implantação de políticas públicas; auxiliam os seres
humanos em um aspecto importante que é um autoconhecimento sobre a humanidade e
a sociedade.
Vivemos hoje no século XXI o ápice das
conseqüências e conflitos que o modo de produção resultante da revolução
industrial está causando na relação ser humano e meio ambiente. A apropriação
desigual de muitas das tecnologias desenvolvidas pela humanidade está trazendo
graves problemas socioambientais e necessitam ser reavaliadas sob um ponto de
vista da ética ambiental. Produzir novas tecnologias e saberes sempre foi uma
aspiração da humanidade. A grande questão no século XXI é produzir novas
tecnologias e saberes de forma sustentável. O século XXI é o século da transformação das
sociedades de insustentáveis a sustentáveis. Economias do mundo como a Européia
e das Américas estão se apropriando de canais políticos e tecnológicos para promoverem “ajustes” na economia
que são questionáveis. Vários autores
das ciências sociais debatem novos caminhos sustentáveis em contraposição a
reformas ainda balizadas em referências econômicas, políticas e socioambientais
do século passado. Falar em “ajustes’
numa linguagem cartesiana, dentro dos moldes de uma racionalidade econômica que
desprezam as maiorias é aprofundar crises socioambientais em todo o mundo. A
temática socioambiental das maiorias é buscar sociedades onde a miséria, a fome,
os problemas étnicos, a degradação humana e socioambiental seja vencida.
Guiddens citou em seus estudos o sociólogo
Wrigth Mills (1916-1962) como um exemplo de que o ser humano pode vir a
desenvolver, segundo Mills, a “imaginação sociológica” (1959). Hoje com o
advento da construção de sociedades sustentáveis, poderíamos argumentar que a
sociedade está desenvolvendo um autoconhecimento socioambiental. Uma forma de
compreendermos como as ações humanas estão repercutindo no meio ambiente. Estas ações dividem hoje no
século XXI as sociedades, numa abordagem estruturante em minorias e maiorias
socioambientais. Uma vez que a hegemonia da propriedade dos meios de produção e
tecnologias é controlada pelas minorias
super consumistas, as maiorias que sequer possuem o consumo mínimo necessário a
uma vida digna, possuem um papel
protagonista na busca de soluções dos conflitos causados pelas desigualdades
econômicas, políticas, sociais, culturais, étnicas, éticas ou socioambientais. Dentro desta perspectiva, podemos citar
Giddens e sua abordagem sobre a ação humana e as estruturas: “Embora sejamos influenciados pelos
contextos sociais em que nos encontramos, nenhum de nós está simplesmente
determinado em nosso comportamento por aqueles contextos. Possuímos e criamos
nossa própria individualidade. É trabalho da sociologia investigar as conexões
entre o que a sociedade faz de nós e o que fazemos de nós mesmos. Nossas
atividades tanto estruturam - modelam – o mundo social ao nosso redor como, ao
mesmo tempo, são estruturadas por este mundo social.” (Guiddens A. – O que é
sociologia pág. 26). Nesta visão de Guiddens as sociedades humanas estão
sempre em processo de estruturação.
O saber ambiental ou socioambiental que
possui uma formulação histórica está de fato sendo compreendido nas sociedades
do século XXI. Como afirma Enrique Leff (2001): “A sociologia ambiental do conhecimento estuda, pois a transformação
das ciências ao serem problematizadas pelo saber ambiental, mas inclui também
toda uma gama de saberes práticos, sintonizados com os princípios e objetivos,
com os valores e os meios instrumentais da racionalidade ambiental” (Leff,
E. – “Saber Ambiental” – págs. 157-158).
A compreensão deste saber é tão
ou mais importante para os seres humanos do que foi a busca da compreensão do
advento das transformações estruturais da sociedade industrial.
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