domingo, 19 de outubro de 2025

FEIRA DA AGRICULTURA FAMILIAR MST - UM BRASIL SUSTENTÁVEL É POSSÍVEL

   


 Quem já esteve nas Feiras da Agricultura Familiar do Movimento dos Sem Terra - MST percebe a força das famílias, das pessoas que cuidam da alimentação da população brasileira e mesmo a felicidade das pessoas que visitam as Feiras. São grupos de produção de alimentos de excelente qualidade, sem agrotóxicos, artesanatos, grupos culturais, plantas medicinais, grupos de  produtores da agroecologia, que plantam árvores, realizam reposição de matas ciliares, há de fato uma preocupação com o plantio sem agrotóxicos e uma prática de construção da sustentabilidade.

   Muito importante é informar a população sobre o que de  bom podemos construir no Brasil que é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. As Feiras da Agricultura Familiar MST são exemplo de que o Brasil pode ter uma alimentação de melhor qualidade para toda a população e vencer a fome, a miséria, a pobreza que exclui ainda grande parcela da população de uma vida digna e saudável. 

Somos um país ainda de grandes contradições. Abrigamos em nosso território a maior floresta tropical do mundo, dividindo com outros países fronteiras da Amazônia que luta contra o desmatamento. Temos solos férteis privilegiados para produzir alimentos saudáveis, mas ainda precisamos enfrentar o problema do uso indiscriminado de agrotóxicos e nos defender das consequências das mudanças climáticas. Uma riqueza humana e de recursos naturais privilegiados e mesmo assim somos um país com uma das piores distribuições de renda do mundo. Abrigar contradições não significa que somos incapazes de vencê-las.  Existem muitos movimentos socioambientais que abrem caminhos de um Brasil mais justo, fraterno na direção do "Bem Viver". Viver com sustentabilidade. O Brasil pode conquistar o merecido respeito as diversidades culturais, aos Povos Originários e territórios indígenas, quilombolas, projetos de grupos, associações culturais de ações socioambientais protagonizadas pela sociedade civil. 

  É muito bom poder conviver nas feiras com as famílias produtoras.  Sabedores que em cada produto comercializado  com a força do trabalho determinado existem as boas energias de felicidade e a presença de quem produz com qualidade. As Feiras da Agricultura Familiar do MST trazem lições em educação, organização e felicidade são muito bem vindas e essenciais para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna, com melhores condições de saúde e meio ambiente saudável para toda a população.








FEIRA DA AGRICULTURA FAMILIAR MST BH - PARQUE MUNICIPAL 17, 18 e 19 DE OUTUBRO



Foto: Jornal Oecoambiental

Nos dias 17, 18 e 19 de outubro, o Parque será tomado por cores, cheiros e sabores da terra. Quitandas que remetem à casa de vó, conversas cheias de afeto e o tradicional batuque da cultura popular mineira vão transformar o espaço em um verdadeiro terreiro de partilha.

Será um encontro entre o campo e a cidade, com muita arte, comida de verdade, resistência e o calor humano que só o povo mineiro e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sabem oferecer. Um momento de luta, alegria e esperança que promete encantar toda a cidade!


 

sábado, 18 de outubro de 2025

5ª SEMANA DE CINEMA NEGRO - BH







De 16 a 24 de outubro, Belo Horizonte recebe a 5ª edição da Semana de Cinema Negro, que neste ano propõe uma reflexão poética e política guiada pela pergunta “Como fazer do mar a casa?”. Com entrada gratuita, o festival será realizado em dois espaços da capital: o Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes (16 a 22 de outubro), e o Cine Santa Tereza (18, 19 e 22 a 24 de outubro).


Programação - Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537 - Centro  - Belo Horizonte
 A distribuição de ingressos será feita 50% on line, pelo site do Eventim ( a partir de 12 h, para todas as sessões do dia) e 50% presencial, na bilheteria do cinema, 320 minutos antes de cada sessão, mediante apresentação de documento com foto. A cada sessão será disponibilizado apenas um ingresso por pessoa, em ambas modalidades.

 Dia 18 de outubro - sábado
10 h - Curso: " A fotografia no continente africano"
- inscrições prévias ou presencial no Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes - BH
17 h - Cotidiano e revolucionário: O cinema de Charles Burnett
O matador de ovelhas - Charles Burnett
Uma oportunidade de dialogar sobre os filmes e a trajetória do cineasta Charles Burnett, com mediação de Janaína Oliveira, curadora da programação internacional.

Dia 19 de outubro - Domingo

20h - Cotidiano e revolucionário: O cinema de Charles Burnett

O casamento do meu irmão - Charles Burnett, EUA - Alemanha Ocidental - 1983 , 1 h 55 min,

17 h  Cotidiano e revolucionário: O cinema de Charles Burnett 
A aniquilação de Fish - Charles Burnett - EUA - 1999 - 1 h 48min.

19 h Cine- Escrituras Pretas
Manifestos por uma história da Memória Negra
Mar de Dentro - Lia Letícia, Pernambuco - 2024
VOZ ZOV VZD - Yuri Cruz, Rio de Janeiro - 2025
Sessão comentada pelos diretores
21 h Cine - Escrituras Pretas
Conversas Para quando o tempo não existir
 Meu pai e a Praia - Marcos Alexandre - Bahia - 2024
A invenção do Orum - Paulo Sena - Espírito Santo - 2025
A mor é um Rio de Águas Escuras - Azza Eduarda - Minas Gerais - 2025

Confira programção Eventim:









 

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

AINBO - GUERREIRA DA AMAZÔNIA


"A protagonista deste filme é uma menina chamada Ainbo, que vive em Candámo uma aldeia desconhecida na floresta amazónica. Ainbo tem que salvar o seu pequeno paraíso selvagem dos madeireiros e mineiros que ameaçam destruir a natureza da Amazónia – rica em biodiversidade."



