Aconteceu ontem em BH uma grande festa italiana, segundo foi divulgado em alto falantes pelos organizadores "a maior festa italiana da América Latina". O evento, antecipado em um dia, comemora o Dia da República da Itália que é hoje - dia 2 de junho. A Itália se tornou uma República, após um referendo realizado em 2 de junho de 1946. A proposta da festa é unir italianos, ítalos-descendentes e brasileiros numa grande confraternização e apresentar um pouco das tradições, hábitos e belezas da Itália como música, dança e gastronomia. ótima oportunidade para os imigrantes reverem os amigos.
Festa italiana em BH - Foto: Jornal O Ecoambiental |
O Jornal O Ecoambiental esteve nesta festa, onde presenciamos de fato este espírito de confraternização. As pessoas caminhavam pela Av. Getúlio Vargas no espaço reservado ao evento, ouvindo músicas tradicionais italianas e shows em um palanque armado na avenida. Mesas e cadeiras acolhiam brasileiros, ítalianos, ítalo-brasileiros e visitantes. Algumas famílias tradicionais italianas eram percebidas porque trajavam camisetas onde estava escrito o nome das famílias em um ambiente feliz e de descontração. O ingresso para a festa foi de um quilo de alimento não perecivil. Barracas com vinhos e uma gastronomia aromática e saborosa agradaram os visitantes além da presença de instituições e ONGs, como a Slow Food, que atua na área de alimentação e meio ambiente. Sem dúvida foi uma boa opção de lazer neste fim de semana em BH.
O Jornal O Ecoambiental, acredita que o respeito as várias etnias (1), diferenças e identidades culturais de todos os povos são fundamentais e fazem bem a sociedade e ao meio ambiente. Buscarmos uma convivência fraterna entre todas as etnias e culturas faz parte da construção da sustentabilidade. Não deveria haver discriminações étnicas e preconceitos por um ser humano pertencer a etnias e crenças de origem Eurocêntrica, Africana, da Oceania, Norte Americana, Asiática; por pertencer a culturas e etnias dos povos indígenas, aborígenes, de populações tradicionais, quilombolas. Por que os seres humanos discriminam seres humanos pela cor da pele, ou por possuírem etnias diversas ainda é um desafio e um grande problema socioambiental, que as ciências humanas e saberes podem nos ajudar a vencer. Este é um entrave socioambiental que tem impossibilitado os seres humanos de evoluírem como espécie e muitas regiões do mundo ainda sofrem sem acesso a condições de vida digna, trabalho, alimentação, saúde, moradia. Melhorarmos a convivência humana e respeitar-se as diversas etnias e culturas é condição fundamental para que o mundo conquiste um meio ambiente mais sadio e de melhor qualidade de vida para todos os seres humanos. A construção de sociedades mais justas, sem discriminações, racismo, intolerâncias, são fundamentais para que a "raça humana" possa evoluir respeitando-se o meio ambiente.
Um pouco da antropologia italiana
"A população da Itália remonta aos tempos pré-históricos, época da qual foram encontrados importantes vestígios arqueológicos.
Civilizações importantes que desapareceram desde vários mil anos nasceram na Itália como a civilização de Nurago. Durante a Idade do Ferro existiram várias culturas que podem ser diferenciadas em três grandes núcleos geográficos, a do Lácio Antigo, a da Magna Grécia e a de Etrúria. Uma destas culturas, os lígures, foram um enigmático povo que habitava o norte de Itália, Suíça o sul de França.
Entre os diversos povos da Antiguidade destacam-se os lígures, os vênetos e os celtas no norte, os latinos e os etruscos samnitas no centro, enquanto no sul prosperaram colônias gregas (Magna Grécia), e na Sardenha desde o segundo milênio a.C. floresceu a antiga civilização dos sardos.
Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a etrusca (a partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua civilização, na qual muitas tradições importantes de origem Mediterrânea e Eurasiática encontraram a mais original e duradoura síntese política, econômica e cultural. Nascida na península Itálica, desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e culturas, a civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos etruscos e de outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental (Palestina - o berço do cristianismo - Síria, Fenícia e Egito). Graças ao seu império, Roma difundiu a cultura heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África que foram os limites de sua civilização.
Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em vários estados, alguns independentes, alguns parte de estados maiores (inclusive fora da península Itálica). O mais duradouro entre eles foram os Estados Pontifícios, que resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído como o Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador romano do Ocidente, seguiu-se a o domínio dos hérulos e, em seguida, dos ostrogodos. A reanexação da Itália ao Império Romano do Oriente realizado por Justiniano I, em virtude das Guerras Góticas, na metade do século VI d.C., foi curta, uma vez que, já entre 568 e 570, os lombardos, povos germânicos provenientes da Hungria, ocuparam parte do país, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a garantia da prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos.
Depois a área sob domínio romano-bizantino foi sujeita a fragmentações territoriais, mas conseguiu resistir até o final do século XI, enquanto os lombardos tiveram que se submeter aos francos comandados por Carlos Magno a partir da segunda metade do século VIII. No ano 800, a Itália central tornou-se parte do Sacro Império Romano-Germânico, embora pouco depois a Sicília tenha passado ao domínio árabe. O desenvolvimento de cidades-Estado (a partir do século XI) deu novo impulso à vida econômica e cultural do norte e centro da Itália, enquanto no Sul, com a invasão normanda, formou o Reino da Sicília um dos mais modernos, tolerantes e mais bem administrados da Europa naquela época. Dos municípios formaram-se as repúblicas marítimas e mais tarde, as signorias." ( Fonte: Wikipédia)
(1) Etnia significa povo e é um termo de origem grega. Etnia é utilizado para denominar um determinado grupo de indivíduos que possuam afinidades de idioma e cultura, independente do país em que estejam. Um grupo étnico, sinônimo de etnia, consiste em um grupo de indivíduos que partilham as mesmas tradições, costumes, língua, ou seja, a mesma cultura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário