INFORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL CONSTRUINDO A SUSTENTABILIDADE -
PRESENTE NA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - RIO + 20 - Reg.:18820762
13ª Edição -"Tempo Espiralar e a Cidade em Movimento” "Abrindo caminhos do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte (FAN BH) 30 anos, o Rotas, que vai desta segunda (17) à sexta-feira (21), será uma ocupação reflexiva da Funarte MG como território de encontro entre artistas, mestres, pensadores e coletivos. A cerimônia inicial será às 19h de segunda no Teatro Francisco Nunes, conduzida por lideranças religiosas de diferentes matrizes, seguido por um encontro com a escritora, pesquisadora e dramaturga Leda Maria Martins para reflexões sobre arte, oralitura, performance e tempo espiralar, conceito que inspira a edição de 30 anos. Na sequência terá o show da banda mineira Congadar e a cantora Teresa Cristina em um encontro de tambores, vozes e teatralidade para afirmar a potência das tradições negras e sua presença nos palcos contemporâneos. Todas as atividades do FAN BH são gratuitas e os ingressos podem ser retirados neste link.
O FAN BH é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Periférico. A programação na Funarte, a partir de terça-feira (18), terá várias atrações, como lançamento de livros, sessão de filmes sob curadoria da Semana de Cinema Negro, Slam Clube da Luta, espetáculos, contação de histórias, performance do Bloco Magia Negra, além de Gingas temáticas — ciclos de conversa — sobre memória, patrimônio, protagonismo, economia, sustentabilidade, juventudes e infâncias." FONTE: PORTAL PBH.
A Cúpula dos Povos, evento paralelo a COP 30 , que reuniu a oito quilômetros do espaço oficial da Conferência, quilombolas, indígenas, ribeirinhos, movimentos socioambientais recebeu um pedido do Cacique Raoni para que a luta pela questão do combate às consequências das mudanças climáticas continue.
O Jornal Oecoambiental há anos vem argumentando que para que hajam soluções efetivas a crise climática e aos conflitos socioambientais é fundamental democratizar a participação e descentralizar recursos a sociedade civil. Dar vez e voz a todas pessoas e instituições que em nível local trabalham enfrentando problemas como a desinformação, a desertificação, a mineração predatória, o avanço desordenado das fronteiras agrícolas, as enchentes, as ondas de calor, a demarcação de territórios indígenas, quilombolas, a luta pela valorização das comunidades tradicionais e populações ribeirinhas, as pessoas e instituições que plantam árvores, que reciclam e reutilizam resíduos sólidos, que lutam pela qualidade das águas, pelos Saberes Ancestrais, culturais, que combatem o desmatamento, a fome, a pobreza, as desigualdades, violências, a falta de saneamento básico, a continuam lutando por melhorias das condições de moradia, saúde, educação, transporte público, para vencer a degradação dos seres humanos e de todo ambiente .
Muitos movimentos socioambientais deixaram de comparecer a COP 30 mesmo que participar da Cúpula dos Povos porque não houve apoio efetivo do poder público. Quem realmente se compromete no combate a crise climática, procura respeitar o protagonismo da sociedade civil, que vem sofrendo e reagindo, se defendendo de inúmeros problemas socioambientais que mesmo comprovados pelas pesquisas científicas, pelos Povos Indígenas e os Saberes Ancestrais, dos que internalizam a gravidade desta crise climática, ainda sofremos com a morosidade e a protelação em se tomar ações que revertam os danos causados pelas mudanças climáticas em todo o mundo de forma imediata.
O Cacique Raoni afirmou : “Há muito tempo, eu vinha alertando sobre o problema que, hoje, nós estamos passando, de mudanças climáticas, de guerras”
Sabemos que quem mais sofre as consequências críticas das mudanças climáticas são os Povos Indígenas, Afrodescendentes, populações periféricas devido ao Racismo Ambiental.
Nesta semana decisiva da COP 30 o que o Brasil e o mundo exigem é respeito e que a COP 30 não se transforme em mais um evento internacional elitista, que costumam massagear egos mas sem vínculo efetivo com as reivindicações urgentes dos que mais sofrem. Continuar lutando é preciso e é um compromisso de todas as pessoas que respeitam a vida, toda a biodiversidade, o Planeta Terra.
Apresenção dos povos indígenas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA), é para reforçar a mensagem de inclusão das pautas indígenas nas dicussões internacionais sobre mitigação da emergência climática, como por exemplo, a demarcação de terras e proteção territorial. Foi o que evidenciou a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, durante a abertura oficial da Aldeia COP, iniciativa do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) para fortalecer a participação indígena no evento. A abertura ocorreu na terça-feira (11).
Que possamos colocar na mesa de debate a demarcação e proteção das terras indígenas. Proteger quem cuida da floresta, quem vive da biodiversidade e protege os recursos naturais
Joenia Wapichana, presidenta da Funai
“Que possamos colocar na mesa de debate da COP a demarcação e proteção das terras indígenas. Proteger principalmente quem cuida da floresta, quem vive da biodiversidade e protege os recursos naturais”, afirmou a presidenta, reforçando que a Aldeia COP é um espaço de promoção, debate e protagonismo indígena.
Foto: Mayra Wapichana - FUNAI - Divulgaçao
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também evidenciou a importância da programação para fortalecer a participação indígena. “Os povos indígenas chegam na COP30 para construir um espaço para que, juntos, possamos reforçar o protagonismo indígena, seja na área governamental ou em ambientes de debates do clima”, explicou.
A liderança indígena do povo Kayapó Raoni Metuktire pediu respeito aos povos indígenas e aos territórios. “Contem comigo para construirmos documentos de pedidos de defesa, demarcação dos territórios e respeito aos povos indígenas. Não podem mais continuar destruindo as florestas e nossos territórios”, afirmou.
Presença indigena
O espaço da Aldeia COP está recebendo cerca de 3 mil indígenas, de diferentes regiões e biomas do Brasil. O local está sediado na Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Contem comigo para construirmos documentos de pedidos de defesa, demarcação dos territórios e respeito aos povos indígenas
Raoni Metuktire, líder indígena do povo Kayapo
Tupã Mirim Ju Yan Guarani, do povo Guarani, da Terra Indígena Tekoa Itakupe, do estado de São Paulo, afirmou que a Aldeia COP é um espaço legítimo para e dos povos indígenas. “Está sendo um espaço riquíssimo culturalmente; é uma forma de nós indígenas mostrarmos que podemos sim construir um espaço de debate em prol das vidas indígenas e da nossa biodiversidade. E estar aqui é representar todos os povos e nossos líderes e ancestrais, em uma grande aldeia”, concluiu.
Aldeia COP
A iniciativa busca promover a maior e melhor participação indígena da história das COPs e conta com uma ampla programação cultural e debates com importantes atores da pauta ambiental e social, reforçando o protagonismo indígena como parte fundamental da construção de soluções para a crise climática.
Somam-se a essa iniciativa a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e a Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), entre outros, no intuito de fortalecer a mobilização e a logística necessárias para garantir a presença indígena.
COP 30
A COP 30 é um evento internacional que acontece para discutir a ação climática, reunindo líderes mundiais e representantes da sociedade civil para debater a redução de emissões, adaptação às mudanças climáticas e financiamento para países em desenvolvimento.
A COP 30 conta com a presença de representantes de Governos, sociedade civil, setor privado e organizações internacionais. Durante o evento há uma divisão de três espaços principais:
Zona Azul: Área oficial da ONU, onde ocorrem as negociações entre os países e reuniões de alto nível.
Zona Verde: Espaço aberto ao público, com eventos, exposições e debates promovidos por organizações não governamentais, empresas e acadêmicos.