 

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

A HISTÓRIA DO DIA DO PROFESSOR - PROJETO DE ANTONIETA DE BARROS

Antonieta de Barros






A ÚLTIMA HORA

"Criado, produzido e narrado por Leonardo de Caprio, com a participação de mais de 50 ativistas, cientistas e políticos mundiais, o documentário The 11th Hour reflete sobre as atuais questões e transformações do meio ambiente, incluindo o aquecimento global."



 

A ERA DA ESTUPIDEZ


"The Age of Stupid se situa no ano 2055. Retrata um futuro pouco promissor para os seres humanos que, devastados pelas mudanças climáticas e pela contaminação ambiental, ficaram quase sem recursos ambientais. O documentário reflete sobre a utilização de energia fóssil e a grande emissão de gás carbônico como causas principais que provocam o aumento da temperatura da terra."



 

EM BUSCA DOS CORAIS

"Recifes de coral em todo o mundo estão desaparecendo em uma taxa sem precedentes. Uma equipe de mergulhadores, fotógrafos e cientistas iniciou uma emocionante aventura oceânica para descobrir o porquê e para revelar o mistério submarino ao mundo."




 

15 DE OUTUBRO DIA DO PROFESSOR


 

PAULO FREIRE - DOCUMENTÁRIO




 

A EDUCACÃO POR PAULO FREIRE


 

15 DE OUTUBRO - DIA DO PROFESSOR


 

terça-feira, 14 de outubro de 2025

UM DIA DEPOIS DA COP 30 - EDITORIAL

Enchentes nas cidades do Rio Grande do Sul - Brasil - em 2024 - Foto: L. Alves 
 - Secom - divulgação


UM DIA APÓS A COP 30

EDITORIAL

A mais emblemática Conferência global do clima - a COP 30 a ser realizada na Amazônia entre os dias 10 a 21 de novembro de 2025 se aproxima. O mundo já realizou inúmeras Conferências ambientais que não atingiram os resultados esperados. A degradação aos seres humanos, aos recursos naturais, ao Planeta, continuam. 
  Os grandes acordos globais precisam trazer  soluções que mobilizem populações para resolver os problemas e as consequências  das mudanças climáticas. Todos nós estamos vivenciando as consequências destes problemas, seja pelos contrastes e extremos climáticos, seja pelas mudanças e perdas na qualidade de vida da maioria da população mundial, pelos milhares de refugiados climáticos e de guerras, os que sofrem pelas secas, enchentes, desmatamentos, os conflitos em áreas indígenas e quilombolas ou com a proliferação de vetores causadores de epidemias.   A revista "The Lancet Planetary Health estimou que, entre 2000 e 2019, cerca de 5,1 milhões de mortes extras por ano podem ser atribuídas a temperaturas não-ótimas — temperatura muito quente ou muito fria — ligadas ao aquecimento global." Nunca é demais lembrar que as Conferências Ambientais, assim como as COPs lidam não apenas com a degradação dos recursos naturais, mas com vidas humanas que poderão ser salvas com as deliberações que são tomadas. 
Somos ainda sobreviventes da recente pandemia onde bilhões de seres humanos ficaram reclusos, isolados, impedidos de exercer uma das principais razões de nossa  existência como espécie humana: a capacidade de conviver em sociedade, de socializarmos. A humanidade sofreu e sofre com as consequências da pandemia. Será que os seres humanos aprenderam algo com esta crise global? Por que nos referimos a pandemia? Pelo motivo de que crises socioambientais são globais. Atingem populações em todo o mundo. Se contabilizarmos as consequências humanas: mortes, desabrigados, refugiados, os problemas emocionais, físicos, de saúde pública,  socioambientais que a humanidade enfrenta nesta crise climática teremos uma dimensão do quanto é grave esta crise mundial. É preciso que a humanidade se conscientize de que deixar de investir recursos financeiros, humanos na precaução aos problemas causados pela crise climática é multiplicar os danos causados após as enchentes, ondas de calor, nevascas, desmatamentos. Reconstruir infraestruturas de cidades, como ocorreu no Brasil no Rio Grande do Sul em 2024 demanda mais gastos em energia, em recursos públicos que em tempos "normais" poderiam ser investidos em educação e saúde públicas, moradias populares, na produção de alimentos. A questão é que isto não vem acontecendo só no Brasil, mas em várias partes do mundo.

O Jornal Oecoambiental acredita que a humanidade pode aprender com os erros das ditas revoluções industriais. E que os organizadores da COP 30 possam democratizar os debates sobre as soluções possíveis a crise climática. Após várias Conferências ambientais que deliberam ações aparentemente lentas e burocráticas,  chamamos a atenção das missões diplomáticas e dos negociadores governamentais de que a sociedade civil, os grupos que atuam em todo o mundo em favor da valorização dos seres humanos e dos recursos naturais da Terra são  protagonistas fundamentais das soluções aos problemas causados pelas mudanças climáticas. 
Todas as atenções do mundo se voltam para a COP 30 a grande questão é o que será " o dia seguinte " após a COP: o mundo continuará dizendo que é preciso trilhar novos caminhos sem os  países investirem recursos e ações eficazes para o combate a crise climática ou vamos  unir pessoas e instituições para colocar em prática ações que revertam tantos problemas socioambientais que a humanidade  e a  biodiversidade global enfrentam.
A sociedade civil que busca se organizar merece ser ouvida, respeitada como parceiros fundamentais junto aos Governos e os setores da sociedade que de fato estão empenhados na construção das sustentabilidades locais e globais.