terça-feira, 7 de janeiro de 2014

AQUECIMENTO GLOBAL: INDICADORES NOS EXTREMOS DE CLIMA NO MUNDO


  A onda de frio que toma conta do Canadá e EUA está relacionada, segundo especialistas em clima, com um potente vento  circular chamado “vórtice polar”  que costuma ficar confinado no topo do mundo no Ártico.  Este “vórtice” quando perde força, se dirige para o sul, trazendo neve e muito frio para latitudes intermediárias. Especialistas ainda afirmam que estas alterações climáticas são intensificadas por mudanças em um vento de altitude elevada chamado corrente de jato.  Dim Coumou, cientista sênior,  do Instituto Potsdam sobre o Impacto Climático (PIK), afirmou que o aquecimento global pode ser a causa deste evento incomum. Os invernos mais rigorosos podem ser verificados também na Europa, além do Canadá e EUA, aonde já se considera ser esta a maior nevasca dos últimos 20 anos.
   As nevascas afetam a vida das pessoas drasticamente, tanto na área da saúde humana, o frio intenso provoca queimaduras ou úlceras, mesmo com o uso de roupas protetoras; a exposição a temperaturas extremadamente frias pode ser causa de hipotermia ou congelamento, lesão que pode provocar necrose na pele, advertiram os serviços do governo norte americano. Em caso de exposição prolongada ao frio podem ser fatais.
"A pele pode congelar em apenas cinco minutos com sensações térmicas de -45°C", assinalaram os serviços meteorológicos de Minneapolis e Saint Paul, em Minnesota.  Com relação a infra estrutura urbana: no transporte, as pessoas se locomovem com dificuldade, estradas e ruas são bloqueadas pela neve, os vôos aéreos são cancelados, o consumo de energia é maior para aquecer a população, escolas são fechadas e vários serviços públicos não funcionam adequadamente.
    Para se ter uma noção do frio nos EUA a CNN, rede de tv norte americana, publicou uma foto enviada por um telespectador onde ele havia jogado um copo de água fervente no ar e a água virou gelo quase que instantaneamente.Várias regiões dos EUA decretaram estado de emergência . Alguns locais na região nordeste do país tiveram até 60 centímetros de neve. 
   No norte e no centro dos EUA, a sensação térmica esteve próxima de -51ºC. O estado americano de Montana chegou a registrar, na cidade de Comertown, -53ºC, informou a agência France Presse.
 Estima-se que a tempestade chamada Hércules, que provocou as nevascas em várias regiões dos EUA afetou mais de 187 milhões de pessoas e os prejuízos causados sejam superiores a US$ 5 bilhões (cerca de R$11,8 bilhões). 

OS EXTREMOS CLIMÁTICOS: NOS EUA E CANADA - 40º , NO BRASIL + 40º


Foto: Brasil
Foto: EUA

               









                                                          



   Contrastando com os países do norte, a Argentina e o Brasil, estão vivendo neste início de 2014,  dias de intenso calor. Marcelo Celutti, chefe da divisão de operações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência e da Tecnologia, relaciona estes extremos de temperaturas no mundo ao aquecimento global.  “Existe uma maior frequência desses fenômenos extremos, inclusive agora nós temos simultaneamente vários deles ocorrendo", argumenta.As temperaturas que existem no Polo Norte estão sendo transportadas praticamente sem modificação para a região Central dos Estados Unidos", compara o especialista. 

 No Brasil a temperatura média em janeiro de 2014, está com cinco graus a mais em relação aos últimos anos. Uma questão importante é o tempo de reação que o mundo terá para deter alterações climáticas que colocam seres humanos em vulnerabilidade de forma crescente. O modo de produção de sociedades insustentáveis, aquecem o planeta e agem de forma predatória com relação ao meio ambiente. Aqueles que questionam o aquecimento global fazem parte da diversidade de opiniões da ciência que não é neutra. Aos que dizem que as ações humanas não interferem no clima, basta avaliarem regiões como a grande São Paulo ou as cidades chinesas com os altos índices de poluição atmosférica. 
 As mudanças climáticas têm consequências que estão sendo sentidas por cada um de nós em todo o mundo. Ainda é possível agirmos construindo sociedades de fato sustentáveis. É preciso democratizar as informações de como podemos nos unir e vencer os conflitos e problemas socioambientais. Um meio ambiente mais saudável e com qualidade de vida para todos é o que queremos. 

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