Eventos paralelos: Fóruns, encontros técnicos e painéis promovidos por diversas instituições e grupos de interesse
Quem já esteve nas Feiras da Agricultura Familiar do Movimento dos Sem Terra - MST percebe a força das famílias, das pessoas que cuidam da alimentação da população brasileira e mesmo a felicidade das pessoas que visitam as Feiras. São grupos de produção de alimentos de excelente qualidade, sem agrotóxicos, artesanatos, grupos culturais, plantas medicinais, grupos de produtores da agroecologia, que plantam árvores, realizam reposição de matas ciliares, há de fato uma preocupação com o plantio sem agrotóxicos e uma prática de construção da sustentabilidade.
Muito importante é informar a população sobre o que de bom podemos construir no Brasil que é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. As Feiras da Agricultura Familiar MST são exemplo de que o Brasil pode ter uma alimentação de melhor qualidade para toda a população e vencer a fome, a miséria, a pobreza que exclui ainda grande parcela da população de uma vida digna e saudável.
Somos um país ainda de grandes contradições. Abrigamos em nosso território a maior floresta tropical do mundo, dividindo com outros países fronteiras da Amazônia que luta contra o desmatamento. Temos solos férteis privilegiados para produzir alimentos saudáveis, mas ainda precisamos enfrentar o problema do uso indiscriminado de agrotóxicos e nos defender das consequências das mudanças climáticas. Uma riqueza humana e de recursos naturais privilegiados e mesmo assim somos um país com uma das piores distribuições de renda do mundo. Abrigar contradições não significa que somos incapazes de vencê-las. Existem muitos movimentos socioambientais que abrem caminhos de um Brasil mais justo, fraterno na direção do "Bem Viver". Viver com sustentabilidade. O Brasil pode conquistar o merecido respeito as diversidades culturais, aos Povos Originários e territórios indígenas, quilombolas, projetos de grupos, associações culturais de ações socioambientais protagonizadas pela sociedade civil.
É muito bom poder conviver nas feiras com as famílias produtoras. Sabedores que em cada produto comercializado com a força do trabalho determinado existem as boas energias de felicidade e a presença de quem produz com qualidade. As Feiras da Agricultura Familiar do MST trazem lições em educação, organização e felicidade são muito bem vindas e essenciais para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna, com melhores condições de saúde e meio ambiente saudável para toda a população.
Nos dias 17, 18 e 19 de outubro, o Parque será tomado por cores, cheiros e sabores da terra. Quitandas que remetem à casa de vó, conversas cheias de afeto e o tradicional batuque da cultura popular mineira vão transformar o espaço em um verdadeiro terreiro de partilha.
Será um encontro entre o campo e a cidade, com muita arte, comida de verdade, resistência e o calor humano que só o povo mineiro e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sabem oferecer. Um momento de luta, alegria e esperança que promete encantar toda a cidade!
De 16 a 24 de outubro, Belo Horizonte recebe a 5ª edição da Semana de Cinema Negro, que neste ano propõe uma reflexão poética e política guiada pela pergunta “Como fazer do mar a casa?”. Com entrada gratuita, o festival será realizado em dois espaços da capital: o Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes (16 a 22 de outubro), e o Cine Santa Tereza (18, 19 e 22 a 24 de outubro).
Programação - Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537 - Centro - Belo Horizonte
A distribuição de ingressos será feita 50% on line, pelo site do Eventim ( a partir de 12 h, para todas as sessões do dia) e 50% presencial, na bilheteria do cinema, 320 minutos antes de cada sessão, mediante apresentação de documento com foto. A cada sessão será disponibilizado apenas um ingresso por pessoa, em ambas modalidades.
Dia 18 de outubro - sábado
10 h - Curso: " A fotografia no continente africano"
- inscrições prévias ou presencial no Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes - BH
17 h - Cotidiano e revolucionário: O cinema de Charles Burnett
O matador de ovelhas - Charles Burnett
Uma oportunidade de dialogar sobre os filmes e a trajetória do cineasta Charles Burnett, com mediação de Janaína Oliveira, curadora da programação internacional.
