EDITORIAL
Pelo respeito à diversidade étnica
O dia 19 de
novembro de 2020 está marcado como o dia do “apagão” da dignidade
humana. As cenas da violência étnica que familiares e o mundo
tomaram conhecimento e vêm assistindo cada vez que as imagens degradantes dos
conflitos que causaram a morte de João Alberto Silveira Freitas são
reproduzidas pelos meios de comunicação, redes sociais, causam indignação,
repugnância no Brasil e em todo o mundo. Um Brasil e um mundo que já
sofrem com as restrições de convivência causados pela pandemia da
Covid-19 e tem crianças e adolescentes, em sua maioria, fora das escolas. Para quem
defende a “educação remota” como solução para educar os seres humanos, imagens
de tamanha violência exemplificam como os seres humanos precisam curar as
feridas da degradação e conflitos étnicos que neste início de século XXI
parecem se multiplicar. Que futuro estamos construindo para a humanidade onde
crianças e jovens sofrem com a degradação humana exposta nas redes sociais e
nos meios de comunicação com a violência do racismo?
O legado educacional
que o mundo tem a transmitir à juventude não pode ser este de degradação da
condição humana. A Agenda 2030 da ONU e os objetivos do desenvolvimento sustentável precisam prevalecer diante a violência da intolerância étnica. O racismo infelizmente é uma criação humana.
Qualquer pessoa que por ignorância de informação ou por interesses diversos não
admita que o racismo é um problema socioambiental dos mais graves e cruéis que
a humanidade tem a vencer pode ter como um dos motivos desta recusa em
admiti-lo, tentar “esquecer” ou “apagar” de sua memória, de sua própria
existência pessoal ou familiar o sofrimento e a degradação que o racismo
provoca nas pessoas. Uma sociedade sustentável só pode ser construída
na medida em que procura vencer toda forma de violência e degradação étnica.
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