ILHAS NO PACÍFICO PODEM SUMIR EM 50 ANOS POR CAUSA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Há
quem diga que o aquecimento global não existe, ou que as mudanças climáticas
que temos visto ultimamente não são grande coisa, mas alguns países localizados
nas ilhas do Pacífico Sul têm diversos motivos para discordar. As nações de
Fiji, Tuvalu, Quiribati, Vanuatu, Ilhas Marshall e diversas outras podem
desaparecer completamente do mapa daqui a cerca de 50 anos, por causa da
elevação do nível do mar e de outros fenômenos climáticos.
Nos últimos anos, ciclones, enchentes, secas e outros
desastres naturais têm se tornado cada vez mais comuns nessa região da Oceania,
que possui diversas outras nações espalhadas por inúmeras ilhas e arquipélagos.
Se as águas continuarem a subir, todos esses territórios estarão completamente
submersos em pouco tempo, de acordo com um relatório das Nações Unidas
divulgado em dezembro de 2015 durante a COP21, conferência sobre o clima
realizada em Paris.
Segundo Christopher deBrum, chefe de gabinete do presidente das Ilhas
Marshall, tão logo esses territórios se recuperam de um evento climático
extremo, já são atingidos por outro. Em março do ano passado, um ciclone deixou
mais de 3,3 mil pessoas desabrigadas em Port Vila, na ilha Vanuatu. Secas e
enchentes já fizeram com que várias comunidades precisassem se mudar para
diferentes regiões das ilhas, e plantações inteiras foram devastadas, causando
muitas mortes devido à escassez de alimentos.
Em Fiji, no entanto, a situação atual do país também está
complicada, já que casas na região costeira são constantemente inundadas pelas
altas marés. A água salgada tem destruído diversas plantações de cana – uma das
principais atividades econômicas do pequeno país –, além de transmitir doenças,
afetando praticamente todos os níveis da sociedade, de acordo com um médico do
Ministério da Saúde de Fiji.
O turismo, outra importante fonte de renda para o país,
também vem sendo prejudicado por conta do aumento do nível do mar. Resorts têm
investido em projetos para a elevação das praias onde estão localizados, ou
correm o risco de serem totalmente engolidos pelas águas. Uma vila inteira em
Fiji já precisou ser completamente realocada para uma das áreas mais altas da
ilha montanhosa, e os moradores precisaram se mudar para cerca de 3 quilômetros
de onde suas casas costumavam ficar.
Segundo o relatório apresentado pelas Nações Unidas durante a COP21, a
intensidade e a frequência desses fenômenos climáticos catastróficos naquela
região tendem somente a piorar nos próximos anos. (Fonte: Elias Nascimento)
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