Dia 19 de outubro - Domingo
20h - Cotidiano e revolucionário: O cinema de Charles Burnett
O casamento do meu irmão - Charles Burnett, EUA - Alemanha Ocidental - 1983 , 1 h 55 min,
17 h Cotidiano e revolucionário: O cinema de Charles Burnett
A aniquilação de Fish - Charles Burnett - EUA - 1999 - 1 h 48min.
19 h Cine- Escrituras Pretas
Manifestos por uma história da Memória Negra
Mar de Dentro - Lia Letícia, Pernambuco - 2024
VOZ ZOV VZD - Yuri Cruz, Rio de Janeiro - 2025
Sessão comentada pelos diretores
21 h Cine - Escrituras Pretas
Conversas Para quando o tempo não existir
Meu pai e a Praia - Marcos Alexandre - Bahia - 2024
A invenção do Orum - Paulo Sena - Espírito Santo - 2025
A mor é um Rio de Águas Escuras - Azza Eduarda - Minas Gerais - 2025
"A protagonista deste filme é uma menina chamada Ainbo, que vive em Candámo uma aldeia desconhecida na floresta amazónica. Ainbo tem que salvar o seu pequeno paraíso selvagem dos madeireiros e mineiros que ameaçam destruir a natureza da Amazónia – rica em biodiversidade."
"Criado, produzido e narrado por Leonardo de Caprio, com a participação de mais de 50 ativistas, cientistas e políticos mundiais, o documentário The 11th Hourreflete sobre as atuais questões e transformações do meio ambiente, incluindo o aquecimento global."
"The Age of Stupidse situa no ano 2055. Retrata um futuro pouco promissor para os seres humanos que, devastados pelas mudanças climáticas e pela contaminação ambiental, ficaram quase sem recursos ambientais. O documentário reflete sobre a utilização de energia fóssil e a grande emissão de gás carbônico como causas principais que provocam o aumento da temperatura da terra."
"Recifes de coral em todo o mundo estão desaparecendo em uma taxa sem precedentes. Uma equipe de mergulhadores, fotógrafos e cientistas iniciou uma emocionante aventura oceânica para descobrir o porquê e para revelar o mistério submarino ao mundo."
Enchentes nas cidades do Rio Grande do Sul - Brasil - em 2024 - Foto: L. Alves
- Secom - divulgação
UM DIA APÓS A COP 30
EDITORIAL
A mais emblemática Conferência global do clima - a COP 30 a ser realizada na Amazônia entre os dias 10 a 21 de novembro de 2025 se aproxima. O mundo já realizou inúmeras Conferências ambientais que não atingiram os resultados esperados. A degradação aos seres humanos, aos recursos naturais, ao Planeta, continuam.
Os grandes acordos globais precisam trazer soluções que mobilizem populações para resolver os problemas e as consequências das mudanças climáticas. Todos nós estamos vivenciando as consequências destes problemas, seja pelos contrastes e extremos climáticos, seja pelas mudanças e perdas na qualidade de vida da maioria da população mundial, pelos milhares de refugiados climáticos e de guerras, os que sofrem pelas secas, enchentes, desmatamentos, os conflitos em áreas indígenas e quilombolas ou com a proliferação de vetores causadores de epidemias. A revista "The Lancet Planetary Healthestimou que, entre 2000 e 2019,cerca de 5,1 milhões de mortes extras por anopodem ser atribuídas a temperaturas não-ótimas — temperatura muito quente ou muito fria — ligadas ao aquecimento global." Nunca é demais lembrar que as Conferências Ambientais, assim como as COPs lidam não apenas com a degradação dos recursos naturais, mas com vidas humanas que poderão ser salvas com as deliberações que são tomadas.
Somos ainda sobreviventes da recente pandemia onde bilhões de seres humanos ficaram reclusos, isolados, impedidos de exercer uma das principais razões de nossa existência como espécie humana: a capacidade de conviver em sociedade, de socializarmos. A humanidade sofreu e sofre com as consequências da pandemia. Será que os seres humanos aprenderam algo com esta crise global? Por que nos referimos a pandemia? Pelo motivo de que crises socioambientais são globais. Atingem populações em todo o mundo. Se contabilizarmos as consequências humanas: mortes, desabrigados, refugiados, os problemas emocionais, físicos, de saúde pública, socioambientais que a humanidade enfrenta nesta crise climática teremos uma dimensão do quanto é grave esta crise mundial. É preciso que a humanidade se conscientize de que deixar de investir recursos financeiros, humanos na precaução aos problemas causados pela crise climática é multiplicar os danos causados após as enchentes, ondas de calor, nevascas, desmatamentos. Reconstruir infraestruturas de cidades, como ocorreu no Brasil no Rio Grande do Sul em 2024 demanda mais gastos em energia, em recursos públicos que em tempos "normais" poderiam ser investidos em educação e saúde públicas, moradias populares, na produção de alimentos. A questão é que isto não vem acontecendo só no Brasil, mas em várias partes do mundo.
O Jornal Oecoambiental acredita que a humanidade pode aprender com os erros das ditas revoluções industriais. E que os organizadores da COP 30 possam democratizar os debates sobre as soluções possíveis a crise climática. Após várias Conferências ambientais que deliberam ações aparentemente lentas e burocráticas, chamamos a atenção das missões diplomáticas e dos negociadores governamentais de que a sociedade civil, os grupos que atuam em todo o mundo em favor da valorização dos seres humanos e dos recursos naturais da Terra são protagonistas fundamentais das soluções aos problemas causados pelas mudanças climáticas.
Todas as atenções do mundo se voltam para a COP 30 a grande questão é o que será " o dia seguinte " após a COP: o mundo continuará dizendo que é preciso trilhar novos caminhos sem os países investirem recursos e ações eficazes para o combate a crise climática ou vamos unir pessoas e instituições para colocar em prática ações que revertam tantos problemas socioambientais que a humanidade e a biodiversidade global enfrentam.
A sociedade civil que busca se organizar merece ser ouvida, respeitada como parceiros fundamentais junto aos Governos e os setores da sociedade que de fato estão empenhados na construção das sustentabilidades locais e globais.
O Brasil encabeça uma das iniciativas que deve modificar a forma do mundo enxergar a conservação ambiental. O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) - que deve ser lançado durante a COP30 - fará pagamentos a países que garantam a conservação dessas florestas. No total, mais de 70 países em desenvolvimento com florestas tropicais poderão receber os recursos deste que poderá ser um dos maiores fundos multilaterais já criados no planeta.
Ao realizar pagamento por florestas em pé, protegidas de desmatamento e degradação em biomas como a Mata Atlântica, a Amazônia, as florestas da Bacia do Congo e do Mekong/Borneo, o TFFF reconhece serviços ambientais fundamentais prestados por estes ambientes em todo o mundo e sua importância para a sustentação de atividades econômicas.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, afirmou que este é o momento de mudar a forma como a humanidade lida com os recursos naturais do planeta.
“Já exploramos demais a natureza para gerar recursos financeiros e bens materiais. Agora, é hora de usar os recursos que geramos com essa exploração para proteger a natureza. Somos constantemente cobrados por depender apenas de dinheiro público para essa proteção, mas o Fundo Florestas Tropicais para Sempre representa uma virada de chave”, enfatizou.
“Não é doação, mas uma iniciativa que opera com lógica de mercado, alavancando recursos privados a partir de investimentos diversos. Para cada dólar aportado pelos países, espera-se mobilizar cerca de quatro dólares do setor privado, criando um fundo fiduciário permanente. É uma nova forma de financiar a conservação, com responsabilidade compartilhada e visão de futuro", complementou a ministra .
Origem
O Brasil lidera os esforços pela criação do TFFF desde a COP28, realizada em Dubai, em 2023, quando o tema foi abordado publicamente pela primeira vez pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Até o momento, outros cinco países que têm florestas tropicais integram a iniciativa: Colômbia, Gana, República Democrática do Congo, Indonésia e Malásia. Além disso, cinco países potencialmente investidores também participam do processo de fundação do mecanismo: Alemanha, Emirados Árabes Unidos, França, Noruega e Reino Unido.
Recursos e atratividade
A expectativa é que as nações investidoras e outras fontes garantam um aporte de 25 bilhões de dólares nos primeiros anos do TFFF. Com esta injeção, será possível alavancar mais 100 bilhões de dólares (capital sênior) do setor privado nos próximos anos. Os governos, ao aceitarem o papel de capital júnior, consentem em incorrer em um risco um pouco maior do que o setor privado, atraindo estes investidores privados.
As projeções apontam que o mecanismo deverá viabilizar 4 bilhões de dólares anuais para a conservação ambiental, o que representa um valor próximo do triplo do volume aplicado globalmente para a proteção das florestas tropicais por meio de recursos concessionais.
De maneira inovadora, os recursos disponibilizados pelo TFFF serão repassados aos países com florestas tropicais, que contarão com uma fonte de recursos previsível e em grande escala para financiar objetivos de longo prazo. O TFFF espera que os pagamentos aos países sejam adicionais aos recursos do orçamento hoje empregados para a conservação das florestas, que são extremamente limitados.
“Isso daria uma capacidade de investimento em políticas públicas muito forte”, frisou André Aquino.
De acordo com Rafael Dubeux, o fundo mudará a forma de aplicar capital em prol do meio ambiente.
“Ao contrário de experiências anteriores que são muito baseadas em doações, filantropia, o TFFF traz uma inovação porque pressiona menos o orçamento de todo mundo, já que é um investimento”, destacou.
Trata-se de um fundo fiduciário, similar aos "endowments" que sustentam as grandes universidades privadas dos EUA.
Ainda conforme Dubeux, se as previsões se concretizarem, este será um dos maiores fundos multilaterais já criados no planeta, atrás apenas do Banco Mundial. Fonte: Por Laura Marques / COP30 ) UNCC).
Os 74 países detentores de florestas tropicais elegíveis para integrar o fundo
A tradicional Virada Cultural de BH em sua décima edição vem conquistando a adesão de todas as camadas da população. Acontece no hipercentro da cidade em palcos espalhados pela Praça da Estação, Parque Municipal dentre outros espaços.
Com uma programação diversa que vai das Guardas de Congado de BH e MG a presenças como: Carlinhos Brow, Israel e Rodolfo, Djonga, Fat Family e uma enorme variedade de ritmos e estilos. Vale a pena conferir e curtir com felicidade os eventos e boa virada para todas pessoas que valorizam a diversidade da cultura brasileira.
IMPORTANTE: A Prefeitura informa que após as 22 h a classificação dos eventos para adolescentes desacompanhados dos pais ou responsáveis legais é para acima de 16 anos de idade.
Palco Sesc - Praça da Estação
Sábado (23)
18h - Juliana Shiutz
19h - Samora N'zinga e Tamara Franklin
20h20 - Fat Family
22h - Baile da Dri
23h10 - Iago e Beto Willian
Domingo (24)
0h10 - Israel e Rodolfo
1h50 - Akatu convida Djonga
3h50 - Sidoka
5h - Mc Papo & Dedé Santaklaus
10h - Fantasia FM
11h - Orquestra Popular Terno do Binga
12h20 - Fanfarra Skanastra Brass Band
13h50 - Cirkeras - Mulheres em chamas
16h - Perfomance: Afrodrone - Devoção para o futuro
16h - Olodum - 40 anos de Axé
18h10 - Orquestra de Ouro Preto convida Carlinhos Brown
Palco Gramado - Parque Municipal
Sábado (23)
18h - Leonel - "EP" 1991
19h10 - Bê & os Sadmen
20h20 - Wilson Dias
21h40 - Baluartes do Samba
23h40 - Pedro Morais
Domingo (24)
1h - Marcelo Tofani
9h - Banda Guarda Municipal
10h20 - Show Filho de Xangô
11h40 - Dudu do Cavaco e Banda
13h - Mestre Thirey
15h10 - Talita Silva e Banda Lance Livre
16h20 - Glaw Nader - Candom' Jazz
17h40 - Augusta Barna
19h - Raissa Anastásia e Regional
Palco Chico Nunes - Parque Municipal
Sábado (23)
18h - Loubback - Show 'A Novidade'
19h20 - Ângelo Andrade - Música Popular Brasileira
20h20 - Fragaí - Clara Bicho e Gabriel Campos
21h10 - Fragaí - Dani Moreira
22h - Fragaí - Luanda
22h50 - Fragaí - Dereco
23h40 - Fragaí - Julia
Domingo (24)
0h30 - Fragaí - Nó
1h20 - Fragaí - Fernando Motta
2h10 - Fragaí - Rafa Bicalho
8h às 19h - Festejo do Tambor
13h30 - Cerimônia de entrega do certificado de registro dos Saberes do Rosário: Reinados, Congados e Congadas como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Palco Guaicurus
Sábado (23)
18h - Kiki Favela Ball by Kiki House Of Dubeco
19h - O Culto da Rua
20h20 - Marcelo Veronez e seu Conjunto
22h20 - Bloco Swing Safado
23h50 - Cabaré Bella à La Carte: um Karaokê-Dragshow
Domingo (24)
1h10 - Banda Truck do Desejo
2h30 - Da Maior Importância: Cliver Horonato canta Caetano
3h50 - Usoul
5h10 - Kayajhama 25 anos - A vida em um sentido
9h - Toda Desejo: Campeonato de Gaymada
11h30 - Festejo e memória no coração da Virada Cultural
12h50 - Banda Raízes e Antenas e Grupo Manifesto Gueto: A força dos tambores
14h10 - Banda Seu Silva e o Cordel na Estrada
15h10 - Bloco Tapa de Mina - Mulheres no Comando e no poder
16h10 - FERVE! - FERVE! O Baile
Palco Festas - Rua da Bahia com Rua Guaicurus
Sábado (23)
19h - Pivetz Sounds na Virada
22h30•- Bloco Eleganza na ViradaDomingo (24)
01h40 Baile Room L
04h10 - Masterplano 16
10h20 - 1010
16h40 - US! HIP HOP
Palco Viaduto Xeque-Mate
Sábado (23)
18h - Chega Ai- Incubadora de Funk"
18h50 - Baile do Serrão nas Quebradas
21h - DJ Shigara
21h15 - Bel Bertinelli L
21h45 - DJ Shigara
22h15 - Mac Júlia
22h45 - DJ Shigara
23h - MC Saci
Domingo (24)
0h - MC Mika
0h40 - DJ Cost L
1h30 - DJ Andersson do Paraíso L
2h50 - Show ViniJoe
3h50 - Zona Leste Representa: Setor + Vozes da Periferia BН
9h50 - DJ Neurodivergente convida Lua Zanella e Olivia Oli L
11h - W.Wil L
12h - Das Quebradas
13h - Kainná Tawá
14h20 - Novak
15h20 - Noroeste Side
16h10 - Batalha do Tupi: Rap é pra Todes
17h20 - Batalha da P7
Espaço Lagoa - Parque Municipal
Sábado (23)
19h - Ana Paula da Silva Pena - Plantas que curam - Saberes das crianças de Cláudio Manoel
19h33 - Capu - Vozes da Ginga
20h23 às 3h23 - Mostra Cine Cidade
Domingo (25)
9h - Piquenique literário com contação de história
11h30 - Teatro Negro e Atitude: A Lenda de Ananse - Um Herói com Rostro Africano
13h - Tina Dias: Mulher Cuecas
13h50 - A Mais Produtora: Casamentos Urbanos
15h20 - Cia de Teatro BH em Libras: Corpo preto surdo - Nós estamos aqui
16h50 - O Caso da Vara: recital do conto de Machado de Assis com ator Emerson